BERNARD "BUCK" LOMBARDI

Buck de um modo desesperado ataca a criatura com tudo que tinha disponível, mas em um momento ele recebe um golpe tão forte que é arremessado para a parede do quarto, do lado da porta, de forma tão violenta, que a parede parece quebrar com o impacto.






A criatura o olha, saboreando cada momento, e depois se vira para sua mãe perto da cama, rosnando de uma forma pavorosa, indo passo a passo de encontro à sua mãe. A criatura queria que Buck observasse sua mãe e todos eles sendo destroçados um a um, esperando o momento que seria a vez dele. 

Mas então, Buck deitado ao chão e sangrando, vê seu pai como último e desesperado sacrifício se arrastando para perto da sua mãe e se colocando na frente dela, tentando protegê-la a qualquer custo, até que de repente, sua mãe e seu pai olham para Buck, mas não de medo, ou desespero, mas de total surpresa:

- Buck..Buck…o que…

Buck não podia ver, mas apenas sentia que algo estava estranho, algo estava começando a ficar fora de seu controle. 



Seus pais presenciavam, naquele momento, os olhos de Buck mudarem de cor, e os sons emitidos por ele não eram humano, Buck olhava para a criatura e rosnava, sem perceber que seus dedos cravavam na parede com a força de suas unhas para ajudá-lo a se levantar.

A dor parecia dar lugar a uma raiva primitiva.


Seus olhos apenas fixavam-se naquela outra criatura


O cheiro de sangue era tão forte que podia sentir a quilômetros de distância.


Os sons eram nítidos.

Buck então se levanta e hurra contra sua oponente para espanto de seus pais, mostrando dentes que se projetavam completamente fora do normal para um ser humano normal.



Eis que num instante um tiro é ouvido pela entrada da porta ao lado de Buck, e a criatura é atingida bem no peito.

Então o Xerife Orbs entra, aponta sua espingarda mais uma vez e atira repetida vezes enquanto avança de encontro com a criatura.



O senhor Lombardi cai por cima de sua mãe para protegê-la, Buck por puro instinto se vira para o outro lado para se proteger daqueles sons de tiro, e mal percebe quando alguém lhe puxa para o lado de fora do quarto, o jogando no corredor.

Após a saraivada de tiros, um inquietante silêncio toma conta do local. O senhor Lombardi, abraçado à sua esposa, apenas observa algo caído próximo a eles e a figura do Xerife em pé, com a espingarda à mãos.

Buck estava confuso, e depois consegue ver que alguém está perante ele, o chamando compulsivamente.

- Buck!!! Buck!!! 

Após um tempo, ele percebe que era Suzanna e em pé do lado do quarto estava Peter com um revólver à mão.

Depois de um tempo, Buck percebe alguém subindo o corredor, era Brad apoiado em Arny e Tyler, num estado lastimável…mas vivo.

Buck então se lembra de seus pais, se levanta rapidamente e vai ao quarto passando pelo Xerife Orbs e abraçando seus pais que estavam vivos.

Após um tempo, eles veem a figura daquela mulher no chão, nua, e toda ensanguentada e morta.

Orbs acende um cigarro, joga um lençol em cima do corpo daquela mulher e diz olhando para Buck:



- Seus amigos e minha filha me convenceram do que estava ocorrendo, 
mas mesmo não acreditando diretamente em tudo isso, eu tinha elementos de que as coisas não eram normais…mas não a esse ponto…

Ele dá mais uma tragada no cigarro e continua:

- Sorte que eu tinha balas de prata, que eram de meu pai, mas nunca havia sentido qualquer necessidade disso, até agora.

Orbs caminha para perto daquele corpo ensanguentado no chão do quarto e diz:

- Senhor Lombardi, haverá momentos para que as coisas sejam devidamente esclarecidas, e que a justiça chegue a todos, inclusive à mim. Mas neste momento, pegue sua família e saia da cidade. Eu cuidarei das coisas aqui.

O senhor Lombardi sabia que aquela situação não era o momento para confrontações, ele precisava sair, precisava estar com a sua família em segurança.

Com a ajuda de Buck e de seus amigos, eles se levantam e saem de casa até seu carro na garagem.

Buck olha todos eles, amigos que poderia considerar fiéis, eles se olham mas nada dizem. Suzanna se aproxima e o abraça fortemente, as lágrimas não podiam ser contidas, então ela apenas diz:

- Fico te esperando Buck…

Buck sente o pesado braço de seu pai em seus ombros

- Vamos filho, precisamos ir…

Sua família entra no carro, e durante a viagem até Nova York, nada é dito entre eles.

O membro 'Guzzon' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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#1 'Dado D6' : 4, 1, 3

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#2 'Dado D6' : 5, 2, 1

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#3 'Dado D6' : 3, 1, 6

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#4 'Dado D6' : 2, 5, 1

O clima estava tenso e mesmo com Brad tentando o gelo ficava difícil para ele aceitar aquela situação.

- "Sim.. vamos almoçar juntos"

- "Se estivermos vivos é claro. Se eu não virar uma aberração. Se o próprio Orbs não soltar o puto do Julian para fazer o trabalho sujo dele"

Então o som da janela quebrando faz todos ficarem em silêncio. Seu pai não se congela e rapidamente pega o telefone, mas sua reação deixou Buck com ainda menos esperanças.

- "Aquele... Orbs" - Buck não xinga, por mais que a situação fosse tensa ele sabia que aquilo entristecia sua mãe.

Os instantes seguintes são uma mistura de caos e violência.



Seu pai é agredido, Brad atira, sua mãe atira. Pela quantidade de disparos uma pessoa já estaria estendida no chão.

Mas parecia que nada importada, com um encontrão a criatura arremessa Brad pela janela. Buck olha aquilo estarrecido, uma queda daquela poderia matar o Brad.



A criatura segura a mãe de Buck pelo pescoço e olha nos olhos de Buck.

Buck sabia que naquele momento não havia o que ser feito, estavam todos condenados.
Mas ele não daria aquela criatura o prazer de vê-lo amedrontado. Diferente de todas as outras vezes que tentava se controlar desta vez Buck se força a sentir ódio da criatura e era fácil, vendo sua mãe entre a vida e a morte.

TESTE de Vontade 13 : 4+1+3 = 8 : Sucesso

O sangue de Buck ferve, pela primeira vez ele usava aquela maldição ao seu favor. Ele voluntariamente abre mão do controle a sua humanidade e deixa o ódio queimar.

- "Aaaahhhhhh!!!"

Não havia mais nada na mente de Buck além de ódio e violência. Ele aponta a espingarda para a criatura e dispara os dois canos ao mesmo tempo.

Arma de fogo DX-4 +1 (QI 11) +4 Ataque total = 13 vs 5+2+1=8 sucesso por 5

Assim que o disparo é dado Buck saca o revolver e novamente começa a disparar até que ouve o click indicando que sua munição tinha acabado

Arma de fogo DX-4 +1 (QI 11) +4 Ataque total = 13 vs 3+1+6=10 sucesso por 3

Qualquer pessoa pensaria em recarregar as armas ou esperar o senhor Lombardi dar cobertura, mas Buck efetivamente não estava pensando. Naquele momento ele agia meramente por instinto, ou melhor, por raiva e ódio

Instintivamente sua mão vai até as costas e saca sua faca de combate, não havia qualquer técnica rebuscada em seu manejo, era pura agressividade.

Buck apoia os pés na cama para ficar mais alto, sua mão esquerda agarra com todas suas forças os pelos e a orelha da criatura e com sua mão direita ele começa a esfaquear o focinho da criatura.

Faca NH 12 + 4 (ataque total) -6 (focinho) = 10 vs 2+5+1=8 sucesso por 2

O reflexo da lua no quarto onde estavam causava um silêncio mórbido ao lugar.

Antes, a casa dos Lombardi era praticamente sinônimo de alegria, confraternização, coisas que talvez seu inesperado “aliado” Brad, nem imaginaria. Brad estava encostado junto ao armário de Buck, olhando alguns quadros e fotos que estavam em seu quarto. Sua mãe permanecia sentada à cama, junto com seu pai, sem ao menos entender o que os aguardavam.  Seu pai estava alerta, armado, e olhava para a janela do quarto como se esperasse um ataque frontal, mas Buck sabia que não seria dessa forma…não com eles.

