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BERNARD "BUCK" LOMBARDI

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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty A PRIMEIRA BUSCA - TERÇA 19/06/1972 - 13:10 HS

Mensagem por Guzzon Qua 26 Out 2022, 23:10

Após um velório pesado e lhe causavam calafrios Buck passa próximo a Arny e depois próximo a Brad e por fim Peter e diz o mesmo a ambos

- "Precisamos conversar. Vamos aproveitar que todos estaremos no centro comunitário lá pelas duas da tarde e conversamos depois do comunicado do xerife"

Como Tyler estava próximo ao prefeito Buck prefere não se aproximar, mas com certeza ele estaria no centro comunitário.

Todo aquele ambiente, as lamurias, prantos e cantos entoados pareciam puxar Buck para um estado de paranoia, ele começa a olhar ao redor, sentindo um arrepio na nuca e se sentindo observado, felizmente seu pai o chama para irem almoçar.

O almoço é uma pequena pausa no sentimento opressivo que assolava Buck. A comida era fresca e muito bem feita, são longos minutos comendo e repetindo até não sobrar mais nada na travessa. Buck ainda passa uma larga fatia de pão, recolhendo todo o molho que ainda restava.

- "Isso esta muito bom, muito bom mesmo"

Logo depois Buck é deixado na biblioteca e seu pai lhe diz

- "Você quer que eu espere? Ou prefere que eu venha te buscar?"
- "Pai, tem a reunião no centro comunitário as duas da tarde, é daqui a pouco, deixa que eu vou andando e a gente se encontra lá"
- "Tem certeza?"
- "Tenho pai, é aqui perto. Pelo menos no meio do dia eu tenho que conseguir andar de um ponto a outro no centro da cidade"

O senhor Lorenzo dá um sorriso e parte com seu carro.

Já dentro da biblioteca Buck consegue informações valiosas, porem ele era um jovem de gostos simples, gostava de cozinhar e comer, jogar beiseball, ler quadrinhos.
E agora ele era exposto a um texto complexo, falando sobre migração de povos originais, criaturas mitológicas, locais sagrados, tudo muito completo. Buck coça a cabeça, e rele o texto duas, três, quatro vezes até conseguir entender razoavelmente do que se tratava.

- "Mas que confusão, essa tribo veio para o Maine com os restos mortais de uma criatura para ser enterrada em terra sagrada, depois mudou para uma caverna, mas será que era uma caverna sagrada? E agora só tem um xamã vivo que sobrou dessa tribo"

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Buck busca alguns mapas do Maine e começa a realizar algumas comparações entre os locais.

- "Aqui indica que é a origem da tribo, aqui o destino e aqui é Evert Falls. Não é tão longe, ainda mais de carro."

Buck volta até a recepção e pega papel e caneta e começa a anotar tudo, locais, o nome da tribo, o nome da criatura. Ele sabia que sua memória poderia falhar.

- "Aposto que se o Berny estivesse aqui ele saberia onde esta." - então um estalo ocorre - "Ele sabe onde esta e me mostrou... " - ao mesmo tempo que sente sua espinha gelar
- "Ele esta indicando como podemos resolver ou pelo menos entender isso, ele esta tentando salvar a gente como sempre fez"

Após anotar todos os detalhes que tinha conseguido recolher, Buck dobra o papel e coloca no bolso da calça. 

Ele começa a caminhar pela biblioteca, os longos corredores vazios e o silêncio eram opressivos e ele acelera o passo, quem sabe na calçada essa sensação diminuísse.
Ele só precisava chegar até o centro comunitário, só isso, esta seria sua vitória do dia.
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty A PRIMEIRA BUSCA - TERÇA 19/06/1972 - 12:25 HS

Mensagem por carlosmichebr Ter 25 Out 2022, 10:55

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O funeral de Berny havia sido de certa forma silencioso. A polícia se mantinha à distância, deixando claro que não iriam permitir quaisquer tumulto no processo. 

Buck, junto ao seus pais, observava o semblante fechado do Xerife Orbs, encostado na viatura observando cada pessoa que se encontrava no funeral.

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Ele observa que Suzanna não estava presente, mas ele sabia que ela iria querer estar lá, mas muito provavelmente foi impedida pelo seu pai.

Peter, Arny e até Brad e os demais da turma dele, com exceção de Julian, estavam presentes na cerimônia. Buck até reflete sobre a nova “aliança” que em alguns dias atrás era completamente impensável, mas na atual conjuntura do fato era completamente viável e necessária. Tyler, sua irmã e o prefeito também estavam presentes.

Ao término da cerimônia, Buck observa o horizonte ao longe naquela cidade, se vira para a região que aquela “aparição” havia apontado e um frio percorre sua espinha e entranhas, havia algo no ar, algo que parecia a espreita, a sua espreita…

Buck começa a observar as árvores e lápides ao redor, ele sentia como se houvesse algo o espreitando, então ele se lembra daquela visão.

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Aquilo o faz ir para trás repentinamente, começando a olhar para todos os lados, até que seu pai o toca na altura dos ombros:

- Tudo bem Buck? Vamos, melhor almoçarmos e depois te deixo na biblioteca.

Buck entra no carro de seu pai e juntos vão para um restaurante, chamado “DOLORES” no centro da cidade.

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O lugar estava vazio, e a dona do lugar, a Sra. Mapel Dolores, os atende prontamente:

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- Boa tarde! sentem-se meus queridos. Hoje está tudo muito vazio, por conta do enterro daquele jovem…Berny eu acho.

Buck se senta na mesa e logo seu pai responde à simpática senhora:

- Sim, sim, uma fatalidade, estávamos lá prestando as condolências à família.

A Sra. Dolores olha em para o pai de Buck e depois diz:

- O senhor não é proprietário daquele estabelecimentos de doces e salgados?

O pai de Buck confirma a pergunta e faz questão de apresentar seu filho:

- Sim senhora, eu e minha esposa somos proprietários! E este é meu filho Bernard. Ele era amigo do jovem Berny.

- Ah sim…sinto muito meu jovem, que Deus possa auxiliá-lo em sua perda. E também aproveito para parabenizá-lo pela sua mercadoria, os pães e doces são simplesmente maravilhosos! Mas, me digam o que gostariam de comer?

O pai de Buck começa a olhar o cardápio, mas então o fecha e olha para a Sra. Dolores:

- Prefiro deixar que a senhora nos sirva com aquilo que achar conveniente! 

A Sra. Dolores parecia entusiasmada com aquela proposta:

- Claro! Pode ter certeza que não irão se arrepender, irei lhes servir a nossa especialidade.

Após um tempo, uma refeição maravilhosa é servida na mesa, que cheirava como a comida dos deuses. Um refratário havia sido colocado na mesa, ainda borbulhando de tão quente. Era um conjunto de alimentos, como ovos, tomates, outros legumes, carne cozida, ervas e um tempero maravilhoso.

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De fato, após provarem a comida, percebem que havia sido preparada com os melhores condimentos, o que dera ânimo e energia para Buck.

Seu pai, faz questão de chamar a Sra. Dolores e não economizar elogios à sua comida e ao estabelecimento limpo e muito bem decorado. 

- Muito obrigado senhor Lombardi! Mas antes de irem irão saborear minha torta! Obrigatório!

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Após saírem do restaurante, muito bem alimentados, Buck sente aquela característica sonolência, mas sabia que precisava seguir em frente e diz ao pai para deixá-lo na Biblioteca, após ser orientado e lembrado novamente sobre o toque de recolher.

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Como era de se esperar, o lugar estava vazio, mas estava aberto ao público. Uma senhora vem ao encontro de Buck e pergunta à ele o que poderia ajudá-lo.

Buck fica parado um pouco, pensando no que poderia começar a sua busca, então ele menciona história sobre a cidade e a palavra “OROBHORO” para a bibliotecária, e ela após um tempo refletir sobre a palavra lhe diz:

- Pela palavra meu jovem, me parece que está procurando algo relacionado a tribos indígenas e a relação delas com a cidade, pois essa palavra me parece ser oriunda dessas tribos. Bem, sente-se que irei pegar alguns livros para que possa pesquisar.

Após um tempo, Buck imaginava que estaria coberto de dezenas de livros sobre a mesa para iniciar sua pesquisa, mas a bibliotecária acha apenas dois livros que mencionam a palavra “OROBHORO”.      

Os livros históricos, relatavam que uma antiga e pequena Tribo Indígena, oriunda do Norte do Canadá, chamados de Índios Harikari, migraram para alguma região do Maine nos anos de 1800.

