INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS

Quando o xerife diz que todos devem ser levados até a delegacia Buck sente um alivio, eles finalmente iriam sair do meio daquela estrada.

Ao entrarem no carro Buck diz

- "Que merda era aquela... aquilo não é natural. Vocês viram os olhos daquilo?"

Peter lhe responde

- "Era um lobo Buck, muito grande, nunca ouvi falar de um deste tamanho"

Mas Buck lhe interrompe

- "Lobo um cazzo!! Aquilo não é um lobo, os olhos tinham malicia e ódio, aquilo não é um animal, aquilo é uma criatura. Ela me olhou nos olhos, me encarou" - Buck respira fundo - "Isso esta nos caçando agora, só sei disso"

Peter não queria acreditar nas palavras de Buck, mas em seu amago ele sente o mesmo. 

Ao chegarem na delegacia Buck olha a sala onde seriam colocados para esperar, aquelas paredes de dry wall eram ridículas, poderia ser facilmente colocadas abaixo pela criatura.

Buck se vira para o policial Ed e diz

- "O xerife mandou colocar a gente isolado e não deixar a gente ir embora, não é melhor colocar a gente na cela?"

“Vá embora Buck…vá embora, leve todos daqui…”

Buck ouve essas palavras e olha em direção delas, era Berny, ele estava parado, do outro lado da estrada, em meio as árvores e a vegetação, com um olhar triste olhando para Buck.


Buck não consegue compreender tudo aquilo, será que estava enlouquecendo? Ele olhava em volta, mas parecia que ninguém mais via aquilo, eis que sua atenção é quebrada pelo som de uma sirene de outra viatura chegando e freando bruscamente na estrada, se tratava do Xerife Orbs.



Ele sai do carro, e vai direto em direção à sua filha, pega ela pelos braços e quase a joga dentro do seu carro para espanto de todos, inclusive dos policiais. Arny esboça uma reação, mas é impedido por Peter:

- Calma Arny, o melhor talvez é ela estar longe daqui agora.

Então então fecha a porta do carro, e olha para um dos policiais:

- Você! Pegue meu carro e leve minha filha até a minha casa e depois retorne para cá!

O Policial não espera mais qualquer orientação, entra no carro e retorna para a cidade. Assim que o Xerife vê isso, ele então se desloca para o restante dos jovens, tira seus óculos e diz à eles de uma forma muito bruta:

- Não sei que diabos vocês andam fazendo, mas podem ter certeza que vão estar encrencados! 

Brad se adianta e diz:

- Encrencados? O senhor devia estar mais preocupado com a essa coisa que estripou o Velho Bruce! Vá lá e dê uma olhada no que restou dele!

O Xerife se aproxima de Brad, face a face, e diz apontando o dedo na cara de Brad:

- Você está a um fio de voltar para o reformatório rapaz…um fio! 

Nisso, o policial Ed, que atendeu o chamado, se aproxima do xerife e diz:

- Xerife, essas armas estavam com eles dentro dos carros, uma espingarda e duas pistolas. E foram todas deflagradas, pelo visto recentemente. 

O xerife Orbs olha aquilo com total espanto, os garotos estavam armados, e atiraram em que? Estava óbvio que estavam todos assustados, a julgar pela sua filha.

Ele então se volta para outro policial:

- Policial Daves! Escolte esses dois veículos, com esses garotos de volta para a cidade e os leve à delegacia, lá peça para que chame os pais deles, mas ninguém sai da delegacia até eu retornar, isole os garotos numa sala. Irei primeiro averiguar essa história, e leve as armas para perícia.

O policial Daves se aproxima do grupo e diz:

- Muito bem rapazes, entrem nos carros e me sigam, se tentarem sair da rota, vai ser pior para todo mundo.

Tyler, Brad e os demais de olham. Tyler então dz:

- Melhor a gente ir turma, o restante da nossa tarde acho que vai ser bem longa.

Antes de entra no carro, Tyler chama o Xerife e diz:

- Xerife, é sério, ninguém aqui tá brincando, o que existe ali, (diz apontando para a floresta) não é humano.

Tyler e Brad entram em seus carros, junto com os demais e seguem para a cidade, deixando o Xerife no meio da estrada, observando eles irem embora, mas o que todos eles não sabiam, é que o Xerife Orbs já sabia do que se tratava…

Tudo havia acontecido rápido, na verdade Buck não sabia se o tempo passou mais rápido ou se ele perdeu os sentidos em algum momento.
Mas agora eles estavam parados na estrada, com um policial sem saber o que fazer e pior ainda, reportando ao simpaticíssimo xerife Orbs que sua filha estava andando com um grupo de homens.

Agora bastava saber até onde a influência da tia de Brad e do prefeito teriam naquela altura dos acontecimentos

Mas uma coisa ainda estava cravada na mente de Buck, o olhar da criatura. Aquilo não era um animal, aquele olhar tinha malícia e maldade.
Só de imaginar que todo aquele tempo parados ali seria tempo o suficiente para a criatura alcançá-los já fazia o coração de Buck acelerar.

- "Fica aqui parado é uma péssima ideia, ainda estamos perto demais da mata." - Buck olha para o porta mala do carro de Brad e seu sangue congela - "olha o tamanho daquelas marcas, rasgaram o metal. Dio mio.. "

Novamente Buck se lembra do olhar da criatura



- "Nos vamos morrer"

E uma voz ecoa em sua mente, poderia ser um pensamento seu mas era a voz de Berny.. ou não... poderia ser somente nervosismo

- "Eu pedi para sair dali... eu pedi... "



Buck coça a cabeça nervosamente, sua vontade era sentar no chão e chorar, mas só não faz isso por conta de Suzanna. Ela já estava nervosa demais.

- "E isso só vai piorar quando o xerife chegar"

Mas neste momento Buck sente uma pressão no peito e uma falta de ar, ele se apoio no teto do carro, ele sente o cheiro de sangue misturado com o cheiro de pelo molhado da criatura, o som da sua respiração e o rosnado, e o xerife orbs começa a perder sua importância. Por pior que ele fosse, ainda assim era humano.

Ambos os carros, para alívio de todos, alcançam a estrada pavimentada a caminho de Everet Falls.

Buck e Tyler, conseguem ver o estrago no porta malas do veículo de Brad, e imaginam que com aquela força, não é de se espantar o estrago que a criatura tem capacidade de fazer no corpo humano.

Os carros dirigem em disparada pela estrada, precisavam chegar ao centro da cidade e ir direto para a delegacia, mas antes precisavam se certificar que não estavam sendo seguidos por “aquilo”.



Buck e os demais não podiam deixar de ficar olhando para trás e para o lado da estrada. Inevitavelmente rezavam para que “aquilo” ficasse onde tinha ficado.

Suzanna estava branca, soluçava, parecia estar quase tendo um ataque pelo modo que respirava rapidamente. Arny então olha para Buck e diz:

- Minha nossa Buck, Suzanna vai ter um negócio aqui, a gente precisa ir para um pronto socorro.

Nisso Tyler que o responde:

- Estou dirigindo! calma! logo vamos chegar no centro!