Já havia anoitecido a muito tempo, e a cada minuto transcorrido, parecia intensificar mais ainda a pressão no lugar. O silêncio é quebrado por Brad:

- Ela é uma moça bem legal Buck, bem diferente do pai dela, você tem sorte.

Buck, pelo inesperado assunto trazido à tona por Brad, é pego de surpresa, ele apenas o olha, não sabia o que dizer naquele momento, mas sabia que Brad estava tentando diminuir um pouco aquela sensação.

O Sr. Lombardi, aproveitando a brecha continua:

- Sim…quando tudo isso acabar Brad, você, essa mocinha que meu filho gosta, e seus amigos vamos todos jantar juntos.

Buck sente um sensação de vergonha quando seu pai comenta isso, e vê sua mãe sorrindo em direção à ele, mas toda aquela momentânea sensação de “normalidade”, é quebrada por um vidro quebrado na parte de baixo da casa. Nesse momento, parece que todos se esquecem de respirar, olham para um vazio que na verdade é apenas aquela necessidade de tentar imaginar o que está ocorrendo lá embaixo.

O Senhor Lombardi pega o telefone, que havia trazido para o quarto de Oliver, liga para a delegacia e espera o telefone toca e tocar, até que alguém atende:

- Aqui é da residência do Sr. Lombardi, estamos…estamos sendo invadidos, solicito uma viatura urgente.

Pelo rosto de seu pai, os demais já imaginam que alguém estava na escuta, mas não se pronunciava, até que os olhos do senhor Lombardi se arregalam:

- Eu tentei avisá-los para se afastarem disso, agora o senhor me desculpe, estão por conta própria…

O seu pai bate o telefone na mesa, e apenas diz:

- Orbs…



Nisso um estrondo é ouvido, madeira e pratos se quebrando, e então uma voz:

- Eu avisei você garoto que estava se metendo demais naquilo que não lhe interessava, agora, por conta da sua intromissão, seus pais vão morrer junto com vc…

Mais sons de coisas se quebrando, até que:

- Mas saiba que antes de você morrer, eles vão primeiro, e vou querer que você veja eles serem destroçados e assim que você possa amargar toda a culpa antes de ser a sua vez.

Buck ouvia tudo aquilo com um misto de medo aterrorizante e ódio. Sua mãe tampava a boca, mas já se podia perceber suas lágrimas correndo a face, seu pai estava com um semblante de ódio, e Brad estava atento a tudo.

Nisso “ela” fala mais uma vez, Buck sabia que se tratava da “loira”, e a voz é ouvida ao mesmo tempo que algo sobe as escadas, passo a passo:

- Consigo sentir o cheiro do medo, seu medo e da sua família, sabe garoto, isso é quase um tempero para a carne, ela fica mais macia…mais tenra…quero olhar nos seus olhos quando estiver devorando seus pais antes de você.



A voz parecia mudar, ficava menos feminina e mais monstruosa, Buck sabia o que estava acontecendo, sabia que o confronto seria inevitável, mas logo sua respiração para, quando vê que ele e todos do quarto percebem a maçaneta da porta do quarto girar.

Seu pai age rapidamente e por puro instinto e atira com sua espingarda contra a porta, Brad atira logo em seguida, seguido de Buck, transformando o lugar num tiroteio.



Assim que tudo para, a porta está destruída, e ela aparece banhada em sangue, para terror de todos.



- Você sabe garoto que isso não é suficiente!!!!!



Ela salta para o quarto e vai de encontro ao seu pai o derrubando ao chão. Brad tenta reagir, mas é golpeado com tamanha força que é arremessado na parede, quase vindo a atingir a janela. Sua mãe grita e atira nela com um revolver, a acertando no pescoço, chamando a atenção da criatura, nisso seu pai grita, e se levanta quase que imediatamente e ataca a criatura no corpo a corpo.

O senhor Lombardi pega a coronha da sua espingarda e atinge violentamente o rosto da mulher, ela se vira para ele mostrando os dentes, o pega pelo pescoço e o ergue violentamente, fazendo sua cabeça bater no teto do quarto.

Brad atira mais uma vez contra ela, a fazendo soltar o pai de Buck, e indo de encontro à ele, ela se arremessa contra ele de tal maneira que Brad é jogado pela Janela da casa, a ponto de Buck ver seu corpo rolando pelo teto da casa e caindo.

Ela então se vira para Buck, suas roupas parecem rasgar e Buck vislumbra aquilo que confrontou, os pelos crescerem, sua altura mudar e nada daquela forma humanoide parecia restar daquela mulher.



Sua mãe atira mais uma vez contra ela, chamando sua atenção, e fazendo com ela se erguesse perante a mãe e a encarasse com seus olhos e dentes.

Buck sabia que se não agisse seria o fim.

Buck percebe que não teria tempo para nada, nem preparar a munição ou procurar Peter ou Tyler.
Ele segura a arma que seu pai lhe entrega e se concentra nos ensinamentos que seu pai havia lhe passado naquela semana.

- "Que seja" - diz Buck em meio a um suspiro e colocando a espingarda no ombro usando a bandoleira - "vou até a cozinha travar a porta"

Na cozinha Buck empurra a geladeira até porta, depois encosta a mesa na geladeira.

- "Não vai servir de nada isso, eles abrem isso como se fosse um castelo de cartas. Mas se eu falar isso vou tirar a esperança e vontade de lutar do meu pai"

Ao retornar para sala encontra seu pai empurrando os móveis em direção a porta enquanto Brad vira um sofá em frente a janela principal da casa. Neste momento o olhar dos dois se cruza e Brad entende perfeitamente o sentimento de Buck

Ele não diz coisa alguma, mas dá os ombros e logo depois dá um tapinha na arma. Buck entende o recado

- "Se é isso que nos resta para hoje, que seja como os Lombardi fazem. De cabeça erguida e do jeito certo"

Vendo que a parte da baixo da casa estava embarricada da melhor maneira que eles podiam fazer, o que era a mesma coisa que nada na visão de Buck.

Rapidamente Buck retorna ao seu quarto e coloca seu soco inglês no bolso da casa e sua faca presa no cinto atrás da calça. Eu descer ele coloca uma pistola na cintura e verifica se sua espingarda esta carregada.

Vendo que não restava mais nada a fazer no andar térreo ele diz:

- "Vamos para o quarto pessoal. Acho que o quarto do Oliver é a melhor alternativa, a janela dá acesso ao teto da garagem, em último caso podemos escapar por lá."

As palavras de Buck não traziam medo, mas também não traziam esperança. Para ele ver o sol nascer seria uma vitória inesperada.

O sol já havia se posto, e o toque de recolher já estava em curso. 

Da janela do seu quarto, Buck olha profundamente a rua isolada da pequena cidade de Everet Falls e pensa que nunca, mas nunca poderia imaginar estar numa situação dessas.

Haviam se passado muitas coisas totalmente imprevisíveis, assassinatos, lendas e monstros que se revelavam ser reais.

Seus devaneios são quebrados quando ouve uma discussão na parte de baixo da sua casa:

- …Não me venha com essa Lombardi! O que está acontecendo? Por que minhas coisas estão nessa mala e por que você quer que eu saia para a estrada desse jeito às pressas? Me conte o que está acontecendo?

Buck pode perceber que seu pai não havia conseguido ser discreto, mas a situação e o tempo escasso eram motivos suficientes para que seu pai estivesse apressado.

Ao abrir a porta do seu quarto, e descer um pouco as escadas, ele continua ouvindo a discussão:

- Amor por favor! Só pegue a estrada e vá embora! Leve Buck! Eu preciso ficar e resolver umas coisas que se resolverão hoje!

- Não senhor!!! Somos uma família! Sempre estivemos juntos nas piores situações!!! Não ouse querer que seu sai! Não permito que faça isso comigo!!!!

Buck vê sua mãe com o dedo apontado para seu pai, e a reação dele foi abraçá-la imediatamente. Por um momento, ambos apenas permanecem abraçados e Buck percebe que ambos também estão chorando.

Seu pai então olhando nos olhos de sua esposa diz:

- A situação aqui é diferente…não posso permitir que passem por isso, você, Buck, não posso perdê-los! Por favor amor…

Suas palavras são cortadas pelo som da campainha da porta, o que faz com que seu pai aja rapidamente, indo no corredor e se armando da espingarda na parede. Ele acena para que sua mãe se afaste e olha para Buck e pede para que ele fique atento.

