A NATUREZA DOS PROBLEMAS

Therai nota o desprezo dos demais Kobolds quanto ao agora seu guia "Meepo". Mas o que causava tamanho sentimento?

Evidentemente não era hora´para levantar aquele tipo de informação, mas de qualquer forma ele saia que uma hora ou outra iria querer saber mais sobre isso, mesmo que fosse totalmente, naquele momento, irrelevante para a missão.

Após passarem cuidadosamente pelo corredor, e se depararem com aqueles sons, Therai sabia que havia chegado o momento de um possível combate.

Therai sabia que dependiam de Meepo para achar o caminho, então ele coloca sua mão nos ombros do guia, e com um gesto, pede para ele se colocar atrás dos demais.

Então ele se vira para o draconato e diz:

- Muito bem meu amigo, acredito que esteja na hora de avançarmos, com o você na vanguarda e eu e a Hazel (ausente) na retaguarda.

Therai se arma com seu arco, e se prepara para um possível ataque.

8 Tarsakh de 1498 DR Ano do Privilégio Negro

Yusdrayl olha para os aventureiros com um olhar de satisfação ao ouvir a resposta positiva

- "Muito bom, uma aliança de ocasião que será boa para todos nós. Mas Ashagrath se foi com a boa parte tribo, restaram somente aqueles que são vis e cruéis que agora agem como soldados do forasteiro, ladrões de estradas e assassinos."

- "Não temos muitas informações a respeito de como os goblins se organizaram.. "

Mas antes mesmo que Yusdrayl pudesse terminar sua frase, Meepo dá um passo a frente e diz

- "Meepo pode guiar." - ele estufa o peito - "Meepo ajuda a trazer Calcryx"



A sacerdotisa faz uma expressão de desgosto e apenas faz um aceno com a mão, indicando que ele poderia ir. Meepo rapidamente agradece e diz aos aventureiros

- "Vem, vem Meepo guiar" - ele retira uma longa cinta que dava algumas voltas em sua cintura e arruma em sua mão como um chicote

O kobold guia o grupo pelo largo salão com colunas adornadas com dragões até chegarem a porta onde os kobolds bem armados estavam parados.

O grupo percebe o olhar de desprezo dos demais kobolds ao notarem a aproximação de Meepo, que assim que se aproxima diz

- "Grande Yusdrayl mandar Meepo e aventureiros resgaram Calcryx"

Todos ignoram a presença de Meepo, mas um deles se vira para Khivodak e diz:

- "Essa passagem protege a tribo, saem por conta. Mas na volta não tragam goblins aqui, tribo em primeiro lugar"

Eles retiram dois dormentes usados como travas e abrem a porta



Todos notas um corredor de cerca de seis metros, e ao final mais uma porta.

- "Parede da direita, rente a parede e devagar"

Todos adentram ao corredor e ouvem os dormentes sendo colocados novamente, agora o grupo estava isolado do outro lado para porta.

Meepo é o primeiro a avançar, ele aponta para o solo e encosta suas costas na parede e caminha cuidadosamente até o outro lado do corredor.
Um a um o grupo repete os passos e percebe que boa parte do centro do corredor é formado por pisos soltos que provavelmente levam a uma queda.

Do outro lado do corredor, a porta é aberta e dá vistas a uma sala a esquerda. O fedor, lixo e carniça aqui são evidências de anos de uso por inquilinos insalubres. Peles esfarrapadas esticadas em armações formam seis redes instáveis ao redor de uma fogueira muito usada. Equipamento de cozinha amassado é misturado indiscriminadamente com armaduras e armas quebradas ou desgastadas. Algumas vozes e risadas são ouvidas, não havia dúvidas que eram goblins.

Com o grupo estando de acordo com o processo, Therai se vira para Yusdrayl:

- Senhora, concordamos em auxiliar seu clã na captura do seu dragão. Precisamos agora de mais detalhes sobre a criatura e onde podemos iniciar a busca.

Therai então se vira para o draconato:

- Sim é verdade, nos encontramos com eles na floresta...isso pode nos auxiliar numa reaproximação. O nome daquele que falou com nosso grupo, se não me engano, era Ashagrath, Goblin de pele azulada, eles estavam saindo da floresta...não sei se iremos conseguir encontrá-los novamente.

Therai se esforça para tentar lembrar mais do encontro, mas depois se vira para a matriarca do grupo:

- Estamos prontos Yusdrayl! Podemos iniciar a busca ao seu dragão.  