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Existe relatos que os índios alegavam estar saindo do Canadá, em virtude de uma missão de retirar e depositar os restos mortais de uma antiga “entidade” chamada “OROBHORO”.

O que se sabe da lenda dessa entidade, era que se tratava de um “transmorfo” que assolou o norte do Canadá no século XVII. Após ter sido morto, a pequena tribo foi encarregada de migrar para o sul e depositar seus restos longe do Canadá e em solo que se consideraria sagrado, na qual seriam responsáveis pela guarda dos restos mortais.

A lenda diz também que, após os restos mortais terem sido enterrados numa caverna da região do Maine, depois de 10 anos, começaram a ocorrer assassinatos brutais sem explicação que se assemelhavam às brutalidades no norte do Canadá. O então Xamã da tribo de índios Harakiri, adentrou a caverna e presenciou o esqueleto da entidade completamente construído. 

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Desde esse evento, a caverna foi lacrada e seu paradeiro escondido de qualquer membro da tribo, ficando apenas ao Xamã o conhecimento da localidade. 

Buck começava a ter um horizonte se formando em sua mente, mas o que ele ainda não havia percebido, é que ele já estava sendo observado. 

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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty SEGREDOS REVELADOS - TERÇA 19/06/1972 - 11:12 HS

Mensagem por Guzzon Seg 24 Out 2022, 23:41

Durante toda aquela manhã Buck ficou em silêncio.

As histórias que seu pai lhe contará eram pesadas e demonstravam que o pai de Buck tinha um passado que ele nem mesmo imaginava. Mas as palavras eram ditas sem remorsos, como se aquela fatalidade não pudesse ter outro desfecho.

- "Ele sabia que não havia outra maneira" - então Buck se da conta do paralelo - "Assim como agora. Não temos outra maneira de nos mantermos seguros se não for desta maneira, ou pelo menos como uma maneira de tentar resistir a este destino que me encaminho"

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Buck passa horas atirando, aprendendo como usar a arma, como usar a alça de mira e como carregar e recarregar e principalmente como limpar e guardar de maneira segura.
Ao final de todo este tempo Buck se sente minimamente preparado para usar uma arma como aquela.

Depois dali Buck é levado pelo seu pai até o velório de Berny.
Buck não estava pronto para aquilo, o caixão fechado e o choro das famílias.

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Mas pior que isso, era o olhar das pessoas para eles, eram poucos ali que se lembravam de Buck indo visitar Arny e Berny e a revolta deles era justificada.
Mas Buck não consegue deixar de ver a imagem de Berny em sua mente, mas não somente seu cadáver, mas a visagem que havia visto quando retornavam do velho Bruce, da voz de Berny em sua mente por diversas vezes e por fim aquela criatura que havia lhe dado uma mensagem clara, tão clara que reverberava em sua menta.

- "Preciso descobrir o que significa essa mensagem. Não me parecia uma ameaça e sim um mensageiro, mas de quem?"

O clima era pesado e Buck não se sentia bem

- "Orobhoros"

Buck olha ao redor, ele tinha certeza que tinha ouvido novamente, ou algo parecido. Mas qualquer som que remetesse a esta palavra fazia com que Buck sentisse vontade de se sentar.
Discretamente Buck se aproxima de seu pai e diz

- "Pai, estamos aqui a quase uma hora. Prestei minhas condolências para o Berny, mas o clima esta bem pesado... e as duas da tarde temos que estar no centro de convivência."
- "Não podemos ir embora? Vou pegar algo para comer e queria passar na biblioteca, passar um tempo lendo sozinho..

A intensão de Buck era sair dali, ele já havia prestado suas preçes para Berny e naquele momento pesava algo de maior importância.
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty SEGREDOS REVELADOS - TERÇA 19/06/1972 - 07:09 HS

Mensagem por carlosmichebr Ter 18 Out 2022, 10:15

Buck desperta em pé em seu quarto, estava parado em frente a janela observando a direção que “aparição” havia apontado.

Everet Falls, no verão, era uma cidade muito bonita e limpa. As árvores enfeitavam a paisagem com suas cores entre o amarelo e o verde, e todas as manhãs uma revoada de pássaros somavam a toda aquela beleza.

Buck observava de sua janela, uma floresta ao leste numa montanha, e aquela região fazia seu corpo estremecer, estaria a criatura andando naquela região? O que seria aquela imagem de “Orobhoro”? Muitas perguntas começam a surgir e nenhuma delas dava qualquer alívio à Buck.

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Buck ouve uma batida na porta do seu quarto e quando ela se abre seu pai aparece:

- Bom dia meu filho, o café está quase pronto, após ele, iremos dar aquela “saída” e depois iremos para o enterro do seu amigo Berny. Precisamos auxiliar a familia desse jovem.

Buck não responde, mas havia transparecido que concordava com todo o cronograma, e então quando ouve a porta se fechar, novamente lhe vem à mente aquela palavra “OROBHORO” e inevitavelmente aquela imagem.

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Na mesa de café da manhã, Buck se alimenta de forma silenciosa, aliás, não só ele, seus pais também estavam silenciosos, sua casa estava silenciosa, o clima todo em sua volta estava silencioso, estava sem gosto, sem cheiro, parecia que o tempo havia parado.

Quando se dá conta, se vê dentro do carro do seu pai indo para algum lugar. A cidade parecia vazia, o que era bem estranho para uma Terça-Feira. Seu pai dirigia o carro de maneira silenciosa, sem dizer nada e apenas olhar para a estrada à sua frente, e isso de certa forma incomodava Buck, pois ele sabia que aquele não era a maneira de seu pai começar o dia.

Quando param o carro, numa região deserta próximo a uma madeireira, o Senhor Lombardi, tira algumas armas do porta malas do carro e as coloca numa pequena mesa de bancada que também havia trazido.

Após ajustar todas as armas na bancada, o senhor Lombardi olha para Buck e diz:

- Um dia ouvi essa frase Buck, “A arma de fogo é a civilização, ela anula a tirania do mais forte e protege a integridade do mais fraco”. Uma frase com uma certa ambiguidade, pois ambos os caminhos remetem a violência. Infelizmente Buck, existem determinadas situações em que um pai de família deve se utilizar disso para proteger a integridade da sua própria família, a qualquer preço. Saberá um dia do que eu estou falando quando for responsável pela sua.

Buck fica ouvindo e olhando para seu pai arrumando todas aquelas armas. Então seu pai continua falando sem olhar para Buck:

- Meu pai, seu avô, morreu muito cedo, ele se suicidou Buck, com uma arma dessa (diz apontando para o revólver na sua mão), por isso sempre odiei armas meu filho. Mas continuando… quando você tinha apenas 2 anos e seu irmão mais ou menos uns 6 anos, nossa casa foi invadida por dois homens. No primeiro instante, só queriam dinheiro para comprar drogas, mas depois começaram a olhar para sua mãe e seu irmão de uma maneira diferente…era nítido que estavam sob efeito de drogas, mas também eu percebi que se tratava de pessoas más Buck…muito más. Então, quando um deles resolveu levar sua mãe para o quarto, eu reagi, tirei a arma do homem que estava na minha frente e o matei com um tiro, e o outro homem, que levava sua mãe para o quarto, eu o matei com 4 tiros.

Nisso seu pai olha para Buck e faz uma pausa, depois continua, ao mesmo tempo que carregava um revolver:

- Depois disso, embora fora sempre contrário às armas, entendi que foram elas que garantiram a integridade da minha família naquela ocasião, pois as autoridades não tinham condição de estarem presentes protegendo cada cidadão, então caberia a mim preencher essa lacuna, entende isso Buck? Por motivos que talvez você entenda hoje, eu e a sua mãe decidimos omitir essa parte da história da família para você. Não se preocupe, eu não fui preso, foi legítima defesa.

Havia sido uma pergunta retórica e Buck percebera isso.

Nisso, Buck toma um susto quando seu pai descarrega o revólver num tronco ao chão. O som dos tiros ecoavam pela região, e depois que o revólver é descarregado, seu pai o carrega novamente e entrega ao filho:

- Tudo isso é para lhe ensinar que no decorrer da sua vida, deverá tomar decisões, que muitas vezes podem divergir daquilo que acredita, e muitas vezes lhe fazer entender o por que deverá mudar de posição.

Durante 1 hora e meia, Buck fica atirando e manipulando as armas sob supervisão de seu pai, que não somente lhe dá ensinamentos de como atirar, mas também como cuidar delas.

