Personagem Franklin Worthinson

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#1 'Dado D6' : 1, 3, 2

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#2 'Dado D6' : 2, 6, 1

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#3 'Dado D6' : 5, 4, 1

Sua caminhada em direção a biblioteca é interrompida ao ouvir o som pancadas vindas de uma passagem estreita entre dois prédios, Franklin se aproxima e percebe quatro jovens chutando alguém caído. Ao se aproximar percebe que a pessoa caída era na verdade Ben e os quatro agressores eram mais velhos e usavas jaquetas parecidas, todas uma mesma marca na manga esquerda.


 
- “Droga, deve ser mais uma merda de gangue da cidade e espancando o Ben. Pior que não posso deixá-lo à mercê deste tipo de gente, serei obrigado a intervir”
 
- “Jovens, peço que deixem o rapaz em paz e saiam daqui. Esta é a decisão mais acertada que podem tomar, continuar com esta agressão irá me obrigar a intervir e isso será muito desagradável para vocês, acreditem em mim”
 
Os quatro olham para Franklin e sorriem, eles tinham vantagem numérica, de força e tamanho.
 
- “Mais um babaca para apanhar” – diz um deles, mas logo é interrompido pelo que parece ser o mais velho
- “Espera aí. Esse aí também tá na lista, sorte a nossa” – ele olha bem para Franklin – “É aquele moleque que o Malucão avisou que podia pegar tudo dele e era para tomar cuidado”
- “Vamos tomar a picada?” – um deles diz animado
 
Franklin não entende aqui, mas infere que eles deveriam estar se referindo a alguma droga talvez heroína.
 
Porem eles retiram algo semelhante a uma injeção, porem metálico do bolso. Os quatro sorriem, visivelmente ansiosos e levam aquela caneta até o pescoço e pressionam seu fundo.
Franklin consegue ouvir um semelhante a uma bomba de ar dando um único disparo de pressão.
 
- “Preciso ficar atento. Não posso expor meus poderes a estes babacas sem motivo ao mesmo tempo que não vou me colocar em risco”
 
Alguns segundos se passam até que um deles arrota e um pequeno jato de líquido verde atinge a parede que começa a fumegar e descascar. Ele ri para os demais
 
- “Esta dando certo, o Malucão falou a verdade” – e se virando para Franklin – “Você tá muito fudido moleque, tá fudido demais” – e começa a gargalhar.
Ele puxa a saliva da garganta em cospe em direção a Franklin e um jato de ácido passa ao lado do seu corpo, atingindo uma lata de lixo atrás dele e logo o metal começa a contorcer e derreter.
 
Um segundo jovem começa a tossir e se encurvar para frente, sua jaqueta rasga nas costas e suas mãos ficam mais grossas e escuras. Seu rosto parecia se deformar fazendo osso do crânio de projetar para frente assim como o maxilar, o nariz parecia sumir e ele começa a apoiar as mãos no chão para se equilibrar.


 
O outro rapaz começa a tremer e logo o que parecia uma tremedeira passa a se tornar uma vibração. Ele parecia uma imagem fora de foco, se movendo centímetros para os lados em uma velocidade muito grande
 
- “É quase o mesmo padrão do Sebastian, mas ele controla a capacidade de ativar ou não suas vibrações e concentrar somente onde lhe interessa. Este espécime parece estar realizando isso involuntariamente.”
 
Franklin observa o quarto indivíduo que parecia não ter qualquer tipo de mudança, vendo que não haveria saída pacifica naquele momento ele instintivamente risco os dedos no ar.
 
- “Ego sum flammae ignisque”
 
As chamas irrompem do corpo do Franklin e no seu lugar seu aspecto ígneo surge.
 

 
O jovem com saliva ácida se surpreende
 
- “Caralho! Que porra é essa?” – ele olha para os lados – “O moleque pegou fogo! Ele também tomou a picada! Chuck acerta o cara! Faz alguma coisa!”
 
Neste momento ele puxa novamente a saliva da garganta, mas diferente da primeira vez o volume é maior que o esperado e ele não consegue segurar dentro da boca. A saliva escorre pelo seu queixo pingando em seu peito e neste momento fumaça e cheiro de carne surgem no ar, o rapaz entra em pânico e tenta limpar com as mãos. A saliva continua escorrendo em volume cada vez maior e logo seu maxilar cai no chão, ele se ajoelha e seu corpo começa a dissolver de dentro para fora.
 

verificação de pânico : QI 15 : 1+3+2 = 6 Sucesso

 
Franklin respira fundo e evita se descontrolar, aquilo era horrível em diversas camadas. O poder bruto entregue sem treinamento ou adaptação do corpo era uma bomba e ao mesmo tempo ele pensa se seu próprio corpo teria limites.
Mas seus pensamentos são interrompidos quando o jovem que vibrava corre até ele, errando por pouco mas o fluxo de ar já fez seu corpo girar e bater na parede.
 
Neste momento Franklin percebe que um dos jovens havia se tornando uma versão primitiva do hominídeo, quase um gorila. Era perceptível que ele não estava entendendo mais nada, mas ao ver Ben caído no chão algum resquício de consciência o lembra que aquele era um inimigo ou alvo e ele salta para cima do corpo de Ben o atingindo com os dois punhos no peito e começa a bater furiosamente até o som de ossos quebrando ser ouvido por Franklin.
 
Sem outra alternativa Frankin desenha um sigilo no ar
 
- “datanglah danau kota perunggu”

ataque Fireball NH 13 : 2+6+1 : 9 Sucesso
Dano geral : 5+4+1 / 5+4+3 / 5+4+2= 10 + 12 + 11 = 33 de dano
Centro : 10+12+11 = 33 de dano
Hex 1 : 9+9+9 = 27 de dano
Hex 2 : 5+5+5 = 15 de dano

Três esferas de chamas voam em direção da criatura que atacava Ben, atingindo todas ao mesmo tempo e criando um inferno ao redor dele com a explosão. Que atinge tanto o outro individuo que estava parado até aquele momento quanto Ben, infelizmente.


 
Neste momento Franklin ouve atrás dele algum falando
 
- “Filho da puta, você matou o Chuck!”
 
Franklin se vira e percebe que o jovem vinha em sua direção como um borrão, mas havia algo de errado. Ele leva as mãos ao rosto e então Franklin consegue perceber que o atrito com o ar estava ferindo ele e algo devia ter atingido seus olhos. Sem conseguir ver o caminho o jovem mantem a velocidade e atinge uma caçamba. O efeito foi o mesmo de ter sido atingido por um caminhão e seu corpo vira uma massa indistinguível.
 
Ao se voltar para o lado onde estavam Ben e os outros dois. Lá estava o quarto elemento, complementa impassível a tudo e para a surpresa de Franklin ele também estava completamente intacto.


Então ele diz
 
- “Nada disso faz sentido.” – e começa a caminhar para fora do beco
 
- “Pode parar onde você está!” – as chamas nas mãos de Franklin crescem – “Ou serei obrigado a queimar você”
 
- “Isso é irrelevante.” – ele move os dedos no ar, como se acompanhasse algo – “Sim, poderia queimar.... “ – seus dedos se movem e olha para outro lado – “Mas eu poderia ir por aqui, ou por aqui. Enfim, uma perda de tempo” – e volta a andar
 
- “datanglah danau kota perunggu” – Franklin conjura uma nova esfera de chamas em direção ao sobrevivente.
- “Não posso colocar meu nome em risco, ele não pode sair daqui”
 
Mas com um movimento da cabeça o jovem a esfera de chamas desvia dele e bate contra a parede ao fundo do beco.
 
- “Não há nada para mim aqui, nem em lugar algum” – então ele olha para Franklin, depois para o corpo de Ben – “Não, vocês tem algo. São diferentes, suas linhas vão para lugares diferentes. Talvez ainda tenha algo aqui”
Após falar sua última palavra o jovem segura algo no ar com a ponta dos dedos e puxa, desaparecendo no ar.
 
Ainda sem entender o que havia acontecido ali, Franklin corre em direção ao corpo de Ben.
 
- “Merda. O Ben era um cara, talvez um dos poucos que tenha conhecido, que merecia algo bom.” – Franklin observa o peito de Ben afundado pelos golpes e o lado esquerdo do corpo queimado – “Preciso tirar o corpo dele daqui, fazer um pira funerário no topo do monte careca, dar um mínimo de dignidade para ele”
 
Mas então Franklin nota algo inesperado. O braço esquerdo de Ben que estava completamente calcinado apresentava um ponto saudável próximo ao cotovelo e ele parecia expandir. Seu troco parecia fazer o mesmo, como se os ossos voltassem ao seu lugar empurrando os músculos.
 
- “Ele esta se recuperando em uma taxa espantosa! Mas não faz sentido não começar das bordas saudáveis para o centro, são pontos de recuperação que se espalham pelo corpo.” – neste breve momento o corpo de Ben já estava praticamente intacto e ele abre lentamente os olhos – “Isso não é biológico. Seja lá a origem das capacidades de Ben elas estão ancoradas em outro tipo de origem”
 
Então Ben fala
 
- “Franklin? O que você esta fazendo aqui?” – ele olha para o lado e vê o corpo carbonizado de uma criatura e duas poças de sangue – “Meu Deus!! Franklin! Eles estão mortos!”
 
Franklin o segura pelos ombros e diz olhando em seus olhos
 
- “Sim, eles estão. Mas por algum motivo eles queriam te pegar Ben.” – Franklin pega um dos cilindros metálicos do chão – “Eles usaram algum tipo de droga e passaram a ter habilidades. Habilidades como as que eu vi em você agora”
 
Ben olha para baixo no mesmo instante e fala quase que como um sussurro
 
- “Eu não tenho habilidade nenhuma, não tenho nada. Sou só um gordo... “
 
Mas Franklin o interrompe
 
- “Escute aqui. Eu vi Ben. Eu vi perfeitamente do que você é capaz e estou surpreso e intrigado” – então Franklin lembra das palavras de Ben – “ele disse que Janet falou que ele devia entender que algo o tornava especial, ela falou que ele deveria saber que está à frente do resto da cidade”
- “É isso. Janet estava certa Ben.” – Aquelas palavras capturam a atenção de Ben – “Este dom que você possui o torna muito especial, mas ao mesmo tempo um possível alvo. Evite riscos e falando em riscos, precisamos sair daqui antes que a policia apareça. Vá por aquele lado e vá direto para sua casa, amanhã vou procura-lo na escola.”
E olhando nos olhos de Ben reforça
- "Eu posso te ajudar Ben. Confie em mim, agora corre para sua casa"
 
Ben ainda estava bastante perturbado e aceita sem questionar. Assim que ele sai dali Franklin recolhe todos aqueles cilindros, verifica qualquer item que possa indicar a presença dele ou de Ben no local e depois incinera o que restou dos corpos e roupas no local. Assim que houve o som das sirenes seu aspecto aéreo toma o lugar e ele flutua em direção ao topo dos prédios e então para sua casa.



Ao chegar em casa percebe que seu pai não estava e é informado que ele ficaria na empresa sem horário para voltar. Franklin opta por jantar algo leve, legumes grelhados, grãos e folhas.

- "Alguém começou a dar poderes para estas gangues que estão surgindo na cidade. Isso pode ficar fora de controle muito rápido" - Franklin retira uma das canetas do bolso - "Preciso investigar o que é isso. Estar preparado e talvez ter que criar uma cura"

O dia anterior havia sido uma vitória parcial, mas diante dos prováveis cenários ainda estava tendendo para um resultado positivo. A presença de incrédulos era esperado mas a solidez técnica do seu trabalho era indiscutível.
Franklin sabia que no final aquela solução seria aceita e o ponto agora seria o tempo para que aquela diretoria aceitasse este fato.
 
Ao chegar na escola e adentrar a sua sala e começa a planejar seu próximo projeto, um processo junto ao conselho federal de educação para que pudesse realizar todos os testes escolares e conseguir seu diploma do ensino elementar e já poder iniciar suas aplicações as universidades, ele precisaria de acesso aos laboratórios para acelerar seus planos de conquista.
 
Os pensamentos de Franklin são interrompidos pelo telefone da sua sala


 
- “Pois não” – diz Franklin ainda absorto em seus pensamentos
- “Frank, o senhor Omar quer falar com você”
- “Claro Srta Grace, estarei na sala dele daqui a pouco”
 
- “Mais um pedido de reunião, mais uma conversa pouco produtiva e muito provavelmente terei que colocar um basta nisso ou amanhã terei mais uma abordagem deste homem”
 
Franklin anda calmamente pelos corredores da escola observando todos aqueles alunos entrando e saindo das salas, andando no pátio enquanto tentam evitar a neve e percebe que seu local não era mais ali. Não fazia sentido algum ter que ficar trancado naquela sala, restrito naquela sala.
 
