CHRISTOPHER SCHNEIDER

Naquela manhã após o café enquanto se encaminhava para a loja, um pensamento vem a sua mente:

(Me parece que algumas coisas estão melhorando...)

É a primeira vez que Chris pensa assim desde que se mudou. Talvez as atitudes de Matthew ou as palavras de sua mãe, tenham uma forte influência nesse sentimento. Talvez Suelen....bem...provavelmente as três coisas.


Ele chega na loja:

"Oi Suelen, tudo bem? Como foi de festas?"

"Eu lhe trouxe o dinheiro referente as roupas que peguei outro dia. Não aceitarei não como resposta. Eu vi que você colocou dinheiro do próprio bolso na caixa registradora aquele dia e lhe agradeço, mas não acho justo"

E deixa o dinheiro no balcão da loja ao lado do caixa.

Em relação as aulas ele responde:

"Sim, irei sim...só passei antes aqui pra te ver...errr quer dizer...pra deixar o dinheiro das roupas"

Ele olha pro chão por um momento visivelmente embaraçado e muda de assunto:

" Hoje irei procurar a pessoa que me indicou referente ao time de Hockey. Após a aula quero treinar um pouco algumas manobras e aponta pros patins de gelo pendurados em seu ombro"



"bem...preciso ir, senão me atrasarei para a aula"

Ele estava saindo, quando se vira e observa Suelen alguns segundos como se procurasse as palavras corretas e pergunta de forma tímida:

"..aqueles idiotas de outro dia, já estiveram aqui na loja antes? Já haviam....tipo.... tentado lhe machucar?"


Chris se lembra do simbolo nas jaquetas e depois vai tentar descobrir mais sobre eles.

A ceia de Natal havia sido explêndida. Um pouco - um pouco - mais relaxado Chris resolve dar um pouco de atenção a Matthew que fez questão de serví-los durante o jantar. Havia preparado tudo, o que fez com que Chris e sua mãe tivessem apenas o trabalho de comer. Matthew e Emma conversam muito sobre a vida e planos para o futuro da família. Seu padrasto era realmente muito dedicado a família.

Em determinado momento Matthew levanta-se e vai até a despensa a procura de uma garrafa de vinho. Sra. Schneider olha para os olhos de Chris com um sorriso de alegria. Ela sempre fez questão dessas reuniões familiares.

"Olha Chris...devo confessar a você que estou muito feliz e orgulhosa de você. Sei que não gosta de falar sobre isso, aliás, sei que não gosta de falar. Mas é muito importante para mim esta chance que está dando a Matthew. Claramente esta aproximação deve em certos momentos ser dolorida para você, mas acredito que de alguma forma você entendeu que ele não é seu inimigo. Não precisa ser seu amigo...mas certamente não lhe deseja o mal, muito pelo contrário. 


Você já parou para pensar que ele decidiu ficar com uma viúva, mãe, dona de casa e simplóra como eu? Aceitar tudo isso com amor, proteção e dando oportunidades para que hoje tenhamos uma vida confortável? Ele é uma boa pessoa...acredite nas palavras de sua mãe, pois eu JAMAIS colocaria sua felicidade em jogo. Se um dia você pedir para que eu abandone, não pensarei duas vezes em fazê-lo para estar ao SEU lado. Você é minha maior riqueza e o maior presente que Deus me deu. Obrigado Chris. Está de parabéns."

Timidamente Chris esboça um sorriso e neste momento Matthew chega à sala de jantar com um bela garrafa de vinho alemão.

Após arrumarem a loja, Chis e Suelen aguardam Matthew enquanto estão sentados na calçada.
Suelen apresenta Ben e Chris o cumprimenta com um aperto de mão:

"Olá Bem, meu nome é Christofer! Vejo que a simpatia é de familia"
" Espero que aceitem uma carona pra casa, porém tenho certeza que Matthew irá oferecer de qualquer forma".

Chris gostou de Suelen e Ben assim que os conheceu. Ambos são amistosos e lhe fazem se sentir acoilhido e bem quisto.
Ela tem algo no olhar que mexe com ele...algo que ele ainda não sabe explicar direito.
Quando ela tocou sua mão ele sentiu um calor nas bochechas e tentou disfarçar...