Após dizer isso, uma sirene se ouve atrás deles, e todos não sabiam se ficavam aliviados ou nervosos, por se tratar da polícia, armas que eles tinham nos carros e mais um assassinato.





O Policial Ed Brook era novo na corporação, tinha apenas 21 anos e a 1 ano e meio estava na polícia.



Havia sido transferido para Evert Fall a uns 6 meses apenas, porque pretendia ficar próximo de seus pais, por que seu irmão mais velho estava lutando no Vietnã.

Ele estava tranquilamente fazendo sua ronda naquela fatídica segunda feira, e assim que começou a chover, ali próximo ao Km 15, ele parou sua viatura e encostou ela atrás de um outdoor. Ali ele tirou a foto de Josephine, sua noiva, e a colocou no console do carro. Sempre fazia isso, como se fosse um ritual, toda vez que abria o lanche amorosamente feito por ela todas as manhãs. Josephine era uma moça direita, família respeitada na cidade e claro que não moram juntos ainda, mas ela sempre pedia (ordenava) que Ed passasse em sua casa todas as manhãs buscar seu lanche.

Assim que ele abriu o pacote do seu lanche, e retirou a garrafa com o suco de laranja, ele viu dois carros passando por ele em total disparada, pareciam estar ou fazendo um racha ou fugindo de um demonio. Ele pede desculpas, olhando para a foto de Josephine, arruma seu chapéu, liga o carro e deixa que saboreasse o lanche depois, pois o dever lhe chamava naquele instante. Ed então liga a sirene e passa a perseguir os dois veículos.

Dentro do carro de Tyler, eles ouvem a sirene e observam o carro da polícia se emparelhar na lateral do carro, pela contramão, e ver o policial Ed Brook sinalizar que deveriam diminuir a velocidade. Logo depois, Ed acelera sua viatura e fica atrás do carro de Brad sinalizando para que ele parasse também imediatamente.

Ambos os motoristas resolvem parar o carro, por que naquele momento não sabiam ao certo o que fazer e parecia mais responsável terem um policial próximo a eles.

Assim que Brad para o carro no acostamento, Tyler para logo atrás, seguido depois pela viatura do policial Ed.

Quando todos param, Brad é o primeiro e sair do carro e nesse instante todos ouvem a voz enérgica do policial Ed gritar para ele:

- Senhor!! Fique dentro do Veículo! não foi ordenado que saísse! Isso é para sua segurança! retorne ao veículo IMEDIATAMENTE!

Brad olha para dentro do carro, estava bem nervoso, mas preferiu seguir as ordens e retorna para dentro do veículo.

O policial Ed observa que se trata de 2 veículos e que pelo menos havia umas 6 a 8 pessoas no total dentro deles, então dessa forma, ele liga para a central de Evert Falls:

- Policial Ed Brook, 142587, para central cambio!

- Central aqui falando, o que podemos auxiliar, cambio!

-  Estou na altura do KM 15 da estrada ao norte, parei 2 veículos em alta velocidade, um Impala preto placa THR-765 e um Mustang Placa UOP-897, que me parece ser o carro do filho do prefeito. Ambos estavam em alta velocidade, como se tivessem praticando uma corrida. Câmbio!

- Proceda com cautela policial Ed, enquanto verifico as placas. Câmbio!

- Câmbio desligo!

O policial, ainda atrás da sua porta do carro, com a mão na coronha da sua arma, fica observando aqueles dois veículos. O impala parecia ter sido bem danificado no porta malas e todos os ocupantes dos dois carros pareciam muito nervosos. Ele então pega o megafone do interior do carro e começa as primeiras instruções:

- Muito bem! Primeiramente quero que os motoristas saem dos veículos, somente os motoristas! e fiquem com as mãos em cima no teto dos respectivos carros. AGORA!

Brad e Tyler ouvem bem as instruções e não tinha muito o que fazer naquele momento. Tyler se vira para Buck e diz:

- Melhor sair mesmo. Fiquem todos calmos aqui dentro do carro, ou isso pode acarretar mais problemas. Buck, joga essa espingarda no chão. Minha nossa no que nos metemos…

Tyler abre a porta do seu carro, assim que vê que Brad faz o mesmo. Assim que ele sai, ele coloca suas mãos no teto do seu Mustang e olhando para o policial diz:

- Policial, meu nome é Tyler O’New, sou o filho do prefeito Jonatan…

Mas antes que pudesse terminar, ele fora repreendido pelo policial Ed:

- Por favor senhor! Fique apenas com as mãos nos teto do seu veículo e aguarde maiores instruções!

O policial Ed estava observando todos dentro do carro, ele estava sozinho e havia muita gente ali, daí ele então resolve entrar em contato com a central novamente:

- Policial Ed Brook, 142587, para central câmbio!

- Central aqui falando, câmbio!

- Múltiplos suspeitos dentro dos veículos, solicito auxílio. Câmbio!

- Auxílio a caminho. Câmbio Desligo!
 
O policial Ed não era nenhum herói, e notara que todos ali estavam bem nervosos, havia alguma coisa de estranho, para tamanho nervosismo por um “simples” racha, por isso achou prudente chamar “reforços”. Ele então pega seu megafone e dá mais orientações:

- Quero que somente os motoristas se aproximem, cautelosamente, em direção à viatura, e os demais ocupantes dos veículos fiquem dentro dos carros!

Ouvindo isso, Tyler e Brad se olham e pedem calma dentro dos carros, e se direcionam para o policial Ed Brook. Assim que se aproximam, eles ouvem o policial, que tinha muita atenção nos dois carros, e por isso pede para que Brad e Tyler se posicionem na beira da rodovia à esquerda e à frente da viatura, para que a visão de Ed nos dois carros não fosse obstruída por eles.:

- Muito bem senhores, primeiro nomes e quero que cada um coloque seu documento no capô da viatura, devagar…

- Meu nome é Brad.

- Eu sou Tyler, filho do…

Antes que terminasse, Tyler é interrompido:

- Não precisa dizer novamente quem é rapaz. Apenas diga seu nome e me dê seu documento.

Tyler havia ficado irritado com o policial, mas ele estava fazendo seu trabalho. O policial então recolhe os documentos de cada um e vendo que estavam muito nervosos pergunta:

- Muito bem…estavam tirando um racha?

Brad e Tyler se olham e então Tyler diz:

- Senhor, fomos atacados por uma criatura lá na estrada, no desvio do KM 23…o velho Bruce está morto! estraçalhado! E um de nós, o Spinosa foi pego por… por aquilo… AQUILO QUE MATOU BERNY! Vocês precisam ir lá logo! quem sabe ele ainda esteja vivo! Chame toda a policia! CHAME AGORA!

O policial Ed esperava qualquer desculpa normal dos jovens de hoje fazendo coisas erradas, mas assim que Tyler começa a falar, ele tira seu óculos e fica incrédulo por estar sendo reportado de um assassinato!

- Pera aí!! O que? Quem foi morto? Onde vocês estavam garotos?

Tyler continua:

- Lá na estrada velha, onde o Sr. Bruce morava no trailer! Fomos lá para falar com ele da “coisa” que ele tinha visto, e chegamos e estava tudo destruído, ele tá morto lá dentro! estraçalhado|! e fomos atacados também! A criatura está lá! Vocês precisam pegá-la logo! Spinosa foi levado para a mata!