- “Bom dia senhor Omar” – Franklin adentrava a sua sala  - “Grace me informou que gostaria de falar comigo, novamente.”
- “Sim Franklin, novamente” – Omar sorri – “creio que nossa conversa ontem acabou de forma prematura e podemos desenvolver melhor isso”



- “Eu adoraria ouvir um bom argumento que lastreasse sua opinião” – Franklin sorri e se senta do outro lado da mesa
- “Conhecimento e experiência Franklin. Você sabe que conhecimento é poder, as vezes mais até mais poder do que a habilidade especial de alguns”
- “Você tem minha atenção Senhor Omar” – Franklin apoia seus cotovelos na mesa o queijo no punho – “por enquanto pelo menos”
- “Temos décadas de conhecimento que podem ser compartilhados com você Franklin. Temos mapeados os principais ramos que a biologia humana segue na sua adaptação e tradução em poderes”
- “Já estão errados ao classificar tudo como biológico” – pensa Franklin – “E você vai me passar estas informações agora?”
- “Antes precisamos saber do seu compromisso conosco Franklin”
 
Franklin não resiste e acaba soltando uma gargalhada, era novamente essa maldita necessidade de confirmação e no final não chega a lugar algum.
 




- “Me desculpe senhor Omar, me desculpe. O senhor é novo na cidade, mas eu já ouvi isso mais do que você pode imaginar, inúmeras vezes e todas elas após eu aceitar o compromisso não trouxeram qualquer informação adicional, qualquer resultado concreto. Somente novos pedidos de compromisso parecendo que eu estava em ciclo de testes a respeito da minha maturidade”
Franklin se ajeita na cadeira e diz
- “Vamos fazer o seguinte, irei manter a coerência em minhas palavras e apresentar as mesmas premissas que apresentei para Christine” – Franklin levanta um dedo – “Um plano claro de como irão me ajudar com meu dom” – levanta o segundo dedo – “qual será meu cargo na organização” – levanta o terceiro dedo – “qual será a ajuda de custo que irei receber por colocar meu tempo a disposição de vocês”
 
- “Eu não sabia destes termos, nem que você tinha compartilhado estes termos com a Christina” – Omar parecia desconcertado – “Mas exposto desta maneira já posso lhe adiantar que não temos uma estrutura como você deve imaginar a ponto de podermos lhe dar um cargo. A maneira como nos organizamos também não permite um meio de lhe pagar, nossa capacidade de articulação financeira ocorre de outra forma”
Omar pensa por um instante e diz
- “Mas com base nestes termos gostaria de poder lhe realizar uma contraproposta. Está aberto a ouvir?”
- “Obviamente” – Franklin sorri – “finalmente alguém que apresenta algum tipo de articulação, em partes ele me lembra o Donavan”
- “Ótimo, irei pensar em um contraproposta e lhe chamo para conversar quando tiver algo que acreditar ser interessante para todos os envolvidos”
 
Franklin se levanta e cumprimenta o Senhor Omar, finalmente ele havia dito uma conversa construtiva com um membro da SOULS. Haveria esperança em uma aliança com aquele grupo? Se isso fosse favorável para os planos pessoais de Franklin poderia ser uma opção viável.
 
Sabendo das poucas opções presentes na cantina da escola, Franklin opta por deixar o local e ir até uma pequena mercearia próxima para almoçar uma salada de folhas e legumes e algumas frutas cortadas.
Franklin até considera retornar para escola, mas seria um tempo desperdiçado e sabendo disto opta por se dirigir para a biblioteca e buscar novos livros para aprofundar um pouco mais seu conhecimento em eletrônica e química.

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#1 'Dado D6' : 2, 1, 1

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#2 'Dado D6' : 2, 3, 1

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#3 'Dado D6' : 4, 3, 1

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#4 'Dado D6' : 5, 2, 3

Franklin acorda um pouco antes do horário regular, toma um longo banho e passa seu creme de babosa nos cabelos penteando calmamente para trás e ajustando suas ondulações, depois passa uma colônia com notas de mogno pois era importante passar a impressão correta.
Por fim seus trajes e obviamente qualquer coisa que o aproximasse de um estudante seria inaceitável. Ele opta por um terno de feltro petróleo com um cravo na lapela, camisa gelo e uma gravata de seda xadrez. Franklin fica se observando no espelho

- "Perfeito Franklin. Você tem todos os atributos para o sucesso, a inteligência necessário para achar as soluções, o carisma para vender as soluções e a tenacidade para superar a ignorância que me cerca."



Franklin desce até o hall de entrada com todos relatórios impressos e com sua apresentação no flip chart. Seu já tomava o café e apenas observa enquanto Franklin coloca todo seu material no porta mala do carro e retorna até a mesa.

Gordon continua bebendo um caneca generosa de café e diz:

- "Isso é necessário Franklin? Essa roupa, aquele monte de papel."

Franklin enche um copo de suco de laranja e pega sua tigela com granola, morangos, mirtilos e iogurte e responde de maneira bastante tranquila

- "Por óbvio pai. Estou indo até a sua empresa como um consultor externo para apresentar uma proposta de negócio e portanto devo estar preparado da forma adequada em todos os aspectos, tanto visualmente quando tecnicamente."

Seu pai dá os ombros, termina sua xícara e acena para que Franklin o acompanhe até o carro.



A viagem até a empresa ocorre em silêncio, era visível que o Sr Gordon esta bastante incomodado com aquela situação.
Ao chegarem a Srta Millie estava na porta da empresa aguardando o pai de Franklin.

- "Millie bom dia. Por favor, leve o Franklin até a sala 3. Teremos uma reunião da diretoria lá, garanta a água fresca e o café recém coado"
- "Claro Sr. Worthinson." - Ela se vira para Franklin e diz com um sorriso - "Venha Frank, vou te levar até a sala. Deixe me ajuda-lo com os papéis"

Ao chegar na sala Franklin arruma os relatórios em uma mesa auxiliar, prende sua apresentação no cavalete e arruma as cadeiras da sala de forma que todos pudessem vê-lo.
Pontualmente as nove da manhã uma fila de homens começa a entrar na sala. Parecia uma linha de produção, homens de cabelos brancos e entrando na terceira idade, ternos antigos e suspensórios e vários deles fumando cigarros, charutos e cachimbos.

- "Que cena deprimente, um bando de velhos que deve achar que o problema do transporte são os caminhões e se pudessem colocariam de volta as carroças. Será uma reunião desfavorável para mim, devem me ver como um pirralho querendo ensinar como fazer o correto. Mas contra dados não existe negativa válida e contra uma proposta que visa o aumento do lucro não existe racionalidade que os coloque contrários ao projeto"

Quando todos estão sentados e olhando para Franklin com curiosidade e irritação entram finalmente Gordon, que era um dos donos da empresa, e Vincent o responsável prático pela logística.

Um dos homens se vira para Gordon e diz

- "Não vai falar nada Gordon?" - havia irritação em sua voz
- "Não. Sou um ouvindo nesta reunião." - A resposta era seca e ríspida e encerra o assunto.

Franklin entende que estava por sua conta e era hora do seu show, as coisas começam a acontecer com uma naturalidade espantosa. Um sorriso cativante surge no rosto de Franklin.

Trato Social NH 19 : 2+1+1 : 4 FULMINANTE

- "Os senhores devem imaginar por que foram chamados a esta reunião e acho justo já explicar o motivo sem rodeios."
- "Em uma conversa com Vincent ele me disse do problema que a empresa enfrenta na logística e me desafio e buscar uma solução." - Franklin pega seus relatórios e começa a caminhar ao redor da mesa colocando uma impressão na frente da cada um dos homens - "Vincent sabe a tempos que sou um estudando de ciências gerais, que sempre busco desafios e raramente recuso um desafio intelectual"

- "Tendo este cenário como pano de fundo, passei as últimas semanas estudando cada detalhe da operação logística e expandindo esta análise para o conceito geral de distribuição." - Franklin para ao lado do flip chart e vira a primeira página mostrando o título do projeto - "Otimização, capilarização e implantação de logística, distribuição e transporte. Isto senhores, é mais que um título. Isto é a solução para esta empresa"

A apresentação de Franklin havia capturado a atenção de todos, era como se ele hipnotizasse a sua platéia.

Franklin começa a repassar pelos problemas conhecidos, partindo para uma análise de funil de restrições e finalmente para chave da sua abordagem, a equação de otimização, capilarização e implantação de logística, distribuição e transporte

Trovador NH20 : 2+3+1 = 6 FULMINANTE

Neste momento boa parte da mesa começa a observar a equação e as explicações de Franklin. A densidade de informação e a profundidade teórica começava a se tornar incompreensível para alguns. Mas ainda assim a capacidade retórica de Franklin era monstruosa e a maneira como ele colocava ênfase em cada ponto positivo que seu projeto iria agregar era impossível não acreditar naquela solução.

Quando Franklin chega ao final da apresentação apresentando um cálculo demonstrando os valores de ganhos futuros, tempo de payback e potencial de expansão alguns dos homens retiram suas calculadoras das malas de começam a refazer as contas.

Franklin fica parado com um sorriso no rosto enquanto observa os rostos confusos de todos, inclusive de seu pai. Até que um dos homens olha para Franklin e diz

- "Interessante, mas me diga uma coisa jovem quem ajudou você a fazer isso? Com quem você dividiu as informações da empresa para montar isso para você?"
O sorriso de Franklin desaparece no mesmo momento
- "Por acaso o senhor esta insinuando que estou apresentando um material como meu mas que foi feito por um terceiro?"
O homem ri olhando para Gordon e depois se vira para Franklin
- "E você quer que eu acredite que um garotinho fez tudo isso sozinho?"

Franklin ajeita seu terno e começa a andar na frente da sala e opta por ser polido e manter seu ar de superioridade usando diplomacia.

Trato Social NH 19 : 4+3+1 : 8 Sucesso por 11

- "Eu poderia usar o tempo desta reunião para refutar suas afirmações, mas isso seria ocupar um tempo precioso só para afagar o ego de um senhor descrente na capacidade dos outros. Eu prefiro usar o tempo que os senhores dispuseram para me ouvirem de forma mais eficaz, na verdade como puderam ver aqui eficiência é um dos maiores problemas da empresa e talvez seja justamente por ficarem presos a paradigmas que vocês mesmo criaram."

Comercio NH 16 : 5+2+3 = 10 Sucesso por 6

- "Eu tenho aqui a solução para a empresa, uma solução pronta para ser implantada. Estou aqui como um consultor externo e não quero favores, quero que entendam que o futuro desta empresa" - Franklin faz uma pausa - "Ou melhor, o futuro de toda o cenário de transporte de cargas e logística reside nesta solução."

Franklin olha diretamente para o velho que havia duvidado de suas capacidades

- "A escolha esta na mão de vocês, refaçam as contas se quiserem ou levem para sua área financeira. Eu garanto a qualidade do meu trabalho, eu garanto todas as camadas desta solução, assim como eu garanto que posso implantar esta solução nesta empresa."

Os homens se entreolham diante da proposta de Franklin e um deles diz

- "Obrigado Franklin, poderia esperar na sala ao lado. Precisamos conversar"

Franklin sai da sala e fica esperando em um pequeno cômodo com um bule de café e algumas xícaras.

- "Como é irritante ter que lidar com este tipo de gente. Um bando de velhos presos ao passado e as velhas práticas, uma corja de abutres querendo comer o cadáver desta empresa. Não irei me rebaixar ou aceitar qualquer insulto ou descrédito, se não quiserem será com tristeza que verei a empresa do meu pai minguar, mas no futuro poderei apontar os culpados."

Depois de quase uma hora perdido em pensamentos finalmente a porta se abre e todos saem da sala. O pai de Franklin apenas acena para que ele o siga. 
Assim que entram no carro e o Sr. Gordon começa a dirigir ele diz:

- "Eu tenho que te perguntar isso Franklin e responda somente com sim ou não." - ele respira e diz - "Você fez tudo aquilo sozinho?"
- "Sim"
- "Eu temia fosse isso mesmo, seria muito mais fácil se um adulto apresentasse isso"
- "Mas não é o caso. Sua empresa tem um problema e eu tenho a solução, isso é simples. Os cálculos estão corretos, os dados estão corretos."
- "Eu sei. Eu revisei todos os cálculos com o time de logístico e com o time financeiro. Nem eles conseguiram entender perfeitamente como você criou aquilo, mas não conseguiram negar o funcionamento daquela equação."

Franklin sorri e diz

- "Não espere que eles consigam entender como se cria uma solução pai, isso nunca foi a real função deles. Eles são executores, falta a eles a capacidade de entender um problema, extrapolar todos os cenários, projetar as soluções e otimizar os resultados."
- "Isso se tornou muito maior do que eu previa. Vou deixar você em casa e retornar para a empresa, preciso me reunir com a diretoria para tomarmos uma decisão."