Quando chegam na casa de Suelen e Ben, Chris faz questão de guardar o endereço mentalmente, para anotar depois.
Ele se despede de ambos, porém, pára os seus olhos nos de Suelen por um tempo maior...e sorri brevemente, de forma tímida.
Ao ver o homem com o taco na mão,  lhe chama muito a atenção.



Chris sente algo estranho na sua nuca (talvez um mal pressentimento) e percebe seu dedo ficando prateado.....

(Não...não...preciso me controlar)

Nesse momento Matthew começa a sair com o carro.
Chris já percebeu que momentos de stress causam a tranformação, porém ele sabe muito pouco sobre como controlar isso.
Ele tenta aliviar sua mente, enquanto esconde as mãos nos bolsos.
Ele diz ao Matthew:

"Obrigado por vir me buscar. Também agradeço por não envolver minha mãe. Depois lhe explico melhor o que houve"
"Ao chegar entrarei pelos fundos, tomarei um banho e descerei pra ceia de Natal"

Chris vê valor no apoio que Matthew deu a ele hoje e por isso tenta ser legal com ele ou pelo menos, menos seco.
Ao chegar, Chris sobe, toma um banho e desce jantar.
Durante a ceia tenta ser agradável (ou pelo menos não ser desagradável).




Explica a mãe sobre a loja e a garota que conheceu e que durante a semana irá procurar o técnico de Hóquei local para conversar e quem sabe fazer um teste.
Chris come além do necessário...A comida estava ótima.



Casa de Chris enfeitada para o natal.

Chris dorme bem aquela noite, algo raro nos últimos anos. No dia seguinte permanece em casa, arrumando a garagem a pedido da mãe e seu quarto.
Escuta Rock e le suas HQs.

No dia 26/12 ele acorda disposto, abre sua gaveta do quarto e dentro de uma caixa pega dinheiro (fruto de uma mesada que ganha da mãe). Ele pensa:

(Isso deve ser suficiente pra pagar o moleton e a calça).

No fundo ele quer ver Suelen e também não acha de forma algum justo que ela pague pelas roupas.
Pega seus patins de gelo, toma café, dá um beijo na mãe, um tchau a Matthew e se dirige a loja onde ela trabalha.

Chris retorna à loja e observa Suelen tentando colocar as coisas em ordem, porém totalmente consternada. Ele fecha a porta da loja virando a plaquinha de FECHADO para fora. Ele percebe que ela sente-se um tanto quanto envergonhada pelo ocorrido.

"Esse trio chegou na cidade há pouco Sr. Vivem causando problemas e atacando nossa pacata cidade. Não se preocupe com a organização, faz parte do meu trabalho e nunca sentiria-me bem trazendo esse transtorno para um de nossos clientes."

Ela sorri timidamente, arruma seus cabelos e suas vestes um tanto quanto amassadas devido ao ataque.

Chris comenta que seu padastro pagaria pelas roupas pegas na loja, porém Suelen mais que rapidamente replica.

"Não...devo discordar do Sr....digo, Christian. O mínimo que devo fazer é oferecer estas vestimentas em meus pedidos mais sinceros de desculpa pelo transtorno que teve aqui em nosso estabelecimento. Jamais poderia aceitar este pagamento, e não se preocupe...os proprietários de nossa loja possuem a mesma política de atendimento."

Chris fica um tanto constrangido e insistindo em ajudar a tirar as coisas do chão nota com o canto dos olhos Suelen tirando dinheiro de sua bolsa e colocando no caixa. Certamente estava pagando pelas roupas que ele decidira adquirir. 

Após organizarem tudo a loja é definitivamente fechada e ficam em frente da calçada na qual o frio os impossibilita de ficar lá por muito tempo. Olhares se cruzam e Suelen toca suas mãos e simplesmente diz: "Obrigada".

"Preciso voltar para casa, preciso cuidar de Ben. Ele é meu irmão e não gosto de deixar ele sozinho por muito tempo com meu pai. Gostaria de usar o telefone? Ligar para sua família? Assim não precisaria andar muito para chegar em seu lar. Não faço a mínima idéia de onde você vive, mas este inverno está muito rigoroso e seria bom uma carona, não?"

Suelen toca nas mãos de Chris mais uma vez. Extremamente carinhosa. Toca nos nódulos de seus dedos e aquele olhar novamente o toca.

Chris reabre a porta da loja.