Therai falava aos seus companheiros suas ideias, ao mesmo tempo que observava o salão que Yusdrayl olhava. Era o longo salão com colunas com relevos de dragões, mas algo lhe chamou a atenção. Havia uma porta em especial que estava guardada por quatro daqueles kobolds bem armados.

As palavras de Hazel chamam a atenção de Khivodak que discretamente observa a chave sobre a cabeça da kobold.

** Investigação CD 10 : 1D20+4 : 19+4 : 23 vs 10 sucesso **

- "De fato Hazel, não havia notado aquele chave. Aquele tipo de desenho geométrico e o uso de ferro fundido e cobre remete aos cultos antigos aos dragões cromáticos" - Khivodak coça as escamas do pescoço e completa - "Temos ainda aquelas inscrições na primeira sala que indicam que aparentemente esta cidadela tem alguma ligação com estes cultos antigos. Acho que esta chave deve abrir algo aqui dentro, talvez mais valioso que aqueles itens"

E se virando para Therai diz

- "Concordo contigo Therai, neste momento devemos auxiliar os kobolds. Mesmo que isso possa parecer um atraso, seria muito arriscado ficarmos entre duas tribos com potencial de serem inimigas." - Khivodak retira um mapa de couro de seu cinto - "Eu creio que encontramos estes tais goblins na floresta, lembro que o nome dele era muito parecido com o nome dito pela kobold e eles haviam dito que estavam migrando."  - e com um sorriso completa - "Creio que os goblins que restaram se colocaram ao lado da vilania e barbarie e precisam ser dissuadidos... para sempre"

Hazel prefere não entrar em debate em relação ao que diz respeito a sua “patrona” como Yusdrayl se referiu num tom de deboche, ela vira se juntamente com Therai e Khivodck e ouve palavras de Therai mas percebe que ambos não se deram conta da escultura do Dragão.

Então Hazel pede para Therai um minuto: E em voz baixa hazel diz: Vocês não perceberam a escultura com a chave na boca? Me parece ser uma escultura tão antiga quanto essa cidadela e oque seria essa chave? Hazel para por um segundo da uma olhada ao redor para ter a certeza que não estão sendo atraido por uma emboscada. e volata falar:


Sabemos que dragões guardam várias riquezas, não apenas riquezas materiais! Devemos ficar bem atentos a Yusdrayl esses itens que nos ofereceu talvez seja apenas uma armadilha sendo que ela não se despôs de nenhum de seus servos para nos acompanhar sendo que eles conhecem bem essa cidadela! Então se continuarmos devemos nos precavir de alguma forma concordam ?

Therai ouve atentamente a matriarca falar, bem como, aos olhares dela para algum lugar atrás deles, mas por educação Therai resolve não se virar para ver para onde ela olhava, o que intriga Therai, "O que haveria ali atrás?"

Quando Yusdrayl diz sobre Goblins "civilizados" Therai até acha engraçado a comparação com esse tipo de criatura, mas ele acredita que pode ser uma parte da "tribo" que poderia se conversar, como estão fazendo com o Kobolds naquele momento.

Depois de toda a exposição de Yusdrayl, Therai pensa sobre três coisas. Primeiro, um forasteiro que está "administrando" um grupo de Goblins, com fins ainda não claros, mas que se encontra nas profundezas da cidadela. Segundo, parte dos Goblins se uniram a ele, e que podem ter algum envolvimento nos ataques às caravanas. Terceiro, Yusdrayl estava disposta a "negociar" com seu grupo, o que era bom.

Diante dessas alternativas, ele se adianta à ela respeitosamente:

- Senhora Yusdrayl, ficamos gratos por todos esses relatos, que nos são muito importantes nesse momento, peço licença apenas para falar com meu grupo.

Therai então se aproxima mais de Hazel e o Draconato e diz:

- Muito bem, Yusdrayl nos deu informações interessantes, principalmente sobre esse forasteiro e o goblins. Ajudar os Kobolds com o dragão deles, pode nos atrasar em nossa verdadeira missão, mas diante da posição que estamos frente à eles, negar essa ajuda nesse momento, poderia não ser bem vista por Yusdrayl. 