Após aquele tempo, o senhor Lombardi ensina Buck a limpar as armas e guardá-las adequadamente, sempre com muito cuidado à segurança.

No caminho de volta, Buck fica olhando seu pai e sente como se orgulhava dele e da sua família e que faria de tudo para protegê-los também, seja lá contra quem for ou o que for.

Quando passavam pelo centro, Buck vê a biblioteca da cidade e lembra da palavra “OROBHORO”, talvez fosse o primeiro lugar que poderia pesquisar sobre isso.

Chegando em casa, seu pai pede para ele se arrumar, pois todos iriam prestar as últimas homenagens a Berny.

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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty BUCK - CONSEQUÊNCIAS - CAMINHO DE CASA - SEGUNDA 19/06/1972 - 18:50

Mensagem por Guzzon Seg 17 Out 2022, 23:17

Buck se assusta com o tapa, mas após as palavras do seu pai ele entende. 
Mais do que as palavras, ele entende a gravidade da situação. Agora ele tinha as chaves de um armário de armas e teria que aprender a atirar.

- "Merda... merda.... a gente esta fudido mesmo. Aquele bicho infernal esta atrás de mim e se eu puder atrasar ele já esta ótimo"

Apesar de querer ter condição de se defender, o amago de Buck dizia que ele esta condenado.

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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty BUCK - CONSEQUÊNCIAS - CAMINHO DE CASA - SEGUNDA 19/06/1972 - 18:46

Mensagem por carlosmichebr Ter 11 Out 2022, 12:36

No momento que Buck fala um palavrão em meio a suas divagações, sua mãe imediatamente o repreende:

- Bernard Lombardi!!!! Que palavras são essas?? Que horror! Contenha-se por favor!

O pai de Buck não toma partido da situação, ele por pouco não estava se utilizando de palavras “baixas” para realmente expor o que sentia de tudo aquilo, mas olha para seu filho pelo retrovisor, fazendo Buck entender o que ele queria dizer “calma Buck Caralho!!”.

Antes de chegarem em casa, o pai de Buck para em uma loja de chaveiro. Pede para que todos fiquem dentro do carro e depois retorna ao carro quieto e sem dizer nada.

Ao chegarem em casa, a mãe de Buck informa à sua família que iria adiantar a janta e para que Buck fosse se banhar.

Após um tempo, quando sai do banho e vai para seu quarto, já sentindo seu estômago clamar por alimento, ele ouve um bater na sua porta e daí entra seu pai.

O Sr. Lombardi adentra o quarto de Buck e vai até a janela, sob olhares de seu filho. Buck vê que seu pai parece observar se a janela estava bem fechada e se tudo na rua parecia OK.

Ele então faz um aceno para Buck e pede para ele o acompanhar.

Buck desce para o porão da sua casa, seguindo seu pai, e ele o leva até uma porta muito bem fechada. Depois que abre essa porta de madeira, fechada com cadeado, ela revela um cofre dentro do espaço confinado. Buck se lembrara de um dia perguntar dessa porta para seu pai, mas ele logo desconversou começando a falar de comida, o que era mais importante para Buck naquele momento.

Quando o pai de Buck abre o cofre, ele vê algumas armas e munições muito bem guardadas e conservadas.

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Buck fica olhando aquelas armas um tanto surpreso, pois seu pai sempre foi muito contrário a violência. Eis que de repente, sem qualquer aviso prévio, Buck recebe um tapa em sua face, vindo do seu pai.

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Buck vai para trás, com as mãos na sua face, sem entender completamente nada.

O tapa não havia sido forte, mas Buck sente um significado, mas as mãos de seu pai eram muito pesadas, o que o deixou zonzo de qualquer maneira.

Ele se apoia na parede e vê seu pai lhe estendendo duas chaves (cópias). Seu pai então lhe entrega as chaves, sob olhar assustado de Buck:

- Esse tapa é para lhe lembrar da responsabilidade e confiança que estou entregando a você Buck. Não sei ao certo o que está acontecendo, mas a vida de meu filho está correndo perigo e quem sabe, da minha família.

O Sr. Lombardi então fecha o cofre e a porta de madeira e fecha o cadeado e depois entrega os números para abertura do cofre para Buck. 

Depois se vira para seu filho:

- Amanhã iremos sair cedo, e você vai aprender a atirar, mas lembre-se, para aprender a proteger sua família e amigos. Tudo que viu aqui é para proteção apenas, não para vinganças.

O Sr. Lombardi tinha um tom de voz nunca ouvido por Buck, e ele então não diz mais nada e começa a subir as escadas. 

Lá de baixo, Buck pode ver a silhueta da sua mãe, em silêncio, olhando lá de cima enquanto seu pai passava por ela pela entrada do porão, “ela sabia o que iria acontecer lá embaixo…
 
Buck então percebeu que seu pai e sua mãe levavam a sério a proteção da sua família, de um modo que talvez Buck nunca havia imaginado. 
Mas antes de subir as escadas, ele fica pensando se seu irmão também havia passado pela mesma coisa.
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty SEGUNDA - 19/06/1972 - 06:48

Mensagem por Guzzon Ter 09 Ago 2022, 23:02

Buck sempre tentava se manter calmo, passar a impressão de um cara tranquilo e aquilo tinha dois motivos. 
O primeiro é que sempre que perdia a paciência ele acaba por fazer alguma besteira, a segunda é que Hugo Velho havia lhe dito que quem perde a cabeça demonstra uma fraqueza. Aquele senhor tinha tantas rugas quanto experiência, era metido com os esquemas ilegais do bairro mas nunca deixou transparecer.

Naquela manhã Buck havia esquecido todos os ensinamentos e modos que tinha. Naquela manhã Buck era a representação juvenil da impulsividade e desespero.

- "Suzanna já foi para a escola. Mas por que sair tão cedo? Que diabos tem para fazer na escola antes do horário?"

Buck é retirado do seu torpor pela voz firme de seu pai
 

Minha nossa Buck! Que diabos aconteceu, rapaz? CONTENHA-SE!


Buck limpa a testa que estava ensopada de suor e olha para seus pais, ele abre a boca, mas não consegue dizer qualquer palavra.
Ele começa a ter a noção real do que estava acontecendo e que não haviam motivos reais para sua preocupação, mas mesmo assim sentia o peito apertado como se algo não estivesse certo.
Ele gagueja e então diz o que acreditava que seria o menos vergonhoso para ele.

- "Eu acho... fiquei preocupado com a Suzanna. Acho que tem algo errado"

Buck olha para a canela ferida e sabe que era somente um corte, nada de mais. Naquele momento haviam coisas mais importantes para fazer.
Ele se levanta

- "Poderia me dar uma carona para a escola pai? A Suzanna foi mais cedo, e nem sei se a escola abre tão cedo assim"

Buck vai até a porta da cozinha e pega sua mochila, que ficava guardada ao lado da dispensa. Ao passar pela mesa coloca dois pães e uma fatia de torta dentro da mochila e se dirige até a porta de entrada, olhando para seu pai.

O olhar de Buck era um misto de pressa e preocupação, e caso seu pai não lhe desse uma carona ele iria a pé. Mas nada o manteria ali naquele momento.
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty SEGUNDA - 19/06/1972 - 06:28

Mensagem por carlosmichebr Seg 08 Ago 2022, 12:28

A atenção de Buck é dividida entre a voz que o atendera do outro lado da linha de telefone e da sua mãe e de seu pai o seguindo desesperado pela sala. Sua mãe logo fala com ele:

- Buck! Meu deus o que houve? Olha a sua perna! 


O pai de Buck logo vai até o armário no banheiro pegar o KIT de primeiros socorros, enquanto sua mãe se debruça sobre ele e a sua perna para verificar seu machucado.

Buck estava perdido, tentando afastar a sua mãe, enquanto ela olhava seu machucado, ao mesmo tempo que tentava responder à pessoa na linha de telefone:

- Oi, sim, meu nome é Buck, preciso falar com…para mãe! Tá tudo bem! Oi desculpe, preciso falar com Suzanna.


A pessoa do outro lado da linha, parecia confusa, era a voz de uma mulher, provavelmente a mãe de Suzanna:

- Desculpe, mas Suzanna foi para a escola mais cedo, quem tá falando mesmo?


Buck estava perdido, sua mãe tentando erguer sua perna, enquanto seu pai tentava limpar o ferimento.
As pressas Buck agradece a informação e desliga o telefone, logo depois o deixando cair no chão para surpresa de seus pais.
O senhor Lombardi logo intervém:

- Minha nossa Buck! Que diabos aconteceu, rapaz? CONTENHA-SE!