"Sim, vou ligar para meu padrasto. Não seria uma boa idéia deixá-los preocupados. Digo, minha mãe e meu padrasto."

Chris usa o telefone e em poucos minutos de conversa combina com Matthew.

Ao sair da loja vê Suelen conversando com um garoto. Praticamente da mesma idade, gordinho, bochechas rosadas e aparentemente muito carinhoso. Ele segura as mãos de Suelen, lhe dá um beijo e um abraço.

"Chris, esse é meu irmão Ben..."

As coisas começam a voltar ao normal...Chris percebe que sua mente aquieta e suas ideias voltam a ficar claras.

"Droga...aconteceu de novo....QUE MERDA!" 

Ele observa parte da loja com prateleiras caídas e coisas derrubadas.



Chris percebe que suas roupas também estão destruídas.



Ele pega um moleton de Hockey que estava caído no chão e veste, além de calças esportivas, de forma a parecer menos esfarrapado.

Vai até Suelen e diz em voz baixa:

" Você está bem? O tal Jeff te machucou?"


Ele estende a mão para ela, na tentativa de ajudá-la a se levantar.


"Desculpe pela confusão...eu tentei evitar a briga..."


"Eles fizeram uma bagunça na loja, eu te ajudo a arrumar"



E dá um leve sorriso. Chris não tem esse hábito de ser amistoso, porém tudo que ocorreu e a fragilidade de Suelen no momento, o amolecem. Afinal ele é uma boa pessoa, porém quieto...na dele.


"Eles rasgaram minhas roupas durante a briga...peguei esse moleton e essa calça"


"Tudo bem? Vou pedir ao meu padastro para vir aqui acertar. Tudo bem eu ligar pra ele?"


Apesar de Chris relatuar a idéia de ligar  para o padastro, ele não quer que sua mãe saiba que algo ocorreu. Ele primeiro irá arrumar a loja e depois ligar pra Matthew, caso Suelen assim o permita.


E continua com a mão estendida para ela, com um sorriso.

O membro 'Xarles' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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#1 'Dado D6' : 1, 2, 3

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#2 'Dado D6' : 4, 2, 1

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#3 'Dado D6' : 3, 2, 6

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#4 'Dado D6' : 2, 4, 4

Chris sente-se oprimido e embora tenha tentado um golpe contra um dos melientes não é bem sucedido, apenas resvalando sua cabeça levemente contra a bochecha de Tony. Enquanto isso a violência contra Suelen estava ferozmente ocorrendo e os sorrisos de sarcasmos de Jeff podem ser ouvidos de longe. Ele sentia prazer naquilo que estava fazendo.

Chris possui um golpe desferido contra seu estômago e sente a dor, arcando suas costas e olhando com fúria para Wally, o qual o acertou em cheio. Neste momento sua musculatura enrigesse, suas roupas claramente começam a ficar apertadas, e aquele sentimento que há tempos ele não tivera vem a tona. 

Sua mente apaga. 

O membro 'ryperon' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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'Dado D6' : 5, 1, 5

Chris acreditou que por um momento, as coisas poderiam se resolver facilmente, caso ele não comprasse briga e fosse embora, porém a situação está fugindo ao controle como (tudo em sua vida).

Ele se vê agarrado nos braços pelos dois idiotas, porém oque o incomoda de verdade é ver o tal "Jeff" judiando da pobre atendente....

Ele pensa, tenho dois comigo e um está mais longe: 





- FODA-SE!!!

Em um movimento rápido, Chris se aproveita que o tal Tony está perto o suficiente e numa tentativa de incapacitá-lo, defere uma cabeçada em seu nariz.

Talvez pelo nervosismo e pela situação inusitada ele erra....

Porém ele erra por pouco....e se afasta aguardando oque os idiotas vão fazer.

A aproximação dos 3 deixa Chris muito incomodado, até que ele ouve Suelen com uma tímida voz tentando apaziguar a situação.

"Jeff, Tony, Wally, por favor deixem ele em paz. Está na hora de irmos pra casa, o natal está chegando e que possamos ter dias de paz por favor." 

Chris, logo percebe o movimento de corpo do tal Jeff em direção a Suelen.

"O que sua puta???? Tá louca???? Quer que eu esfregue meu pau na sua cara novamente? Este babaca aqui agora é nosso e não sairá daqui sem dar-me o que eu quero."