O restante do dia de Franklin é deixado para o seu relaxamento.
Ele termina seu livro de administração e devolve a biblioteca, volta a estudar os manuscritos de Nicholas Flamel e o conceito do portal da vida e da morte e principalmente entender a respeito do véu que Janet aparentemente poderia ver através.

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'Dado D6' : 3, 6, 5

Franklin acorda e fica por minutos deitado na cama, ainda sentia seu corpo todo dolorido. Ele se senta e as costas doerem como se tivesse sido atropelado, suas pernas estavam cansadas e ele sente um pequeno puxão de câimbra  quando se espreguiça.

Após um banho lento e revigorante ele se prepara para a escola. Franklin não tratava mais aquele compromisso diário dele como aulas e sim como estar presente na escola para tratar seus assuntos.

Um café da manhã reforçado e uma rápida caminhada para escola e Franklin já se encontrava na sua sala pensando que deveria marcar a reunião com a empresa para apresentar seu projeto até que seu telefone toca.

- "Franklin, o senhor Omar gostaria de falar com você. Poderia vir até a sala dele."
- "Claro senhorita Grace. Estarei ai em instantes."

Franklin tranca sua sala e vai até a sala do Senhor Omar.

- "Menos de duas semanas desde nossa conversa, esperava que ele me deixasse trabalhar em meus projetos por mais tempo."

Franklin adentra a sala da diretoria e encontra o senhor Omar próximo a janela olhando para o pátio.



 - "Bom dia Frank, sente-se e fique a vontade para se servir de chá. Ou água se preferir."

Franklin pega uma xícara de chá e fica em silêncio. Ele sabia que se a ligação de Omar e SOULS, como ele havia inferido, fosse real era melhor ouvir do que falar.

- "Veja como são alheios a realidade que os cerca" - Omar diz olhando pela janela - "Temos muito em jogo, vários que não entendem ao certo o que esta ocorrendo na vida deles e alguns ainda sem percepção da sua realidade."

- "Esse tipo de discurso é típico da SOULS, mas ele não deixa clara sua ligação" - Franklin olha para o relógio - "Droga, preciso marcar a reunião para apresentar meu projeto e ele esta tomando meu tempo"

- "Do que estamos falando Senhor Omar? Poderia ser mais objetivo?"

Senhor Omar sorri e se senta a frente de Franklin

- "Sei que teve uma experiência desagradável com o diretor anterior, mas posso lhe afirmar que pode confiar em mim Franklin"

 - "Veja Senhor Omar, devemos nos focar nosso tempo de maneira objetiva." - enquanto pensa - "Esse povo da SOULS é chato pra caralho"
- "A sua retórica me leve a crer que esteja vinculado a SOULS e pedir que eu viesse falar com você indica que a Josephine ainda não desistiu de realizar estas abordagens"
- "Já houveram diversas abordagens e creio que já tenho minha opinião formada. Qualquer relacionamento meu com a SOULS será de uma aliança temporária ou troca de informações."

- "Franklin, você é jovem e não tem ideia do que estamos tratando aqui, do que combatemos. Nos temos um conhecimento vasto e podemos lhe ajudar a entender seus poderes e entender seus limites. Usa-lo de maneira sábia e responsável."
- "Existem coisas que você só poderá ter acesso se estiver junto conosco. É inevitável que em algum momento você seja abordado por outro grupo." - Omar fica sério - "Donatan ouviu o canto da sereia e se entregou"

Franklin se levanta, termina de beber seu chá e diz

- "Não vou Donatan, não tenho interesse em me filiar a grupos anacrônicos. Continuo a disposição para conversamos, desde que não venha com estes argumentos vazios de recrutamento."
- "Caso queira trocar informações, me fazer uma proposta de aliança temporária com objetivos claros e comuns ou somente desopilar e conversar continuo a disposição. Tenha um bom dia"

Franklin sai da sala, bastante incomodado pela insistência desmedida e pela falta de informações históricas de Omar. Aquele tempo perdido poderia ter sido usado para agendar sua apresentação.

Ao retornar para sala Franklin liga para a empresa Worthinson.



- "Empresas Worthinson, bom dia. Com quem gostaria de falar?"
- "Bom dia. Sou o CEO da Gaia Enterprises e gostaria de agendar uma reunião com a diretoria para apresentar a solução de logística para a empresa"
- "Desculpe, qual seu nome?"

Aquela pergunta levaria a várias outras que iriam dificultar a vida de Franklin
- "Franklin. Franklin Worthinson. Filho do Senhor Gordon. Mas quero esta reunião como consultor externo, não filho do Gordon."
Alguns segundos de silêncio ao telefone
- "Só um instante"
Novamente instantes se passam sem resposta, fazendo o sangue de Franklin começar a esquentar pelo descaso com ele.

- "Alo?"
- "Ah, bom dia." - Franklin imagina que finalmente iriam atende-lo - "Já era tempo"
- "Franklin, é o Vincent. A Millie me passou sua ligação, falou que você quer apresentar alguma coisa de logística, mas ela não soube me explicar."
- "Sim, mas o ideal é já apresentar para toda diretoria Vincent. Sua presença seria importante para trazer a eles uma visão prática."
- "Como assim para a diretoria Franklin?"

Franklin nota um leve riso na frase de Vincent e isso parecia um deboche a sua inteligência

- "Vincent. Eu preciso de uma reunião com a diretoria amanhã e se você não pode me ajudar com isso irei alguém que possa marcar esta reunião."
- "Minha pergunta é bastante simples. Você consegue marcar esta reunião e fazer parte da solução, como eu falei que faria quando conversamos na semana passada? Por que essa reunião vai acontecer de qualquer maneira, basta saber se você quer ter seu nome citado ou não." 

- "Garoto não é assim que as coisas funcionam"

Franklin percebe que tinha conseguido a atenção de Vincent.

- "Exato, elas não funcionam Vincent. A logística é deficitária, a distribuição é lenta e a ideia de qualquer expansão é uma piada."
- "Passei uma semana olhando para isso e tenho a solução. A solução para o seu problema, a solução para a questão de expansão sustentável. Tenho tudo aqui e preciso de uma hora com a diretoria para você ter uma promoção em vista e um time bem maior para trabalhar para você"

NH Lábia 19 vs 14 : Sucesso por 5

Vincent fica em silêncio por longos segundos.

- "Me liga daqui uma hora" - e desliga

Franklin aguarda a hora passar e antes do horário seu telefone toca

- "Amanhã as 9 da manhã" - Vincent desliga

- "Ótimo. Ele não precisa estar feliz só precisa abrir a porta que eu preciso. Mas depois da conversa com Omar e Vincent meu dia já foi estressante o suficiente."

Franklin vai para casa, tem um bom almoço com legumes ao vapor, pure de batatas, milho e um muffin



Ao final do almoço Franklin termina de ler o livro de administração, revisitar os principais pontos e fazer algumas anotações em seu caderno.

No final da tarde seu pai entra em casa e percebe Franklin lendo na biblioteca. Ele caminha diretamente até lá e diz antes mesmo de se sentar



- "Franklin, pode me dizer o que esta acontecendo hoje? Vincent me procurou a respeito de uma reunião que você pediu com a diretoria, ele estava bastante exaltado. Falou a respeito da logística"

- "Sim, eu tinha lhe avisado que iria me debruçar sobre o tema"

- "Se debruçar sobre o tema e pedir uma reunião com a diretoria da empresa são duas coisas muito diferentes Franklin" - seu pai estava claramente irritado - "No que você esta pensando?"

Franklin se levanta

- "Estou pensando no que você me disse. Que se eu quisesse ter autonomia deveria ter ferramentas, pois bem estou criando e apresentando minhas ferramentas e de forma a ajudar a empresa que você criou" - Franklin estende a mão para seu pai - "Um voto de confiança. Esteja na apresentação de amanhã e logo no inicio já deixe claro que não irá opinar a respeito da minha apresentação. Depois é só deixar comigo"

Gordon aperta a mão de Franklin mais forte que o normal e apenas deixa a biblioteca.

Ao abrir os olhos ele nota que alguns raios de sol haviam vencido as densas nuvens e se projetavam sobre a neve e refletindo nas poças de água, muito provavelmente o parte estaria mais cheio hoje.
Ele se levanta e segue sua rotina matinal com menos pressa naquele dia, era importante manter a calma e usar o domingo para atividades menos intensas e assim estar preparado para o inicio da semana. Pelo menos enquanto estas convenções sociais ainda lhe fossem necessárias e muito em breve ele tinha a esperança de não ter mais que se preocupar com este tipo de segmentação do seu tempo.

- "Pelo menos por enquanto ainda devo me atentar para estas convenções sociais, mas em breve deixarei de me importar com isso"

Franklin desce até a cozinha e prepara um boa porção de frutas com iogurte e granola, fatias de queijo e mel. A mera presença do bacon da mesa já o incomodava, quase como uma repugnância.
Após isso ele deixa a casa informando que talvez não voltasse para o almoço.

A caminhada até a velha casa da floresta leva quase uma hora, mas Franklin tinha a intensão de usar seu tempo naquela caminhada. Mentalmente ele repassa os pontos do seu trabalho da semana, sua narrativa e os cálculos.



Ao chegar na velha cabana ele fica observando o local por vários minutos.

- "E pensar que foi aqui que eu, Janet e Sebastian viemos tantas vezes em busca de amizade, respostas ou segurança. Um mero empilhado de madeiras velhas mas que serviu tantas vezes para refúgio e cá estou eu novamente, quase que de maneira inconsciente em pensar em um local isolado."

Franklin se senta a beirada do lago, próximo as madeiras recobertas de neve que um dia foram uma fogueira

- "Se bem que pelo conceito de nexos, locais podem apresentar uma confluência de energias sejam místicas, elementais ou espectrais e com isso agirem como uma lanterna para mariposas. Sem dúvida este local já foi palco de muita coisa e as energias ressonantes podem se manter aqui"

Mais rápido do que das outras vezes Franklin se concentra e logo a água do lago avança ao seu redor criando um espelho d'agua sob ele e assim Franklin submerge e se vê novamente no caos elemental.

Mas desta vez não estava como antes ou melhor o local onde ele aparecerá não era o mesmo das outras vezes. Era como se ele estive dentro de uma sala redonda, mas sem paredes e cada uma das quatro frações da sala era preenchida por um dos elementos.



Os embaixadores elementais surgem, cada um em seu elemento.

- "Bem vindo Sahyr. Espero que esteja preparando o terreno para as ações que devemos tomar" - diz Al'uma com sua voz sibilante e hipnótica
- "Tudo ao seu tempo Al'uma. Esperamos por muito tempo para termos uma oportunidade de agir sobre os filhos de gaia e devemos aproveitar sabiamente este momento." - diz Bronte Magnus

Franklin sorri e diz

- "Sim, estou preparando tudo que será necessário para eu poder agir livremente mas infelizmente as coisas andam mais devagar do que eu desejo. Como disse Bronte Magnus, eu devo ser cauteloso e não chamar a atenção. Mas já costuro alianças necessárias para mover o jogo de acordo com nossos interesses."

- "Ótimo. Mas imagino que sua presença aqui não é um acaso, não há passo dado sem que este esteja avançando no objetivos. Ainda mais se tratando de você Sahyr" - o olhar malicioso e faiscante da Baronesa Sansuri demonstrava que ela, e os demais, conheciam Franklin. 

- "De fato não é ao acaso. Tenho uma aliada em potencial que pode me colocar a par da atuação de um dos grupos que existem, mas para isso iremos trocar informações." - Franklin observa os embaixadores, mas era quase impossível ler cada um deles - "mas antes de realizar esta troca de informações vim me reunir com vocês para entender até onde a existência deste plano e da materialização dos aspectos pode ser de conhecimento de outros humanos."

Ejising, sua conselheira do aspecto hídrico se adianta aos demais

 - "Informações são valiosas, você bem sabe disso Sahyr. Entregue aquilo que não lhe fará falta e recolha aquilo que lhe é precioso, assim como as marés. Falar de um plano elemental é trivial, até mesmo de nós de forma mais ampla é irrelevante. Mas não da nossa missão de salvar Gaia dos humanos esta é uma das pérolas que deve proteger."

Franklin acena positivamente e completa

- "Falar da chuva depois que o céu esta negro ou da chegada da primavera é entregar o inevitável"

- "Entendeste onde deverá lastrear essa negociação. Agora antes de partir é hora de levar um pouco deste plano consigo e assim dar passos mais largos em direção ao nosso objetivo."

Os quatro conselheiros apenas olham para Franklin e naquele momento ele sente como se estivesse sendo despedaçado pelo caos elemental.



Ele sentia o calor do fogo percorrer suas entranhas ao mesmo tempo que seu corpo sentia pressão de uma avalanche, suas narinas e boca pareciam submersas em água o impedindo de gritar e quando sua consciência quase se perdia ele sente o impacto violento de um tornado em seu corpo, eletrificando e o arremessando como um graveto ao céu.