Therai faz uma pausa e olha para aquele salão que Yusdrayl olhava e depois continua:

- Ela relatou que uma parte dos Goblins, os "civilizados", não se aliaram a esse forasteiro, o que pode ser para nós mais uma fonte de informação, pois pelo visto eles tiveram um contato mais próximo com esse forasteiro. Mas sabemos como são os goblins, por isso, penso que, se recuperarmos o dragão teremos acesso aqueles itens que Yusdrayl nos mostrou, que poderia ser de interesse desse grupo de Goblins que se separou, para usarmos como barganha para mais informações desse forasteiro, que pode ter algum envolvimento nos ataques as caravanas. Acredito que devamos ajudar, nesse momento, Yusdrayl a recuperar seu dragão e depois tentarmos contato com esse grupo de goblins mais "civilizados". O que acham?    

8 Tarsakh de 1498 DR Ano do Privilégio Negro

Yusdrayl ouve atentamente as palavras de Therai quanto de Hazel e ao final diz:

- "Temos objetivos comuns, uma aliança é bem vinda."

Ela olha para além de Therai para o outro salão, de forma contemplativa e então começa a falar

- "Ataques a caravanas você diz. As tribos daqui não tem interesse em atacar caravanas, não queremos chamar a atenção." - seu olhar volta para Therai - "Mas o forasteiro tem intenções que não conhecemos. Ele chegou a uma estação atrás, desceu até as profundezas da cidadela e tem articulado seus planos de lá."

- "Os goblins devem ter feito uma aliança com ele, ou algo parecido. Pelo menos parte deles, os mais vis e cruéis, pois o ancião deles Ashagrath levou a tribo com as mulheres, crianças e os goblins mais civilizados em busca de outras paragens para desenvolver a tribo deles."

A sacerdotisa olha para Hazel com certa malícia no olhar e diz:

- "Conheço sua patrona jovem clériga. Mas minha experiência diz que a busca pelo equilíbrio normalmente envolve massacrar parte das criaturas que os desagradam" - mas ela dá de ombros e completa - "Desde que os goblin cumpram este papel hoje não vejo problemas"

o olhar de Yusdrayl se volta novamente para o outro salão enquanto ela diz:

- "Não tenho como ajuda-los com meus pares, somos poucos e devemos proteger nosso clã destes malditos goblins. Mas tenho como oferecer tesouros." - ela olha para lado e todo o grupo percebe itens em um pequeno altar - "Temos itens valiosos que se trouxerem de volta nosso dragão cada um poderá escolher um"

O grupo percebe pergaminhos, um frasco de algum tipo de poção e uma pequena pena marrom.

**Percepção Therai 1D20 vs CD 15 : 8 vs 15 : Falha **
**Percepção Hazel  1D20+4 vs CD 15 : 15 vs 15 Sucesso**
**Percepção Khivodak 1D20+2 vs CD 15 : 14 vs 15 Falha **

Hazel nota a chave na boca escultura de dragão, os entalhes e formato indicava que era tão antiga quanto a própria cidadela, havia uma chance da chave trazer maior chance de riqueza para o grupo

Hazel aguarda YUSDRAYL a líder do crã falar e Therai se manifestar, após o termino ela se dirige ao lado de Therai: 

Faz sua reverencia indicando que também é discípula de uma Deusa.

Com uma voz suave mas seus olhos atentos a tudo pois o intuído é sair desse local o mais rápido possível e principalmente sem ter nenhum confronto, e talvez uma possível aliança então responde:

Faço as palavras de meu companheiro de jornada as minhas. As riquezas que eu almejo é manter o equilíbrio entre todos os seres vivos desse mundo, as riquezas materiais são bem vindas para uma melhor estrutura e ajudar a quem precisa sou devota da Deusa Millik estou nessa missão por um bem maior. Se precisa de ajuda para retomar oque foi roubado de seu crã podemos unir nossas foças.


Aliados sempre são bem vindos não concorda?.


Hazel faz uma pausa fixa seu olhar em direção a Yusdrayl para ver sua reação.

Therai ouve atentamente a líder do clã se expressar diante deles.

Havia muita experiência exposta por ela e era algo que deveria ser tratado com cuidado.

Quando ela acaba de falar, Therai a responde com muita educação:

- Seria muito indelicado de nossa parte dizer que viajamos de tão longe para correr todos esses riscos sem o objetivo de riquezas minha senhora. De fato, temos esse objetivo, mas ele eu diria que seria um "reflexo" da nossa verdadeira missão, que como eu informei, é procurar indícios dos recorrentes ataques que as caravanas de Oakhurst vem sofrendo na região, o que está atrapalhando seu comércio, sem falar nas vidas que vem sendo ceifadas de forma injusta, pois se tratam apenas de comerciantes e não um grupo de extermínio. 