A voz de seu pai fora enérgica, o que faz com que Buck consiga se recompor, pois preliminarmente, Suzanna parecia estar bem, mas de qualquer forma, ele precisava vê-la e saber realmente estava tudo bem mesmo com ela, mas para isso, ele precisaria sair logo de sua casa. 
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty SEGUNDA - 19/06/1972 - 06:15

Mensagem por Guzzon Sex 29 Jul 2022, 21:10

Buck se levanta como se estivesse saindo de um transe. Mal se lembra da noite anterior, mas a visita a casa de Spinossa, a maneira como o seu irmão o tratava, o claro desespero de Spinossa em falar sobre o ocorrido, tudo aquilo foi real e somente agora Buck se dá conta de como aquilo pesou em seus ombros.

A cada passo que eles haviam dado ontem parecia que eles se enfiavam mais fundo em um lodaçal, era mais difícil de voltar ou avançar.

Buck desce as escadas arrastando os pés, mais por desanimo do que por cansaço. Ele teria mais um dia pela frente, mais um dia sabendo que Berny havia sido morto e que poucos estavam de fato preocupados com o real problema daquilo tudo.

Peter, o velho Bruce, o Senhor Fabian. Todos eles de alguma forma haviam tido alguma interação com aquela criatura. Era impossível ser um sonho ou um exagero da parte deles.

Após ouvir as palavras de seus pais, Buck olha para eles por alguns instantes, sua mente ainda não havia acordado.

- "Eu sei, eu sei. É que as coisas acontecem muito rápido, alguns dias atrás eu nem conhecia direito o pessoal da sala. Estava me mantendo na minha sem arrumar confusão.... eu ia conseguir terminar o semestre sem confusão." - Buck abre um pão com as mãos e coloca uma grossa fatia de queijo no meio - "Mas tudo aconteceu muito rápido, conhecer todas estas pessoas, me meter em confusão de novo, perder o Berny"

Seus pais se entreolham, eles sabiam que Buck era um novo e não tinha passado ainda por um luto como aquele. O tempo seria o balsamo, mas palavras podem ajudar e então sua mãe diz:

- "Sim filho, nem sempre controlamos tudo que ocorre em nossas vidas. Mas devemos fazer o nosso melhor, devemos fazer as coisas do jeito certo pois um dia iremos olhar para trás e neste dia eu espero que todos nós possamos nos orgulhar das decisões que tomamos"

Buck dá um sorriso tímido enquanto mastiga o final do pão, já pensando em pegar mais um.

- "A mamma esta certa, tenho que fazer isso por mim, pelo Berny, pelo Arny... pela Suzanna"

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A imagem de Suzanna, o sonho que tivera com ela surge a frente de Buck, quase como uma lembrança. Era tão vívido, tão real que Buck não sabe mais se era um sonho, se era uma premonição, se era algo que ele viu pela janela antes de deitar... naquele momento suas pupilas se dilatam e ele começa a suar, em um espasmo ele tosse o resto do pão que estava em sua boca e se levanta, tropeçando no pé da cadeira e derrubando o copo no chão.

Buck avança pela cozinha, esbarrando no móveis e ao entrar na sala acerta sua canela na mesa de centro. O som do impacto é alto e a mesa se desloca até bater no sofá, a canela de Buck ardia e latejava mas ele não parava até chegar ao telefone que ficava em uma pequena mesa ao lado da janela.

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Ele se senta e liga para casa de Suzanna, ele erra na primeira tentativa, erra novamente na segunda tentativa. Seus dedos tremiam, somente na terceira tentativa consegue acertar os números.

Após três toques uma voz responde do outro lado

- "Alô?"

Buck respira fundo, e tenta controlar sua respiração... 

- "Bom dia, a Suzanna esta?"

Enquanto aguarda a resposta ele sente seu pé molhado, e olha para a sala, notando um rastro de sangue da mesa de centro até ele.
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty SEGUNDA - 19/06/1972 - 06:03

Mensagem por carlosmichebr Ter 26 Jul 2022, 12:52

Buck desperta subitamente de uma forma assustada com o som do despertador.

Ele levanta seu tronco da cama e olha para todos os lados, parecia não pertencer aquele lugar, mas aos poucos ele compreende que fora vítima de um pesadelo.
Seu quarto estava do mesmo jeito e ele fica tentando se lembrar de como chegou da rua no final da tarde de ontem e conseguiu ir dormir, pois nem ao menos se lembrava de ter entrado na sua casa.

Aos poucos ele vai se adaptando, fica intrigado quando vê no chão, ao lado da sua cama, a sua toalha. Ele a toca e percebe que está um tanto molhada, talvez tivesse chegado em casa no domingo, tomando um banho e se rendido ao conforto da sua cama , mas sua barriga rapidamente lhe informa que ele está sem qualquer alimento a muito tempo, o que o faz logo levantar da cama e se arrumar.

Quando desce as escadas, já devidamente arrumado, percebe que nem havia se despedido direito de seu irmão e tenta ao menos lembrar de alguma coisa do seu pesadelo.

Quando se aproxima da cozinha, seu mãe e seu pai se encontram conversando, mas de uma forma mais comedida.

Seu pai, ao perceber que Buck se aproxima, fecha o jornal e espera que seu filho se sente ao seu lado, e com a mão em seu ombro diz:

- Como está meu filho? você chegou ontem, passou por nós na sala e subiu direto para seu quarto. Está tudo bem? não o incomodamos porque sabemos do que você e seus amigos estão passando por um momento delicado. Mas saiba que eu e a sua mãe, e o Oliver também, estamos todos juntos, somos uma familia.
Logo depois sua mãe se pronuncia:

- Sim meu filho, alias, amanhã iremos todos ao enterro do seu amigo Berny, nossa familia estará junto da familia dele para prestar as devidas condolências. Infelzimente Oliver não pode ficar, mas ele nos disse que gostaria muito de estar aqui.

Seu pai se levanta e vai até o forno retirar um bolo, e quando se senta à mesa continua:

- Amanhã não haverá aula em decorrência do “acidente”, e nossa loja também não vai abrir. Mandei colocar um aviso, com uma dedicatória, como a foto de Berny na nossa porta para que todos saibam que respeitamos a memória do rapaz.

Buck  fica ouvindo tudo aquilo e ainda não sabia muito o que responder.

Seus pais eram daquele jeito,procuravam ser bons em tudo que fosse possível. Lembravam o jeito de Suzanna antes… antes… Buck então se lembra do pesadelo, ele vira o corpo de Suzanna estraçalhado, e aquilo o assustou de tal forma que derrubou até o copo da sua mesa, fazendo-o espatifar ao chão, para espanto de seus pais.
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty UMA INVESTIGAÇÃO EXTRA OFICIAL - DOMINGO - 18/06/1972 - 07:45

Mensagem por Guzzon Qui 17 Mar 2022, 23:50

Buck diz bom dia para sua mãe e fica aliviado em saber que seu pai já havia ido para a loja, aquilo com certeza iria poupar algumas explicações

Era cedo, cedo demais para se levantar em um domingo, mas ele tinha um compromisso com Suzanna e não iria decepciona-la.

Ele come o bacon e os ovos, toma seu suco. Repete os ovos e o bacon e enche o copo de suco mais duas ou três vezes

- "Tyler falou em confirmar as suspeitas. Ele sabe de alguma coisa, deve ter ouvido o prefeito falando com alguém, só pode ser isso." - Buck pega uma fatia de pão para passar no prato e limpar a gema de ovo que ainda estava ali - "Aquilo não é algo natural, tem algo de muito errado. Aquele velho tinha razão, tem algo por ai"

BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 1371602902394

Ao terminar seu café ele se levanta e agradece sua mãe. Recolhe o prato, talheres e copo e os leva até a pia e sobe novamente até seu quarto.

Ele se senta na cama por alguns instantes, refletindo sobre o que eles realmente iriam fazer

- "Vamos falar com Arny e entender o que pode ter acontecido. Mas só falar não vai resolver, talvez ver novamente aquele lugar.. " - Buck se lembra da visão do corpo de Berny e fecha os olhos por um instante - "Mas aqueles babacas podem estar pela cidade"

Buck vai até o armário e pega seu soco inglês, e percebe algumas manchas escuras nele. Eram resultado da briga, ele lava a peça de metal e guarda no bolso da calça

- "Agora posso encontrar o Spinossa e quem sabe ele me conta o que aconteceu com o Berny." - a imagem do corpo de Berny vem novamente a cabeça de Buck - "Droga, não foram eles e isso é obvio. Foi algo muito pior"

Buck retorna ao seu armário e enfia a mão no fundo do armário até achar seu taco.