Jeff, aparentemente o lider da "gangue" chega até ela e gruda em seus cabelos puxando para trás até ela começar a chorar....


"kkkkkkkkk....cuidem deste verme que eu foi cuidar dessa mocinha aqui do jeito que ela sempre gostou, né vadia?"

Tony e Wally seguram cada um dos braços de Chris o imobilizando, seu skate caiu no chão e aparentemente a situação vai ficar feia. Os 3 estão totalmente fora de controle e poderiam até mesmo agredir a podre atendente que foi tão delicada e gentil com Chris. 

Estavam todos de roupa de couro e o que poderiam ser suas motos estacionadas em frente a loja. Em um olhar rápido Chris observa uma faca na cintura de Tony. A dimensão dos acontecimentos poderia ser muito pior do que imaginava. 

Devido a forma tão educada que a moça o trata, ele se sente bem e até esboça um sorriso....muito discreto.
Ele responde num inglês correto, mas um pouco carregado no sotaque: 


"Obrigado, você é muito gentil"

Chris se interessa pelo time mencionado pela moça e já ia perguntar sobre isso, quando ouve a porta bater num estrondo. Ele e moça olham para a porta e vem 3 rapazes aparentemente alcoolizados e com toda certeza querendo encrenca.





(Os problemas continuam a me procurar...Alguém lá em cima não gosta de mim)


A palavra "nazista de merda" o atinge fundo, por conta de seu pai e ele tem muita dificuldade de se controlar...Isso com certeza transparece no seu rosto. Ele pensa em sua mãe...


(eu não posso arrumar mais encrenca...eu prometi)






Ele respira fundo e diz: 

"Se querem encrenca estão no lugar errado, acredito que podem facilmente arrumá-la em bares pela cidade"

Ele agradece rapidamente a moça pela informações e se dirige a porta, com o intuito de sair. Porém não sem antes identificar quem parece ser o líder dos 3 patetas...provavelmente o que falou primeiro.

Sports Center era uma loja tradicional em Yorktown. Com décadas admistrada pelo senhor e senhora MacNeil, eles forneciam materiais esportivos para a região e comumente importavam produtos da Europa para clientes mais exigentes.

Chris, em seu retorno para casa decide parar na loja, estava extremamente frio, porém sua vontade de aventurar-se por algo que lhe interessasse era muito maior. 

A loja aparentemente era muito bem fornecida com equipamentos esportivos, mesmo Yorktown sendo uma cidade muito pequena. Adentra-se e vê uma jovem no balcão bastante simpática e atenciosa e o trata com muita atenção.

"Boa tarde, senhor...digo, moço. Bem vindo a Sports Center, posso lhe ajudar em algo? Teria todo prazer em lhe ofertar o que precisa!".

Chris, sem expressar nenhum tipo de simpatia, apenas olha ao redor e a questiona sobre o que precisa. Coloca suas mãos dentro da jaqueta aguardando a resposta de Suelen...ao menos era esse o nome escrito no crachá dela.

"Desculpe-me, mas posso chamá-lo pelo seu nome?" Diz Suelen com um sorriso aberto.

"Christopher". Diz ele sem foco no olhar para a atendente.

"Christopher, temos uma variedade grande de equipamentos para Hoquei em nossa loja, embora não seja um esporte tão apreciado por aqui. Você sabe, né? No norte e principalmente mais lá para cima...a.....Canadá, cá entre nós, como eles são chatos. Mas exportamos muito devido ao tamanho de nosso porto e a facilidade de chegada e saída de produtos daqui. O Sr. possui um belo porte e pelo visto deve ser um grande esportista. Tenho certeza que o que temos aqui para lhe oferecer será de grande valia."

Chris sente-se admirado com o atendimento da simpática jovem.

"Aliás, temos um clube de Hoquei na cidade que talvez pudesse usar de seu aparente potencial. Chama-se York Tigers. Fica muito próximo da escola Churchill House. Rua Theodore Bult com Peter Van Glade, número 666. Pode conversar com Sr. Khivodak. Não estranhe o nome, mas ele veio da Rússia, mas mora aqui já há muitos anos.  Aliás, você possui um sotaque muito charmoso. Posso lhe mostrar os produtos?" 

Chris, apenas acena com a cabeça com um sim e Suelen fala como nunca, lhe mostrando tudo o que possuía na loja.

