Prólogo Therai

O membro 'carlosmichebr' realizou a seguinte ação: Lançar dados

---

'Dado D20' : 11

Vendo aquela figura sinistra descer as escadas, Therai se vira para o jovem mais velho e diz.


- Tenta tirar os blocos da parede e sair daqui! eu tentarei atrasar esse homem.

Therai estava nervoso, aqueles olhos na escuridão deviam ter alertado os inimigos, e ele também estava tomado pela aquela sensação de medo, mas não podia deixar que a fuga fosse atrapalhada por aquela figura sinistra.

Ele havia observado que aquele homem pegou a lamparina, então Therai Mira sua faca nela e a arremessa, com intuito de derrubá-la, assim, pelo menos, ele teria uma vantagem na escuridão. 

Therai evitaria ao máximo um embate direto, pois tinha a sensação que não teria chance contra ele.

ARREMESSO: 11

Assim que Therai fala, se inicia uma comoção naquela cela, alguns começam e pedir socorro outros se levantam e tropeçam tentando chegar até a grade, mas para sorte de Therai, o garoto mais velho com a cara marcada de agressões se levanta rapidamente, segura aqueles mais afoitos e faz um 

- "Shhhh" - ele para um instante e diz em tom muito baixo - "O cara disse para ficar quieto, não fodam."

Os dedos de Therai são ágeis e a fechadura velha era quase uma piada para ele, e rapidamente ele consegue destravar aquela cela

Novamente o garoto mais velho detêm os mais agitados e repete, em tom bem baixo

- "Eu já falei, não me fodam porra!" 

Ele é o primeiro a sair, e vai tateando a parede até achar o buraco, mas ele não entra, ele para na entrada e diz

- "Manda o próximo"

Therai pega um segundo e sem dizer nada indica o caminho que deve seguir, e na entrada no buraco o outro garoto os direciona para dentro e manda seguirem. Mas neste momento uma visão perturbadora assola Therai, os olhos vermelhos dos ratos são uma plateia atenta a cada um de seus movimentos.



Aquilo não era natural e arrepiava a nuca do jovem Tiefling. A escuridão nunca foi problema para ele, mas naquele momento parecia oprimi-lo, sua garganta secava e a cada garoto que ele tirava da cela sua sensação de urgência aumentava.

O terceiro garoto havia entrado no túnel, e os pequenos olhos vermelhos piscavam. Alguns sumiam, porem novos surgiam em locais antes vazios.

O quarto garoto havia entrado no túnel. Algo passa pela perna de Therai quase ao mesmo tempo que algo cai em ombro, batendo e caindo no chão, ele quase engasga para não gritar com o susto

O quinto garoto sai da cela, e dá seu primeiro passo para fora, e neste momento a porta do porão se abre. Um homem magro, com braços longos e fortes pisa no primeiro degrau que leva ao porão e diz:

- "Estou sabendo que temos visitantes! Não sejam tímidos e apareçam!"

O último garoto abre sua boca e olhos em total desespero, e começa a esboçar um começo de grito

- "aaaaaAA..."

Quase que ao mesmo tempo que Therai o empurra em direção a saída, o outro garoto avança e o pega pelo braço fazendo com que ele entre no túnel.

- "vai... vai .... vai seu puto!"

O homem no topo da escada sorri, revelando seus dentes terrivelmente amarelos



- "Oras, oras. Estou vendo que tem alguém querendo causar problemas de novo. Como dizem, as vezes é melhor usar alguém como exemplo."

O bandido estica seu braço para dentro da casa e pega uma lamparina a óleo e começa a descer a escada, seu sorriso era estranho, como se os dentes não coubessem na boca.

O garoto em pânico finalmente tinha conseguido entrar pelo túnel, restando Therai e o outro jovem mais controlado ainda no porão.

Therai observa 5 garotos ali presos, e alguns machucados.

Ele se aproxima da grade, mas antes de tentar abri-la ele observa os olhos nas escuridão. 



Por que aqueles animais o observavam? iriam atacá-lo? de qualquer forma a prioridade era as crianças, ele se aproxima dos jovens e diz

- Fiquem em silêncio...irei abrir o local e quero que silenciosamente se movam para aquela parede, existe um buraco lá, entrem e me esperem no final do túnel.


Therai então começa a abrir a cela, mas atento ao olhos na escuridão.

Os olhos de Therai rondam o local e a única coisa que existe ali, além das caixas são ratos.

Ele retira duas pedras e é o suficiente para permitir sua entrada no local e deixar um espaço grande o suficiente para que qualquer passe por ali sem ter impedimento, garantindo uma rota de fuga

Já dentro daquele porão ele tem outras percepções que complementam tudo que havia notado antes. Agora havia um aroma ocre e desagradável, uréia e fezes. Os olhos de Theria rondam o local e atrás das grades improvisadas seu olhos identificam cinco garotos, o mais novo devia ter uns quatorze anos e o mais velho entre dezoito e vinte. O mais velho apresentava um olho bastante inchado, aparentemente havia lutado.