Therai se aproxima mais um pouco, demonstrando respeito:

- Nossa missão minha senhora, é descobrir o que está tentando isolar a cidade da suas atividades comerciais, e se for o caso...terminar com essa ameaça de forma bem definitiva. O que propomos aqui diante de seus pares, é ajudar na captura de seu precioso dragão em troca de informações e quem sabe... ajuda militar, caso necessitamos finalizar de forma mais direta essa presente ameaça.

Therai estava receoso, pois não sabia o que falar caso a líder deles dissesse que eram eles, os Kobolds, responsáveis pelos ataques as caravanas, mas de qualquer forma, ele precisaria arriscar.

8 Tarsakh de 1498 DR Ano do Privilégio Negro

Yusdrayl observava os aventureiros enquanto ouve as palavras de Therai, e após sua fala a sacerdotisa kobold se mantem em silêncio por instantes apenas medindo os aventureiros.

Neste meio tempo Therai avalia todo o caminho que realizam e percebe que uma fuga daquele local seria muito complicada. Mas o caminho mais seguro seria sair da sala que estavam, virar a direita e se aproveitar do corredor vazio para conseguir chegar até sala inicial e se embarricarem ali.

- "Não vemos aventureiros por aqui a muito tempo" - ela aponta o dedo com unhas negras e longas - "A presença de vocês pode ser um prenuncio. Mas este prenuncio é auspicioso para meu clã?"

Ela sorri, expondo as presas amareladas e completa

- "Mas uma ajuda pode ser bem vinda, uma apresentação educada é um bom auspicio, um draconato pode ser um sinal da deusa"

- "Sim... sim.. uma ajuda mútua, uma aliança de ocasião. Já sabem que nosso Calcryx foi levado, a morte de um dragão não é vantagem para os goblins então temos esperança de resgata-lo." - ela apoia os queixo nos dedos cruzados e diz - "Mas qual seria o interesse de vocês? Somente riquezas? Ou algo mais específico?"

O olhar da sacerdotisa apresentava a sagacidade que Therai já viu inúmeras vezes em Luskan, aquele era o olhar de alguém que entendia a intensão dos outros, que lia os interesses e que fazia jus a sua posição.

O membro 'carlosmichebr' realizou a seguinte ação: Lançar dados

---

'Dado D20' : 19

De certa forma, Therai fica aliviado e ao mesmo tempo apreensivo pela organização dos Kobolds, isso lhe dava a sensação que não seriam atacados levianamente, mas que também essa organização deles poderiam ser muito prejudiciais, para o grupo de Therai, no caso de uma contenda.

Ao passar por todos aqueles corredores e guardas, Therai observa bem a "trilha". Estava de certa forma dentro de um ambiente confinado, e uma fuga desordenada não poderia auxiliar em nada.

JOGADA PERCEPÇÃO 1D20: 19

Ao se depararem com a líder do grupo, Yusdrayl, Therai se adianta e a reverencia respeitosamente.

- Senhora Yusdrayl, meu nome é Therai e esses são meus companheiros, Khivodak e Hazel. 

Therai dá um passo à direita e aponta para eles de forma a apresentá-los à líder do grupo e depois continua.

- Encontramos Meepo dentro dessa cidadela e agradecemos a ótima recepção até o momento e a oportunidade de poder nos apresentar. Estamos numa empreitada para investigar ataques que vem ocorrendo à caravanas aqui na região e se houver interesses, podemos mutuamente nos ajudar, pois Meepo nos informou que o dragão que estava sob seus cuidados foi levado do seu grupo e talvez possamos ajudar caso de interesse da senhora.

Therai tentava disfarçar mas estava apreensivo, embora ficasse bem claro que a comunicação entre eles não seria problema, devido a líder falar a língua comum, ainda sim se tratavam de Kobolds e todo o cuidado deveria ser bem atencioso.

8 Tarsakh de 1498 DR Ano do Privilégio Negro

Com a concordância de todos do grupo, Therai diz a Meepo que iriam encontrar a líder daquele clã

O kobold sorri e diz:

- "Bom, bom. Vocês ajudar clã e clã ajudar vocês. Bons aliados seremos"

O grupo segue as instruções dadas por Khivodak e seguem com Therai a frente e Khivodak ao final da fila, mantendo Hazel entre os dois mantendo seus olhos atentos.