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 - "Já é alguma coisa, o melhor seria uma pistola mas na falta de uma vai ter que servir"

Mas era obvio que ele não poderia sair com aquilo de casa, então ele vai até o banheiro, e deixa o taco cair pela janela nas moitas atrás da casa.

Então desce as escadas e se despede de sua mãe.

- "Mãe, estou indo até o centro. Vou passar da loja e devo encontrar a Suzanna e o filho do prefeito para conversarmos"

Falar de Tyler era essencial para dar credibilidade a esta saída não vespertina.

 - "A esta hora filho? É bem cedo. O que vocês irão fazer?"

- "A Suzanna falou na gente se encontrar e conversar um pouco. Ela não quer ficar sozinha depois do que aconteceu, ela quer ocupar a cabeça dela com outras coisas"

- "Pobre garota, fiquei sabendo que ela esta na classe do garoto que faleceu e já havia estudado com ele no ano passado. Deve estar impressionada mesmo." - sua mãe separa alguns biscoitos que acabaram de sair do forno e completa - "Tome, leve estes biscoitos. Tomem um café da manhã e fiquem na praça central conversando se for o caso, ela precisa de apoio Buck"

Buck agradece e abre a porta da cozinha para sair e instantes antes de fechar ouve sua mãe dizendo

- "E ela é muito bonita também"

Buck sente suas bochechas ficarem vermelhas de vergonha, ele não gostaria de ter aquele tipo de conversa com sua mãe.

Ao pega o taco em meio as moitas, ele coloca dentro de sua camiseta e da calça. Isso fazia com que ele tivesse que andar devagar para não parecer estranho, mas estava sem pressa e naquele horário haveriam poucas pessoas na rua.

- "Vamos ter que ir até a estrada por aquele caminho que o Berny ensinou. Por ali vamos cortar muito caminho e as pessoas não irão nos ver indo para lá, tenho certeza que se o xerife souber disso vai direto buscar a Suzanna e talvez me prender."

Assim que chega na loja, Buck deixa o taco atrás de uma lixeira na viela que acesso a porta de serviço, e entra na loja encontrando seu pai e o senhor Finn trabalhando nas fornadas da manhã. Assim que percebe o filho na loja o senhor Lorenzo diz:

"Mas o que você esta fazendo aqui logo cedo? Aconteceu algo?"

Buck tenta manter um ar de normalidade e responde

- "Não, nada de mais. Só combinei de tomar um café da manhã com a Suzanna hoje."

- "Ah, a loirinha que foi lhe visitar ontem?" - e se virando para o senhor Finn, Lorenzo diz - "Uma mocinha muito educada e bonita, o Buck tem bom gosto"

Era a segunda vez naquela manhã que sentia vergonha pelos comentários de seus pais.

a fim de mudar de assunto Buck diz

- "Vou pegar uns pães aqui e vou esperar a Suzanna ali fora"

Buck pega um saco com duas baguetes, mais alguns biscoitos, um pão de torresmo e vai para fora da loja. Discretamente vai até o beco, quebra uma baguete no meio e enfia o pedaço na base do seu taco colocando de volta no saco.

- "Isso deve servir para disfarçar um pouco. Ninguém vai questionar por que estou com um saco de pães."

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Já era quase oito horas, agora bastava esperar por Suzanna.
Enquanto esperava Buck pega mais uma xícara de café na loja e uma ciabatta com queijo para comer.
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty UMA INVESTIGAÇÃO EXTRA OFICIAL - DOMINGO - 18/06/1972 - 06:00

Mensagem por carlosmichebr Qui 17 Mar 2022, 15:10

BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Relogi10

Buck desperta a muito contra gosto, ao som do despertador posicionado ao lado de sua cama, num criado mudo de madeira muito bem detalhado.

Ao se levantar e ir até a janela do seu quarto, percebe que o tempo estava um tanto carregado de nuvens e ventava de uma forma que poderia haver outra tempestade. 

Buck acaba percebendo a voz de um locutor, vindo de um rádio lá da cozinha. Certamente era sua mãe preparando o café, que sempre gostava de acordar bem cedo e ouvir o rádio de uma forma um pouco alto também.

"...as autoridades de Everet Falls, ainda não deram maiores informações quanto ao ataque animal sofrido pelo jovem Berny Silas, vitima fatal na última sexta feira. Mas testemunhas afirmam que o jovem fora atacado quando adentrava, no período da noite, a floresta que margeia a estrada Kindow, em seu KM 3. O corpo será velado e enterrado na segunda feira, após as autoridades concluírem o exame da autópsia hoje. A ultima tempestade em Evert Falls deixou alguns pontos..."

Buck respira fundo e sente um certo pesar sobre tudo aquilo. Conhecia Berny a pouco tempo, e havia percebido como ele era um bom rapaz e que não merecia aquele fim.

Mas a maneira como ele foi achado, para Buck, aquilo não havia sido normal, nenhum animal faria aquilo daquela forma, embora já havia lido revistas da National Geographic, sobre o mundo animal, as condições em que Berny foi achado poderia ter ocorrido após vários dias, com determinados animais, de grande porte, como um urso, que poderiam ter achado o corpo e aos poucos o terem devorado, mas aquilo foi de imediato e para Buck, não havia causas "naturais".

Embora o tempo estivesse nublado, estava ainda calor, e Buck veste sua tradicional bermuda caqui, combinada com uma camisa branca com listas azuis. 

Sua mente novamente lhe trás ao evento na quinta feira após a aula (15/06/1972), em frente à loja de armas do Sr. Harry, na qual o senhor Bruce alegava ter atirado contra "alguma coisa" que estava rondando seu trailer...talvez fosse um primeiro local para averiguar, mas antes precisava se reunir com o pessoal.

Ao descer para a cozinha, percebe que seu pai já havia saído e seu irmão ainda dormia. 

Sua mãe, como sempre, presava por uma arranjo muito bem detalhado na mesa do café da manhã, com o que fosse possível para que seus filhos começassem o dia com uma ótima alimentação. 

BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Mesa_c10

Buck se senta e recebe um calorosa abraço e um beijo de sua mãe. Os ovos e bacon estavam maravilhosamente feitos, acompanhados de um reforçado suco de laranja e pão de forma na chapa.

- Coma meu filho, seu pai saiu cedo trabalhar, e acordou cedo heim? Está tudo bem?

Buck responde positivamente, apenas com um aceno com a mão, enquanto sua boca estava ocupada saboreando tudo aquilo.

Ela olha para Buck e "aceita" que seu filho estava bem e se volta para o forno, onde parecia assar alguns biscoitos.

Enquanto se alimenta, Buck começa a organizar em como seria o seu dia, e principalmente, como tentaria desvendar o que realmente ocorreu com Berny.
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty RESPOSTAS - SÁBADO 17/06/1972 - 19:55

Mensagem por Guzzon Seg 07 Mar 2022, 16:55

Buck tem pouco a dizer para Suzanna, em parte por que tinha algumas dúvidas e em parte por que estava envergonhado pela situação, ainda não havia conseguido processar tudo que estava acontecendo entre eles.

- "Quando eu beijei a Peggy foi diferente, era só um beijo. Com a Suzanna pareceu diferente, pareceu mais importante"

Quando ela se despede ele diz vagarosamente

- "Tchau, até amanhã cedo... "

Buck fica em sua janela observando Suzanna ir embora, ele tinha um certo receio do que poderia estar ocorrendo mas havia pouco o que fazer, caso o xerife visse os dois andando juntos com certeza Suzanna estaria de castigo até a maioridade.

Buck se deita na cama, olhando para o teto do seu quarto

- "Vamos precisar mesmo falar com o Arny amanhã, saber como ele esta e principalmente saber o que aconteceu naquela noite. Tenho certeza que aqueles putos da gangue do Brad estão envolvidos nisso."

Buck fecha a mão e sente os nós dos dedos doerem um pouco, ainda havia escoriações e cortes em sua mão.

- "Fanculo aqueles merdas. Se precisar vou quebrar a cara de mais um deles se o Berny morreu por causa deles."

