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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS

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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty SABE DEUS ONDE - RESERVA HARAKIRI - QUARTA 21/06/1972 - 12:25

Mensagem por Guzzon Sex 26 maio 2023, 15:54

Buck estava em choque, pelos mais variados motivos.

Na naquele momento ele não sabia se ele mesmo era um daqueles monstros, ou se Suzanna ou Brad eram. 

- "Não dá mais para saber se Suzanna ou Brad fazem parte disto ou não. Será que fomos seguidos, nem pensamos nisso quando saímos da cidade."
- "Será que Suzanna contou para o pai dela? Será que Julian ouviu sobre oque eu estava pesquisando?"

Buck olhava com desconfiança para todos ali.

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Paranoid-eyes

Mas não havia mais nada a fazer, ele precisava voltar para a cidade e voltar logo.

Ele se vira para o nativo que dirigia a caminhonete e diz:

- "Precisamos voltar logo para a cidade, antes de comecem a perguntar de nós. Tem como vendar a gente logo e acelerar até deixa a gente no carro do Brad?"

E se virando para Brad completa:

- "Tenho que estar até as duas da tarde na delegacia, para prestar o depoimento sobre a tentativa do Julian de ontem. Se eu atrasar, o xerife vai fazer perguntas... Vamos tentar ser rápidos no retorno para ninguem perguntar coisa alguma."

Buck enfia o saco na cabeça e se senta no banco da caminhonete, ele deixa sua cabeça cair para trás e chora em silêncio com o saco escondendo suas lágrimas.
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty SABE DEUS ONDE - RESERVA HARAKIRI - QUARTA 21/06/1972 - 12:39

Mensagem por carlosmichebr Qui 25 maio 2023, 11:21

Chapawee olha para Buck, era nítido que o rapaz estava muito nervoso com a situação e mal sabia ele ainda do inferno que seria se transformar num Garou.

- Sim jovem, apenas prata pura pode realmente machucar um “Garou”. Armas brancas ou armas de fogo, dependendo claro do calibre, o machucam, mas se curam rapidamente. E quanto a sua outra pergunta, não existe testes, não podemos simplesmente sair cortando as pessoas com algum objeto de prata e esperar ver se ela vai cicatrizar ou não.

O índio se levanta e continua:

- Você tem que torcer para esse ferimento infeccionar e demorar para sarar, por que se um dia, o que pode não demorar muito, você perceber que ele simplesmente “sumiu”, como se nunca tivesse aparecido, então, você já estará amaldiçoado…

Aquelas palavras não só fazem o coração de Buck querer sair pela boca, como seus demais amigos também ficaram bem desconfortáveis.

Chapawee reverencia o velho xamã e acena para que Buck e os demais saiam junto com ele.

Lá fora, antes de irem para a caminhonete, ele se vira para o grupo, antes de dar as vendas.

- Tudo ainda é muito recente e muita informação foi passada aqui, mas os espíritos nos permitiram contar isso à vocês. Um conselho, vão para casa, reflitam sobre tudo e não deixem que a falta de razão os leve a ações que podem vir a ter consequências terríveis. Lembre-se que a guerra contra “Garou” já foi vencida há muitos e muitos anos, mas devemos esperar as consequências da nossa vitória, ou seja, a extinção “Garou” para sempre. Talvez seus netos ou bisnetos possam “presenciar” isso um dia.

Chapawee anda mais um pouco e diz para Buck:

- Você será observado, se ferida fechar de repente, haverá consequência. Você sabe onde Harakiri mora, e nós não poderemos nos arriscar entende?

Nisso Suzanna se coloca na frente de Buck:

- Está dizendo que se isso acontecer, vocês vão machucá-lo? É isso!?

Chapawee nada diz, apenas continua o caminho até a caminhonete.

Suzanna começa a chorar e é contida por Peter. Buck parece em total estado de choque, parece que tudo a sua volta estava rodando, então ele sente uma mão em seu ombro, era Brad:

- Vamos dar um jeito Buck…não se preocupe.
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty SABE DEUS ONDE - RESERVA HARAKIRI - QUARTA 21/06/1972 - 12:19

Mensagem por Guzzon Qua 24 maio 2023, 16:21

Buck ouve aquilo e fica quieto

- "Como se ele for puro? Descendente de um grande Garou? Porra, ele era grande para cacete, devia ter uns dois metros e meio de altura." - e então Buck consegue fazer a conclusão pessimista daquela situação - "Eu tenho chance de me tornar um monstro... "

Naquele momento todos próximos a Buck ouvem seu estomago roncar, mas não era fome. Daquela vez era um desespero mistura com mal estar.

- "Eu... eu preciso ir embora.. tenho um compromisso na cidade... " - ele se vira para Brad e Peter - "Podemos ir? Não posso me atrasar.. "

A voz de Buck esta baixa e sem emoção, sua cabeça estava distante e pensando em tudo que aquilo poderia significar.