Ed começa a tentar “digerir” tanta coisa sendo falada por Tyler, e apesar de jovem e novo na polícia, ele sentia que alguma coisa muito séria havia ocorrido e que os jovens estavam muito assustados mesmos. Ele então faz um sinal para Tyler se acalmar e pega seu rádio:

- Policial Ed Brook, 142587, para central câmbio!

- Central aqui falando, câmbio!

- Central, acabei de ser informado pelos morotistas dos carros de um assassinato e um desaparecimento de um jovem. Eles estão bem nervosos, e alegam que seria o mesmo animal que matou o jovem Berny, e que o Sr. Bruce estaria morto também no seu trailer. Cambio!

Segue-se um silêncio no rádio, e aproveitando isso, o policial Ed se vira para ambos e diz:

- Peçam para que seus amigos saem dos carros, e fiquem encostados neles. Sem correria!

Brad e Tyler vão para os carros, e orientam o pessoal a como proceder. Nisso Tyler explica o que tinha dito ao policial para Buck e os demais, logo depois eles ouvem mais uma viatura se aproximando, chegando da cidade e encostando do outro lado da rodovia.

Ali na sua viatura, o policial Ed olha alguém muito familiar sair do carro, o que lhe dá um certo embrulho no estômago. Ele então pega o rádio novamente:

- Policial Ed Brook, 142587, para central câmbio!

- Central aqui falando, câmbio!

- Central…avisa o Sherife Orbs que a sua filha Suzanna está entre os "suspeitos"...câmbio!

Segue-se um silêncio no rádio… e então:

- Policial Ed Brook, aqui é o Sherife Orbs!!!! Você disse que a minha filha está aí na estrada com esse pessoal TODO!!!???????

Ed tira seu chapéu, passa sua mão em sua face e não tinha muito o que dizer naquele momento, o sherife estava muito nervoso no rádio:

- Sim senhor…confirmado Sherife Orbs… Câmbio.

Segue-se novamente um silêncio no rádio… e então:

- Ninguém sai daí… estou indo. Câmbio desligo!

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#1 'Dado D6' : 1, 5, 6

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#2 'Dado D6' : 6, 2, 5

Devido às altas temperaturas do verão, uma chuva começa a cair na região.

Todo aquele sangue parecia ficar mais evidente à medida que escorria pelo chão do local, ao mesmo tempo que os trovões faziam o ambiente ficar mais tenebroso.

Em meio a todo aquele caos, os jovens correm para os carros, quase se jogando dentro deles.

Buck dá uma última olhada antes de entrar no carro de Buck, mas não havia nada para fazer a respeito de Spinosa, até o momento que ele ouve Tyler gritando:

- Entra logo Buck!!!

Os dois carros saem em disparada pela estrada de terra, com Brad com seu carro logo a frente e Tyler correndo para acompanhá-lo.

Tyler olha para Suzanna, que estava sendo amparada por Arny, que assim como todos, estava muito assustado com tudo aquilo. Peter olhava para trás, para a floresta que cercava a estrada de terra, com a arma em punho, pronto para atirar, mas Buck havia se lembrado que não havia mais munições, então aquela arma dentro do carro não seria perigo no momento.

Assim que olha para frente, ele vê que Brad não estava economizando na maneira de dirigir o veículo, ele andava muito rápido, em total disparada, quase que às vezes parecendo perder o controle, até que num dado momento, Buck pode ver só uma grande “massa” negra sair da mata e se chocar com o veículo de Brad, fazendo-o perder o controle e bater lateralmente em uma árvore.

JOGADA CONDUÇÃO BRAD - NH 13: 11 - PASSOU POR 2





Aquela criatura, aproveita o momento que o carro está parado, e estando atrás deles, gira ser dorso e dá um golpe violento com suas enormes garras, que acaba acertando o porta malas do carro, fazendo a lataria se rasgar inteira. 

Buck pôde ouvir todos aqueles gritos vindo do carro de Brad, que começa a acelerar o carro, fazendo jogar um monte de lama para todo o lugar com a aceleração das rodas.

No momento da colisão, que fez com que Tyler brecasse o carro violentamente, Buck aproveita e impensadamente sai do carro, aponta a espingarda para a criatura e atira, ao mesmo tempo que gritava “morre!!!!”  



JOGADA ARMA DE FOGO BUCK - NH 8: FALHOU POR 5

Buck consegue dar uns 3 tiros na criatura antes que a munição acabe, mais ele não percebe, até que seu corpo é empurrado para dentro por Peter, e mal a porta se fecha e Tyler sai em total disparada pela estrada de terra, mas naquele momento, Buck pode ver algo que o atormentaria pelo resto da vida. 

A criatura estava parada na beira da mata, sangrando e molhada devido a chuva forte, mas seus olhos estavam fixos, fixos em uma pessoa dentro do carro, e essa pessoa era Buck, ele pode muito bem sentir isso, enquanto aqueles olhos o seguiam ir embora e isso o fez congelar completamente, como se dissesse “nos vemos depois...”

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'Dado D6' : 3, 3, 2

Caos.
 
Tudo aquilo havia se tornado um caos, haviam gritos de pânico, desespero e dor, o som de um grito engasgado vindo da mata.
Buck percebe que aquele som era a vida de Spinossa sendo interrompida.
 
A criatura era imensa, talvez com dois metros de altura e sua postura não é era totalmente quadrupede, mas essa era a única semelhança com um urso. Aquilo era totalmente sobrenatural e desafiava a própria maneira como Buck via a realidade.
 
Buck atirava, mas era pouco efetivo. Seus dedos tremiam e sua visão estava embaçada, ele não sabia se eram lágrimas ou poeira, ou o nervosismo deixando-o em estado de choque.
 
Naquele momento Buck sabia que todos ali tinham um único e mesmo objetivo, sair vivo dali. Ele na verdade, estava vivo graças ao empurrão que havia recebido de Brad, caso contrário era muito provável que ele simplesmente tivesse sido estripado.
 
Brad o questiona a respeito de partir ou ir atrás da criatura, em todo caso seria necessário que levasse Suzanna embora
 
- “Ir atrás dessa coisa? Qual a nossa chance? Mas vamos deixar esse bicho partir e fazer mais vítimas?”
- “O velho tinha comprado um monte de armas e munição, deve estar tudo dentro do trailer, talvez com isso a gente consiga ferir esse bicho”
 

Teste de QI 11 vs 8 : Sucesso

Mas Buck tem um lampejo de sanidade e diz

- "Não Brad, você atingiu o bicho com o revólver e ele nem sentiu! Se a gente for atrás do bicho é capaz da gente não ter nem tempo de atirar antes dele rasgar a gente!"
- "Nossa prioridade é salvar o pessoal, Suzanna, teu irmão... temos que garantir que eles vão chegar a salvos na cidade. Chegando lá a gente vai falar com o delegado e se precisar o Tyler coloca o pai dele no jogo"

Buck começa a puxar Brad para o carro, sempre olhando para trás e com a espingarda pronta para disparar caso algo saia do mato.
A única coisa que impedia Buck de simplesmente desabar era a adrenalina que corria em seu corpo naquele momento, e o medo que o fazia se mover.