Ao abrir os olhos Franklin esta em meio a floresta de pinheiros do outro lado da cabana, seu corpo parecia ter sido atingido por um caminhão mesmo não tendo marcas visíveis.

- "O que aconteceu?" - Ele estava confuso ainda e então vozes inundam sua mente

- "Aquele que age pela Forja do Outuno tem sua graça. Forge, crie, manufature"
- "O grande Recife de Corais de Ssesurgass lhe imbue com sua essência. Use-a para crias suas manifestações"
- "Que os relâmpagos que cortam as mais altas torres de Aaqa lhe toquem. Que a energia permeie seu corpo"
- "As chamas do Stygia irão lhe dar as certeza e os impulsos para atingir seus objetivos"

Apesar de aparentemente confusas, aquelas frases faziam sentido para Franklin. Não de forma objetiva e descritiva, mas como uma sensação ou uma intuição. Mas ainda assim toda aquela experiência havia sido exaustiva para ele, sem forças para retornar caminhando até sua casa ele deixa seu corpo desaparecer em uma nuvem e naquele momento ele percebe que suas roupas são simplesmente absorvidas pela sua forma etérea.



- "Meu controle sobre os aspectos tem melhorado bastante" - e com uma breve concentração ele entende - "as roupas estão no plano do ar, como se minha conjuração abrisse um pequeno portal."

Com isso Franklin flutua usando as correntes de vento até sua casa e somente chegando lá entende que já estava no meio do dia. Ele entra pela janela e retorna a sua forma humana.
Ao descer as escadas quase tropeça, notando que seu cansaço era maior do que tinha imaginado. Mas havia um compromisso e ele iria manter sua palavra.

Franklin encontra a Sra Knopfler na cozinha e se senta próximo a ela.

- "Boa tarde Elisabeth."
- "Boa tarde Franklin"

Novamente os olhos da Sra Knopfler se tornam completamente cinzas.

- "Temos alguns minutos agora"
- "Pois bem, deixe-me começar. Além da SOULS e do Alamanaque existem pelo menos mais duas, vamos dizer opções" - Franklin nota que tinha total atenção da Sra. Knopfler - "Eu estou associado aos meus elementos e tenho contato com aspectos dele, como posso dizer, algo como efreets e ninfas. Estas manifestações tem me ajudado a entender a extensão das minhas capacidades e como elas estão sintonizadas com este local que origina este dom."

- "Diferente da expectativa que eu tenha um controle mental sobre o elemento eu estou mais próximo a um escultor que recebe a material prima e somente a molda"

- "Ainda temos outra presença que acredito estas vinculado a um plano espectral. Já presenciei uma entidade falar pela Janet e encontrei pistas como o símbolo do necronomicon que me levam a crer que qualquer pessoa mais sensível a olhar através deste véu pode encontrar e ser encontrado por este plano espectral."

- "Você realmente acredita nisso Franklin? Criaturas de contas infantis e fantasmas?"

- "Eu acredito no que as evidências indicam, nada do que eu falei é baseado em suposições. Tudo que disse é baseado em fatos e evidências"

- "Se isso for verdade o próprio entendimento das evoluções pode estar equivocado"

- "E deve estar. Vocês aplicam uma única explicação para todos, esquecendo que estamos falando de eventos tão raros que deveriam ser estudados individualmente."

A Sra knopfler apenas acena positivamente

- "Pois bem. A SOULS existe desde antes da segunda guerra, já temos mais de dois séculos de atuação no mundo. Mas foi na segunda guerra que entendemos a importância de ajudar nossos pares."

- "Enquanto que nós sempre buscamos recrutar aqueles com capacidades psíquicas ou invisíveis aos olhos dos outros o Amanalaque recrutava aqueles que ele considerava o próximo passo da evolução física. Hoje os membros da SOULS estão por vários locais do mundo, mas em sua maioria na Europa."

- "Quando precisamos nos encontrar com alguém projetamos uma imagem psíquica ou usamos um veículo, como era com a June. A maioria das conversas que você teve foram com projeções psíquicas e por isso mesmo não temos uma base ou algo que o valha, não podemos ser descobertos."

- "Eles são descentralizados e por isso tão confusos e desorganizados"

- "Eu estou com a sua família a mais tempo que eles podem se lembrar, agindo como governanta e garantindo a segurança deles por gerações." - ela faz uma pausa - "Christina esta na europa, faz os contatos quando necessário e June esta com Janet. Mesmo com o seu corpo tendo sucumbido a ligação entre elas permitiu que June migrasse sua consciência para Janet."

Aquela sim era uma boa noticia, apesar de ser um conceito de vida que deveria ser melhor estudado.

Sra. Knopfer se levanta e diz:

- "Irei baixar a barreira, falaremos mais outro dia, mas o contrato foi cumprido."

Franklin agradece e se recolhe, finalmente o cansaço o havia vencido.

Naquela manhã de sábado não havia neve caindo, isso era sinal de uma possível trégua no clima intenso e a esperada transformação de toda aquela neve um lama.

- "O grande ciclo da transformação dos elementos. A devolução da água para o sistema independente do formato, toda esta neve será absorvida pelo solo e redistribuída para a própria natureza."

Franklin desce para tomar seu café da manhã e ao invés de ir direto para a mesa vai para o fogão, ele bate dois ovos na frigideira com cebolas e queijo e prepara um tigela com frutas e iogurte.

Mas antes de poder retornar para a mesa, a Sra Knopfler se aproxima dele.



 - "Franklin, nós precisamos conversar."

- "Claro Sra Knopfler. Poderia me adiantar qual seria o tema?"

Franklin tinha que admitir que aquela senhora tinha um controle emocional invejável.

- "Você já deve imaginar Franklin. Precisamos falar sobre sua decisão sobre a SOULS e o caminho que esta trilhando. Estou com você e com sua família a muito tempo, muito mais tempo do que você imagina e não vou deixar você arruinar sua vida"

Mas da mesma maneira Franklin se mantem impassível.

- "Claro. Tenho um espaço em minha agenda no período da tarde e lhe darei atenção sobre este tema. Em respeito ao tempo que tem estado com a nossa família" - Franklin deixa claro o motivo de aceitar a conversa e em seguida coloca sua condição. - "Mas eu espero que a senhora não me traga o mesmo discurso que já me foi apresentado."

Ela apenas assente com a cabeça e se volta com um sorriso para a mesa onde se encontram os pais de Franklin para servi-lhes o desjejum

Enquanto se senta para comer ele pensa

- "Eu espero sinceramente que a Sra. Knopfler não desperdice esta chance que estou dando a ela, e somente a ela. Minha decisão quanto a SOULS já esta tomada, mas ela poderá expor o ponto dela, por respeito ao seu tempo de serviço. E em uma possibilidade mais remota posso conseguir convence-la a ser um contato meu."

Franklin aproveita todo o período da manhã para visitar o escritório de patentes e colocar sua equação e seu projeto como um todo dentro da patente da "Equação de otimização, capilarização e implantação de logística, distribuição e transporte".

Com isso Franklin tinha tudo que precisava para realizar a apresentação na segunda. Tinha o projeto, as impressões, a patente e a sua própria companhia.

Ao passar na gráfica Franklin avalia o material teste. Uma correção no espaçamento entre as linhas, reposicionamento do logo da empresa na capa e mudança no tom do papel ao ver o contraste com as cores impressas do logo. Com estas alterações o material deveria estar dentro do esperado para a apresentação.



No almoço Franklin opta por um pequeno bistrô próximo ao centro velha da cidade, pede tostadas integrais com brocólis e uma salada de acelga com maças e passas. Ao final ele respira fundo e sabe que ao retornar para casa teria uma conversa com a Sra. Knopfler.

Ele opta por pegar um caminho mais longo, para ter tempo para refletir sobre o seu próximo dia.

Ao chegar em sua casa, já próximo ao final do dia, ele passa no escritório da casa e se senta. Como era esperado a Sra. Knopfler aparece e se senta ao seu lado.

- "Com tempo para falarmos Franklin?"
- "Tempo? Não Sra. Knopfler" - Franklin se vira para ela - "respeito sim. Meu tempo é escasso mas como a senhora disse, não irei ignorar o seu tempo conosco somente por conta das falhas dos seus associados."

O incomodo daquela frase foi visível por uma fração do instante e aquilo era um ótimo sinal para Franklin, pois ele poderia tentar manter o rumo da conversa.

- "Você precisa entender o cenário Franklin, a SOULS poderá te ajudar.. "

Neste mesmo momento Franklin coloca a mão no ombro da Sra. Knopfler e diz

- "Sra. Knopfler, por favor, como eu disse previamente temos que tratar de assuntos novos. Não me interessa saber a proposta da SOULS, toda esta parte já me foi explicada e devidamente recusada."

Franklin nota que havia algo, quase uma devoção, tanto da Sra. Knopfler quanto da Christine e da falecida Doutora Green em relação a SOULS. Outro ponto a ser mapeado e usado a seu favor.

- "Por mais que eu discorde da sua decisão, de fato não é esse o motivo da nossa conversa. Estou genuinamente preocupada com.. " - Sra. Knopfler para por um instante, seus olhos brilham em um leve tom cinza - "Desculpe, eu precisava proteger o cômodo de qualquer tipo de intromissão."

- "Minha preocupação é com suas decisões e com as pessoas com quem tem se associado. Se você acredita que a SOULS não é uma boa companhia, o outro lado é pior."

- "Você conseguirá poder, mas qual será o custo? Se lembre do Donatan, o custo da escolha dele.. "

Novamente Franklin coloca a mão no ombro da Sra. Knopfler

- "Antes que você prossiga, Anamalaque é meu inimigo. A SOULS é somente um mal negócio nada mais, mas Anamalaque é uma ameaça, um risco não somente para mim como para todos que possuem a nossa superioridade evolutiva"

Naquele momento a Sra. Knopfler demonstra uma real surpresa.

- "Mas sabemos que você esta sendo tutoreado. A maneira como você evoluiu com seus poderes e o controle dos elementos, como? Temos décadas de conhecimento de como funciona a descoberta dos poderes e a velocidade de evolução, isso seria impossível sozinho"

- "Nunca neguei que tenho minhas fontes de conhecimento Sra. Knopfler. Quem partiu da premissa que só existem duas opções foram seus associados."

- "Mas quem são?" - aquela senhora estava obviamente consternada com aquela informação

- "Oras Sra. Knopfler" - diz Franklin com um sorriso - "Minhas fontes podem não querer este tipo de divulgação, sem falar que já estamos tratando de uma troca de informações, correto?"

- "E como a senhora disse, este assunto não é para o ouvido de terceiros. Se a senhora realmente quiser saber deverá ser um tema entre nós dois e sempre mediante a troca de informações."

- "Pense que este tipo de informação, além de outras que tenho provavelmente estão fora do radar de vocês, justamente por estarem a tanto tempo seguindo a mesma linha de raciocínio que estão perdendo os nuances que ocorrem ao redor de vocês."

- "Franklin" - o olhar da Sra Knopfler era sério e sua postura havia mudado, já não havia nada de subserviente naquela mulher - "Temos um acordo, a informação que receber de você será usada sem a divulgação da fonte. E da mesma forma tudo que eu lhe disser deverá ser usado com cautela."

- "Não aceitarei falhas ou subterfúgios de sua parte, o acordo se encerra"

Franklin estende a mão para Sra. Knopfler e diz

- "Você me conhece bem o suficiente para saber que é este tipo de acordo que eu esperava dos seus associados. Mas infelizmente eles não apresentaram a sagacidade que você apresentou neste momento"

Sra. Knopfler se levanta e diz

- "Falaremos mais amanhã, preciso derrubar a proteção que levantei aqui antes que alguém desconfie."
- "Até amanhã Franklin"

- "Até amanhã Elisabeth"

Ao ouvir a resposta a Sra. Knopfler sorri sem virar o rosto e segue para o salão de jantar.

Franklin aproveita o restante do dia para terminar de ler o livro de administração e fazer suas anotações. O dia seguinte iria demandar uma reunião com seus conselheiros antes de falar com sua provável aliada.

O membro 'Guzzon' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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#1 'Dado D6' : 6, 1, 1

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#2 'Dado D6' : 1, 6, 1

Finalmente a semana chegava ao fim, era o último dia e o cronograma criado por Franklin mesmo com alguns percalços estava sendo cumprido.

- "A parte da apresentação já esta construída na minha mente, preciso colocar em formato de relatório e em formato de apresentação vertical" - Franklin se arrumava para mais um dia de escola - "Mas não adianta chegar com uma pilha de papel rasurado"

- "Preciso inserir o logo da empresa, relatórios em papel timbrado. O mesmo na apresentação vertical." - Franklin termina de colocar a jaqueta e arrumar os cabelos - "Pastas, vou precisar de pastas com logo na capa. A seriedade deste projeto se tornará obvia assim que as pastas forem colocadas a frente de cada um."