Quando seu pai abre a porta, Buck pôde ouvir a voz de Brad:

- Boa noite Senhor Lombardi, vejo que tem a mesma marca na porta, vim ajudar, melhor que estejamos juntos.

Buck vê Brad entrando armado com outra espingarda de dois canos sob olhar incrédulo da sua mãe.

Seu pai então fecha a porta rapidamente e a trava:

- Entre Rapaz, Buck está lá em cima.

O Sr. Lombardi então se vira para sua esposa:

- Não temos mais tempo querida…melhor nos armar e travar todas as entradas da casa.

Buck ao descer as escadas recebe uma arma de seu pai, e vê sua mãe descendo para o porão certamente para pegar mais armas e munições.

Brad se aproxima dele e diz:

- Minha casa estava com a mesma marca, pensei que se eu tinha recebido vocês também teriam. Estou sozinho em casa, então achei melhor estar junto de vocês, pelo menos podemos ter mais chances.

O Sr. Lombardi ouvindo aquilo diz:

- Fez bem meu jovem, não sei muito bem o que iremos enfrentar, mas seja lá o que for, um bela carga de chumbo na criatura pode fazê-la recuar até que possamos nos reorganizar novamente, ou se Deus quiser, dar fim disso tudo hoje. Vamos começar a fechar todas as entradas, melhor recuarmos depois para um dos quartos, pelo menos o único acesso são as escadas.

Brad olha para Buck e logo depois observam sua mãe chegar com mais munições e distribuindo a todos.

- Vamos meninos, pelo que percebi da situação, agora só dependemos de nós mesmos. 

Buck ouve atentamente seu pai e seu coração fica aliviado ao ver que ele havia acreditado em suas palavras, mais que isso ele estava tão ou mais preocupado do que Buck

A menção do Senhor Lombardi a respeito das balas de prata estavam baseadas somente nas lendas, mas Buck tinha a informação que aquilo faria pouca diferença. Mas na atual situação qualquer vantagem deveria ser usada, afinal um tiro de bala de prata no coração deveria fazer alguma diferença.

- "Eu posso ver isso pai, darei um jeito de achar um armeiro. Já quanto a prata, a mamãe vai ficar louca da vida se você derreter aquele faqueiro dela, ela esta guardando aquilo desde o final da década de 50 esperando algum jantar chique."

- "Eu tenho que falar com o Brad amanhã cedo, ele deve conhecer alguém que cuida desta parte de munições, se bobear até ele mesmo deve fazer isso. Ou aquela loja do centro deve ter algo nos fundos."

Quando ambos descem do carro, tudo seria um teatro bem calculado para manter sua mãe fora daquele stress. Mas a porta da casa indicava outra coisa, que o tempo deles estava no limite.

- "Fodeu, fodeu, fodeu, fodeu.... "



Não havia dúvidas agora e Buck sabia que seu destino estava selado. Talvez a melhor opções fosse ele simplesmente sumir, mas seus pais ainda poderia ser alvos mesmo com sua ausência. Talvez todos sumirem, pegar o carro e retornar para Nova Iorque.

- "O pai nunca vai aceitar fugir" - Buck se lembra que seu pai somente saiu de Nova Iorque depois de delatar todos os policiais corruptos, não antes disto.

- "A gente não vai ter tempo pai. Melhor deixar tudo trancado e amanhã cedo eu vou conseguir a munição que a gente precisa." - Buck tenta manter a calma e entra na casa, mas antes diz - "A mãe não pode perceber."

Para tentar dar outro motivo para o stress na casa, assim que Buck entra na casa sua mãe esta no hall de entrada com os braços cruzados e antes que ela perguntasse algo Buck diz

- "O Julian já tem um advogado, não sei como mas ele já tem uma defesa! O cara é um bandido e tem advogado." - tudo era verdade e era mais fácil para Buck daquela maneira - "O pai falou que o xerife vai deixar ele informado"

Buck vai até a cozinha e recheia um pão com mortadela, provolone e maionese junto com uma garrafa de Montain Dew e diz:

- "Vou para o quarto um pouco, mas eu desço trazer o prato"

Buck vai até seu quarto, deixa o lanche e o refrigerante na escrivaninha e pensa

- "Devia ter pego a compota de ovos cozidos, esse lanche não vai dar nada"

Buck tira a camisa e olha para seu ferimento, aquilo era algo que o preocupava tanto quanto aquelas criaturas.

- "Um dia depois do outro. Amanhã vou procurar o Brad"

Buck só queria comer e dormir, e principalmente, acordar na manhã seguinte.

O senhor Lombardi ouve tudo muito atentamente, e apesar das confusões que seu filho já se meteu no passado, ele sabia de uma coisa, Buck não era um mentiroso.

Buck observa seu pai esfregar fortemente suas pesadas mãos em seu rosto, era muita coisa para digerir naquele momento. Depois de um tempo, seu pai abre a porta do carro e sai do veículo. Ele começa a andar de um lado para outro na frente do seu carro, enquanto Buck observa alguns veículos desviarem deles. Numa situação normal, era bem provável que os motoristas o xingassem, mas ao ver o semblante de seu pai, aqueles pacatos motoristas de Everet Falls, nem se atreviam a tanto.

Depois de um tempo, seu pai entra no veículo sem dizer nada e conduz ele até a sua casa. Ao estacionarem na frente da casa, ele desliga o carro e se vira para Buck:

- Embora eu seja extremamente contrário a isso, não diga nada disso para sua mãe…Não sei ao certo como ela iria reagir a isso, por que eu mesmo ainda não me “localizei”.

O Senhor Lombardi fica um tempo com seus braços apoiados no volante, e depois continua:

- Muito bem…seja lá o que essa coisa for, e o envolvimento daquela mulher nisso, temos que armar um plano Buck. O ideal seria atrair essa coisa até nós, para que pudéssemos pegá-la, mas como você disse que essa coisa te olhou como se te conhecesse, então não poderemos agir como se fosse um animal “irracional” e sim algo com consciência, o que torna tudo mais difícil… 

O senhor Lombardi olha para os lados e depois para Buck:

- Vamos supor, por um momento, que essa coisa seja..sei lá, um monstro como você diz, então, como diz as lendas, precisamos de prata Buck, prata pura. Amanhã, veja com seus amigos o que consegue desse material, enquanto eu vou ver onde podemos achar um armeiro aqui por perto que possa nos fazer uma munição com esse material. 

Ele para um instante olhando para o filho e depois continua:

- Escuta Buck…você precisa ter cuidado, suas alegações frente as autoridades dessa cidade, o fizeram de alvo para aqueles que sabem que você está ciente das coisas. Mesmo que o prefeito e o Xerife estejam envolvidos nisso, de qualquer forma, nossa prioridade é descobrir mais sobre essa mulher e acabar com essa “coisa” que está matando pela cidade.

O Senhor Lombardi joga seu peso todo no banco do motorista, como se estivesse refletindo muito sobre tudo aquilo.



- Se existe alguma relação entre as autoridades e essa “coisa”, temos que atacar essa “coisa” primeiro, porque daí, o Xerife e o Prefeito não poderão fazer mais nada. Nesse momento, temos que priorizar as vidas que estão correndo perigo, e depois, se for possível relacionar o Xerife e o Prefeito nessas atrocidades, eles serão levados à justiça.

O senhor Lombardi sai do carro, seguido por Buck e ambos percebem que sua longa conversa dentro do carro fora percebido pela sua mãe, que os observava da janela com um olhar de curiosidade e preocupação.

O senhor Lombardi acena para sua esposa, e depois se vira para Buck:

- Eu nunca escondi nada de sua mãe, mas as circunstâncias são muito adversas da nossa atual realidade.





Ao se aproximarem da porta, seu pai para bruscamente, e Buck leva um tempo para entender o que ele olhava tão fixamente na porta de entrada. Então ele depois entende, de que se tratava de um aviso, e que talvez não tivessem mais tanto tempo assim...

Ao ouvir seu pai falar Buck percebe que havia uma coisa que algumas coisas o deixavam muito irritado, e naquele momento havia uma junção de várias delas. Sua família corria perigo, Buck sabia de algo e ele não, a situação não estava completamente sob seu controle. Tudo aquilo culminava naquela explosão e com o carro parado quase no meio da rua.