Buck sentia um misto de emoções, raiva e impotência pela morte do amigo, alegria pela visita de Suzanna e preocupação pelo Arny e em saber como ele estaria depois de tudo que ocorreu. Mas uma coisa era certa para ele, havia algo não natural envolvido, não se tratava de um urso ou um animal qualquer era pior que isso.

- "Se realmente vamos tentar achar respostas o ideal seria levar uma arma, pena que o Eric fala fino está lá na Cozinha do Inferno, ele poderia conseguir uma 22 para mim bem rápido... " - Buck olha para o armário - "Na falta de coisa melhor vou ter que levar algumas coisas aqui de casa mesmo, só vou precisar de uma mochila"

- "Agora quem chamar para ir amanhã? O Peter esta cheio de problemas e o Tyler esta distante disto tudo, fico muito na dúvida se eles estariam dispostos a ajudar com isso neste momento." - Buck se levanta e olha novamente pela janela, Suzanna era um ponto distante já - "Talvez seja melhor só a gente ir mesmo, um monte de moleque branco chegando no bairro do Arny pode dar problema."

Buck se deita novamente e coloca seu rádio relógio para despertar as 6:00 da manhã, teria tempo para se arrumar, pegar suas coisas que seguir até a loja de seu pai e pegar a primeira fornada do dia.
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty RESPOSTAS - SÁBADO 17/06/1972 - 19:32

Mensagem por carlosmichebr Sáb 26 Fev 2022, 16:50

Aquele silêncio "incomodo"  invade o quarto de Buck. Lá estavam ele e Suzanna, tinham acabado de se beijar, falando de Arny e ambos visivelmente envergonhados. 

Em dado momento Suzanna se levanta e responde à Buck:

- Estou cansada de viver às sombras do meu pai, ele acha que sou uma garotinha de 5 anos ainda. Acho legal a gente tentar reunir mais pessoas que se importavam com Berny e visitar Arny, sei lá, foi tudo muito repentino.

Suzanna se levanta e vai até a janela.

- E a turma do Brad, Buck? seriam culpados por terem feito o Berny fugir pela floresta? eu ouvi um pessoal dizendo lá na estrada, horas depois que achamos o corpo, que Arny havia dito que cercaram ele e Berny e na briga, Berny fugiu pela floresta... sei lá, está tudo muito confuso na minha cabeça agora.

Ela então vai em direção à Buck, que estava sentado na sua cama, pega a mão dele, carinhosamente e diz:

- Te espero na frente da loja de seus pai bem cedo, o que acha? talvez umas 8 horas? pode ser? melhor eu ir, já está escuro, preciso chegar antes do meu pai estar em casa.

Suzanna dá um beijo doce e delicado nos lábios de Buck, que ainda está atordoado com aquela situação entre os dois "estariam namorando agora?", ela estava muito diferente daquela Suzanna que conhecia. Assim que volta a si, percebe que Suzanna acabara de sair do seu quarto, ele então olha para a janela e vislumbra a noite a fora na cidade...então, um pensamento invade sua mente, seria prudente deixar Suzanna ir embora sozinha naquele horário? um urso dificilmente viria para a centro da cidade, mas se for algo que Buck acredita que seja, algo fora do normal, tudo poderia ser possível...
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty RESPOSTAS - SÁBADO 17/06/1972 - 19:15

Mensagem por Guzzon Sáb 26 Fev 2022, 14:51

A visita de Suzanna, mesmo naquele momento, era bem vinda.

Ela estava abalada, tanto quanto Buck, e naquele momento eles se abraçam. Buck se esforça para se manter sereno e tentar passar um pouco de segurança para Suzanna. Ela passava uma aparência frágil, mas Buck já tinha visto ela defender suas convicções de forma direta, a força dela era outra e estava em seus valores.

Mas antes mesmo que Buck pudesse falar algo, é surpreendido pelos lábios de Suzanna tocando os seus.

Seu corpo congela, aquilo era completamente inesperado e ele fica sem reação no primeiro instante, mas logo deixa aquele sentimento que tinha por Suzanna aflorar e retribui o beijo.


Suzanna escreveu: Nossa.. desculpa Buck...nossa o que eu fiz? Eu... eu nem sei o que te dizer...

- "Nós fizemos... acho que... nós dois queríamos isso."

Buck estava com as bochechas vermelhas, estava nervoso e animado ao mesmo tempo.

- "Fico feliz que você tenha vindo aqui e também acho que devemos apoiar o Arny. Mas também acho que seu pai vai ficar bem nervoso se souber que você esta vindo me visitar e mais ainda se souber que você foi visitar o Arny."

- "Então.... se a gente for mesmo, o melhor é ir amanhã cedo e não comentar com ninguém. Melhor nem meus pais saberem e nem o seu"

Buck senta ao lado de Suzanna na cama, com as mãos nos joelhos sem saber como agir.
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty RESPOSTAS - SÁBADO 17/06/1972 - 18:55

Mensagem por carlosmichebr Sex 25 Fev 2022, 15:17

Passado alguns minutos, Buck em seu quarto, ouve a campainha e uma conversa na parte inferior da sua casa.

"...oi minha querida...você sabe que não deveria estar aqui...seu pai...sim, ele está lá em cima, pode subir."

Então a voz de seu pai mais alta

- Amor, estou indo para a delegacia...Buck! visita!!

Buck rapidamente começa a colocar uma calça de moleton, bem no momento em que alguém toca sua porta e a abre lentamente.

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- Oi Buck, licença, desculpa...queria te ver.

Era Suzanna, mas não estava com seu sorriso característico, Buck percebe que seus olhos estavam de certa forma inchados de tanto chorar, ela entra e sem ele esperar o abraça repentinamente.

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O Abraço pega Buck de surpresa, Buck fica um tanto tenso, mas sente uma sensação boa...talvez estranha para o momento, e percebe que ela não deseja lhe soltar.

Em seu ouvido ela diz.

- Buck.. não consigo parar de pensar no que vi, no Berny, em tudo aquilo, não conseguia ficar em casa, e sabia que precisava te ver...precisava de você.

Buck "engole seco", estava confuso com toda aquela reação de Suzanna para com ele, havia Arny...havia muita coisa acontecendo, que o estava deixando confuso. 

Ele respira fundo, se afasta um pouco, olha para Suzanna, e quando ia dizer que "tudo vai correr bem", pois foi isso que conseguia pensar no momento, ela o beija...

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Buck estava paralisado, mas seu corpo e sua mente reage naturalmente, ele nunca havia passado por aquilo, não daquela forma, não em sua vida talvez.

Em dado momento, ela o olha, parecia surpresa com aquela reação.

- Nossa.. desculpa Buck...nossa o que eu fiz? Eu... eu nem sei o que te dizer...

Ela parecia muito envergonhada, se senta na cama de Buck, com as mãos entre o rosto respira fundo e diz

- Precisamos ajudar Arny nesse momento...
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty A BUSCA - SÁBADO 17/06/1972 - 18:25

Mensagem por Guzzon Sex 25 Fev 2022, 10:43

A imagem do corpo de Berny não sai da cabeça de Buck, ele ainda conseguia sentir o cheiro de sangue, parecia limalha de ferro, por vezes ele sentia ansia e se controlava.

O silêncio no retorno só deixa Buck se perder ainda mais em seus pensamentos

- "Xerife filho da puta, tá cagando para a morte do Berny. Quer dar um jeito de foder com a gente, agora quer culpar meu pai de levar a filha dele até lá, como se fosse algum tipo de sequestro. Prendilo nel culo, stronzo."

- "E segunda ele ainda vai proteger aquele filho da puta do Brad e condenar a gente pela briga. Quero ver como vai ser com o Tyler, até onde esse puto tem influência com o juiz daqui para condenar o filho do prefeito e proteger aquele bandido. Agora essa tal de Agripina, outra filha da puta, diretora de merda"

Assim que chegar em casa Buck sobe direto para seu quarto, ele ainda ouve seu pai chamando seu nome mas ele ainda sente o cheiro de sangue, ainda sente como se o corpo de Berny estivesse na sua frente.
Ele começa a subir a escada da casa mas termina correndo até o banheiro.

Ele joga todas as roupas no chão, parecia que elas estavam impregnadas com aquele cheiro, talvez tivesse até esbarrado em sangue.... havia sangue para todos os lados

Buck entra no banho e começa a esfregar as mãos, braços, pescoço com a bucha... todas as partes que estavam expostas. Mas o cheiro não saia... e o jovem fica deixando a água cair em sua cabeça por minutos.