O café da manhã de Franklin já tomava outros contornos, naquela sexta era uma cumbuca de frutas da época, granola e iogurte, ovos mexidos e suco de tomate.

A caminhada até a escola é rápida e a mente de Franklin fervilhava.

Assim que chega na escola sua primeira parada é a secretária pegar a máquina de escrever, logo depois ele vai para sua sala e a primeira versão é escrita a mão para poder realizar os ajustes e correções.

- "Preciso contar a história e não adianta falar da incompetência deles, o caminho deverá ser uma abordagem voltada para a dificuldade do problema, da visão de túnel ao estar imerso do problema e no fato de eu estar fora do ramo e aberto e interessado em estudos paralelos."

Tendo o plano em mente Franklin começa a parte do relatório. A técnica de fala improvisada de Franklin era muito mais apurada do que sua escrita então o inicio era sempre baseado no discurso e depois na transcrição.

Após quase uma hora depois Franklin percebe que deveria seguir em duas linhas, a criação da base de discurso e a transformação da parte técnica em um relatório. Com esta nova abordagem as coisas começam a se desenvolver mais rápido. O discurso de venda da ideia e explicação do plano era construído em paralelo a estruturação do relatório de forma mais técnica e explicativa.

- "Esta experiência é mais complexa do que eu imaginava, se eu precisava falar somente seria mais simples. Agora a criação do relatório técnico é algo bem mais complexo e deve ser feito como um livro infantil para que eles possam entender."

Trovador NH 19 : 6+1+1 = 8 - Sucesso por 11
Escrita NH 15 : 1+6+1 = 8 - Sucesso por 7

Após horas a fio de imersão total na criação do discurso, relatório e apresentação Franklin finalmente se sente satisfeito com o resultado. 

- "O conteúdo esta bom, agora preciso planejar o como será a apresentação visual. Preciso correr atrás das impressões, montagem das pastas e ajuste das folhas verticais"

Franklin percebe que já eram quase quatro da tarde e ainda não havia almoçado, ele se culpa por voltar a perder o controle de seu cronograma. Ele pega frutas secas, leite e um lanche de queijo.

No restante da tarde Franklin até a gráfica da cidade e explica seu projeto, entrega o logo da empresa e dá os detalhes de como deveria ser a impressão, gramatura do papel, posição do logo e modelo de capa.

Com isso realizada agora deveria retornar para casa e passar pelo processo de confraternização familiar. Mas o final de semana seria atribulado, ainda haviam detalhes a serem resolvidos.

O membro 'Guzzon' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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#1 'Dado D6' : 5, 2, 1

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#2 'Dado D6' : 3, 3, 1

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#3 'Dado D6' : 5, 5, 3

Naquele quinta Franklin acorda ainda mais cedo, o sol ainda não tinha raiado.

- "Preciso fechar todo o diagnóstico hoje, deixar todos os cálculos finalizados e a solução desenvolvida. Amanhã tenho que dedicar meu tempo na criação da apresentação do material para a empresa"

Franklin sorri, ela sabe que sua capacidade de retórica era melhor desenvolvido do que qualquer um dos presentes na reunião que ele iria pedir.

Ao chegar na cozinha, nota que felizmente a Sra Knopfler não estava acordada ainda. Rapidamente prepara dois lanches com queijo gouda e tomates, come um deles enquanto bebe um copo de suco de maça e leva o outro para comer no caminho.

Ao chegar na escola percebe que ainda eram cinco da manhã e estava fechado. Se lembrando do local de fuga que Sebastian usava para escapar e faz o caminho inverso, adentrando na escola e indo diretamente para sua sala.



Franklin arruma sua lousa de anotações, os documentos e as anotações e começa a trabalhar na construção a solução.

Teste de QI 15 : 5+3+1=8 - Sucesso por 7

A manhã passa sem nem mesmo Franklin perceber, ele havia entrado no que muitos chamam de "estado de flow". As horas passavam e a pilha de papéis com anotações e o avanço das soluções eram palpáveis.

No horário do almoço de Franklin é resumido a dois sacos de frutas secas, três maças e duas caixas de leite todos consumidos dentro de sua própria sala.

Teste de QI 15 : 3+3+1 = 7 - Sucesso por 8

Ao final do dia Franklin estava naquele estado que ficava tantas vezes que mergulhava em seus projetos, já estava descabelado e com a roupa amarrotada. Ao perceber seu estado Franklin respira fundo, se levanta e vai até o banheiro se arrumar e então retornar a sala.

Ele avalia todo o estudo que tinha realizado e ele finalmente tinha uma solução implementável, mas ainda faltavam alguns detalhes, Franklin ajusta seu alarme adicionando uma hora e finaliza seu estudo sobre o custo e tempo de retorno do investimento.

Matemática NH 13 : 5+5+3=13 - Sucesso

Com aqueles valores em mão havia a prova cabal da qualidade de seu material.

- "Com estes valores não haverá dúvida de que minha solução é eficaz, sustentável e escalável podendo garantir um aumento de 75% na volumetria de carga transportada. Mas entregar isso para a empresa seria irresponsável da minha parte." - Franklin terminada suas últimas anotações - "A aplicação desta metodologia deverá ocorrer via uma consultoria e este método deverá ser patenteado"

Aquela certeza fazia Franklin sorrir, ele estaria criando um método e mesmo que inicialmente pudesse ser aplicado a transportadora local, em um futuro ele poderia ser vendido para outras empresas.

Fraklin deixa sua sala e percebe que já era noite, ele calmamente caminha até o portão sul e sai pelo mesmo local que entrou. Durante todo o percurso para sua casa Franklin já começa a refletir a respeito da sua apresentação, o tom de voz e o conteúdo, as palavras chaves e raport a ser usado, as pausas e apoios visuais.

Ele praticamente monta o material em sua mente no momento que chega em sua casa.

Ao entrar na casa Franklin respira e segue em sua leve atuação familiar e sem falar dos seus planos, ele gostaria de surpreender seu pai pois seria um gatilho fundamental para seu próximo passo, a sua emancipação.

O membro 'Guzzon' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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#1 'Dado D6' : 5, 3, 2

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#2 'Dado D6' : 1, 2, 2

Franklin acorda sabendo que teria um desvio em seu planejamento da semana, teria usar parte do tempo útil daquele dia para criar uma maneira de proteger seu projeto.

Enquanto toma café da manhã ele pensa qual seria o melhor caminho e se lembra de um detalhe que lhe favorecia, seus contatos dentro da Associação Comercial de Yorktown. Ali ele poderia usar de sua influência para terceirizar a criação de uma empresa que pudesse oficialmente ser a detentora do projeto e onde ele poderia alocar recursos. Legalmente ele poderia usar a empresa para agilizar a compra ou aluguel de locais ou itens.

Sabendo do seu dia atribulado Franklin vai rapidamente até a escola e começa a trabalhar na solução do problema. 

Seu trabalho de mapear todos as rotas de maneira individual e entender o ponto de convergência lucrativa de cada um é relativamente demorado, mas lhe dá a dimensão do problema.

Teste de QI 15 vs 10 : Sucesso por 5

- "Estas rotas geram um custo de diária, manutenção e combustível crescente conforme mais elas se alongam." - Franklin pega o mapa rodoviário - "Geograficamente elas podem ser otimizadas, mas isso seria uma melhoria marginal e em pouco tempo a falta de organização levaria ao mesmo problema."



Franklin olha o mapa por vários minutos e começa a visualizar algumas convergências.

- "A partir deste ponto esta rota perde eficiência, o ideal seria redistribuir usando um modelo de fluidos" - Franklin sorri, ele havia achado a variável adicional - "Esta distribuição deve ser capilarizada, usar a criação de hubs com veículos menores e mais baratos, com maior mobilidade"

Franklin ajusta a equação, cria as novas variáveis e começa a ajustar os pontos de convergência. O calculo dos custos incluíam os novos veículos e motoristas ao mesmo tempo que aumentava a taxa de distribuição, o consumo de combustível apresenta redução de custo pelos veículos mais leves e o aumento de rotas dado a criação dos hubs.

Mesmo com o alarme do almoço tocando, Franklin opta por abrir mão daquela etapa ele precisava aproveitar aquele momento para avançar na solução do projeto. Com todas as rotas recalculados, os hubs criados e precificados e anotações feitas Franklin resolve parar por aquele dia e olhando para o relógio eram quase três e meia da tarde.

Franklin passa na cantina e pega um lanche e vai em direção a Associação Comercial.

Ao chegar Franklin pede para falar com o Sr. Elias Belish



- "Boa tarde Franklin, quer falar com o seu avô?"

- "Na verdade não Sr. Belish, creio que o senhor pode me ajudar. Ainda é o senhor que cuida da parte de suporte as novas empresas da cidade?"

- "Sim, eu que cuido das novas empresas sim"

- "Ótimo. Preciso da ajuda do senhor para a abertura de uma empresa para vincular alguns projetos sociais que tenho feito, o primeiro foi a organização do baile da escola e com tudo que foi feito e com os próximos projetos que tenho em vista acho importante que estejam vinculados a uma empresa, desta forma a escola poderia apresentar o trabalho de maneira devida perante qualquer tipo de fiscalização"

- "Mas acho que a escola não precisa se preocupar com isso Frank e ter uma empresa iria te gerar trabalho, vai ter que manter a documentação em dia, o pagamento das taxas. A escola pode colocar tudo isso em trabalho voluntário."

- "Ele vai questionar, obvio. Preciso dar a ele um motivo que saia das questões práticas onde ele tem o conhecimento técnico apurado, usar argumentos que justifiquem a criação desta empresa."

- "Não sabia disso" - Franklin começa concordando para ganhar a confiança do Sr. Belish - "Mas gostaria de poder mostrar ao meu pai e ao meu avô que tenho como seguir os passos deles, mas sem me aproveitar do que eles já fizeram. Sem precisar colocar meu nome das coisas e deixar somente o nome de uma empresa as pessoas veriam meu trabalho sem me ver e passar a mão na minha cabeça por ser filho e neto de quem eu sou."

Lábia NH 17 vs 5 : Sucesso fulminante

Sr. Belish sorri e diz - "Agora eu te entendo Frank, você quer provar que pode ser bem sucedido pelo seu esforço e não pelo seu nome, eu respeito isso. Irei te ajudar garoto, me diga o nome da empresa e o resto eu consigo desenrolar por aqui mesmo, afinal tenho tudo que eu preciso aqui para abrir a empresa para você, as documentações e aprovações serão fáceis."

- "Pode colocar GAIA, é curto e sonoro, fácil das pessoas lembrarem" - Franklin sorri enquanto pensa - "Tendo a empresa poderei criar as futuras sucursais para as diversas finalidades que desejo"

- "Perfeito Franklin, o processo é relativamente rápido. Na sexta já devo ter número de inscrição da empresa e você já poderá usar"

Franklin agradece e retorna para casa. 
Ele não comenta a criação da empresa com seu pai, aquilo seria somente para a apresentação.
Franklin lê boa parte do livro de administração e depois senta montar o logo da empresa, enquanto ele rabisca percebe que algumas sensações lhe mandam direções quanto a imagem, inicialmente ele acha estranho mas logo percebe o motivo e deixa seu corpo responder a estes estímulos e depois de quase uma hora ele observa o resultado daquela intervenção.



 - "Ótimo, agora tenho a empresa e o logotipo. Um passo de cada vez e o mundo será meu"

O membro 'Guzzon' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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#1 'Dado D6' : 3, 4, 4

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#2 'Dado D6' : 1, 6, 4

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#3 'Dado D6' : 4, 5, 4

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#4 'Dado D6' : 3, 5, 3

Mais um dia começa e todos os processos que Franklin havia criado para seu dia puderam ser seguidos sem interrupções, mas havia uma armadilha ali que ele queria evitar

- "Não posso me tornar refém destes processos, pois se algo sair diferente tenha que estar preparado para me adaptar e superar. Cair no erro de achar que tudo esta no meu controle não é uma opção." 

Naquele dia Franklin sabe do seu desafio, entender a raiz dos problemas que oneravam a logística empresa. O senso comum diria que aquele negócio seria regido pela lógica da regra de conversão direta, quanto mais produto, mais transporte e mais lucro, mas em algum ponto isso se provava errado.

Ao chegar na escola Franklin vai direto ao seu escritório e organiza os todas as pastas e começa a realiza as análises tanto logísticas quanto financeiras, onde os valores se mantinham e onde havia o ponto de conversão da curva de ganho e se iniciava a retração do lucro.

Mas os números, os fechamentos, os valores apresentados nos relatórios não apresentavam um perfil único. Havia algo que estava fugindo ao entendimento de Franklin

Matemática NH 13 vs 11 : Sucesso por 2
Teste de QI 15 vs 11 : Sucesso por 4

- "Este números estão sendo afetados por alguma coisa que não esta mapeada, existe alguma variável externa ou algo que não mapeei. Uma entrega para a mesma cidade apresenta valores diferentes no fechamento da rota. Isso é mais complexo do que eu havia imaginado."