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#1 'Dado D6' : 4, 2, 5

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#2 'Dado D6' : 6, 6, 1

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#3 'Dado D6' : 6, 5, 2

MEDO: “Estado afetivo suscitado pela consciência do perigo ou que, ao contrário, suscita essa consciência”

Naquele momento, não havia qualquer necessidade de uma prova “física”, ou mesmo,  a visualização da origem daquele urro. Todos, sem exceção, sabiam que se tratava de algo sobrenatural, aquele som não era de qualquer animal descrito nos livros de biologia. 

Buck tenta organizar para que todos se dirigissem aos veículos rapidamente, ninguém queria ficar lá e ter o mesmo destino do velho Bruce, mas se tratavam de apenas crianças de 14 a 17 anos, sem experiência militar ou mesmo qualquer treinamento para esse fim.



Buck se vê ao centro de tudo aquilo, como se estivesse em uma câmera lenta real. Suzanna chorava aos berros, havia entrado em pânico e Arny tentava empurrá-la para o carro de Tyler. Tyler já estava dentro do carro, com sua porta aberta gritando para que entrassem logo. Peter estava ao lado de Brad, olhando para todas as direções e apontando a arma para a mata. Osias e Morgam estavam paralisados e viam Brad correndo em direção à eles para que logo fossem para o carro, até que de de repente, Buck vê Spinosa se afastando grupo, com a face expondo tamanho terror, ele chorava e fazia o sinal da cruz, estava totalmente perdido, até que do nada, Buck é arremessado para o chão, com um encontrão do corpo de Brad contra ele e naquele momento ele vê algo grande e negro passando por cima deles. Quando Buck rola pelo chão, ele vê Brad e Peter atirando contra a criatura que estava na frente de Spinosa.   



Buck não podia acreditar naquilo que estava vendo, era algo completamente sem sentido nenhum. Aquela criatura era algo inumano...



Como que por um milagre, Buck levanta e começa a atirar com a espingarda, se juntando a Brad e Peter, alguns projéteis acertavam a criatura, a ponto mesmo de incomodá-la, mas se tratava mesmo dos tiros vindo de Brad, que tinha mais experiência, mas Spinosa começa a correr, e isso acaba por chamar a atenção da criatura que em um salto o ataca violentamente, fazendo com que seu braço caia para o outro lado. 

Spinosa fica parado, não acreditando naquilo, seu braço havia sido arrancado num só golpe, e de repente a criatura joga seu corpo contra ele, o levando para a mata.

Buck tenta correr para o local, junto com Arny, mas ambos são impedidos por Brad e Peter. Brad grita:

- Buck!!! não há mais nada que fazer, vamos embora daqui antes que todos morram!!!

Peter puxava Arny para o carro, que nitidamente queria ir atrás daquela criatura, não por Spinosa e sim por Berny, por todo aquele horror que seu amigo havia passado.  Suzanna gritava dentro do carro, Morgam e Osias gritavam para que Brad viesse logo, todo aquele caos e confusão passavam pela visão de Buck, Peter dava uns tiros em direção ao local onde a criatura saltou com o corpo de Spinosa, mas a munição havia acabado, ele então grita:

- Droga! Vamos embora!!!! vamos embora!!!

Buck sente um chacoalhão em seu corpo, era Brad:

- Escuta Buck! Resolve o que quer fazer, se quiser ir atrás daquilo eu estou com você, mas o restante do pessoal tem que sair daqui agora!!!

JOGADAS: 


ARMA DE FOGO (PETER) DX12-4=8 : FALHOU POR 3
ARMA DE FOGO (BRAD) NH13: PASSOU
ARMA DE FOGO (BUCK) DX12-4=8: FALHOU POR 5

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'Dado D6' : 2, 6, 3

Ao descer do carro Buck estava tentando processar a imagem de Berny, a voz em sua cabeça. Aquilo era inexplicável, como poderia seu amigo lhe fazer um pedido. 
Mas seria típico dele prezar pela vida deles, e isso é o que mais assustava Buck naquele momento

- "Foi só minha imaginação, Berny onde você esteja iremos trazer justiça a você"
- "Saiam dai, por favor... "

As palavras não saiam da cabeça de Buck.

Mesmo quando Suzanna fala, ele apenas acena com a cabeça e fica perdido em seus pensamentos.

- "Saiam dai, por favor... "

Buck se dá conta que esta sozinho nos carros e todos já estão praticamente no trailler, mas algo esta errado. Brad armado, a porta arrancada, o sangue... Meu Deus o sangue. A cena de Berny retorna a mente de Buck fazendo seu estomago embrulhar.

- "Saiam dai, por favor... "

Ainda assim Buck sobe os degraus do trailler pedindo desculpas mentalmente a Berny por ser tão cabeça dura. 
A cena a seguir deixa Buck paralisado por instantes, o velho Bruce parecia um boneco desmontado, o sangue estava por todo o trailler. Não houve luta ali, aquilo foi um massacre, o velho nunca teve chance com ou sem arma a maneira como tudo estava espalhado ali era tenebroso.

Buck recua, puxando o ar para os pulmões no exterior do trailler tentando limpar o cheiro férreo de sangue que lhe dominava as narinas.

- "Saiam dai, por favor... ou será tarde demais"

Aquelas palavras vinham sem controle a mente de Buck, até que o som de um rosnado rouco, grave e agressivo vem da mata. Pela altura do rosnado era algo grande, feroz e não havia dúvidas que devia ser a mesma criatura que fez aquele massacre no trailler.



- "Saiam dai, por favor... é tarde demais"
- "Não Berny, não... não se eu puder fazer algo"

Força de Vontade 13 vs 11 : Sucesso

Buck sente um frio da espinha mas a responsabilidade pelos seus amigos, por Suzanna parecia ser a única coisa que impedia de que ele simplesmente entrasse em pânico.
Ele olha ao redor, e pega uma pedra que estava encaixada embaixo do roda do trailler sendo usada como calço, ele corre em direção a caminhonete do velho e quebra o vidro lateral e usa a mesma pedra para retirar os cacos.
Buck estica o braço e pega a espingarda que ficava atrás do banco da caminhonete, encaixada no vidro traseiro.



- "Acho que nem isso deve resolver, mas é melhor do que tentar trocar murros com o que quer que seja isso"

Buck olha para o grupo e percebe que tudo desabava. Se qualquer coisa aparecesse ali eles seriam mortos, Suzanna e Spinossa estavam claramente apavorados, o restante estava por um fio. Talvez somente Brad e Peter tivessem alguma condição de reagir.

- "Vamos para os carros!! Para os carros!!"

- "Tyler, Brad vocês são os motoristas vão na frente. Brad! Você esta armado garante a segurança de quem chegar nos carros!!"

- "Suzanna, Arny, Oseas, Morgam vão atrás deles!! Vai cazzo!!"