Quando sai do banho seus braços e pescoço estão vermelhos, quase em carne viva de tanto esfregar.

Ele coloca uma cueca e uma camiseta e deita na sua cama, tentando esquecer aquela cena e pela primeira algo passa pela sua cabeça.

- "Oque fez aquilo com Berny? Nem um urso faria algo como aquilo" - então um detalhe surge em sua mente - "Aquele velho tinha dito que viu algo perto do trailler dele, alguma coisa estranha... Dio Mio"

Buck sente um calafrio na espinha em imaginar que talvez a resposta fosse menos mundana do que ele esperava.
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty SABADO - 17/06/1972 - 11:12

Mensagem por carlosmichebr Qui 17 Fev 2022, 14:55

Buck percebera que Oliver não estava nem um pouco a vontade com toda aquela situação, ele estava apreensivo, quieto, mas era normal quando se tratava de Oliver. 

Seu irmão era um homem reservado, de alguma forma "administrativo", não um homem com características para conflitos "diretos", isso Buck tinha mais experiência.

A viagem pela estrada que passava pela casa de Arny e Berny é rápida com o carro. Assim que se aproximam da casa de Arny, Suzanna aponta para a rua e avisa que Berny mora a alguns kilometros mais a frente.

O senhor Lombardi acaba entrando na rua de Arny. A rua não era pavimentada, era um pouco estreita e terminava numa rua sem saída. Buck pôde ter uma visão mais direta sobre a distancia social que os separava. Assim que param na frente da casa de Arny, eles ficam à frente de uma casa muito pobre, que não tinha sequer rede de esgoto e a estrutura de iluminação era quase inexistente. A rua estava totalmente enlameada, devido a chuva anterior, as pessoas olhavam com certa desconfiança o carro de "gente branca" entrando no bairro, mas não demonstravam qualquer posição de ameaça.

O senhor Lombardi desce do carro, com Oliver e Buck, mas pede para que Suzanna fique no carro. Então eles se deparam com um senhor sentado na entrada da casa, com uma garrafa de alguma bebida bem barata, e que os olhas com ar de desconfiança.

BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Arny_w13

- O que querem aqui gente Branca?

O senhor Lombardi ouvindo aquilo, já sente que teria um certo problema de comunicação e tenta ser o mais polido possível.

- Queira me desculpar senhor, meu nome é Lorenzo Lombardi, sou pai desses jovens, Oliver e Bernard (ele aponta para os dois). Estamos aqui em razão de um problema da ausência de um dos amigos do meu filho Bernard, o jovem Berny e talvez do outro amigo dele...Arny. O senhor teria alguma informação? pelo que sabemos o jovem Arny parece residir nesse local.

Assim que fala isso, o senhor Josias (pai de Arny), demonstrando total desinteresse pelo assunto, se levanta, e se apoiando na porta da sua casa, demonstrando que não seriam convidados à entrar, responde:

- Hum...sei... Bem, não sei sobre o Berny, mas o meu filho inútil parece que dormiu aqui hoje, e sumiu logo cedo, deve estar vagabundeando por ai.

Assim que ouve a conversa lá fora, a senhora Margareth se aproxima pela entrada da casa.

BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Arny_w15

- Bom dia senhores, Arny? o que aconteceu? está tudo bem com ele? ele chegou assustado a noite, em meio a tempestade, depois se trancou no quarto e  saiu correndo logo cedo, não sei o que está acontec...

Mal termina de falar e a senhora Margareth é repreendida 

- Cala essa boca mulher!!! Não tem que falar da nossa vida para estranhos!! cala essa boca e entra pra dentro! agora!!!

O senhor Josias grita com sua esposa e a empurra para dentro, na frente de todos sem nenhuma cerimonia. Buck percebe que seu pai ficará rubro de nervoso, mas mantendo o controle para que a situação não saísse de controle, pois ele estava responsável por dois adolescentes.

Assim que fecha a porta violentamente, o Sr. Josias se vira para eles e diz

- Não tem nada aqui pra vocês!! se quiserem vão procurar informações em outro lugar!! vá! fora daqui!!

Buck e Oliver ficam observando o senhor Lombardi estagnado em sua posição, mas não era de medo, não... o senhor Lombardi tinham nojo de pessoas que se comportavam como o senhor Josias, pessoas covardes, pessoas que vivem culpando a vida e outras pessoas próximas pela sua condição atual, mas se recusavam a culpar a si mesmo...

Sr. Lombardi respira fundo, e se dirige ao Sr. Josias

- Peço desculpas senhor, nosso desejo não foi incomodar a ti e sua família. Iremos agora. Tenham um bom dia.


Sr. Lombardi se dirige ao carro e pede para Oliver e Buck o acompanhem.


- Vamos garotos, ainda podemos ir à casa do jovem Berny.
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty SABADO - 17/06/1972 - 10:30

Mensagem por Guzzon Qui 17 Fev 2022, 12:00

Buck dá um sorriso sem graça para seu pai quando é cobrado de ter convidado Suzanna para a mesa

 - "Tenho que virar adivinho agora... achei que ia levar uma daquelas broncas e agora ele resolveu que quer tomar café e bater papo"

Buck ouve atentamente o relato de Suzanna

 - "O pior é que faz sentido, Bernie e Arny ficaram na delegacia e depois devem ter ido para a casa deles, talvez o Spinosa e aquele outro putto tenham ficado de olho." - ocorre um leve estalo, uma iluminação mental em Buck - "Não.... não precisaram ficar de olho. Eles foram avisados que os dois foram liberados, armaram para eles"

- "Talvez por isso mesmo que o Brad e o irmão dele foram até o Point Z depois, para pegar o resto do pessoal que eles tinha rixa." - e as coisas começam a fazer mais sentido para Buck - "Por isso mesmo que Brad avançou na irmã do Tyler, ele queria gerar um motivo para ser atacado, para ter um álibi de inocência e foi isso mesmo que aconteceu."

De repente aquela cidade começa a parecer tão ou mais podre que a própria Cozinha do Inferno

Então seu pai se levantar falando que o acompanhem no carro até a casa de Bernie.

Enquanto seu pai vai buscar a chave do carro e Oliver e Buck pegam suas jaquetas, Buck cutuca seu irmão e diz baixo:

- "Escapamos de uma pesada agora cedo, seria um sermone enorme

E em tom bem mais sério completa - "Acho que o Bernie e o Arny tiveram problemas. Aquilo que aconteceu ontem não foi por acaso, foi um ataque a várias pessoas... um aviso."
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty SABADO - 17/06/1972 - 10:30

Mensagem por carlosmichebr Qui 17 Fev 2022, 09:15

O senhor Lombardi fica estupefato com a atitude de Buck

- Buck! mas que modos são esses? convida sua amiga a entrar em casa e nem a convida para o café! que absurdo é esse?

O Senhor Lombardi vai até Suzanna, que estava sentada na sala à espera de Buck

- Venha minha filha, nos dê o prazer da companhia da sua presença em nossa família.

Gentilmente o senhor Lombardi a conduz da sala até a mesa do café, onde a mãe de Buck prepara um café e ovos para Suzanna.

BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 9k=
Suzanna estava um pouco encabulada, mas se senta a mesa e se serve junto com todos. Assim que todos estão se alimentando o senhor Buck diz à Suzanna

- Me desculpa minha filha pelos "modos" do seu amigo Buck, não o ensinamos a ser assim.

- Por favor, não se preocupe, não queria atrapalhar o café da manhã da sua família Sr. Lombardi.

- Não atrapalha querida, nos traz mais alegria sua presença. Mas aproveitando a oportunidade, me diga o que está ocorrendo.

De um jeito calmo, Suzanna passa a narrar o ocorrido na cidade, sobre Berny e uma possível resposta da turma de Brad contra ele e talvez Arny. Após a narrativa, o senhor Buck limpa os lábios manchados um pouco de geleia, com um guardanapo e se voltando à Buck, Suzanna e Oliver diz:

- Muito bem, vamos pegar meu carro, e quero ir até a casa desse rapaz...Berny correto? precisamos saber se ele está bem, talvez tenha se perdido com a tempestade, não sei... vamos até lá e verificar o que sua família precisa.

Ele então se vira para a esposa e diz

- Fique aqui meu amor, caso alguma coisa ocorra você poderá nos informar quando chegarmos, se Deus quiser, com um óptima notícia. 

- Por favor, tomem cuidado, a tempestade de ontem foi muito forte, Deus há de dar segurança a esse rapaz.