Buck respira fundo e tenta dizer ao seu pai de forma sincera

- "Você quer a realidade e não quer qualquer fábula certo?" - O pai de Buck assente com a cabeça - "Então não sei se o que vou te dizer vai ajudar"

- "Tanto eu quanto você vimos o estado de Berny quando encontramos o corpo. Depois teve o velho Bruce, que estava muito bem armado e terminou pior que o Berny. E o porta malas do Brad, rasgado de ponta a ponta." - Buck para por um instante e deixa todas aquelas informações serem absorvidas pelo seu pai - "A gente sabe o que é um urso pai, e urso não faz isso. Urso não rasga uma lataria de um lado ao outro nem consegue desmembrar um homem armado com um rifle dentro do seu trailer."

- "Eu sei o que eu vi, e eu vi mais de uma vez. Eu vi, Tyler viu, Suzanna viu, Brad viu. Você pode perguntar para qualquer um deles e vão falar a mesma coisa do que eu. Não era urso, era algo muito mais bestial, maior e mais forte, mas aquilo não era um animal. Aquilo olhou para nós e sabia quem nós éramos" - Buck para um instante e sabe que se trouxer informações sobre a tribo poderá colocar seu pai em risco, então mantem tudo como sabia até o começo daquela manhã - "Por que o prefeito e o xerife estão encobrindo isso? E mais fácil seria eu dizer dinheiro, mas pode ser simplesmente por eles querem limpar o bairro do Berny e acharam que faz isso por prazer, eu não sei"

- "A única coisa que eu tenho certeza é que isso é real, tão real quando esse machucado que não fecha nas minhas costas" - Buck sente o coração pesado pelas expectativas a respeito deste ferimento - "Tão real quanto a ausência do Berny no nosso dia a dia"

Buck não sabia se seu pai iria acreditar ou não, se ele seria enviado para Nova Iorque ou não, se ele ficaria de castigo ou não. Mas não havia mais nada a dizer, aquilo era tudo que Buck poderia falar sem colocar seu pai em risco.

Enquanto observa Buck e seu pai saindo da delegacia, o Xerife Orbs se esforça para manter a calma. Mas as palavras daquele garoto, em relação à sua filha, o havia perfurado como uma navalha fria…



Ele então observa aquela “mulher” entrando em sua sala e o observando. Orbs sabia que havia muita coisa para conversar com ela, mas sabia que ela não tivera qualquer envolvimento no “incidente” com Buck e sua filha na biblioteca, mesmo assim, parecia que as “coisas” começavam a se entrelaçar de uma maneira perigosa, e por um momento, Orbs sente um certo arrependimento em fazer parte daquilo…

Ao entrar na sua sala, Orbs se senta na frente da mulher e ela então diz:




- Muito bem Orbs…o prazo está acabando e preciso saber se conseguiu o lugar onde está aquela maldita tribo.

Orbs a olha, de uma forma resoluta, e pensa como aquela mulher se porta como se fosse superior à ele, mas as coisas estavam começando a ficar fora de controle, talvez o prefeito não havia percebido isso, mas estavam ficando fora de controle…

Os valores monetários em questão, eram muito significativos, e Orbs precisava disso para garantir um conforto à sua esposa, e à sua filha, sem mencionar o apoio político que o prefeito iria ter no senado americano, mas talvez tivesse ido longe demais. Será que o interesse nas terras dessa tribo, que nem sabia se existiam por Everet Falls, era real? Ou havia mais coisas envolvidas? Aquilo faz com que sua mente fique em constante “movimento”, tentando achar uma ligação entre as alegações de Buck e a loira misteriosa. Orbs sabia que os ferimentos ocasionados nas vítimas não eram de um urso, mas não havia nada que pudesse provar que fosse algo além disso, sem dizer que o prefeito insistira em achar uma justificativa “real”, para que o verdadeiro foco não se perdesse. Mas Orbs sabia que havia pontas soltas demais, e que se deixasse isso ir além, talvez não fosse possível voltar mais atrás...  

Dentro do carro, Buck observa seu pai muito sério dirigindo em direção à sua casa, mas quando ele faz o comentário “ - Pai... você sabe que não tem urso nenhum certo? Que isso é historinha do prefeito e do xerife para não falar que tem algo muito pior por aí e provavelmente eles estão ganhando algo com isso.”, Seu pai olha para ele imediatamente e para o carro bruscamente:

Buck se assusta com a parada brusca, e então seu pai se ira para ele:

- Muito bem Buck! Começa a falar tudo que sabe e o que diabos está acontecendo! Tem gente morrendo com tudo isso, e não estou gostando de saber que você e seus amigos estão  bem no meio disso! Você disse que não existe urso envolvido, então o que diabos é??? Por que essa mulher te assustou tanto??? E por favor, não me venha com essa história de monstros Buck! Preciso saber o que está acontecendo de verdade, para que eu possa te ajudar! E não são contos de fábulas que precisamos nesse momento, preciso saber do real Buck! Da coisa real!! Agora e aqui! 

Para surpresa de Buck, talvez o senhor Lombardi não havia percebido, mas ele estava aos gritos dentro do carro. Agora caberia à ele, de uma vez por todas, fazer seu pai acreditar em tudo aquilo que ele havia passado e rezar para que as consequências não sejam mais catastróficas.

As coisas estavam escalando muito rápido. 
O Sr. Lombardi já estava discutindo na outra sala e o olhar da mulher estava sobre ele, fazendo sua espinha gelar.

Depois de um tempo o Delegado Orbs trás Lorenzo Lombardi de volta para a sala, mas o clima continuava tenso.

Buck se levanta, após ouvir que a mulher iria defender Julian

- "Essa vaca vai defender o Julian? Que filha da puta!!! Vai querer colocar esse merda para fazer o trabalho sujo" - Buck vira seu olhar para Orbs e pensa - "E esse imbecil vai deixar e colocar a Suzanna e risco"

Aquela certeza fazia o sangue de Buck ferver, ele apenas toca o braço do pai e diz:

- "Não tem mais nada aqui pra gente pai. Ela não vale a pena..... não aqui"

Após dizer isso, Buck se vira para Orbs e diz seriamente

- "Espero que você não se esqueça quem estava na alça de mira do Julian quando ele apertou o gatilho e a arma refugou." - Buck esperava que Orbs soubesse que era Suzanna, mas para não deixar dúvidas completa - "Não tem acordo com advogada de cidade grande que valha a vida da sua filha"

Buck se vira com seu pai e se dirigem para a saída, não antes de seu pai deixar claro para a tal advogada as condições dele. Estando ao lado do seu pai e com o xerife os observando, Buck arrisca e diz em tom jocoso

- "Quem diria que as lendas do Central Park eram só advogados"

Já no carro e em direção a casa deles, Buck não consegue segurar a ansiedade e diz:

- "Pai... você sabe que não ter urso nenhum certo? Que isso é histórinha do prefeito e do xerife para não falar que tem algo muito pior por ai e provavelmente eles estão ganhando algo com isso"

Aquela reação de Buck fora totalmente inesperada. Seu semblante era quase de um garoto à beira do pânico.

Orbs e seu pai olham para ele e depois para a bela jovem loira que adentra a delegacia com uma pasta e muito bem vestida.

Orbs olha com estranheza para Buck, mas parecia conhecer a mulher:

- Calma meu jovem, eu irei atendê-la e já volto para a sala.

Antes de sair, ele se vira para Buck e seu pai e diz:

- Só para conhecimento, aquela mulher é a Senhorita Vance, ela chegou recentemente na cidade, e é representante de um conglomerado imobiliário de NY e também advogada. Ela está aqui a negócios e também decidiu representar Julian na audiência com o Juiz Elliot. 

Buck quase tem um ataque cardíaco com aquela notícia, representar Julian? Por que o interesse nele? Aquilo fora estranho demais, ou talvez…convenientemente uma situação que ela pensou em se aproveitar, e Buck sabia que independente dos motivos, todos visariam algo contra ele, ou pior, contra seus amigos e sua família.

Buck, de repente, é sacudido por seu pai:

- Buck! Foi aquela mulher que te ameaçou naquele dia mesmo? Tem certeza! meu filho?

Buck estava trêmulo, e apenas assente com a cabeça. Nesse momento, seu pai levanta repentinamente da cadeira e pede para que Buck fique onde está e se dirige para a recepção.