- "Peter... vem do meu lado, eles tem que chegar no carro. Ninguém fica para trás"

Buck e Peter não iriam ficar para trás, a tentativa de Buck foi somente organizar a ordem das pessoas e todos irem para os carros da forma mais segura possível. Apesar de terem andado poucos metros até o trailler parecia que a distancia era muito maior para voltar, talvez só a percepção afetada pelo pavor que sentia ou talvez somente seu cérebro lhe avisando que estava muito longe para conseguir.

- "Saiam dai, por favor... é tarde demais"

O caminho até a estrada, onde ficava o trailer velho Bruce, seguia para o noroeste de Everet Falls, onde após sair da estrada pavimentada, o caminho se seguia para uma estrada de terra e enlameada, longe de qualquer sinal de civilização.



Os carros seguem de uma forma cautelosa, havia mais nervosismo pelo motivo de estarem ali, do que qualquer medo em atolar o carro.

O silêncio imperava em ambos os carros, os dois grupos sabiam que estavam começando a adentrar numa situação ainda não muito bem explicada, mas que de certa forma era totalmente perigosa, isso era bem nítido. 

Tyler dirigia seu carro seguindo o carro de Brad, e às vezes pensando no trabalho que seu “mordomo” teria para lavar ele depois. Mas sua preocupação era mais alinhada à sua posição frente às pessoas que estavam naquele carro. Ele precisava procurar o momento de se posicionar.

Buck talvez fosse o jovem que estava mais bem “condicionado” a tudo aquilo. Ele buscava toda a “experiência” que tinha vivido na Cozinha do Inferno para poder conduzir seus próximos passos, mas sempre anexando aquilo que haviam lhe ensinado, principalmente seu pai.

Arny se mantinha em silêncio, como os demais, mas seu silêncio era diferente, era um silêncio sepulcral, e Buck sentia isso quando às vezes o olhava pelo retrovisor. Buck podia sentir que Arny estava muito sinistro, parecia não esboçar qualquer sentimento, mas o que o incomodava era não saber o que se passava na cabeça dele. Arny pensava em muita coisa naquele momento, em Berny, Spinosa, Julian, seu pai, sua mãe, sua irmã…Suzanna. 

Peter estava olhando para a paisagem pelo vidro, a mata e as árvores passavam diante dele, mas sua visão estava ao longe, sua mente tentava recriar tudo aquilo que vivenciara naquele momento do acidente, aquela imagem antes da colisão parecia que ficava mais nítida a cada esforço de Peter de se lembrar de tudo.



O que o deixava arrepiado era imaginar o que teria sido dele caso o senhor Fabian não tivesse aparecido, teria tido o mesmo momento de horror de Berny? Teria chance de pedir clemência à criatura? Teria chance de poder rezar para que tudo fosse rápido? Peter respira fundo, olha para os pelos eriçados em seu braço, aquilo tudo o assustava muito, e desejava apenas ter sua moto novamente e poder fugir daquele lugar.

Suzanna estava sentada à direita de Arny, na parte de trás do carro, ela às vezes olhava para seu amigo, de uma forma discreta. Ela sempre soube o que Arny sentia por ela, porque Berny, em sua tamanha  generosidade, falou para ela dos sentimentos do amigo, pois queria ajuda-lo a conquistá-la. Mas Suzanna era muito diferente naquela época, sentia apenas um carinho por Arny e havia explicado isso a Berny, mas por respeito a seus sentimentos, achou melhor esconder de Arny que já sabia de tudo.

Buck olhava para aquela região inteira, muito diferente de onde vinha, até que em um momento, ele vê alguma coisa dentre a mata…parecia…parecia seu amigo Berny, vestido como no dia da sua morte, ele o olhava e Buck sente Berny em sua mente dizendo “saiam daqui, por favor…”

 

Buck olha para todos dentro do carro, como se procurasse alguém que tivesse visto ou ouvido o que ele ouviu, ele tenta esboçar uma reação:

- Tyler, pera aí! para o…

Mas ao mesmo tempo, Tyler diz:

- Chegamos. O que Buck?

Buck fica atônito, e assim que para o carro ele sai e fica olhando para a estrada por onde havia passado. Logo Suzanna e os demais saem do carro e Suzanna vai até ele:

- Buck tá tudo bem? o que houve?

Nisso, eles ouvem a voz de Brad, que junto com os outros, saem do carro também.

- É ali naquela clareira, mas pela lama acho melhor deixar o carro aqui e ir a pé.

Buck estava com um sentimento ruim dentro de si, o que havia acontecido? nunca tinha tido uma experiência dessa, nunca havia acreditado em nada "sobrenatural", mas aquela visão de Berny tinha sido algo muito perturbador, e antes que pudesse dizer alguma coisa, percebera que havia ficado parado ali ao lado do carro, olhando para a mata na estrada, enquanto os demais já seguiam pela clareira.

Quando Buck corre para o restante do grupo, uma visão já o deixa muito alerta, era Brad com a arma em punho.

O trailer estava à sua frente, mas a porta estava aberta, não somente aberta, parecia ter sido arrancada e o pior que isso, havia muito sangue nas paredes do trailer.

Os dois grupos pareciam paralisados, Buck vê Spinosa dando alguns passos para trás, fazendo o sinal da cruz e dizendo:

- “Dios mio.. Santa Madre…”

Suzanna parecia mais branca que o normal, estava parada olhando fixamente para aquela visão do trailer e de repente ela abafa um grito quando vê algo que parecia os restos de um animal, completamente estraçalhado, ali próximo à caminhonete do velho Bruce, talvez fosse o cachorro dele, pois uma coleira toda ensanguentada e partida, estava ali no chão de terra.

Todos olham aquela visão aterradora, havia muito sangue do lado de fora.

Brad, Peter e Arny pareciam os únicos, aos passos curtos, a se aproximarem do local. Buck vê Brad tirando a outra arma da cintura e entregando para Peter, pelo visto haviam chegado naquela situação em que ele havia dito “Melhor ter e não precisar, do que precisar e não ter”. Por um momento, Buck sente que, de acordo com aquilo que estavam lhe dando, um bastão ou faca não seriam suficientes.

Brad é o primeiro a pisar no primeiro degrau da entrada do trailer, e atrás dele vinha Arny. Peter estava olhando ao redor com a arma em punho.

Buck estava se aproximando, chegando próximo a Brad e Arny, e quando chega na entrada, ele vê Brad, com a arma em punho,  correndo do local limpando a boca:

- Não entrem ai!!!

Arny não dá ouvidos e entra primeiro que Buck, e logo sai andando de costas, com sua face expondo tamanho terror.

Buck vê tudo aquilo, mas sabia que não podia recuar naquele momento, então ele sobre o degrau da entrada do trailer e quando olha para dentro, vê uma imagem que talvez nunca mais saia da sua mente.

A cabeça daquilo que havia sido o velho Bruce estava caída no centro da “sala”, havia sangue do piso ao teto, tudo estava destruído, havia marcas profundas de algo que parecia com garras nas paredes, o corpo do velho bruce estava desmembrado, com várias partes jogadas na cama, cozinha, no chão e na mesa, era uma completa cena de horror absoluto.