Senhor Lombardi então se levanta e junto com Buck, Oliver e Suzanna, se digerem para o veículo em sua garagem para se dirigirem a casa de Berny, que somente Suzanna sabia onde ficava.
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty SABADO - 17/06/1972 - 10:15

Mensagem por Guzzon Qua 16 Fev 2022, 16:36

- "Era só uma semana... uma semana de aula e teriam as férias e eu ia descansar, talvez visitar os caras da cozinha do inferno. Mas esse catzo de cidade não me deixa ter paz, são CINCO filhos da putanna que conseguem estragar uma cidade inteira... "

Buck olha para Suzanna e diz:

- "Suzanna, entra um pouco." - Buck guia sua amiga até a sala de estar e a coloca do sofá - "Me dá um instante por favor e já vamos resolver isso e achar o Arny"

Por mais que a situação na sua casa estivesse tensa, Buck havia sido ensinado por sua mãe que a educação e boas maneiras devem ser priorizadas e ele não deixaria Suzanna parada na porta. 
Ele retorna a mesa e diz ao seu pai, para que ele não precise repetir a pergunta, Buck sabia que isso o irritava

- "Arny é um dos garotos que foi comigo na loja, aquele se se propôs comprar alguns doces e você fez aquela promoção para ele. Ele mora na periferia, perto do Bernie, que também estava comigo aquele dia"

Buck se aproveita do contexto e completa

- "Eles também são constantemente perseguidos pelo Brad e o pessoal dele"

Buck pega um pão de leite e um grande copo de leite com iogurte e começa a comer, ele fica em silêncio e aguarda seu pai dizer o que for que ele tivesse a dizer. Mas sua esperança é que ele compadecesse com o desaparecimento de Arny e deixasse este assunto para depois.
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty SABADO - 17/06/1972 - 10:15

Mensagem por carlosmichebr Qua 16 Fev 2022, 15:50

A aproximação de Buck na mesa onde se encontra Oliver e seus pais, é bem lenta, e sob olhares atentos de todos.

Seu pai já estava com aquela expressão de que o discurso ia ser grande... melhor dizendo enorme. Sua mãe estava um pouco perdida, ela sabia que se tratava de um assunto que seu pai tinha total competência de resolver, ela segurava gentilmente uma xícara de café e trajada com um vestido branco, bordado com rosas vermelhas, parecia que ela tinha escolhido aquele vestido com intuito de  tentar amenizar o clima, assim como o arranjo na mesa do café da manhã.


BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 9k=


Oliver olhava para baixo, com aquela vontade de não estar naquela situação, estava segurando um xicara com um achocolatado, e mastigando um pão de centeio com manteiga.

Já seu pai não desgrudara nem por um momento o olhar dele sob Buck, estava possesso, era visível, mas o senhor Lombardi não era um home de escândalos.
No momento em que Buck vai se sentar na cadeira, a campainha toca, ele já sabia quem era, para por um instante, olha seu pai e com um olhar ele autoriza Buck a atender a campainha.

Buck se dirige à entrada e recebe Suzanna, ela estava vestida com um vestido azul com detalhes brancos, um laço azul adornava seus cabelos curtos e louros e calçava um sandália branca meio transparente. Quando ele abre a porta ela estava de costas à porta de entrada, quando ela se vira e ambos se olham, Buck percebe a aflição no semblante de Suzanna, que corre ao seu encontro.

- Buck, tão dizendo por aí que o Berny sumiu, o pai e o irmão dele estão pela cidade procurando ele depois da tempestade de ontem. Eu.. eu...tô com medo que a turma do Brad possa ter encontrado ele, sei lá, o Spinosa e o Julian não estavam no Point “Z” na hora da briga, Será que souberam que o Brad e os outros foram para a cadeia  e resolveram se vingar dele e não sei, quem sabe foram atrás do Arny também.

Buck respira fundo, problemas, e mais problemas, mas que diabo de cidade era essa? De repente, seu devaneio é quebrado pela voz de seu pai atrás dele:

- Mas quem diabos sumiu??


Última edição por carlosmichebr em Qui 17 Fev 2022, 08:33, editado 1 vez(es)
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty SABADO - 17/06/1972 - 09:55

Mensagem por Guzzon Qua 16 Fev 2022, 15:17

Buck se senta na cama e suas costas parecem ter sido amassadas por um rolo, ele range os dentes e passa a mão no rosto e percebe seu nariz inchado a ponto de atrapalhar sua visão. Ele percebe que Oliver esta melhor que ele, mas não completamente, provavelmente seus testículos estivessem mais inchados que o pé da tia Ermezinda.

- "Eu sei que eles querem o nosso bem e eu não quero discutir hoje" - Buck respira e sente novamente as costelas - "Mas achar que eu vou aceitar um absurdo destes sem no mínimo me posicionar é loucura."

Oliver balança a cabeça negativamente e sai do quarto de Buck 

- "Porra Oliver, custa parar de se esquivar? Parar de querer agradar?"

Enquanto se veste, Buck nota Suzanna indo até a porta de sua casa e com isso Buck acelera sua troca de roupa e desce as escadas em direção a mesa de refeições

- "Ótimo, com a Suzanna aqui é mais uma pessoa como testemunha do que aconteceu de verdade, vamos ver se com a palavra da filha do xerife meus pais conseguem entender que aquele puto do Brad tem costas quentes aqui na cidade"

Assim que termina de descer as escadas, Buck reduz sua velocidade e faz que não sabe da chegada de sua amiga e se aproxima da mesa lentamente, contando que ela tocaria a companhia antes que a reunião de família se iniciasse.
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty SABADO - 17/06/1972 - 09:55

Mensagem por carlosmichebr Qua 16 Fev 2022, 11:45

Buck desperta do sono em seu quarto, se lembrava da discussão no corredor da sua casa, assim que chegaram da delegacia, com seu pai e sua mãe, e seu irmão tentando amenizar a situação, mas o desfecho final foi a ordem para que se recolhesse ao seu quarto.

Assim que levanta da sua cama, ele ouve dois toques na porta do quarto e ela se abrindo (deve ter entrado tão nervoso que se esquecera de trancá-la) e seu irmão aparece.

- Bom dia Buck...como você está? (uma pergunta que Buck sentiu sendo retórica), o pai e a mãe querem falar com a gente, estão lá na mesa do café, tenta ficar calmo, eles são nossos pais e querem apenas nosso bem.

Buck percebe que Oliver estava mancando, o chute que levara de Osias deve estar incomodando até agora, e torce para que isso não implique em problemas para que Oliver tenha filhos um dia.

Ele então se veste e fica olhando pela janela do seu quarto em direção à rua, enquanto ajusta sua bermuda. 

Estava um dia ensolarado, pássaros revoando e pessoas cumprindo suas rotinas, uns lavando os carros, outros recolhendo as folhas das árvores caídas ao chão, até que ele percebe uma pequena figura se aproximando da rua e parando na frente da sua casa, era Suzanna Orbs.

Ela deixa sua bicicleta no chão e se aproxima da entrada, sem ter percebido que Buck a olhava da janela.
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BERNARD "BUCK" LOMBARDI - Página 2 Empty Amanhecer... 16/06/1972 - Sexta

Mensagem por carlosmichebr Sáb 23 Out 2021, 17:36

Ao ouvir Buck falar sobre a "Gang do Brad", o Sr. Lorenzo, durante o café da manhã, após terem arrumado a loja,  se volta para Buck, com suas pesadas mãos em seus ombros, ele conhecia Buck, conhecia o senso de justiça do seu filho, e precisava tentar manter as coisas como estavam, para o bem da sua família, para o bem de Buck:

- Buck...preste atenção filho, deixe isso para as autoridades. Você me deixou orgulhoso em não cair na "armadilha" desse tipo de gente, isso vai lhe preparar a ser um homem muito melhor que eles, muito melhor que eu mesmo, parabéns meu filho.

O Sr. Lombardi abraça Buck, antes dele sair para a escola e lhe dá uma tarefa

- Depois da escola, preciso que entregue essas medidas ao senhor Lúcios, da loja de madeira e essa medida na loja de vidros. Assim hoje tampamos o vão com a madeira e segunda feira no máximo teremos o vidro para colocar lá. Esse tipo de gente que te provocou são covardes Buck, e sempre seja mais inteligentes que ele.

Buck ouve seu pai, sabia que a intenção dele era tirar Buck de todo o tipo de problema possível, mas Buck sabia que para tudo havia limites, e se a sua família fosse atingida, esse limite nem sequer existia.
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