Eles caminham até a passagem a esquerda da sala e notam que o corredor segue em frente, cerca de vinte e cinco metros e vira ao norte. Mas Meepo vira ao norte logo no começo do corredor.

O grupo se ve em um largo salão, com cerca de vinte e cinco metros de comprimento e seis de largura. Logo a frente notam uma porta com quatro kobolds de guarda, mas diferente de Meepo eles pareciam muito mais equipados e treinados.



Mais alguns kobolds caminham pelo salão e a cada porta ou grupo de guardas que cruzam Meepo diz:

- "Spar Tak Rel"

Discretamente Khivodak diz:

- "Aparentemente é uma palavra chave ou senha, para passarmos pelos guardas. Eles usam a linguagem dracônica... significa cócegas"

Ao caminhar o grupo observa o salão com suas duas fileiras de colunas de mármora que se elevam a cerca de seis metros até encontrar o teto. Nas colunas é possível notar um releve desgastado de dragões entrelaçados em plano voo.

Ao final do salão uma porta dupla se encontra aberta e novamente Meepo diz as palavras e os guardas permitem que todos adentrem.

Um trono curto fica perto da parede oeste, construído de pedaços caídos de alvenaria empilhados contra um antigo altar. Sobre no topo do altar estão uma variedade de pequenos itens. A parte do altar que serve como as costas do trono apresenta uma escultura de um dragão rugindo. Uma chave metálica é segurada firmemente nas mandíbulas abertas do dragão.

Sentada no trono se encontra uma sacerdote kobold e um guarda bem armado de cada lado.



A sacerdotisa observa o grupo, e sorri ao ver Khivodak. Ela faz um gesto e Meepo recua até encostar na parede, então ela diz um comum, com boa proficiência.

- "Bem vindos aventureiros. Sou Yusdrayl, lider do clã."

- "Se Meepo os trouxe até aqui e imagino que busquem algo, seja ajuda ou informação. E o clã sempre esta disposto a negociar com aventureiros."

8 Tarsakh de 1498 DR Ano do Privilégio Negro

Khivodak acena positivamente e seus olhos percorrem o salão

- "A criatura não esperava ninguém, estava dormindo e sem qualquer outro guarda aqui. Talvez a perda do dragão tenha desorganizado eles."

- "Mas você esta correto Therai, não devemos baixar a guarda. Vamos buscar esta negociação, mas irei por último na fila e irei avaliando o caminho e sempre que encontrar uma sala ou corredor que possa servir de local seguro em uma fuga irei avisa-los."

- "E se precisarmos fugir, simplesmente se virem e corram eu irei abrir o caminho até o melhor local"

Therai notava que apesar da aparência e truculência em combate, Khivodak tinha um conhecimento tático apurado. Provavelmente oriundo dos livros que tanto lia em cada momento de descanso.

Hazel concorda e diz

- "Manter um dragão, mesmo filhote é algo difícil e arriscado. Mas conseguir um novo é muito mais, sua estratégia de oferecer uma troca pelo resgate do dragão me parece acertada Therai"

Com seus aliados favoráveis ao seu plano, restava a Therai aceitar a proposta de Meepo em leva-los ao líder de sua tribo.

Após ouvir os ponderamentos de Hazel e as palavras de Meepo, Therai se vira para seu grupo, pedindo licença à Meepo e diz numa distancia que achar mais seguro:

- Muito bem, teremos que seguir Meepo até seu grupo e obter mais informações. Vamos ter cuidado, se tratam de Kobold's e temos que nos cuidar para não sermos "cercados".

Ele então se vira para Hazel (A inerte):

- Quanto a esse dragão, quem sabe não podemos tentar recuperá-lo para servir de "Moeda de Troca", para alguma coisa que esses Kobolds tenham de importante para nossa empreitada. O que acham?

Therai estava atento, estava preste a se e encontrar com um grupo de Kobold's que poderiam ser muito mais numerosos que eles.   