Buck inevitavelmente sente um nó no estômago, toda aquela destruição e sangue, aquele cheiro podre, tudo tinha sido demais, ele recua, seus pés quase o fazem escorregar por causa da poça de sangue nos degraus. Ele sai do trailer com os olhos arregalados, tentando imaginar os momentos de todo aquele horror que o velho havia passado, aquilo.. aquilo não tinha sido um urso porra nenhuma!

Brad estava ali fora, pedindo que todos se afastassem, principalmente Suzanna. 

Buck se junta à eles, todos, mesmo aqueles que não haviam entrado, estavam assustados. Brad então diz:

- Minha nossa senhora o que foi aquilo!? Nenhum urso faria isso!

Peter não queria entrar, assim como os demais, pois só de ver Arny, Buck e Brad terem saído daquela forma, já imaginavam que não havia nada bonito lá dentro para se ver.

Suzanna esboça algumas palavras:

- Temos.. temos que ir… ir embora, chamar eu pai… eu..eu quero sair daqui…

Buck percebe que Suzanna estava tremendo, gaguejando, e começando a entrar em pânico. Ele percebe todos os outros também perdidos. Spinosa fazia o sinal da cruz e olhava para todo o lugar:

- Vamos sair daqui, a gente precisa sair daqui gente! 

 Nesse momento, eles ouvem aquilo que os fazem de se arrepender de terem vindo, um som vindo da mata, um som que demonstrava que estavam sendo observados…

Ao sair da casa Spinossa todos se dirigem para o carro, o silêncio é um pouco constrangedor, mas ajuda a colocar as ideias em ordem.

As suspeitas de Tyler de que tudo era uma armação do Brad foram desfeitas, mas ele estaria pronto para aceita-lo como aliado? 

A sugestão de irem até a Floresta não lhe soa tão convincente e antes que pudesse chegar a uma conclusão Suzanna pede para levar o Arny primeiro, o que seria um pouco óbvio, mas o estranho foi a argumentação de Arny para deixa-lo mais afastado.

"- Arny, você não acha que já está um pouco tarde ? Eu posso te levar até lá sem problema algum."  

Mas Arny insiste em caminhar para colocar os pensamentos no lugar e Tyler concorda em fazer uma parada próxima de forma a que ele não tivesse que andar muito.

Ele continua na estrada empoeirada dirigindo como em modo automático, são tantas coisas para pensar que não consegue focar em nada, pois sabia que ainda teria uma conversa dura com seu pai, afinal de contas, havia faltado com a sua palavra ao não acompanhar seu pai. 

Quando se dá conta já estão próximos ao centro da cidade. O próximo seria Peter, mas Tyler se distrai e acaba percebendo só ao chegar a casa de Buck.

Buck se despede.


"- Até amanhã Buck e pode deixar que a acompanharei até a casa dela."

Tyler faz um breve retorno e deixa Peter na encruzilhada que ele indicou e por fim segue para a casa de Suzanna.

"- Até amanhã Peter e se cuide."

Tyler segue até a casa da Suzanna, ao se aproximar fica alerta procurando pela presença do Xerife, por um instante fica imaginando a cara dele vendo sua filha em seu carro, qual seria seu pensamento, mas conforme o combinado, ele a acompanha até a porta de sua casa.


"- Conforme o prometido, a deixarei na porta de sua casa. Amanhã nos veremos novamente e se seu pai perguntar, diga que estava comigo, se achar que isso pode ajudar."


Tyler espera até que ela entre e ao voltar para o seu carro coloca seu tape e aumenta o volume, partindo para sua casa acelerando, mas mantendo-se nos limites de velocidade.

Buck observa Arny descer do carro, andando com as mãos nos bolsos, cabeça baixa e conforme o carro se afasta ele se perde em meio a luz avermelhada do por do sol e a poeira da estrada

- "Colocar a cabeça no lugar, deve ser muito foda para o Arny conseguir aceitar perder o melhor amigo. Eu conheci o Berny não faz uma semana e ele era um cara fantástico, para quem tinha ele como talvez o único amigo de verdade deve ser perder o chão, só espero que ele não faça nenhuma loucura"

Quando o carro já adentra a cidade Buck observa todas aquelas pessoas andando e aproveitando o final do domingo, e mesmo sabendo do que tinha ocorrido tinham zero preocupação ou não davam qualquer importância, afinal os envolvidos eram somente um negro e um imigrante. Aquilo irritava profundamente Buck ao se lembrar da quantidade de amigos de diversas origens que tinha na cozinha do inferno, negros, italianos, judeus, irlandeses.

Mas infelizmente ele não tinha em quem descontar sua raiva naquele momento, e em situações como aquela ele ficava tenso e as vezes perdia a cabeça

Vendo a proximidade do seu bairro, Buck diz

- "Tyler, pode me deixar aqui mesmo eu faço o resto do caminho a pé, só leve a Suzanna até a porta da casa dela, vocês moram quase no mesmo bairro"

Buck se vira para Suzanna e diz

- "Amanhã na escola a gente monta o nosso roteiro. Acho que temos que passar na casa do velho Bruce, olhar os arredores, depois tentar encontrar mais pistas nos outros locais onde o bicho foi visto"

Suzanna percebe que aquele final de dia na casa de Spinossa tinha acabado com a energia de Buck, seu rosto já indicava um cansaço que não lhe era comum, mas Buck sorri, passa a mão no rosto de Suzanna e lhe da um beijo

- "Até amanhã"

E um pouco sem jeito, depois de ter beijado Suzanna na frente de Tyler e Peter, completa

- "Tchau Peter, Tyler. Até amanhã"

A única coisa que Buck queria naquele momento era chegar na sua casa, tomar um banho e jantar antes de ir deitar

Arny entra no carro com os demais a ouve Buck e responde: Buck se vamos entrar na floresta devemos ir preparados me entende né, e acho que Suzanna não deveria ir junto e sim ficar em um local seguro “arny olha para Suzanna nesse momento” se acontecer alguma coisa ela poderia pedir ajuda e ficará em segurança.


Podem me deixar perto de casa não precisa me levar até lá vou caminhando preciso colocar minhas cabeça no lugar pensar um pouco ..........Arny sem jeito da um beijo no rosto macio de Suzanna.
 
Ao deixarem Arny próximo casa (na verdade final da estrada de asfalto) início da estrada de terra que leva até seu bairro, ele para na estrada e fica olhando o carro partir e pensa: Poderia ser todos assim como eles: Buck veio da cidade grande e já se comprometeu a não aceitar injustiças. 


Tyler filho do prefeito aparentemente também mudou seu jeito de pensar até então para ele seria cômodo ficar sem se meter.


Suzanna filha do delegado racista ela teve uma mudança brusca está cada dia mais bonita e com um coração bom. 


Peter não sei direito de onde veio um rebelde despojado afim de ajudar quem precisa sem medir as consequências para fazer oque é de correto a ser feito.





Arny caminha lembrando de uma musica que seu irmão sempre ouvia sobre a ecravidão dos negros que sobreviviam e aos que morriam ao logo da viajens para trabalharem nas grandes fazendas, meu irmão será que ainda está vivo? Se ele tivesse aqui já teria ido atras dessa criatura e também feito os paspalhos pagar.