Franklin estava debruçado sobre aquele material a quase cinco horas e inúmeras folhas com anotações já preenchiam a mesa e o chão. Seu relógio desperta indicando o horário do almoço.

Na cantina Franklin opta por um lanche de queijo grelhado, nos últimos dias todo pedaço de carne que colocou na boca parecia amargo e desagradável.

Ele fica sentada em uma das cadeiras do pátio, olhando a movimentação das pessoas. Quando ele nota um detalhe, todos aqueles alunos se movendo não agiam de forma continua, não era uma única fila. Eles se movimentavam como um fluido, se dividindo e rumando para seus pontos de interesse.

- "Movimento de fluidos.... capilarização.... os custos podem estar agregados as filas?" - Franklin resgata da memória alguns casos - "Sim, o custo de atender diversas cidades em um único caminhão gera um aumento exponencial no tempo e gasto, superando o ganho estimado"

Franklin enfia seu lanche quase inteiro na boca e retorna para sua sala e começa a avaliar todas as rotas por outro ponto de vista, o custo do atendimento por ponto de rota. Isso aumentava o trabalho em mais de cinco vezes, porem fazia muito mais sentido.

Em algumas horas ele entende que existe um ponto de inflexão no terceiro ponto da rota que começa a gerar prejuízo naquela entrega, mas ainda mantem o lucro na viagem. Por isso que ninguém havia entendido, as rotas continuavam dando lucro, mas cada vez menor a cada ponto de entrega algo que era anti intuitivo e a solução iniciação sempre era aumentar as rotas com a esperança de aumentar o lucro mas o resultado eram lucro menores.

- "O problema esta aqui, mas a solução não é obvia. Por sinal, a solução inicial seria duplicar o parque de caminhões e isso é completamente inviável. A outra solução é cortar as rotas deficitárias mas isso reduziria o ganho absoluto da empresa e teríamos que realizar cortes e seria como andar para trás."

Matemática NH 13 vs 13 : Sucesso por 0
Teste de QI 15 vs 10 : Sucesso por 5

Após horas de total imersão no tema Franklin consegue chegar em uma equação de calculo de ponto de inflexão que poderia ser usada em qualquer rota para calcular em qual ponto aquela rota deixaria de apresentar lucro.



- "Agora tenho um ponto de partida para entender como suportar as rotas de forma a otimizar o ganho. Tenho o ponto de inflexão calculado, mas agora preciso entender qual é a variável que deverá ser inserida na equação de forma a reduzir o custo agregado da operação ou como reduzir o valor das variáveis ofensoras."

Naquele momento Franklin entende um ponto muito importante daquela sua jornada. Ele estaria entregando algo que poderia alavancar a empresa, mas isso em troca de que? Ele deveria apresentar aquela ideia, aquele fruto da sua genialidade como efetivamente um produto.

- "Este esta sendo um desafio de fato, algo que coloca os meus conhecimentos em cheque e me empurra para um aprofundamento dos estudos. Não posso tratar o resultado disto de maneira leviana."

Franklin sabia que mesmo que a apresentação para seu pai e o corpo diretivo da empresa atrasasse em alguns dias, ele deveria se cercar de ferramentas legais para não ter suas ideias sendo usadas de inspiração por algum oportunista.

O membro 'Guzzon' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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#1 'Dado D6' : 6, 1, 3

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#2 'Dado D6' : 3, 3, 6

Franklin acorda e sorri, uma nova semana começava e seus planos seriam desenrolados e poderiam avançar. Ele se levanta e mentalmente planeja o seu dia, a disciplina seria fundamental dali em diante para garantir o sucesso de seus planos.
 
A primeira coisa era reduzir o tempo que ele gastava se arrumando, mas sem ser relaxado. Roupas pegando sempre as últimas da gaveta de forma a garantir o uso cíclico, o mesmo com as calças e agasalhos, perfume, creme para os cabelos, escovar os dentes, lavar o rosto, loção adstringente para face, protetor solar e protetor labial, somente o básico.
 
O próximo passo era seu desjejum, Frank chega a mesa e enche seu copo de suco de maça integral, pega os ovos, brioches, bacon e geleia de morangos. Ele sabia que sua alimentação não deveria ser posta em segundo plano pois era a fonte de energia para seu cérebro, mas naquela manhã ao provar o bacon ele enrolava em sua boca e não lhe agradava, mas Frank se obriga a terminar o prato mesmo com este inconveniente.
 
Com tudo pronto Franklin para sua caminhada matinal até a escola, mas desta vez carregando toda a documentação para seu projeto de logística para a empresa.
 
- “Esta caminhada está ocupando um tempo que poderia ser destinado a coisas mais produtivas, creio que irei precisar de um carro em breve. Talvez possa contratar Sebastian para ser meu chofer e usar o carro dele. Seria vantajoso de diversas formas, eu ganharia tempo e manteria Sebastian por porte o suficiente para saber quais merdas ele anda fazendo, mas não por tempo o suficiente para ele me irritar e no final ele ainda ganharia algum dinheiro para gastar com os entorpecentes que ele gosta”
 

 
Ao chegar na escola o olhar de Franklin para aquele local havia mudado, havia deixado de ser um caixote que o impedia de desenvolver suas habilidades e proficiências e havia passado a ser um local, mesmo que temporário, onde ele poderia se dedicar sem ser interrompido.
 
Ele caminha até sua sala e organiza todas as pastas e então se vira para a sua lousa de anotações e começa a colocar em ordem tudo que deveria ser feito até o final daquela semana
 
- “Primeiro vou entender todos os dados, criar as marcações de sumário e as referências isso irá tornar meu trabalho mais simples. Amanhã irei mapear todos os ofensores ao processo e criar as relações de causa e consequência, nos outros dois dias devo criar soluções de curto, médio e longo prazo mesmo que algumas nem mesmo sejam apresentadas. Por fim na sexta eu desenvolvo o relatório com os dados, ofensores, soluções e cálculo de ganhos”
 
Franklin olha para as anotações e balança a cabeça positivamente, era hora de começar a trabalhar naquele projeto.
 
Toda sua manhã é dedicada marcação das pastas e documentos, criação de códigos de referências e organização dos papéis de forma que todas as suas consultas posteriores fossem rápidas.
 
- “Eu vi que algumas universidades já disponibilizam estações de computadores para os alunos e a Apple tem planos de colocar no mercado um computador pessoal nos próximos anos. Isso seria de grande valia e avanço.”
 

Pesquisa NH 15 : 6+1+3=10 Sucesso por 5

 
O alarma do seu relógio toca, era o horário do almoço e Franklin respira fundo e finaliza as anotações que estava fazendo, ele não poderia ceder a tentação de categorizar mais um item pois isso desencadearia uma cascata de eventos e muito provavelmente ele não almoçaria e perderia o horário de saída da escola.
 
O período de almoço é rápido, mas novamente o lanche de frango que Franklin come não lhe agrada. A carne parecia amarga, estranhamente incomoda de mastigar. Era como se seu paladar estivesse mudando ou neste sentido, pois o pão, tomate e maionese se mantinham agradáveis ao paladar.
 
No período da tarde Franklin revisa todo o material, faz as anotações e novos relacionamentos de temas. Uma terceira rodada de leitura, agora nos itens marcados como importantes ou com muitos pontos de contato, algumas novas anotações e marcações e a tarde havia acabado.
 

Pesquisa NH 15 : 3+3+6=12 Sucesso por 3

 

Antes de deixar a escola Franklin passa na biblioteca e pega um livro para ler em casa




- “Não devo ficar imerso somente desta atividade, pois isso pode me colocar tão profundamente no estudo que eu deixaria de ver os nuances. Preciso me manter atento aos nuances e para isso o melhor caminho é deixar os estudos sedimentarem enquanto eu leio sobre outro tema.”
 
O restante do dia é simples e organizado. Chegar em casa, conversar amenidades com os pais, jantar, subir ao quarto ler e estudar e ao tocar do alarme Franklin se recolhe.

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'Dado D6' : 6, 3, 4

Franklin acorda naquela manhã fria de inverno, era domingo e para grande maioria era um alívio poder acordar e não ter qualquer atividade, mas para Franklin era diferente. O fato de não ter acesso aos seus meios de estudos e pesquisas, era como se fosse um dia em que tudo se tornava um obstáculo para seus objetivos.
 
Ele se levanta e faz sua rotina matinal, lavando o rosto, penteando o cabelo, escolhendo uma roupa adequada e descendo para aproveitar seu desjejum. Já planejando suas atividades do dia de forma a torná-lo mais eficiente, ele se alimenta e responde amenidades para seus pais. Mas não deixa de notar que a Sra. Knopfler mantinha seu olhar sobre ele.
 
- “É extremamente desagradável a presença da Sra. Knopfler vigiando tudo que ocorre nesta casa, ouvindo cada assunto e muito provavelmente repassando para aqueles incompetentes das SOULS”
 

 
Mas a presença daquela mulher já estava se tornando um mero adereço ao ambiente, já não havia qualquer interesse em interação ou diálogo dado que a retórico já seria conhecida, supostos conselhos seguidos por alguma frase de autoajuda e um pedido de paciência.
 
Assim que termina seu desjejum ele se levanta e diz
 
- “Vou dar uma volta com o pessoal da escola pai, vamos dar uma olhada no ringue de patinação e talvez tomar um chocolate quente depois. Não devo estar aqui no almoço, mas volto antes do anoitecer.”
 
Seu pai estava entretido com a conversa entre ele e sua mãe e apenas acena positivamente para Franklin, dando um tapinha em seu braço.
 
Franklin vai até a porta, coloca sua jaqueta pesada e as botas e vai em direção a casa de Sebastian.
 

 
Franklin opta por ir caminhando e sentir os flocos de neve em seu rosto, aquela proximidade dos eventos climáticos e da natureza eram cada vez mais agradáveis a ele. Como se ele sentisse uma conexão com aquele ambiente, aquelas manifestações. Diferença da maioria dos momentos nos quais estava sozinho onde sua mente fervilhava de pensamentos, naqueles momentos parecia que sua mente apaziguava e encontrava um estado de aprofundamento e seus pensamentos pareciam ocorrer em um segundo plano, como vozes distantes.
 
Franklin não percebe, mas as vozes que ele sentia como pensamentos profundos não eram exatamente a sua voz. Havia outras, conversando com seu subconsciente.
 
O cenário ao redor de Franklin começa a mudar e as casas com fachadas bem cuidadas dão espaço para casas mais simples, ainda com um certo zelo, mas menores e com mais neve acumulada e em alguns casos ainda havia pessoas com pás na frente das casas. A caminha avança e Franklin passa pela praça e a casa de Janet se encontrava do outro lado daquela praça, mas hoje não havia motivo para falar com ela.
 
Agora as casas eram ainda mais carentes de manutenção, com expansões mal planejadas, janelas lacradas com madeiras até que ele chega em uma casa acima da média daquele bairro, com uma fachada aceitável e pintura em dia. Na garagem estava a Dolores.
 

 
- “Droga, o Sebastian está em casa. Duvido que ele vá passar o domingo dentro da casa dele, terei que aguardar aqui fora até ele sair”
 
Após quase uma hora sentado finalmente Sebastian sai e pega seu carro, demora alguns minutos com o carro ligado até que ele por fim ela parte em direção ao centro. Franklin aguarda alguns instantes e vai em direção a porta de entrada da casa e toca a campainha. Poucos instantes depois a porta se abre e era a mão de Sebastian.
 
Ela olha para Franklin e diz
 
- “Você veio falar com o Sebastian? Ele saiu faz dois minutos. Não viu o carro dele?”
Prontamente Franklin diz
- “Eu vim pelo parque e peguei a saída onde tinha o gazebo, não vi ele passando por lá”
A mãe de Sebastian olha para a rua e diz:
- “Não mesmo, ele ia para o centro e foi pela Roosevelt”
 
Franklin segue com sua atuação e diz

Trato Social NH18: 6+3+4 = 13 -> sucesso por 5

- “Neste caso, se não for incomodo, poderia falar com a Sara?”
 
A mãe de Sebastian não entende o que um jovem da idade de Franklin pode querer falar com uma universitária, mas a educação de Franklin lhe abria portas e logo Sara esta na porta. Porem diferente do cenário que Franklin tinha em sua mente, ele não é convidado a entrar na casa.
Sara sai da casa e fecha a porta atrás dela
 
- "Isso é inesperado. Se manter aqui fora é um recado que tem pressa, devo ser sucinto e objetivo mas preciso entender o que esta passando pela cabeça de Sara e se negar e ter uma conversa comigo”
 

 
- “Bom dia Franklin. Você sabe que Sebastian não gostaria de ver você por aqui”
- “Talvez ele não goste de me ver falando com você, mas creio que muitas das arestas que tínhamos foram aparadas.”
- “Pode até ser, mas entre eu e ele as coisas não estão resolvidas.”
 