A falta de luminosidade e o silêncio de Therai não deixaram qualquer um deles notar sua presença ali.

Com toda a cautela, o jovem Tiefling se aproxima das grades e nota que são extremamente simples as travas e poderia abrir sem qualquer dificuldade.

{ off } Se não estiver em combate, considero um sucesso automático, dado seu nível de habilidade {/off}

{ Adestramento de Animais CD 15 : 1D20 = 18 Sucesso }

Therai pega suas ferramentas de ladino, mas algo chama sua atenção. Pequenos olhos vermelhos na escuridão, os ratos olham para ele de forma pouco comum. Ele não era versado com animais, mas aquilo havia chamado sua atenção, era pouco natural aqueles animais parados com os olhos voltados para ele.

O membro 'carlosmichebr' realizou a seguinte ação: Lançar dados

---

#1 'Dado D20' : 19

--------------------------------

#2 'Dado D20' : 13

Therai observando tudo isso, se atenta às vozes, para verificar se seriam de crianças.

PERCEPÇÃO: 19

Depois disso e cuidadosamente, começa a retirar as pedras da parede, para adentrar ao local e verificar o local das grades improvisadas.

FURTIVIDADE: 13

Poderia ser ali o local das crianças raptadas.

Usando as sombras como refúgio e de maneira muito silenciosa Therai começar a descer os degraus até chegar em um túnel cavado na própria terra, uma ligação com algum outro lugar ou uma rota de fuga.



Ele caminha por alguns minutos de forma atenta a qualquer som, mas a única coisa que ouve são goteiras e guinchos de roedores. Após alguns instantes andando ele nota que o túnel termina em um buraco em uma parede de pedras, ele se aproxima e nota que é o porão de uma casa. Parte das pedras da parede haviam sido retiradas para acessar o túnel no qual ele se encontrava.

Neste momento ele ouve vozes baixas, e tenta ver dentro do porão. A sua frente, do outro lado do comodo, havia uma parede de pedras e alguns caixotes, a sua direita uma escada de madeira que levava até uma porta, provavelmente o acesso até residência. E a sua esquerda notava outra parede, mas novamente com pedras retiradas e uma grade improvisada. Era dali que vinha o som de vozes.

O membro 'carlosmichebr' realizou a seguinte ação: Lançar dados

---

#1 'Dado D20' : 19

--------------------------------

#2 'Dado D20' : 14

Therai observa o alçapão e o abre cuidadosamente.

Ele observa uma pequena escada e desce cuidadosamente, armado com uma pequena faca que tinha na cintura, atento a qualquer ataque que poderia sofrer de modo surpresa. 


FURTIVIDADE +5: 24
PERCEPÇÃO: 14

Seus olhos se adaptavam rapidamente a escuridão do local, e ele podia notar um lugar não muito grande, e terrivelmente quieto.



Therai tenta achar no comodo algum espaço que possa ter um cela, onde possivelmente as crianças poderiam estar presas, ou mesmas, amarradas nas paredes.

Com passos leves pela casa abandonada Therai caminha em direção a única porta fechada

{ Furtividade 13 }

Ele para por um instante e busca notar que alguem se encontra no comodo antes de abrir e aparentemente esta vazio, pelo menos, não há som algum.

{ Percepção 12 }

A porta estava trancada, mas com o uso de suas gázuas a tranca é um obstaculo simples se ser superado.
Enquanto abre a tranca Therai percebe que em uma casa abandonada como aquela, uma porta trancada era algo injustificável. Sem dúvida aquele quarto tinha mais a esconder do que as aparências indicavam.

{ Inteligência CD 10 : 1D20+1 = 10+1 = 11 Sucesso }
{ Ferramentas de Ladino 17+5 = 22 (CD 10) sucesso }

Ao adentrar ao quarto, nota que as janelas estão fechadas com tábuas pela parte de dentro e aparentemente estava vazio.

Mas dispondo de todo o tempo necessário ele vasculha o comodo, olhando e tateando as paredes e chão, até encontrar uma tábua solta no chão e embaixo dela uma alça para abertura de um alçapão muito bem oculto no local. Olhando com atenção nota que não existem trancas ou armadilhas.

{ Percepção CD 15 (vantagem) : 2D20 (melhor resultado) = 5 || 16 = 16 Sucesso}

O membro 'carlosmichebr' realizou a seguinte ação: Lançar dados

---

#1 'Dado D20' : 8

--------------------------------

#2 'Dado D20' : 12

--------------------------------

#3 'Dado D20' : 17

Graças a sua capacidade de percepção das coisas em ambientes pouco iluminados, Therai logo se adapta as condições do local e observa a casa.