Buck, pode ouvir uma pequena discussão na recepção da delegacia. Seu pai queria saber o porquê daquela mulher estar ameaçando seu filho e Orbs pedia para que ele retornasse à sala. 

Em meio aquela discussão, a mulher nada falava, e se mantinha resiliente em sua postura, mas mesmo observando toda aquela confusão, Buck pode notar que os olhos daquela mulher, mesmo sob a escuridão de seus óculos escuros, estavam voltados para ele, e aquilo fez Buck congelar.



Após um tempo seu pai é conduzido pelo Xerife Orbs até a sala onde Buck estava:

- Chega senhor Lombardi! Eu não irei permitir esse tipo de atitude dentro da minha delegacia!

- Ahhh sim! Que tipo de atitude permite??? De mulheres ameaçarem crianças aqui dentro!?

- Sr. Lombardi! Posso lhe assegurar que ela em nenhum momento ameaçou seu filho! Naquela ocasião, seu filho e os demais, estavam sob tamanho stress devido a assassinato que presenciaram, e se bem me lembro, ele havia se referido a essa tal “mulher no banheiro” como um ‘bicho”, então por favor, se contenha!

Orbs para um tempo, olha para a mulher ainda na recepção e depois se vira para o senhor Lombardi:

- Muito bem, acho que já chega por hoje. Podem ir, e caso se retirem da cidade, por favor me comuniquem. 

Orbs abre a porta da sala, e dá passagem para que Buck e seu pai saiam.

Buck então é pego pelo braço por seu pai, que mal percebia que quase estava arrastando Buck. Mas antes de sair, ele para e diz aquela mulher.

- Não sei quem é você, senhorita, mas saiba de uma coisa, não se meta com um “Lombardi” ou com qualquer um da minha família, por que senão a coisa vai ficar pessoal. Isso eu prometo!

Nisso Orbs o repreende:

- Senhor Lombardi por favor! Pode ir embora!

A mulher não responde ao seu pai e se limita apenas a observá-lo. 

Pela primeira vez, Buck nunca vira seu pai num estado tão raivoso daquele. Ele sempre tivera uma atitude amigável e contra qualquer tipo de violência, mas parece que aquela cidade estava forçando algumas situações e até mesmo, na vida e Buck, algumas revelações.

Quando entram no carro, Buck vê seu pai olhando para a delegacia e lá de dentro aquela mulher observava os dois.



- Não sei ainda o que está acontecendo Buck, mas seja lá o que for, precisamos nos preparar. 

A viagem de retorno se mostrou mais tensa que a ida.
Além da confirmação das informações que Buck buscava haviam duas coisas que não saiam da cabeça dele, agora ele sabia que aquele bando de garotos de 15 anos eram só um detalhe em toda aquela história, e na verdade não faziam qualquer diferença.
A outra e mais preocupante é que ele havia se ferido, com sorte aquele ferimento ficaria ali o incomodando por semanas. Caso contrário talvez o dia raiasse com ele morto por alguém da tribo.



Assim que Brad para o carro próximo a delegacia Buck abraça Suzanna e lhe dá um beijo e diz em seu ouvido.

- "Vai ficar tudo bem" - talvez nem mesmo Buck acreditasse naquelas palavras

E ao sair do carro diz a Brad

- "Você pode levar a Suzanna para casa dela?" - pergunta que Brad responde apenas acenando a cabeça. Buck agradece e vai em direção a delegacia.



Ao chegar é recebido pelo xerife que comenta o positivamente o comparecimento de Buck, que somente responde

- "Eu entendo o quão importante é isso xerife. Aquele cara tentou matar suas pessoas" 

O depoimento é extremamente processual, as perguntas eram feitas duas ou três vezes de formar diferentes. Mas Buck não entrava em contradição, afinal ele dizia somente a verdade inclusive a respeito da agressão que ele mesmo infligiu ao Julian. O único detalhe que oculta é o motivo de estar na biblioteca afinal aquilo era de cunho pessoal e não mudava em nada a investigação.

Depois de praticamente uma hora de depoimento o Xerife Orbs e o Sr. Lorenzo começam a falar dos próximos passos daquele processo, que provavelmente levaria a Julian a uma unidade de correção para jovens. Mas aquilo pouco importava para Buck que começa a olhar para fora da delegacia pensando que a alguns dias atrás sua vida era muito mais simples.

Então ele reconhece um rosto, ele consegue relembrar de um breve momento antes da transformação quando a face ainda era humana e aquela mesma mulher estava lá fora.



Buck avança lentamente sua mão sobre a mesa do xerife, sua palma da mão já estava molhada de suor frio.
Ele segura o pulso de Orbs e diz com a voz falhando, fazendo um esforço enorme para não entrar em pânico.

- "Aquela mulher, lá fora. Aquela loira com óculos escuros, ela que me ameaçou aqui na delegacia dois dias atrás, é dela que eu falei."

Buck segurava o pulso de Orbs com toda sua força, como se fosse sua ancora na realidade

A viagem havia sido silenciosa, igual a ida até a reserva. Muitas coisas passavam sobre a cabeça de todos ali, eram muitas informações que precisavam ser absorvidas e processadas.

Quando Brad deixa Buck no centro, perto da delegacia, ele nem percebe que mal se despede dos amigos, ele sai do carro, aturdido e caminha em direção ao seu local de destino.

Na frente da delegacia o Xerife Orbs o observa se aproximar:




- Que bom que compareceu, seu pai está aqui dentro.

Buck entra, sob olhar de Orbs, e vê seu pai sentado próximo à recepção. Ele se levanta e abraça seu filho e depois ambos são conduzidos até a sala do xerife.



Seu pai havia lhe lançado um olhar de aprovação, quanto ao comparecimento no compromisso na delegacia, e isso lhe causou um certo conforto naquele momento. 

A primeira parte do depoimento leva cerca de 1 hora. Buck, com o apoio do pai,  procura relatar exatamente o ocorrido com Julian na biblioteca, mas prefere não divulgar o real objetivo de suas pesquisas. Orbs até pergunta, mas Buck se limita apenas a dizer que era sobre atividade escolar.

Orbs e seu pai começam a conversar sobre as consequências criminais do ocorrido e as possíveis penas que poderiam ser imputadas à Julian, mas Buck se perde em seus próprios pensamentos naquela hora. 



Ele acaba virando seu rosto em direção à janela e fita aquela tarde de quarta feira muito quente na cidade. Ele só queria ir embora, queria estar naquele lago que Berny os levou, queria poder estar novamente em paz, queria poder voltar no tempo e ter problemas mais “mundanos” para se preocupar, como uma briga com a turma do Brad e não estar pensando que poderia se tornar uma “besta” daquelas. Quando imaginou na sua vida que teria um problema desse para resolver?

De repente, Buck sente sua espinha congelar, lá fora, alguém o observava, e não podia ser de jeito nenhum Suzanna, era ela…era aquela que o encontrou no banheiro da delegacia no final da tarde do dia 19/06/1972, a somente dois dias atrás...



E sua memória, do que ela poderia se tornar, era tão vívida quanto aquele encontro no banheiro.

Buck ouve atentamente seu pai, mesmo querendo falar ele não interrompe, e somente ao final ele diz:

- "Eu entendo pai. Por isso mesmo expliquei tudo para vocês, se fosse em qualquer outra situação uma escapada pela janela seria inofensiva, mas não é caso, né?"

- "Mas algumas coisas, principalmente para termos segurança, eu vou precisar falar com as pessoas. Mas amanhã a tarde eu te falo tudo que descobrir, se é que vou descobrir alguma coisa."

Buck come mais um pedaço de costela, mas não consegue guardar aquele incomodo referente ao exposto no centro comunitário

- "Você sabe que não foi um urso né pai? Aquilo foi uma grande papagaiada do prefeito para tentar acalmar o pessoal, mas não é urso nem por um cazz.... nem um caramba" - Buck limpa a boca, toma um gole curto de suco - "Espero nunca mais ver nem sombra daquilo"

Buck se levanta, abraça seu pai antes dele ir até sua mãe. Diz boa noite para sua mãe e sobe para seu quarto.

Porém a noite de sono de Buck é péssima, ele acordo por duas ou três vezes completamente suado e assustado, ele sonhava com aquela criatura, sonhava que tinha garras e pelos.



Pela manhã Buck se levanta, ao lavar o rosto nota as olheiras em seu rosto.