E assim vai caminhando na estrada deserta o por do Sol com a poeira no ar deixa a estrada ainda mais enigmática.

O ocorrido com Berny, ocorrera na sexta feira, dia 16/06/1972, por volta das 21:00 hs. 

Haviam informações que os restos mortais do garoto seriam liberados na segunda feira de manhã, e o enterro seria na terça feira às 09;00, na qual a missa seria realizada com a presença do padre Herny.

O grupo sai da casa de Spinosa, talvez com mais perguntas do que respostas, sob olhares de Miguel. 

Suzanna se sente muito incomodada com o irmão de Spinosa e eventualmente olha para trás para vê-lo, mas ele não demonstra qualquer reação quanto a isso, parecia mesmo apenas querer que o grupo fosse embora.

Quando estão entrando dentro do carro de Tyler, Suzanna quebra o silêncio.

- Buck, amanhã teremos aula, não daria para ir à trilha logo cedo, talvez no final da aula, o que acham? outra coisa, podemos também passar no trailer do senhor Bruce, lembram que ele falou...quer dizer, ficou gritando que tinha atirado em alguma coisa lá perto? Pode ser mais um ponto para investigarmos.

Nisso, Peter dá a palavra:

- Sim, podemos passar por lá, mas concordo com Buck, já está anoitecendo e é melhor irmos para a segurança de nossas casas e amanhã, depois da aula, podemos ir juntos para esse lugar que mora esse tal de Sr. Bruce. Alguém sabe onde fica?

Suzanna responde:

- Sim, eu sei, fica num lugar meio isolado, fui uma vez lá com meu pai. 

Então ela se vira para Tyler:

- Tyler, se não for incomodar, pode deixar o Arny primeiro? o lugar dele é o mais longe e perigoso por causa da estrada beirando aquela floresta. Outra coisa turma, e sobre Brad? Vamos aceitar a ajuda dele? Pelo que ele falou a história era verdadeira.

Assim que o grupo sai da cara de Spinossa todos caminham em direção ao carro, enquanto isso Buck reflete sobre toda aquela situação

- "Isso foi uma perda de tempo, uma paranoia desnecessária do Tyler. Talvez ele esteja preocupado com qualquer impacto disso em sua imagem, mas saber se o Brad estava mentindo ou não sobre tudo aquilo não deveria ser nossa prioridade, tem algo muito maior acontecendo. Até o Brad sabe disso, mas este pessoal interiorano não entende"

Como objetivo do grupo era outro, era necessário que este objetivo fosse colocado no foco. Buck não desejava ser essa pessoa, mas os demais pareciam dispersos ou impactos demais pelo ocorrido.

- "Pessoal, é o seguinte já são quase seis horas da tarde, um péssimo horário para gente tentar olhar a mata ou fazer qualquer investigação neste sentido."

- "Eu acho que a gente poderia se encontrar lá na entrada da trilha do lago amanhã cedo, umas oito da manhã para poder olhar tudo por lá sem chamar a atenção. A gente ainda tem que se apresentar na delegacia depois, por causa do problema da sexta feira" - Buck pensa um instante - "Melhor a gente se apresentar primeiro na delegacia, para não levantar suspeitas e depois ir até a trilha"

Ao ouvir de Espinosa oque ele viu e seu argumento que teria vontade de ajudar, rapidamente Arny se vira e apenas o olha nos olhos e pensa: Deveria ter sido você e não meu amigo Berny.

Após Tyler se manifestar Arny desce as escadas resmungando: deveria ter sido ele, não tenho a mínima pena dele estar assim! Ele vai carregar esta culpa por resto de sua vida.

Tyler ouve a história de Spinosa um pouco incrédulo, na verdade ainda estava se convencendo que tudo aquilo poderia ser verdade e se convenceu que muito mais estava sendo ocultado dos habitantes da cidade. Um urso já seria aterrorizante para a população uma criatura monstruosa só agravaria ainda mais a cobrança junto as autoridades.

Num rompante, o clima entre os irmãos esquenta e a violência entre eles incomoda Tyler, mas o que esperar de pessoas pouco instruídas, toda a gang do Brad devia ser assim, cheia de conflitos familiares, provavelmente era um dos pontos em comum que possuíam.

"-Vamos embora, todos ouviram o homem."

Tyler estende a mão para Suzanna que neste momento dá suporte a Spinosa.

"-Acho que já atingimos o nosso objetivo."

Tyler quer é chegar logo no carro e voltar para a cidade, ele tem que contar tudo o que descobriu para o seu pai, apesar de achar que ele já sabe e guardou a informação para não assustar as pessoas. 

Ele respira fundo e pensa que terá uma longa conversa e uma bronca o aguardando em casa, mas agora isso pouco importa.

"-Miguel, muito obrigado por nos receber. Spinosa, até a vista, se cuide."

Mesmo não tendo nenhuma amizade por Spinosa, mantém uma relação educada.

Em parte Buck entende a posição do Miguel, muito provavelmente Spinossa devia dar trabalho e talvez Miguel enxergasse que estava perdendo seu irmão para Brad. Não havia nada a ser dito naquele momento, era um assunto de família e de um jeito ou outro, Miguel tentava proteger seu irmão.

Mas quando estavam de partida, ouve as palavras de Spinossa e antes que Arny pudesse dizer algo, que invariavelmente seria uma acusação ele se volta e diz:

- "Neste momento Spinossa, o melhor que você tem a fazer é descansar. Descansar e pensar na sorte que teve e o que vai fazer com essa segunda chance que você ganhou"

Buck começa a sair do local, tentando levar o resto o pessoal com ele e internamente ele mesmo pensa no quanto suas palavras poderiam se valer para ele mesmo

- "Vir para cá foi minha segunda chance, eu estava a ponto de ser mandado para o reformatório lá em Nova Iorque, provavelmente perderia anos de estudo e acabaria trabalhando para os capos"

Quando passava pela cozinha Buck olha para o relógio preso na parede e para por um instante

- "Quase seis da tarde, vai escurecer em breve." - Buck suspira - "E nem para oferecer um café... melhor voltarmos logo para a cidade, estou perdendo meu horário do café da tarde"

Assim que o grupo esta fora da casa, Buck reflete sobre as palavras de Peter.

- "Para mim não existem autoridades Peter." - Buck olha para Suzanna, sabendo que ela poderia ficar chateada, mas completa - "são pessoas com intensões. O Prefeito esta cuidando da reeleição dele, então terminar o caso o mais rápido possível é vantajoso. O que não entendo é a posição do xerife a respeito disto, a não ser que ele ache que isso só vai atacar a periferia"

Ao ouvir o questionamento de Arny, o irmão de Spinosa, Miguel, se aproxima e diz:



- Para te responder a essa pergunta garoto, você precisaria viver com ele. Agora por favor, saiam da nossa casa, e deixem ele descansar.


Miguel olha para todos e sai do quarto de Spinosa e se desloca para a cozinha, na parte da baixo da casa.


Suzanna olha para todos e depois de ver que Spinosa estava, relativamente bem, ela se desloca para fora do quarto, seguida de Peter.

Nesse momento, Spinosa se vira para todos e diz:



- Se...Se eu puder ajudar em alguma coisa eu ajudo...