8 Tarsakh de 1498 DR Ano do Privilégio Negro

Meepo orgulhosamente responde

- "Ficava Calcryx, nosso dragão. Ainda buscaremos Calcryx ele não merece ser escravo de goblins"

Hazel se aproxima da jaula e se ajoelha avaliando seu interior, logo depois ela chama Therai

- "Olhe Therai" - Hazel segura entre os dedos algo que parece um pequeno disco branco - "Isto é uma escama de dragão branco. Ele realmente tinha um dragão aqui"

Quando Therai abre a opção de falar com Yusdrayl, o kobold diz

- "Meepo pode levar vocês em segurança até líder, Meepo avisar que são aliados para guardas não atacarem"

Havia muitas informações que o Kobold estava disponibilizando. De fato, Therai pensava que o "guardadores de Dragões" seria algum tipo de título, ou algo semelhante, mas não propriamente "cuidar" de Dragões. Therai estava se familiarizando com todo esse ambiente.

Agora havia ficado claro que haveria "trocas" para maiores informações, pois até o momento, tudo que eles haviam feito em "pró" do clã de Meepo, foi apenas não atacá-lo.

Therai observa aquele olhar e os dentes do Kobold, e fica atento para não se esquecer de que tipo de criaturas estão lhe dando, ele então pergunta:

- Meepo, o que estavam prendendo dentro desse jaula?

Depois se vira para o draconato:

- Podemos seguir adiante e falar com essa tal "Yusdrayl" o que acham?

8 Tarsakh de 1498 DR Ano do Privilégio Negro

Meepo olha com certa curiosidade a pergunta de Therai e lhe responde

- "Um guardador de dragões é quem guarda, cuida e alimenta o dragão do clã" - logo ele baixa a cabeça e fala novamente - "Calcryx foi levado, agora Meepo não ter dragão para guardar"

Ele ergue os olhos novamente e diz

- "Meepo não sabe de ataques, Meepo viver aqui. Mas Yusdrayl pode saber, ela muito sábia."


O kobold esboça um sorriso, deixando aparecer uma longa fileira de dentes afiados e diz


- "Se vocês foram bons com clã, Yusdrayl pode ser boa com vocês. Ajuda por ajuda" - a criatura não articulava adequadamente as palavras, mas havia sagacidade em seus olhos e os dentes faziam Therai se lembrar que apesar de tudo, ainda era um kobold e deveria se manter em alerta.


Hazel caminha pela sala e chama a atenção de Therai, apontando para a gaiola metálica no canto da sala, com a porta arrombada.

Therai se aproxima de Meepo, acreditando que suas palavras não haviam sido muito bem entendidas:

- Meepo, agradeço a resposta, mas precisamos saber se existe uma outra saída dessa ravina na qual a cidadela está "enterrada", ou somente essa? talvez algum túnel?

Quando ouve Khivodak e Meepo falar de "dragões" ele se vira para o draconato:

- O que seria um "Guardador de Dragões"?

Ele então também aproveita a oportunidade e resolve arriscar perguntando à Meepo:

- Meepo, você soube de alguma coisa relacionada a ataques a caravanas nessa região? 

Meepo observa curioso as palavras de Therai

- "Sair de cidadela? Só usar caminho de volta" - e aponta para porta de onde vieram - "Ali ser saída."

- "Meepo só pode ajudar assim, indicando caminho de saída. Meepo perdeu pequeno Calcryx para malditos goblins e não pode deixar seu posto, só quando Yusdrayl permitir"

Enquanto isso Hazel caminha pelo local avaliando a pequena mesa, diz

- "Me parece um pequeno altar, mas não identifico qualquer tipo de divindade sendo venerada"

Enquanto isso Khivodak olha para as paredes e identifica escritas em draconico, rústicas e simples

- "Aqui há dragões, diz estes inscritos na parede"

Prontamente Meepo responde

- "Sim, Meepo um guardador de dragões"

Therai fica aliviado pela criatura poder se comunicar com eles pela língua comum.

Ao ouvir Khivodak, ele se aproxima e se dirige ao pequeno Kobold, dizendo pausadamente suas palavras e se utilizando de gestos, afim de que não haja problemas de compreensão:

- Meepo, saudações! Meu nome é Therai. Eu e meus amigos, viemos em paz, e não pretendemos lutar com você ou seus pares. Estamos numa empreitada, ou missão, e precisamos sair dessa cidadela e retornar ao nossa rota. Você ou seus outros companheiros, poderiam nos ajudar?

Therai sente vontade em perguntar ao pequeno kobold sobre os ataques, motivo da sua missão, mas ainda precisava saber mais do posicionamento do Kobold, pois não poderia correr o risco de descobrir que de repente eles eram os responsáveis. 