- "Droga de noite, estou mais nervoso do que eu imaginava." - Buck passa a mão sobre o ferimento, ele ainda incomodava - "Preciso passar a pomada e cuidar disso, não vai ser nada de mais. Não pode ser nada de mais"


Buck se prepara para ir encontrar com Brad. Toma seu café da manhã com ovos fritos, bacon, xarope de bordo, suco de laranja e fatias de pão doce, e pensando no tempo de viagem prepara uma pequena mochila com pães com ricota e pastrami, algumas maçãs e algumas tiras de carne seca.

Assim que Buck termina de falar, sua mãe logo o responde, quase se levantando da mesa:

- Bernard!! Você não se atreva a…

Mas antes que pudesse continuar, seu pai faz um gesto com a mão e sua mãe logo se cala e se senta novamente.

Buck havia presenciado apenas 1 vez seu pai ter uma atitude dessa para com sua mãe, e era referente a algum problema com seu irmão, que ele não lembrava naquele momento. Mas então seu pai se vira para sua esposa e diz de uma forma muito calma:

- Querida, preciso ter uma conversa com Buck, em particular.

Sua mãe pareceu entender completamente a situação e olhando para os dois, sai da mesa, retirando alguns pratos.

Seu pai fica quieto por um tempo, com os dedos das suas grandes mãos entrelaçados frente ao seu rosto, até que uma xícara de café lhe é servido por sua mãe. 




Pareceu à Buck que aquilo era um tipo de ritual, como que sua mãe já soubesse que aquele momento era a hora do café do seu pai.

O Senhor Lombardi então toma um grande e demorado gole de café, e gentilmente coloca a xícara na mesa, e logo depois olha para Buck:

- Buck, comprometimento indica um ato de fazer uma promessa recíproca. Por esse motivo, requer responsabilidade da parte de quem se compromete. Ouvi atentamente a sua história e a responsabilidade na qual se comprometeu junto ao seu colega ou amigo, e respeito isso. 

Ele faz uma breve pausa e continua:

- Pois bem, acredito que não preciso dizer o quão sua situação é cuidadosa aqui na cidade e principalmente junto a sua família, mas não posso ignorar o fato de que você está crescendo, e que de alguma forma, essas adversidades constantes nesta cidade de alguma forma parecem estar te moldando, e acredito que seja para melhor. 

Seu pai toma mais um gole de café e continua:

- Tenha em mente que todas as suas ações têm consequências, mas eu e sua mãe, como pais, não devemos lhe privar de certos ensinamentos que somente a vida proporciona. Então, sabendo, acredito eu, o quanto você está ciente da sua situação e de seus deveres civis, vou autorizar que você cumpra com aquilo que combinou com esse rapaz Brad. Mas, como ainda é menor de idade, e de acordo com a situação que estamos vivendo, gostaria que, dependendo do contexto da situação, falasse com seus pais antes, tudo bem? Agora vou explicar a situação com sua mãe.

Seu pai passa a pesada mão na cabeça de Buck, como se tivesse “carimbado” sua autorização e deixa a mesa.

Buck pode observar seu pai se encontrando com sua mãe na sala e depois de uma breve conversa, ambos se abraçam.

Por um momento ele os observa, e tenta acreditar que se existem casais tão comprometidos e alinhados como seus pais, e nesse momento, se lembra da vida de Arny, e como aquilo fazia toda a diferença.

Apesar da preocupação com toda aquela situação Buck precisava comer, ele havia passado a tarde inteira pela cidade e sua barriga roncava como um motor de dodge.

Enquanto mastigava Buck pensava na situação

- "Mas que droga, como vou ficar em casa se tenho que ir até a reserva? Posso esperar meus pais saírem e ir até o centro." - mas Buck se lembra das inúmeras vezes que falou com seu pai, e aquele pensamento iria de encontro a tudo que ele aprendeu - "Não... não posso trair a confiança dos meus pais. Eles vão precisar entender que preciso sair amanhã cedo."

- "Hum, eu entendi pai, mas tem uma coisa... humph" - Buck começa a falar enquanto terminava de mastigar - "Eu havia marcado com o Brad de falar com ele amanhã cedo. Os problemas que tivemos ficaram para trás, depois daquela briga a gente se entendeu e ele justamente falar com a família do Julian e com o Julian, mas tentar colocar um ponto final nisso."

- "Eu sei que vocês estão preocupados, e eu também estou" - e pensa - "Não só com o Julian, mas com mais coisas" - e prossegue - "é muito importante eu encontrar com ele até para saber em pé estão as coisas com o Julian, não sei qual é a da família dele."

- "Eu não estarei sozinho, estarei com o Brad e com a Suzanna." - Buck se lembra da visita a reserva e tenta colocar de alguma forma na conversa - "Já tínhamos combinado antes disso tudo que íamos até a reserva vizinha para conversar com o pessoal de lá, parece que eles sabem algo sobre este bicho que esta atacando."

- "Vou estar bem, não estarei sozinho e é coisa de uma hora e pouco fora. Posso voltar para casa ou passar o resto da manhã na loja com você pai. Assim você vai saber a hora que vou chegar."

Buck estava sendo o mais transparente possível, justamente para evitar desconfiança de seus pais.

- "É uma coisa de cada vez. Primeiro falar com o xamã da reserva e entender qual a real história o Orobhoro. Depois descobrir o quanto eu estou fodido por conta deste ferimento, e depois dar um jeito de mudar a ideia de me mandar para o meu irmão"

Buck volta a comer e aguarda a aprovação de seus pais, ou seria obrigado a fugir no período da manhã e voltar o mais rápido possível.

- Uma arma!!!!?????? Mas que loucura é essa???

Enquanto a mãe de Buck fazia a ficha de seu filho com a atendente,  seu pai o obrigara a descrever os eventos que se sucederam referente ao encontro dele com o rapaz Julian. Nesse momento, a mãe de Buck se junta ao assunto e se senta  chocada com os eventos:

- Minha  Nossa Senhora!  Buck meu filho, eu acredito que seja necessário você se mudar dessa cidade e ir morar com seu irmão por um tempo.

Enquanto seus pais discutiam Esta possibilidade Buck, é chamado pela atendente para se aproximar e ser encaminhado ao médico.  O pai de Buck olha para ele querendo dizer que deverão ter uma conversa muito séria a respeito de tudo que está acontecendo, e sua permanência na cidade. 

A atendente pede para que um dos responsáveis acompanhe seu filho na consulta ao médico e a mãe de Buck resolve  acompanhar seu filho.

Ao se apresentarem junto ao consultório médico, o Doutor Daril, um jovem médico que não deve ter chegado nem aos seus 40 anos, lê cuidadosamente a ficha de Buck e pede para que ele se sente na maca e retire a camiseta, sob olhar preocupado de sua mãe.

Após alguns minutos, o doutor  se vira para Buck e pergunta-lhe:

- Foi atacado por algum animal meu jovem?



-  Não se preocupe jovem, é apenas uma pequena infecção, vou aplicar uma injeção e tome esse remédio e no máximo em um ou dois dias, você já vai estar melhor. Caso a situação não se altere me procure imediatamente.

Sentado e extremamente preocupado, Buck nem chegar a notar a dor da injeção em suas costas, nem mesmo os incessantes questionamentos de sua mãe para com o médico referente à sua ferida.

Após o término da consulta, ele é liberado e ambos se encontram com seu pai no corredor do centro médico. 

Seu pai abraça sua mãe e depois o abraça, e logo depois questiona a sua mãe sobre o ferimento de seu filho. Mas Buck estava completamente alheio a tudo a sua volta devido a preocupação no ferimento no seu ombro, pois haviam lendas que se tornaram realidades ,  e até quando essas lendas estariam certas? 

Em meio aos seus devaneios, ele nem percebe quando chega em casa, e nem mesmo se lembra quando saiu do carro até entrar na sala de estar. Sua mãe o abraça novamente e  lhe diz para que ele se lavasse, por que ela iria fazer o jantar.

Após seu banho, com cuidado de não estragar o curativo em seu ombro, ele se depara com seu reflexo frente ao espelho do banheiro.  Será que as lendas eram verdadeiras? Se realmente ele tivesse sido ferido por aquela criatura, estaria fadado a maldição de se tornar uma delas? Aquilo faz com que seus pelos do corpo se arrepiem, só por pensar no perigo que poderia causar junto a seus pais e as pessoas à sua volta.