Spinosa parecia diferente, parecia muito arrependido com as consequência de seu ato junto com Julian. Era na verdade apenas garoto briguento como muitos outros por todo o país, que não poderia previr o resultado fatal que de certa forma, não tinha responsabilidade "direta" sobre algo que ninguém deles ainda compreendia. 

Isso estava claro para Suzanna, e talvez pudesse começar a fazer sentido para Buck.

O grupo acaba ouvindo Peter falar com Suzanna fora do quarto, de um modo mais baixo:

- Éhh... tem coisa muito estranha acontecendo nessa cidade. Então eu posso muito bem ter me deparado com essa "coisa" na estrada. Agora...não dá para ignorar o fato de que Eu, Spinosa e Arny, tivemos um certo encontro com essa "coisa", só quem não quer ver isso são as autoridades dessa cidade.

Suzanna não sabia o que responder naquele momento, ela olhava para Buck, e depois para o restante do grupo. Sabia que seu pai era responsável pela segurança de todos, e que as palavras de Peter a haviam acertado em cheio, mesmo que indiretamente, e nesse momento ela olha para Tyler, que era o filho do prefeito também.

Tyler ainda avaliava todas aquelas informações, e sentiiu muito bem o que quis dizer olhar de Suzanna, quando a " responsabilidade das autoridades" foram questionadas.

Ao ver aquela situação Buck se prepara para partir, ele não tem qualquer empatia por Spinosa e saber que ele se sente culpado ou pelo menos afetado pela morte de Berny era o mínimo que ele merecia. Mesmo o tapa dado pelo seu irmão não muda a opinião de Buck, provavelmente Spinosa devia dar muito trabalho naquela casa, ainda mais quando estava com Julian ao seu lado.

- "Então não restam dúvidas, tem alguma coisa muito estranha nisso tudo. E ele disse que a criatura segurava Berny com a pata, essa merda não é urso coisa nenhuma."

Buck espera Suzanna sair de perto de Spinosa para acompanha-la para fora da casa, mas antes de mesmo dela se aproximar Arny questiona o irmão de Spinosa.

- "Arny esta apostando tudo, ele não vai medir o risco para saber o que aconteceu com Berny" - por um instante Buck se sente envergonhado por não ter essa tenacidade - "Mas ele esta certo, eu não sei como ele esta suportando isso, Berny era talvez o porto seguro dele."

Buck não diz nada, para ele não havia nada a ser dito adicionalmente as palavras de Arny. Mas ele se coloca ao lado de dele, olhando diretamente para o irmão de Spinosa, reforçando o questionamento feito.

Arny apenas fica aguardando a resposta de Peter quando Suzanna pergunta para ele oque tinha acontecido, mas Buck logo interrompe mas Arny acha estranho Peter ter ido até seu bairro.

Ao ouvir Buck em relação a irem na casa de Spinoza Arny Responde: Se Julian estiver por lá e querer confusão não tenho problema algum em resolver com ele.

Arny olha bem para faca que estava com Buck a mesma que talvez Julian conseguisse furar ele.
Ao chegarem na casa de Spinoza Arny desce do carro preparado para terem uma boa conversa com Spinoza e logo são recebidos por um Homem que fala um linguajar diferente algo da terra de Spinoza, que aparentemente não é como os outros até o recebe bem a todos.

Ao chegar no quarto Arny vê Spinoza sentado sem ação olhando para o nada quando Arny tenta se aproximar dele (a vontade era pegar a faca de Buck e colocar na garganta dele).
Arny espolsa uma tentativa de iniciar uma conversa com Spinoza mas Tyler se aproxima primeiro então Arny apenas aguarda.

Mas quando Spinoza começa a falar: Uma certa emoção começa a tomar conta de Arny pelo fato da narrativa de Spinoza descrevendo como seu amigo sofreu o quanto ele morreu aterrorizado, e a cabeça de Arny “o maldito Espinosa ficou ali Paralisado não tentou nem ao menos o ajuda-lo” mas esse pensamento logo é interrompido quando o Irmão de Spinoza entra e lhe da um tapa na cara.

Mas antes de irem embora Arny se vira para o Irmão de Spinoza e diz: Porque você não acredita nele?

(Nesse momento Arny não está preocupado com Spinoza ou até mesmo com irmão dele ele apenas quer vingança para seu amigo)

O sol já começa a querer se por em Everet Falls. 

Fora os questionamentos de Buck e Tyler, naquele local era ouvido apenas o som dos pássaros que começavam a se aninhar na copa das árvores.

Tyler tenta uma aproximação mais direta frente à Spinosa, e quando Peter percebe isso, resolve deixar que eles tentem arrancar alguma coisa dele, pois ele mesmo não tinha muito "tato" para esse tipo de abordagem.

Ao ouvir Tyler, Spinosa olha para ele e depois volta a encarar a janela, depois começa a balbuciar algumas palavras:

- Não...não era para ter acontecido aquilo. Eu... estava correndo atrás dele na mata, do Berny...estava chegando perto, de repente alguma coisa muito grande atravessou pulando na minha frente de encontro ao Berny...lembro do grito dele, do urro daquela coisa...

Spinosa para um tempo coloca suas mãos no rosto. Depois continua:

- Aquilo não era um urso, eu não estou ficando louco, aquilo não era um urso, era... era, não sei!era algo que não era humano!

Spinosa abaixa sua cabeça, parecia começar a chorar e continua:

- Berny gritava...eu fiquei paralisado, parecia que ele estava sendo rasgado vivo! Eu não conseguia me mover, até a hora que "aquilo" se virou para mim, com olhos de sangue, eu...eu via apenas um vulto, mas o relâmpago iluminou os olhos e aqueles dentes! Berny...Berny gritava "por favor" era só o que eu conseguia ouvir, eu queria ajudar, mas fiquei paralisado, quando "aquilo" se virou totalmente para mim, segurando Berny com a outra "pata" eu percebi e corri!! Corri sem olhar para trás! "Dios Mio" Eu corri, precisava correr...

Spinosa se levanta, vai até a janela e ali fica apoiado, estava tremendo, soluçando, parecia vivenciar cada segundo daquele episódio. O grupo ouve a porta do quarto se abrir, era Miguel.

- Melhor vocês irem embora, meu irmão não está bem. Seja lá o que ele disse, não considerem, ele provavelmente estava sob efeito de alguma droga.

Nesse momento Spinosa olha para seu irmão e grita:

- Não! eu sei muito bem o que eu vi!!! por que não acredita em mim!!???

Nesse momento Miguel lhe desfere um tapa violento no rosto de Spinosa, fazendo cair na cama para espanto de todos.

Suzanna é a primeira a ir de encontro à Spinosa para auxiliá-lo. 

Miguel parecia ter uns 30 anos, não era muito alto, mas detinha um condicionamento físico invejável. 

Seu olhar era profundo e toda aquela calma, que havia demonstrado quando atendeu ao grupo, por um momento deu lugar a uma raiva descontrolada.

Um silêncio se instala no quarto, Miguel parecia ter se arrependido da agressão, mas somente se vira para todos e diz:

- Vão embora...