Em determinado momento com um som estrondoso, Suelen e Chris olham pela porta da loja e veem 3 adolescentes aparentemente desorientados, bêbados ou drogados, ou quem sabe tudo isso de uma vez só.

"Olha, olha, olha...você é o figura novo na cidade então, seu nazista de merda? Ficamos sabendo que está por aqui e precisa de nossa aprovação para permanecer....kkkkk"

Chris observa o olhar de aflição de Suelen e sente uma mão repousando sobre seu ombro direito. "E então...VISITANTE....o que tem para nos ofertar para que tenhamos uma convivência pacífica??? Aliás, gostei desse skate em suas mãos."

Chris observa a garota passar e pensa:

(Puxa, que garota bonita...será que mora aqui ou está de passagem? Ela parece triste...)

A garota prende a atenção dele por alguns segundos, até que ela some na esquina.
Isso o lembrou dos amigos que deixou na Alemanha e de uma namoradinha que teve em Hamburgo chamada Mayla.


 
Ele e Mayla trocaram cartas por alguns meses após a chegada de Chris a América, porém nos últimos meses ela havia parado de responder as cartas. Ele, por conseguinte, as parou de enviar.
 
A lembrança acabou por deixa-lo ainda mais saudosista:

(O que estou fazendo nesse lugar?!)

Chris se levanta e começa a retornar a sua casa...afinal já eram 16h e ele queria evitar o vexame de ver Matthew o procurando de carro pela cidade a pedido da mãe.


 
Ao retornar ele passa pelo centro e entra numa loja esportiva. Verifica alguns patins de neve e pergunta a atendente se existe algum lago em que ele possa treinar (Chris trouxe seu patins da Alemanha). Também pergunta sobre equipamentos e se existem times locais de hóquei.


 
Chris era um excelente jogador de Hóquei, porém o temperamento sempre o fazia ser expulso. Em quadra ele sempre parecia estar querendo provar algo a alguém...

O chão estava frio...a neve aiinda estava longe de estar derretida, porém Chris senta-se ali mesmo depois de com seus pés afastar o gelo. O céu estava muito azul neste dia e de cima da colina Mountshore, Chris consegue ver um pouco mais o cenário da cidade. O porto como sempre movimentado, mas poucas pessoas andando pela rua. Era quase véspera de Natal e ele vê muitas casas já se preparando para o feriado, com luzes, adornos e algumas poucas crianças arremessando bolas de gelo uma nas outras.

Nunca tivera isso...e embora uma visão a qual deveria ser alegre, não o faz esboçar o menor sinal de sorriso ou prazer. 



Acende um cigarro, o que lhe faz lembrar de seu pai. Joachim  não fumava antes da guerra, porém esse vício o dominou durante e depois dela. Seus pensamentos são inúmeros, mas seu semblante nunca muda. Rosto fechado, braços cruzados e infeliz com o rumo que sua vida tivera levado. Aquela cidade não estava nem um pouco adequada a seus anseios de vida. A língua, a cultura e os hábitos não eram os seus.

Em certo momento vê uma garota passando pela rua. Ela usava um gorro azul, jaqueta marrom e calças pretas combinando com suas botas. Chris nunca vira uma garota mais linda antes na vida passando por ele a tão poucos metros de distância. Ela estava de cabeça baixa e com passos acelerados, mas seria imporssível não notar sua beldade diante daquela branquidão do inverno. Ele joga a bituca do cigarro fora e a observa passando...

Chris toma seu café enquanto pensa em como será mais um dia melancólico naquela merda de cidade com cheiro de peixe.
Ao terminar seu café, se levanta e avisa a mãe: 

"Vou sair....não me esperem pro almoço"

Se vira e sai pela porta da cozinha pensando:

(Só de não ter que ouvir mais essa música, já fico feliz....)

Vai até os fundos da casa, avalia se ninguém o está observando, pega seu skate e um  maço de cigarros que deixa escondido na garagem.  
Chris segue pelas ruas da cidade procurando algo que nem ele sabe oque é.....talvez apenas matar o tempo.

Após andar por 1 hora e se afastar do centro, acha um local mais alto e descampado, onde senta recostado em uma árvore e acende o cigarro. Retira uma HQ que estava dobrada em sua jaqueta e põe-se a ler. Na capa uma foto dos X-MEN.