Após se servir e começar a se alimentar, seu pai quebra o silêncio e se vira para Buck:


Sua mãe logo continua:


- Meu filho, a situação é muito perigosa para você, como foi relatado, você quase tomou um tiro, eu acredito que seja melhor você não sair de casa desacompanhado por esses dias. Mesmo que o rapaz esteja preso, eu não tenho qualquer segurança em autorizar que você saia de casa. 

Buck sentado à mesa olha para sua mãe e depois para o seu pai, que concordara com a posição de sua mãe. Ele tinha muitos problemas e muitas coisas a serem resolvidas, e agora mais essa dentro da sua casa.


-  Meu Deus do céu o que será agora?


- Boa noite xerife Orbs,  aconteceu alguma coisa?

-  Boa noite, eu vim apenas verificar se vocês estão bem, e pedir para que amanhã às 14 horas estejam na delegacia para darmos seguimento a situação do seu filho.

- Agradeço a preocupação, e amanhã estaremos no horário.

- Obrigado.

Buck e sua mãe observam seu pai fechando a porta, e o barulho do carro da viatura se distanciando. Nisso seu pai se senta novamente à mesa, e se vira para Buck:

- Muito bem filho, acredito que hoje você passou por muita coisa e é melhor descansar, porque amanhã temos um dia cheio, e como sua mãe disse, fique dentro de casa até que eu me encontre com você e o leve na delegacia depois do almoço.

Buck estava sentado à mesa olhando para os dois, mas sabia que amanhã precisaria urgente estar com Brad para se verificar a tribo indígena que poderia ser de muito valia, caso alguma coisa ocorresse com ele mesmo, mas agora se encontrava numa situação delicada junto a seus pais.

O membro 'Guzzon' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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'Dado D6' : 3, 3, 6

As palavras de Julian eram mais do que simples ameaças, ele realmente não tinha coisa alguma a perder. Mas o sangue de Buck ainda estava quente e ele enxerga aquilo como uma tentativa de Julian em dar uma última palavra

- "Eu sei que você vai tentar Julian. E sabe o que vai acontecer? Você vai apanhar mais ainda seu merdinha." - Buck olha para a arma no chão, um tiro agora ainda poderia ser auto defesa, mas a arma não funcionava - "Você esta sozinho Julian, você não tem apoio mais. E se você realmente quer colocar um alvo nas costas de todos, talvez você nem acorde amanhã"

*** Intimidação NH 12 vs 12 : Sucesso ***

Mas Buck para de falar assim que percebe os policiais chegando, ele já um passo para trás para se afastar de Julian e  ouve as palavras do xerife, mas ele já não tinha mais paciência para tudo aquilo.

- "Xerife, com todo o respeito, eu estava lendo na biblioteca" - Buck aponta para Julian - "Até esse merda aparecer aqui e tentar dar um tiro no peito da Suzanna"

Buck fazia questão de deixar claro que o alvo inicial foi Suzanna, ele sabia que o xerife tinha prioridades e a sua filha era uma das primeiras

- "Nem problema com o Brad a gente tem mais, isso já foi resolvido. O único que esta puto é o Julian, o único que puxou uma arma e o que disse que não vai descansar até meter uma bala em mim e em todos do grupo" - Buck olha para Suzanna

- "Mas o senhor esta certo, precisamos ir para o centro comunitário. Mas faço questão de ir com meus pais na delegacia depois do comunicado para fazer tudo que a lei pede para que esse ordinário não saia de trás das grades tão cedo."

Antes de sair Buck pega um rolo de papel no banheiro e começa a limpar o sangue de seu rosto e braço, faziam somente quatro dias desde a briga na lanchonete e ele esta todo machucado novamente. 

Já na rua Buck abraça Suzanna, ele tinha pouco a falar e ainda estava irritado com toda a situação

- "Vamos para o centro Suzanna, quero encontrar o pessoal por lá. Principalmente Arny e Brad que estão a mais tempo aqui na cidade, descobri algumas coisas, sobre uma tribo indígena, vamos precisar de mais informações."

Buck fica observando seu algoz deitado ao chão e tentando respirar, havia sangue no chão e espirrado em alguns livros. 

Ele mesmo estava ofegante, embora tenha dado uma surra em Julian, ele estava longe de possuir uma condição física adequada para um jovem da idade dele.

Buck observa a arma no chão e a chuta para mais longe, para evitar qualquer tentativa de Julian de uma reação inesperada. Ele vê Julian se rastejando para poder sentar e encostar suas costas na enorme prateleira de livros. O jovem limpa o sangue e seu rosto e fica olhando para Buck, e o olhar era de puro ódio.



Julian cospe no chão e se dirige à Buck tossindo:

- Acha que isso vai acabar aqui gordo de merda? (sequência de tosses). Posso te garantir que não vai. Se eu fosse você pegava aquela arma e atirava em mim agora, por que na próxima eu vou me certificar que a arma funcione (sequência de mais tosses).

Buck observa Julian, e percebe que ele estava falando sério. Então, inevitavelmente, seu olhar se desvia para o revólver no chão, então um momento de silêncio e pensamentos invadem a mente de Buck…mas no mesmo momento, ele ouve alguém o chamando:

- Buck!

Era Suzanna, acompanhada de outro policial e seu pai, o xerife Orbs.

 

O Xerife observa, silenciosamente, sua filha correr em direção à Buck e o abraçá-lo. Ele não retira seus óculos, mas Buck percebe que seu olhar é diretamente à ele.

O outro policial que o acompanha, levanta Julian e o coloca preso com algemas. Ele pega a arma do chão, com o devido cuidado,  e a entrega num plástico para o xerife.

O Xerife orbs apenas acena para que o policial conduza Julian para a viatura e depois que eles saem, ele se vira para Buck:

- Obrigado por salvar minha filha…mas de qualquer forma, o senhor e sua turma andam se envolvendo em muitas coisas ultimamente…e isso pode fazer com que minha filha esteja em perigo também, como ocorreu agora. 

Orbs tira seu chapéu e esfrega o suor na sua testa com sua mão, estava calor, e os problemas daquela cidade estavam começando a crescer exponencialmente, ele precisava voltar para o centro educacional, pois havia ainda um comunicado a fazer para os cidadãos de Evert Falls. 

Ele olha para aquela bagunça e o sangue no chão, depois olha para sua filha e diz:

- Leve seu “amigo”, como ele não está machucado, melhor irem agora para o centro e aguardar lá.

Ele então coloca o chapéu e se vira para Buck:

- Vou ter que notificar seus pais a respeito disso, pois houve uma tentativa de homicídio, agora melhor saírem daqui.

Suzanna segura as mãos de Buck e o puxa para fora da biblioteca, deixando Orbs com seus pensamentos.

O xerife fica olhando todo aquele ambiente, e embora uma coisa não tenha relação com a outra, as coisas estavam ficando fora da normalidade da cidade. 

Estavam havendo assassinatos, duas pessoas confirmadas e outra desaparecida, brigas, e agora uma tentativa de assassinato. Era visível que o “clima” da cidade estava muito tenso e ele sabia que seria cobrado pelos cidadãos da cidade e ele sabia também que tinha seu envolvimento nisso. 

Do lado de fora, Suzanna, abraçada à Buck, o leva para o centro educacional da cidade, que já estava lotado, com pessoas aparentando aborrecimento por conta do atraso do xerife.

O membro 'Guzzon' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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#1 'Dado D6' : 3, 1, 5

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#2 'Dado D6' : 1, 4, 5

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#3 'Dado D6' : 3, 2, 3

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#4 'Dado D6' : 2, 2, 3

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#5 'Dado D6' : 1, 2, 1

Quando Suzanna o abraço Buck retribui igualmente, ao sentir seu cheiro e a suavidade de sua pele percebe o quanto sentia falta de estar com ela. Era um misto de sentimentos, ela era uma garota incrivel, mas além disso havia um espaço emocional em Buck, uma necessidade de amparo que toda aquela situação causada que ele se apoiava em Suzanna.
Estar com ela fazia ele se sentir menos amaldiçoado por tudo aquilo.