Sara estava séria, naquele momento a diferença de idade entre Franklin e ela era evidente
 
- “Você é um cara legal Franklin, sabe conversar e é educado. Mas minha família vem em primeiro lugar e eu não vou brigar com meu irmão, mesmo sabendo que ele esta errado.” – Sara cruza os braços – “E para não ficar parecendo que estou obedecendo ele, hoje a noite eu pego o ônibus de volta para faculdade, é a maneira como irei lidar com este problema neste momento.”
 
- “Droga, ter a Sara por perto seria ótimo, convence-la com calma e sem atropelos.”
Franklin diz, tentando ter empatia para com a situação de Sara
- “Não sei se tomaria a mesma decisão, mas te entendo. Espero que não se importe caso lhe mande uma carta ou faça uma ligação”
Sara esboça um sorriso de canto de boca e responde
- “Não, claro que não. Podemos manter contato é claro”
Mesmo sabendo do risco de terminar aquela conversa da maneira que incomoda, Franklin se aproxima de Sara e diz
- “Espero que você fique bem e quem sabe no futuro a nossa diferença de idade fique menos evidente” – Franklin faz uma pausa – “E caso alguém te procure para falar, você sabe, disso que você tem. Fale comigo, por favor”
 
Sara franze o cenho e seus olhos mudam de cor
 
- “Sobre isso?”
- “Sim... já me procuraram. Alguns são só incompetentes já outros são agressivos. Se te procurarem me avisa por favor e vou falar contigo na mesma hora.”
- “Devo me preocupar Franklin?”
- “Não, só não quero que cai em falsas promessas.”
 
Sara se aproxima de Franklin e lhe dá um beijo quente e longo.
 
- “Até mais Franklin, vamos dar tempo ao tempo.” – Sara entra sem aguardar qualquer resposta de Franlin.
 
A porta se fecha e Franklin fica ali parado por alguns instantes, havia tempos em que não era colocado em uma situação que lhe surpreendesse daquela maneira, de forma quase oposta ao que ele havia planejado. Mas ele sorri,  ele sabia que com o tempo conseguiria trazer Sara para seu lado e de diversos aspectos, mas não deveria apressar os passos. Franklin se vira e retorna em direção ao centro, optando por passar no meio do parque para evitar que Sebastian o visse próximo a sua casa.
 
Franlin caminha tranquilamente para a Odissey, ele havia dito que almoçaria e deveria manter sua retórica.
 
- “Domingo a tarde é um período propício para que eu relaxe minha mente, devo construir o cronograma de minhas atividades de forma a garantir a celeridade de minhas pesquisas mas sem colocar minha saúde em risco. Irei comem alguns waffles com bacon e sour cream e tomar um bom chá de hibisco quente.”
 
Aquele era um horário bastante movimentado ali, várias mesas ocupadas e todos os fliperamas com várias pessoas ao redor olhando, principalmente do Tank que tinha chego no final do ano passado, um lançamento da Atari que sempre estava ocupado.
 
Franklin se senta e pede seus waffles e o chá de hibisco, ele poderia comer com tranquilidade sem o olhar da Sra Knopfler. E enquanto come pequenos pedaços do waffler Franklin faz algumas anotações no guardanapo a respeito de locais na cidade que poderia alugar, como deveria dispor móveis como deveria ser recepção e a área reservada, se deveria se mudar para este novo local? Mudar suas pesquisas? Teria segurança?


 
- “Ter um local adequado para isso seria ótimo. Mas primeiro preciso pensar em como criar um espaço seguro para me reunir com a Janet e quem mais formos cooptando, ao mesmo tempo para qualquer outro questionamento o local deve ter outra finalidade e nada mais obvio que seja a minha empresa e o primeiro projeto será o trabalho de reestruturação logística para as empresas da família.”
 
- “Mas já tenho que ter em mente que talvez um andar completo seja necessário. Meu escritório e salão do clube privado, um laboratório e meus aposentos privados”
 
- “Mas para me mudar talvez eu tenha que já estar devidamente estabelecido para bancar meus criados, no mínimo alguém para estar disponível para preparar as refeições e manter o local limpo e organizado”
 

 
Franklin nota Ben passando do lado de fora da Odissey, logo depois ele retorna de maneira apressada e adentra ao local e vai rapidamente até o banheiro. Aquilo era estranho, até que um grupo de meia dúzia de rapazes passam pela frente do local e olham para dentro pelas janelas de maneira rápida e seguem seu caminho, pelos trajes e pela bandana parecia ser parte da gangue de Sebastian e aquilo poderia explicar parcialmente a pressa em sair da calçada de Ben.
 
Depois de algum tempo ele percebe que alguém estava saindo do banheiro, muito provavelmente se tratava de Ben e Franklin tem certeza quando ouve a voz do garoto próxima a ele
 
- “Frank? Tudo bem?”
 
Franklin se vira e Ben estava próximo a sua mesa passando as mãos nas laterais das pernas, provavelmente em sinal de nervosismo. Franklin se levanta, sorri e estende a mão a para ele
 
- “Como esta Benjamin? Tudo bem? Venha se sente aqui um pouco”
- “Só Ben... “
- “Claro Ben, sem problemas” – enquanto fala Franklin sinaliza para uma atendente trazer mais um prato de waffles – “O que você conta de novo?”
 
Franklin buscava falar de amenidades por tempo o suficiente para dar seu horário, era importante ele manter sua prática social.
 
- “Ah.. nada de novo, só gosto de andar pela cidade” – Ben olha por cima do ombro em direção a porta – “apesar de as vezes encontrar um valentões” – ele dá de ombros – “mas eu meio que já estou acostumado com isso”
- “Na verdade, eu queria falar com você mas nem vejo você na escola” – o tom de voz de Ben fica ainda mais baixo – “A Janet falou que eu devia te procurar”
 
Novamente Franklin havia sido pego de surpresa, por qual motivo Janet mandaria aquele rapaz procura-lo?
 
- “Você precisa de ajuda com alguma coisa? Ajuda nos estudos?”
 
- “Na verdade falou que eu devia entender que algo me tornava especial, ela falou que eu deveria saber que estou a frente do resto da cidade”
 
Aquelas palavras capturam toda a atenção de Franklin
 
- “Janet identificou que Ben possue qualidades sobre humanas? Isso seria fantástico”
- “Ben, se a Janet falou isso para você e pediu para você falar comigo é muito provável que saiba o motivo” – Franklin sorri e completa – “Mas você entende o que ela quis dizer? Você entende o que te torna especial?”
 
Ben mantinha uma postura defensiva, com sua introspecção e timidez se tornando mais obvias
 
- “Não sou especial, a Janet que tenta fazer com que eu me sinta melhor” – as últimas palavras eram quase um sussurro
 
- “Isso é estranho, quase como um condicionamento. Ele não aceita qualquer elogio e pelo visto também não aceita a realidade. Mas se Janet percebeu algo em Ben então preciso mantê-lo perto de mim e descobrir quais as capacidades dele”
 
Franklin pega um guardanapo e tira sua caneta do bolso e anota o telefone de sua casa e o telefone de sua sala na escola.
 
- “Ben, infelizmente preciso voltar para minha casa. Mas se a Janet disse que você é especial você não deveria duvidar dela.” – Franklin faz uma pausa – “E eu percebo que você também sabe disso, mas por algum motivo ou algo você não quer aceitar isso. Pense a respeito, não importa o que os outros digam se isso não esta ancorado com a realidade, isso é basicamente uma mentira.”
 
Franklin deixa o guardanapo nas mãos de Ben e retorna para sua casa.
 
Ela havia conseguido passar o domingo longe do seu trabalho, fez interações sociais e mesmo agindo em prol dos seus objetivos fez tudo isso de forma paralelo ao seu trabalho.
Ao chegar em casa o sol já se punho no horizonte e o restante do tempo Franklin passa falando amenidades com seus pais, janta e se recolhe sabendo que mais um dia produtivo havia passado.

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#1 'Dado D6' : 6, 2, 2

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#2 'Dado D6' : 1, 3, 4

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#3 'Dado D6' : 2, 4, 1

Ao terminar seu almoço Franklin se levanta e pensa em deixar o prato e talheres na mesa, mas sabe que isso levantaria algum tipo de questionamento em seus pais. Ciente de que naquele momento a manutenção das rotinas e hábitos seria o mais salutar para seus objetivos, ele recolhe a louça e leva até a pia.
 
- “Devo manter os hábitos. A manutenção das aparências é um fator determinante para o sucesso da minha empreitada quanto menos meus pais e essa velha souberem do que estou fazendo será melhor para o plano e para eles.”
 
Franklin sobre até seu quarto e coloca uma jaqueta mais pesada e sai de casa em direção a Transportadora Worthington. Ele se mantem atento durante o trajeto, mesmo sabendo que teria condição de sobrepujar a grande maioria das ameaças que pudessem surgir em seu caminho isso poderia custar sua “aparência social”
 

 
Felizmente nada ocorre até chegar a empresa de seu pai e lá Franklin abre um sorriso ao entrar. Aquilo não era um esforço ou uma persona, era de fato algo natural a Franklin, algo que ele se treinou a fazer sempre e por isso mesmo soava como natural para quase todos.
 
- “Boa tarde Senhor Kowalski. Vim falar com o Vincent da logística, acho que ele ainda está por aí, certo? Recebendo os últimos caminhões talvez.”
 
O senhor Kowalski era aquele estereótipo clássico do segurança amistoso, um senhor que já estava aposentado, mas que ainda era mantido na empresa para que pudesse ter um salário e uma qualidade de vida, com um trabalho de pouco ou nenhum esforço dado que haviam mais dois seguranças nas outras guaritas que não tinham qualquer contato com o público.
 

 
- “Boa tarde garoto, ele esta sim. Quer que peça para ele vir aqui?”

 
- “Não precisa, vou até a sala dele. Só o avise que estou indo lá tirar uma dúvida, por favor”
 
A intenção de Franklin era esconder o jogo, Vincent deveria vê-lo como um garoto curioso, talvez até estranho, até que sua jogada estivesse preparada
 
A caminhada até a sala da logística havia sido rápida, Franklin conhecia todos os cantos daquela transportadora e sabia quais atalhos pegar e quais evitar.
A sala ficava no segundo andar do prédio administrativo, virada para as docas secas garantindo uma visão clara do que estava acontecendo, mérito de seu pai que mesmo com suas limitações tinha uma visão prática das coisas.
 
Franklin educadamente bate a porta e entra na sala depois que Vincent pede que entre.
Vincent era um homem de meia idade, tinha uma origem muito semelhante ao seu pai. Já havia trabalhado como motorista, mas apresentou os quesitos para ocupar cargos administrativos. Mas como a maioria naquela cidade tinha suas limitações, ele fazia aquilo que estava ao seu alcance e Franklin estava ali para extrapolar o entendimento do problema.
 

 
- “Boa tarde Frank. O Kowa falou que você queria tirar uma dúvida comigo, eu não entendi nada”
 
Era obvio que ele não entenderia, não havia sentido naquilo além de prepará-lo para a abordagem de Franklin
 
- “Boa tarde Vincent. É mais ou menos uma dúvida, eu tenho um trabalho escolar para fazer e queria usar um exemplo daqui como base para o trabalho”
- “Ahh, entendi” – Aquela frase tornava tudo mais crível para Vincent
- “Queria entender um pouco sobre as rotas de entrega, veículos, cronogramas para fazer um trabalho sobre a malha viária desta região. Acho que vocês abrangem uma área grande e isso seria ideal descrever a malha e como se movimenta o trânsito.”
 

Dissimulação NH 15 vs 10 : Sucesso por 5

 
Vincent entende apesar de achar estranho. Mas dado que Franklin era o filho do dono ele evita questionar muito.
 
- “Bem, temos os arquivos aqui.” – ele aponta um armário de gavetões – “Nesta primeira gaveta as rotas, sempre a primeira pasta é onde estão o mais atual. Na segunda a lista de veículos”
Vincent para por um instante e diz
- “Mas você não poderá levar os documentos Frank, precisamos deles aqui”
 
- “Não se preocupe Vincent, vou fazer as anotações e no máximo tirar algumas cópias e deixar todos os originais nas gavetas e na ordem certa. Não quero dar trabalho para você” – diz sorrindo.
 
- “Combinado então Frank. Vou descer até as docas para fazer o fechamento do material que chegou hoje, se tiver qualquer dúvida bate no ramal 412 e pede para me chamar”
 
Franklin agradece e aguarda Vincent sair da sala.
 