O cheiro de podridão de restos de comida não era mais incômoda que o pó e a sujeira do local. 

"Pelo visto pessoas usam esse local decrépito para se alimentarem e se esconderem..."

Therai, procura com todo o cuidado se aproximar da porta do lado direito a fim de evitar pisar em qualquer objeto que possa apontar sua posição. Pode ser um local que possa haver mais pessoas.

FURTIVIDADE +5 (ACHO QUE É O BÔNUS QUE O PERSONA TEM): 13
PERCEPÇÃO (TENTAR OUVIR OU VER PELA FECHADURA DA PORTA):12
ARROMBAMENTO :17

Os quatro membros da gangue vão em direção ao porto, separados. Therai caminha pelas ruas do porto, observando a movimentação e as pessoas. Ele sabia que boa parte dos Ratos Mortos ficava no Beco do Rato e por isso mesmo ele evitava passar por ali, não gostaria de ser visto.
 
Usando as sombras para passar desapercebido, por um longo tempo observa a movimentação do local. Dois homens passam por ali com certa frequência, e trocam olhares sempre que se cruzam. Provavelmente membros dos Ratos Mortos fazendo alguma ronda, seria simples evita-los.
 
{ Furtividade 1D20+5 = 10+5=15}
{ Intuição CD10 : 1D20 =14 : Sucesso }
 
Após entender o tempo daquela ronda, sua movimentação é muito mais fácil, ele nota Fumoverde na outra ponta do quarteirão, sentado no chão mas atento aos arredores e muito provavelmente atuando como sentinela. Do outro lado do quarteirão ele nota Texugo passar andando, misturado na multidão.
 
Therai se aproxima de uma das casas que deveria investigar e discretamente testa sua porta e se encontrava fechada. Ele aguarda o momento mais propício, saca suas ferramentas e abre a fechadura.
 
{Ferramentas de Ladino CD10 : 1D20+5 = 9+5=14 Sucesso}
 
Ao entrar e fechar a porta, os olhos de Therai rapidamente se adaptam a escuridão. Era uma casa abandonada e bastante suja, resto de comida apodrecem em um dos cantos, em uma observação rápida ele nota que devia ser uma casa de três cômodos. A porta a sua frente estava aberta e aparentemente levava uma cozinha velha e ao seu lado direito havia uma porta fechada.

Terminada a reunião e com os devidos pontos de vistas, Therai então diz a todos.

- Pois bem. Na primeira hora do anoitecer, irei para as duas construções que apontou procurar pelos moleques. Se estiverem lá eu os liberto e peço para sumirem de la, e deixarem o local correndo pelo beco ao sul.

Assim que todos se dispersam, Therai anda pelo local do porto afim de observar o local na qual vai haver a ação dele. 

Seu intuito era observar onde os Ratos Mortos estariam mais concentrados e uma possível organização de ronda no local. 



Ali encostado numa parede externa de uma taverna, ele observa calmamente o local, sente o mar, o cheiro da brisa e o sol aos poucos se pondo no horizonte.

Enquanto observa tudo, mais uma vez ele é afetado por aquela inquietação...o que seria? talvez algo perdido em sua memória mais tenra? aquilo incomodava Therai, mais não era hora de se preocupar com isso e sim com a tarefa que lhe passaram.

Texugo ouve a resposta de Therai e dá um sorriso de canto de boca.
 

 
- “Quem aqui não gostaria de dar um sacode naqueles ratos.. “ – ele limpa o nariz com a manga da camisa e continua – “Mas a gente tem conseguido ficar sem uma guerra de gangues faz um tempo, sem ter gente morta. Por mais que eu ou você tenhamos vontade de tratar aqueles ratos como eles merecem, não é uma decisão somente nossa”
 
Texugo enrola o mapa e coloca dentro de um pequeno caixote no canto da sala
 
- “Eu não sei ao certo, mas tudo indica que estes caras estão envolvidos com algo maior, eles devem ter um padrinho forte ou alguém poderoso bancando o lado deles”
 
{ Historia CD 15 (Moderado) : 1D20+1 : 5+1 = 6 Falha  }
 

 
A única coisa que Therai sabia a respeito da gangue dos ratos mortos era que eles tinham ratos de estimação e alguns eram avessos a banho, mas um padrinho oculto não seria algo estranho a uma gangue que está a tanto tempo na cidade e praticamente dominando toda a região do porto.
 
Antes de dar como terminada a reunião Texugo para por um instante e diz
 
- “Mas a ideia de ter uma conversa com eles depois de hoje à noite não é ruim. Até para deixar claro que estamos de saco cheio.”