- "Não se preocupe Suzanna, tenho certeza que Berny sabe que você queria estar por lá." - Buck passa os dedos pelos cabelos de Suzanna - "Temos que ir para o centro comunitário, se o seu pai souber que você esta aqui vai acabar de trancando em casa. E tem umas coisas que eu quero te contar, mas vamos precisar ver com o Arny ou com o Brad que são locais para ajudar"

Neste hora Buck percebe uma pessoa impedindo a saída deles do local, era somente uma silhueta.



Mas ao ouvir as bravatas estava claro que se tratava de Julian. Mas pior que isso, ele estava armado.
Buck se mantem em posição de atenção, pensando qual seria o melhor momento de empurrar Suzanna para o meio do corredor em segurança e partir para cima de Julian, com sorte ele conseguiria derruba-lo no chão.

Mas as coisas não ocorrem como ele imaginou. Na verdade, em situações de briga, as coisas nunca ocorrem como o planejado e Buck sabia disso.
Suzanna entra na sua frente e grita com Julian, uma péssima ideia, com certeza ele já contava em deixar um corpo para trás, deixar dois não mudaria nada.
Mas a arma falha, evitando que Suzanna fosse morta, mas o "click" seco da arma fez o coração de Buck disparar, só o fato de imaginar Suzanna com o peito encharcado de sangue fazem com que Buck sinta seu sangue ferver, seus punhos se fecham institivamente, seu ouvido ouve somente um zumbido.

As palavras de Julian eram um eco e até mesmo Suzanna que gritava algo era um som distante.

## QI para evitar entrar em Fúria Qi+Vontade : 9 vs 13 : Sucesso ##

Mas Buck respira e consegue controlar a fúria que crescia dentro dele, ele poderia dizer que estava amadurecendo mas também poderia ser o medo de agredir Suzanna de alguma maneira

Julian já avança para cima de Buck, segurando a arma como um soco inglês, o olhar dele era cheio de raiva

O primeiro ataque de Julian é completamente aberto e previsível, e Buck somente joga seu corpo para baixo e em seguida empurra Julian para o lado, fazendo com que uma das mesas da biblioteca ficasse entre eles e Suzanna.

Buck se vira para Suzanna e diz:

- "Liga para a policia vir aqui AGORA!" - e rapidamente ele se vira para Julian e diz - "Escuta aqui seu merda, eu vou bater tanto em você que você vai rezar para a policia chegar logo e te prender. Você NUNCA devia ter ameaçado a Suzanna, você vai se foder muito agora" - Buck estava bufando de raiva - "Estou precisando muito descarregar minha raiva e vai SER EM VOCÊ!!!"

## Intimidação NH 12 vs 10 : Sucesso por 2 ##

Buck parte para cima de Julian que não recuou frente as palavras de Buck.

Os primeiros socos de Buck passam pela guarda de Julian e atingem sua linha da cintura, mas ele não recua e dispara dois socos em Buck que consegue aparar ambos, mas o uso da arma como soco inglês abre um rasgo no braço de Buck que sente o sangue escorrendo.

Buck tenta derrubar Julian chutando suas pernas, Julian consegue se apoiar na mesa mas seu gemido deixava claro que o chute havia atingido seu joelho. Ele revida com duas tentativas de socos no rosto de Buck que recua, mas a coronha da arma atinge sua maça do rosto fazendo um pequeno corte.

- "Essa merda de arma vai me foder, até sem funcionar"

Julian tinha a mesmo percepção e ataca novamente, mas Buck estica o braço e pega uma enciclopédia da prateleira e bate na mão de Julian prendendo a mão entre a mesa e o pesado livro, um som de graveto quebrando podia ser ouvido e o rosto de Julian se contorce de dor. Ao tirar o livro era possível ver que três dedos da mão de Julian estavam em posições erradas.



Julian deixa a arma cair e segura sua mão olhando os dedos, Buck não perde tempo e atinge a lateral do rosto de Julian com o livro fazendo ele virar de lado, Buck atinge novamente sua nuca com o livro fazendo ele cambalear. Um chute bem dado na altura do joelho faz Julian cair de joelhos, sua tentativa agora era se levantar e sair dali.

Buck não perde tempo e segura Julian pelos cabelos e desfere um soco em seu rosto, depois outro e mais um.

- "Seu merda! Você tá fodido!"

Julian tenta revidar, mas sua mão com os dedos quebrados não tinha mais força. Buck percebe o soco fraco e desvia o corpo, agora com as duas mãos segurando os cabelos de Julian ele ergue sua cabeça e desce com força na mesa, o era alto como uma martelada e o impacto abre um corte do supercílio de Julian que tenta segurar os braços de Buck, que puxa os cabelos de Julian para baixo novamente fazendo seu joelho atingir o nariz dele.

Os joelhos de Julian fraquejam com o golpe, Buck percebe e gira seu corpo segurando os cabelos de Julian e arremessando ele de costas em uma das prateleiras de livros. Buck olha para suas mãos e tufos de cabelos loiros estavam presos entre seus dedos.



Julian tenta se levantar e ao perceber isso Buck corre em sua direção atingindo ele com um chute frontal no meio do peito, todo o ar sai dos pulmões de Julian que cai no chão levantando as mãos o peito e tentando buscar ar.

Buck fica olhando Julian, sua vontade era desferir mais alguns chutes em seu rosto, mas ele somente iria esperar a policia.

## Briga NH 14 vs 8 : Sucesso por 6 ##
## Briga NH 14 vs 7 : Sucesso por 7 ##
## Briga NH 14 vs 4 : Sucesso por 15 FULMINANTE ##

## média 9,3 ##

O membro 'carlosmichebr' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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#1 'Dado D6' : 4, 6, 2

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#2 'Dado D6' : 6, 5, 6

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#3 'Dado D6' : 4, 1, 3

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#4 'Dado D6' : 6, 4, 2

Ao caminhar pelos corredores da biblioteca vazia, em direção a saída, Buck percebe que precisaria trabalhar bem com as informações que havia conseguido. Qual seria a relação dessa entidade “OROBHORO” com os acontecimentos atuais? Havia sim uma ligação, mas ainda não tão clara. O lugar dessa ossada estaria ainda lacrado? Haveria aqui em Evert Falls um xamã que poderia ter recebido de seus antepassados o local da ossada? Talvez se encontrasse esse xamã, poderia obter mais respostas. Eram muitas perguntas que precisavam sempre de mais respostas, mas  o que o deixava aliviado era “Berny” o ajudando de um jeito ou de outro, mas daí ele se lembra que o corpo de Spinosa estava também desaparecido…. 

Buck então ouve alguém lhe chamando, e quando se vira atrás dele, percebe se tratar de Suzanna.

Ela corre para abraçá-lo e Buck sente o quanto ele era especial para Suzanna:



- Buck! Saudades! Precisava muito de você. 

Ela então o beija e depois o olha profundamente. 

- Meu pai proibiu de ir no enterro de Berny, eu queria ter ido acredite. 

Mas antes que pudesse responder, uma pessoa aparece do outro lado da saída do corredor onde estavam e parecia ter em mãos um objeto metálico.

A luz estava brilhando atrás dele, o que deixava para Buck apenas uma silhueta, mas no momento que ele fala, Buck percebe de quem se tratava e isso lhe causa um temor profundo, não por medo e sim por que Suzanna estava com ele e na frente deles estava Julian, portando um revólver.

 

Julian, fica batendo a arma na madeira da prateleira onde estava os livros, e então aos poucos se aproxima de Buck e Suzanna, apontando sua arma:

- Eu disse seu gordo de merda que a nossa treta não ia ficar para trás…eu avisei…mas vocês acham que eu sou covarde que nem o bosta do Brad? ahhh eu não sou não! Eu resolvo minhas tretas! Você e essa vadia vão ser os primeiros e depois tem aquele negrinho de merda, vou matar ele e aquela família imunda dele.

Rapidamente, Suzanna se põe na frente de Buck para surpresa dele:

- Você ficou maluco Julian!? Larga isso!!

Então como se tudo ocorresse em câmera lenta, Buck vê Julian apontar a arma para Suzanna e apertar o gatilho, mas inesperadamente a arma falha e Buck vê Julian partir para cima deles.


JOGADAS NPC JULIAN:


- ARMA DE FOGO (NH 11): 12 - FALHOU POR 1


- BRIGA NH 12 - 17 - CRITICO
- BRIGA NH 12 - 8 - PASSOU POR 4
- BRIGA NH 12 - 12 - PASSOU


MÉDIA BRIGA: -2