Embora isso fosse pouco provável à primeira vista, não desejava correr esse risco.

Therai também começa a pensar em algum objeto que possa ser utilizado como "moeda" de troca de informações que poderia dispor, caso isso seja necessário.

8 Tarsakh de 1498 DR Ano do Privilégio Negro

Ao ver que o kobold não aparentava um risco eminente, Khivodak abaixa sua arma mas mantem sua atenção na criatura.

Ao ouvir as palavras de Therai, o kobold responde na linguagem comum:

- "Eu Meepo, do clã dragão, se vocês estar em paz podemos conversar"

Khivodar sorri ao ver a criatura responder em comum, isso lhe pouparia muito tempo fazendo papel de tradutor entre o grupo e a pequena criatura.

- "Meepo, não queremos encrenca. Estamos aqui para tentar resolver alguns problemas."

- "Sim... aqui ter problemas, muitos problemas"

Khivodak faz um sinal para que Therai se aproxime e então lhe diz

- "Therai, ele disse que faz parte de um clã, então devem ter mais deles."

E de fato, apesar de Meepo estar em uma posição de minoria e sem apresentar risco, poderiam haver muitos outros nas salas próximas.

Therai olha curioso para a criatura, e agradece que pelo menos 1 deles sabia se comunicar com a criatura.

Ele então diz à Khivodak:

- Que bom que compreende a criatura meu amigo, então diga que estamos em missão de paz, e que desejamos transpor essa cidadela, e se há uma passagem segura para esse fim. Melhor ainda não expormos nossa verdadeira missão.

Therai estava atento, e embora a criatura estivesse transparecendo um certo "pacifismo", ele sabe que poderia haver mais deles que poderiam não ser tão passivos.

Enquanto aguarda o draconato falar, ele olha para Hazel e para o restante do ambiente, pois estava curioso em poder investigar o restante do local. 

8 Tarsakh de 1498 DR Ano do Privilégio Negro

Khivodak passa ao lado de Therai, com um sorriso no rosto

- "Deixe comigo meu caro, qualquer que seja esta torpe criatura será devidamente interpelada"

Hazel ao entrar observa o sinal de Therai e apenas assente com a cabeça, avançando ao norte da sala e ficando em posição defensiva, atenta aos arredores e com seu símbolo sagrado em mãos.

Com o grupo disposto tal qual as instruções de Therai, o draconato se aproxima do saco de dormir, com martelo de combate e escudo em prontidão.

Com um empurrão com o pé ele desloca do saco de dormir e como resultado todos ouvem um grunhido

- "hummph, svaust ui mobi?"

Ao ouvirem aquelas palavras era claro a todos que se tratava de uma criatura sapiente, para Therai e Hazel aquelas palavras não faziam sentido, porem Khivodak dá um passo atrás e olha para os aliados indicando que algo havia chamado sua atenção.

Então uma criatura pequena se ergue esfregando os olhos, resmungando algo até que seus olhos encontram Khivodak a sua frente. A criatura fica congelada, com os olhos arregalados, até que curiosamente ela curva e diz

- "vinult jennu achuak draushum"

Khivodak se vira para os aliados e diz

- "Ele esta me saudando" - ele olha novamente para a criatura - "É um kobold e esta me saudando como dragão verde"

Ao se deparar com toda aquela informação, ao abrir a porta à sua frente, Therai fica certo de que aquele lugar não estava tão abandonado assim, talvez seja por isso que as armadilhas ainda funcionavam tão bem...

Ao analisar cuidadosamente o lugar, ele aponta para o saco de dormir ao seu companheiro Khivodak, havia um gemido saindo dali, provavelmente de alguém que poderia dar mais informações da cidadela.

Therai então abre espaço para que Khivodak se antecipe ao saco de dormir, e então ele pega seu arco e aponta em direção ao som e com um gesto, pede para que Hazel lhes dê cobertura, pois poderiam estar sendo observados de algum outro local.

Primeiramente Therai acha prudente verificar o som do saco de dormir, para depois verificar com mais calma aquela sala e os objetos que ali se encontravam.

O que preocupa Therai, é que aproximação deles para essa sala, poderia ter sido percebida por seus ocupantes, que se debandaram e poderiam ter deixado alguém no saco de dormir como isca e assim os atacarem de surpresa.