- “Ótimo, agora preciso coletar todas as informações para meu projeto e sem o Vincent aqui será mais fácil ainda” – Franklin começa a abrir as gavetas e pegar as primeiras pastas de cada tema – “Não terei tempo de avaliar o material aqui, preciso copiar tudo e levar para casa. Este tema deverá ser tratado como prioridade, com calma e profundidade”
 
Franklin anota em caderno em qual gaveta estava cada pasta e a posição delas. E com todas embaixo do braço vai em direção a copiadora.
Ele organiza as pastas de forma a tirar a cópia de todo o conteúdo de forma organizada. A cada pasta copiada Franklin pegava todas as cópias arrumava as páginas, prendia com um clipe e colocava uma anotação cifrada indicado o tema daquelas páginas e partia para a segunda pasta.
 

 
Era um trabalho mecânico e enfadonho, mas era necessário.
 
- “É para isso que assistentes são necessários, para este tipo de trabalho. Se tivesse alguém para me ajudar já poderia estar lendo as primeiras páginas” – Franklin termina a segunda pasta e faz seu processo de organização e anotação – “Talvez Sebastian pudesse me assistir nestas atividades menos intelectuais, apesar que ele pode perder o foco e acabar fazendo errado. Outra opção seria a Sra Knopfler, afinal qualquer ajuda financeira que eu oferecesse seria mais vantajoso do que a SOULS pode oferecer, mas ela não é confiável” – a terceira pasta é finalizada, organizada e anotada.
 
- “Provavelmente alguém completamente externo aos meus objetivos fosse o ideal, sem qualquer conhecimento do que está fazendo nem os objetivos finais, uma mera peça dentro da grande máquina. Um peão descartável se necessário, isso pode ser facilmente conseguido usando um bom discurso de convencimento ou até mesmo a Janet pode criar esta necessidade na mente desta pessoa, talvez até apagar depois” – Franklin sorri enquanto organiza e anota a cópia da quarta pasta – “Este é um estratagema muito atraente, uma agente de pequenas ações que simplesmente não se lembra por que fez aquilo. Sem rastros, sem provas e com riscos muito reduzidos”
 
- “A organização e a troca de informações e interesses se fazem necessários, Janet e eu temos interesses que podem se alinhar. De fato é uma aliança onde somos mais fortes do que as partes separadas, uma pena que Sebastian não esta preparado para este tipo de conversa pois suas habilidades poderiam ser trabalhadas de forma a torna-lo um agente de campo valioso” – a cópia da quinta pasta é organizada e anotada – “Não posso esquecer da Sara, sua capacidade de morfose pode ser uma carta na manga. Mas ela precisa ser protegida dos outros aliciadores, vou conversar com ela amanhã para garantir que ela não caia no papo da SOULS, de falido já basta o irmão na vida dela.”
 
Franklin finaliza a sexta pasta. Ele agora tinha todas as informações que precisa, rotas, dados dos veículos, dados financeiros, contratos, cronogramas, pedidos recusados, folhas de ponto e tudo mais.
 
Com tudo em mãos ele retorna a sala de Vincent que estava olhando para as gavetas abertas com as mãos na cintura e ao ver Franklin ele solta um resmungo misturado com suspiro
 
- “Rapaz! Onde você estava? Achei que tinha levado as pastas!”
 
Sabendo que aquele situação poderia gerar algum stress desnecessário, ele rapidamente sorri e diz
 
- “De forma alguma Vincent, você me avisou que todos os originais deveriam ficar nas gavetas.” – Franklin retira a anotação do bolso e diz – “Anotei tudo aqui, para deixar tudo organizado.”
 
Franklin mostra a anotação e começa a colocar as pastas em seus devidos lugares de maneira cuidadosa e ao final diz
 
- “Vincent, muito obrigado pela sua atenção e ajuda. Este material será muito importante para os meus estudos e tendo os resultados da minha pesquisa falo com você para contar o que montei” – e pensa – “Vou precisar de um aliado aqui dentro, uma coautoria poderá ser a chave para aplicar meu estudo com o apoio do atual responsável”
 

Trato Social NH 18 vs 8 : Sucesso por 10

 
Vincent sorri e tudo havia se resumido ao filho do dono pegando material para um trabalho escolar.
 
- “Claro Frank, depois me mostra teu trabalho escolar e se precisar de dou umas dicas”
 
Franklin agradece e segura o seu riso imaginando qual tipo de dica aquele homem poderia lhe dar. A volta para casa com aquele calhamaço de papel é mais lenta e cansativa, ele começa a ter certeza que será necessária a presença de pequenos peões ao seu serviço.
 
- “Vou precisar colocar no ar este projeto, vou precisar deste dinheiro para contratar estes serviçais”
 
Ao chegar em casa Franklin guarda todo o material em seu quarto, ele sabia que aquilo deveria ser visto pela Sra Knopfler. Logo depois ele desce até a biblioteca para falar com seu pai
 
- “Pai, tudo bem? Aproveitei a tarde para conversar com o Vincent e pegar um material de logística para tentar ajudar”
 
Seu pai tira os olhos do jornal que estava lendo, com um olhar curioso
 
- “Você foi lá na empresa?”
- “Sim, tínhamos falado no almoço. Achei importante aproveitar que era recebimento de cargas e fui falar com ele”
- “Achei que você ia comigo na segunda ou algum dia da semana que vem”
- “Mas tem as aulas pai, não posso ficar ausente da escola” – e pensa – “Pelo menos por enquanto, até ajustar este plano e conseguir minha renda para deixar aquele lugar”
Seu pai concorda – “Verdade Frank, combinamos sua presença nas aulas. Bem pontuado.”
 
Franklin vai até a cozinha e prepara um lanche, ele estava ciente que devia manter o copo saudável assim como sua mente.
 
No restante do dia ele avalia e estudo os documentos, ainda de forma inicial e categorizando cada tópico, criando palavras chave e relações entre as pastas. Uma pausa para o jantar e novamente os estudos, até meia noite quando seu relógio Tag Heuer toca o alarme.

Pesquisa NH 15 vs 7 : Sucesso por 8

 

 
- “Meia noite, hora de parar o estudo e manter minhas horas de sono corretamente, o sucesso na minha empreitada começa com o controle da minha própria vida sobre meus impulsos. Tudo deve ser controlado e garantido desde sono e alimentação até o cumprimento de todos os compromissos sem distrações.”

 
Franklin toma seu banho, coloca seu pijama de cetim com interior de lã de carneiro e sua touca de seda para manter os cabelos brilhantes e se deita. Havia sido um sábado produtivo.

Franklin sobe as escadas e vai em direção ao lavabo, ele entre e se senta para urinar enquanto pensa em outras possibilidades, lava suas mãos e vai em direção a mesa.



Naquele momento ele se serve da caçarola de carne, purê de batatas e legumes. Mas dá pouco importância para o assunto da mesa, suas preocupações eram muito mais relevantes que as quireras mundanas que seus pais debatiam.

E obviamente não valeria a pena nem mesmo uma troca de olhares com a Sra Knopfler, isso seria um convite para novas tentativas de abordagem, e isso seria desgastante e improdutivo.

- "Irritante saber que a ideia não prosperou, e pior ainda que continuo sem uma fonte de rendimentos." - os olhos de Franklin passam pela mesa - "Mas pelo menos tenho consciência dos passos que devo seguir, pelo menos não estou cedo como a S.O.U.L.S."

Em determinado momento Franklin capta o assunto de seu pai, de alguma forma ele se mantinha atendo as pequenas coisas que poderiam lhe ser vantajosas.

- "... com o preço do diesel, com a manutenção dos veículos e o tempo que temos que até fazer toda a rota com o aumento da demanda temos perdido mercado e os custos tem aumento. Falei com o Vicent sobre isso e é sempre a mesma resposta"

Rose logo diz - "Mais caminhões"

Gordon ri e concorda - "Sim, sempre a mesma resposta. Como se mais caminhões fosse resolver o problema."

Franklin percebe a oportunidade a sua frente. Logística não era uma área com a qual Franklin tinha estudo, mas no fundo era um processo de alocação de recursos, movimento de massas e otimização de tempo, e ele poderia fazer isso.

- "Existem linhas de pensamento que indicam que o transito se comporta de acordo com a mecânica de fluidos, devo colocar isso no papel. Mas não posso colocar os pés pelas mãos, preciso conseguir um espaço na empresa de forma a ter acesso a um aporte financeiro."

Franklin limpa sua boca com o guardanapo de tecido que repousava em seu colo e diz

- "Pai, fiquei curioso em relação a este problema que esta falando. Posso dar uma olhada mais detalhada neste problema?"



O Senhor Gordon, se vira para Franklin sem entender ao certo sua pergunta

- "Que problema Frank?"

- "A questão da logística da empresa. Notei que é um problema para vocês, e acho" - Franklin se detém, ele não deveria apresentar sua mão do jogo tão rapidamente - "que pode ser desafio interessante para eu ler, pensar em algo que não faço normalmente. Pode ser um desafio mental, e como já entreguei as atividades escolares deste bimestre preciso de novos desafios" 

Gordon sorri, aos seus olhos era um garotinho de 15 anos querendo ajudar na empresa. Sua mãe coloca a mão em seu ombro, em apoio. Ambos viam apenas aquilo que Franklin deixava transparecer.

Mas a realidade era outra, Franklin não iria tratar aquela oportunidade como um trabalho de escola. Aquilo seria seu passaporte para a criação do seu clube privado.

Ao fundo Sra Knopfler observava tudo aquilo, impassível.

- "A Sra Knopfler esta começando a se tornar um empecilho. Ela acaba sendo os olhos e ouvidos da SOULS aqui, terei que manter todos os meus desenvolvimentos distantes dela." - Franklin volta ao seu almoço - "Ou talvez ela tenha que se tornar um pequeno montinho de cinzas"

Franklin acorda na manhã sábado e se sentia revigorado.
Aquela semana havia tido altos e baixos, mas havia sido fechada de maneira bastante positiva.

- "A S.O.U.L.S. esta fora da equação dos meus objetivos, mas ainda esta orbitando ao meu redor, assim como aquele escroque do Anamalaque. Por outro lado, meus objetivos e os objetivos de Janet se parecem cada vez mais direcionados para o mesmo lado."

Franklin se troca e desce para o desjejum com sua família.



Diferente dos outros dias, os assuntos de seus pais lhe pareciam um tanto quanto desinteressantes, não havia muito ali que lhe fosse pertinente.
Ao fundo a Sra. Knopfler observa a família com um olhar meticuloso e sem qualquer empatia.

- "Novamente ela acha que esta aqui como uma agente da S.O.U.L.S. Ela deveria entender que quem lhe paga é minha família, e que provavelmente se não fossemos nós estaria dormindo em um colchão velho naquele loft gelado no centro."

Franklin come mais uma garfada de ovos com bacon

- "Imagine trabalhar para uma organização e ser obrigado a ter um segundo emprego para não passar fome. Algumas pessoas se deixam iludir por promessas que nunca serão cumpridas."

Após terminar Franklin se levanta 

- "Irei até o laboratório, estudar um pouco de eletrônica. Mas voltaria para o almoço desta vez" - diz sorrindo

Sua mãe retribui o sorriso e diz - "Eu mesma irei lhe chamar rapazinho, você precisa se alimentar corretamente"

Franklin desce até seu laboratório, mas seus estudos não eram exatamente aqueles.

- "Preciso desenhar todos os detalhes do processo de batismo das drogas, devo ter todos os detalhes mapeados e usar a noite de hoje para fazer os primeiros contatos."

Franklin pega uma lousa branca e começa a riscar, deveria haver o fornecedor principal, ele e os distribuidores menores, isso sem falar nos produtos químicos necessários. Ainda deveria ter o local e a logística, a agenda e o tempo destinado para a atividade. Os locais de entrega e coleta do material, além de uma estimativa de volumes. Dependendo do volume seria necessário local para armazenamento e caso fosse necessário deveria haver algum nível de segurança.

Os detalhes começavam a se empilhar e o processo começava a ficar cada vez mais ramificado e complexo.

- "Não... estou em contato com muita gente, estou exposto desta maneira" - mais ajustes eram realizados - "desta maneira não tenho controle sobre o volume, posso ser facilmente ludibriado ou intimidado por eles"
Mais linhas são riscadas, etapas criadas e conexões eliminadas
- "Assim fica impossível gerir meu dia, irei precisar de total isolamento por quatro dias, será impossível" - Franklin gera um novo cenário - "Droga, novamente estou exposto. Assim poderia ser identificado"

Até que Franklin chega a uma conclusão que talvez ele já tivesse chego a horas atrás.

- "Não existe um nível de risco que eu esteja disposto a enfrentar que torne esta plano factível. O risco é uma variável diretamente ligada ao lucro obtido, é intrínseco."
- "Este é o fardo da genialidade. Ter seus planos frustrados pela sua própria capacidade intelectual de entender todos os seus nuances e falhar prováveis"

Naquele momento Franklin ouve sua mãe lhe chamando na porta do porão para que suba almoçar, ele passa a mão pelos cabelos, apaga todos os detalhes presentes na lousa e desiste daquele plano, mas não de seus objetivos.