Therai acompanha seus amig..."companheiros" de gangue pelo decrépito local na qual se reúnem, e enquanto caminha se pergunta se alguma vez teve "amigos.

Ao iniciarem a "reunião" ele se encosta numa parede, com uma visão sobre o mapa, e os observa, DEVON, TEXUGO, FUMOVERDE e PIATRO.

TEXUGO era mais velho, e começa a expor o problema e orientá-los sobre as ações a serem feitas e mais uma vez a gangue dos Ratos Mortos estavam criando problemas no local, raptando crianças livres, o que irritava Therai.

Após as devidas explicações sobre as ações, Therai aproveita a oportunidade para falar.

- Por quanto tempo vamos ficar aturando esses tipo de problema com os Ratos Mortos? seria mais eficiente resgatar as crianças ou ter uma conversa mais incisiva com os Ratos Mortos, tipo...um recado para que parem de violar as regras.

Therai faz uma pausa e continua

- Podemos até salvar essas crianças, ou forçá-los a libertá-las. Ou até mesmo salvá-las e depois ter uma conversa com eles...Vejam, isso demanda um tempo na qual podíamos estar em outra atividade, ganhando dinheiro! precisamos de dinheiro e não ficar a todo o momento preocupados com esses lixos dos Ratos Mortos quebrando as regras!

Mais uma noite se inicia em Luskan, a Cidade das Velas. Para quem vive ali nas últimas décadas seria difícil notar o quanto a cidade está deteriorada em comparação ao período mais próspero da cidade um século atrás. Muitas casas vazias ou invadidas pelos marujos que preferem ficar na cidade sem pagar por uma pensão, os navios chegavam e partiam todos os dias mantendo o porto como o local mais movimentado da cidade.
 
Pelas ruas da cidade era visto muitos humanos, a maioria era nativa da cidade, mas vários eram viajantes, alguns poucos meios orcs e vários drows. Talvez Luskan seja a cidade com o maior número de drows na Costa da Espala, uma clara influência Jarlaxle Baenre o atual governante da cidade, drow capitão de uma grande companhia mercenária
 

 
Therai está sentado na terra na praça abandonada em frente ao templo de Tymora, ele passava parte do tempo ali observando o movimento, quando não estava no porto recepcionando o bolso de alguns marujos desavisados. Ficar ali era um momento de paz para Therai, a cidade era fria e nublada e aquilo o oprimia, mas os poucos instantes ao sol deixavam o espírito de Therai mais leve, era como se a sensação de peso que sentia sobre seus ombros pudesse ser aliviada.
 
Parado naquela praça desmazelada ele imagina que está a quase duas décadas naquela cidade e se continuar assim, passará o resto da vida ali. Imagina quantas outras cidades existem, outros povos e costumes, ele sabe que pode sair dali e conhecer o mundo. Mas sempre que começa a arrumar suas coisas para fazer isso é acometido por um desanimo e acaba por desistir.
 
Ele nota dois de seus companheiros de gangue chegando no templo, Devon e Texugo, ambos eram mais velhos e cuidavam da administração do porto. Texugo nota a presença de Therai e acena para ele entre com eles no templo, para variar o local está praticamente vazio, parte dos bancos deitados para serem usados como mesa e algumas janelas fechadas com madeiras para não deixar o vento entrar. Conforme anda pelo local Texugo acena para mais dois que estavam ali dentro, FumoVerde e Piatro.
 

 
Os quatro vão até uma pequena sala aos fundos do templo e se sentam em pequenos caixotes e Texugo abre um mapa da cidade sobre um caixote um pouco maior.
 
E ele diz:

 
- “É o seguinte, eu estava com o Devon lá pelo porto, fazendo a ronda e conversando com os moleques de lá e estamos com merda acontecendo, mas merda de verdade. Os putos dos Ratos Mortos estão pegando os moleques que vagam pelo porto e prendendo nas docas” – ele aponta o local no mapa – “Neste prédio ou neste prédio, e eles devem estar querendo vender os moleques para algum navio que vai atracar na madrugada. E a gente já teve aquela reunião na Taverna do Rato Afogado, eles sabem que não tem que mexer com os moleques livres, quem está fora das gangues está fora e ponto final. ”


 
Texugo estava claramente irritado com aquilo, e Therai compartilha do sentimento. Vender pessoas estava muito além de bater carteiras ou vender alguns itens roubados.
 
- “Vamos precisar agir esta noite. Eu e o FumoVerde vamos ficar pelas docas olhando as esquinas, Therai você vai aqui e Piatro vai aqui." - apontando para duas construções - "E tentem achar onde os moleques estão presos e soltem eles. Alguma pergunta? ”