- "Talvez eu tenha que pedir para ser preso para o xerife Orbs. Ou terei que me algemar no porão"

Suzanna percebe a preocupação de Buck e se levanta segurando sua mão e diz

- "Vai ficar tudo bem Buck" - Buck retribui o gesto e se vira para olhar para Suzanna.

Era incrível como uma garota como ela desse atenção para Buck, aquela pele branca, cabelos loiros, bem mais magra de Buck.. uma descrição próxima da garota que haviam ameaçado ele no banheiro da delegacia.

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Suzann11

- "Droga... mas ela estava conosco na floresta e depois foi para delegacia. Se ela foi até o banheiro no mesmo momento que eu poderia ter entrado no banheiro masculino. Será que Orbs é o outro? Por isso ele esta tentando mentir para a cidade?"  

A cabeça de Buck estava funcionando a todo o vapor, mas seu corpo estava paralisado enquanto segurava a mão de Suzanna

- "Eles não são da cidade, vieram de outro lugar. Eles estão andando pelo país... Eles são influentes, Orbs tem quase tanto poder quanto o prefeito. Ser xerife em cidades pequenas seria perfeito para ocultar suas atividades"

Buck sente um leve enjoo. Se aquilo fosse verdade a tribo estava condenada.

- "E se ela esta andando com a gente só por que somos os únicos que estão agindo fora do controle de Orbs?"

Buck se senta, quase tropeçando, e diz para o índio com o qual estavam conversando.

- "Você disse que essa pessoa esta escondida na cidade, buscando por vocês. Tem como identificar? Testar? Algum jeito saber?" - Buck começa a pensar e diz - "No Lobisomen sobre rodas eles usam prata contra eles. Funciona?"

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS 1971

- "Qualquer coisa que possa testar em mim agora"

- "Começar comigo... mas vou tentar obrigar todos a fazer qualquer teste que eles me digam para fazer. Se Peter também é de fora e o tio dele vive isolado. Brad é um andarilho, pode estar em busca do tal Orobhoro talvez por isso fez essa trégua"

A lógica de Buck tinha falhas, na noite que Berny foi morto tanto Peter quanto Brad estavam na briga. Mas Buck começava a tratar tudo e todos de forma paranoica naquele momento.
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty SABE DEUS ONDE - RESERVA HARAKIRI - QUARTA 21/06/1972 - 12:06

Mensagem por carlosmichebr Qua 24 maio 2023, 14:40

Já havia passado meio dia, e assim que Buck mostra seu machucado, não só os índios, como seus companheiros, ficam surpresos.

O xamã olha bem para o ferimento de Buck e diz:

- Otál! yá'étiͅná'a, giis'áͅíti 'áeeti, Maipoia tsíbaͅaͅee naaná'azhishná'a 

Chapawee verifica bem aquilo e completa:

- Ferimento leve “Garou”…mas não sei até onde vocês sabem sobre isso, acredito que nada.



O velho índio se senta e fuma mais um pouco e continua:

-  Geralmente é muito raro sair “vivo” de um encontro “Garou”, mas se isso ocorrer, existem duas coisas que podem acontecer com a vítima. Primeiro… se “Garou não ser “puro” ou seja, não nascer "Garou", ser também vítima de ferimento, ele não consegue transmitir “maldição”, ferimento fica infecionado por vários dias, difícil cicatrização. Segundo…se “Garou” ser “raça pura”, ou seja, nascer "Garou", então ele passa maldição, mas vítima não consegue transmitir entende.

Chapawee fica um tempo olhando para Buck e continua:

- Maldição OROBHORO finalizar essa “transmissão”, isso vem ocorrendo muito raramente, por isso perigo “Garou” de extinção. Mas pode ocorrer, dependendo de Árvore Genealógica de quem recebeu gene “Garou”. Ou seja, se quem te feriu ser “Raça Pura", com antecedente de grande “Garou”, então muito provavelmente você vai se transformar…

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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty SABE DEUS ONDE - QUARTA 21/06/1972 - 10:34

Mensagem por Guzzon Qua 24 maio 2023, 01:34

A situação era tensa e qualquer passo em falso poderia resultar no fuzilamento do grupo. Buck diz baixo e devagar

- "Todo mundo calmo... Brad, Peter... todos calmos.. "

Mas felizmente o grupo é levado para o interior da reserva. Por sinal, nem se parecia com uma reserva como era visto da televisão, era um bairro.

- "São casas organizadas em duas ruas, com uma casa central." - e olhando a estrutura geral - "Ali tem um gerador, eles devem ter energia quando necessário e a água deve vir daquele poço"

Enquanto caminha pelo local Buck observa toda a estrutura e chega a uma conclusão que não era exatamente uma surpresa

- "A reserva deles é bem melhor estruturada do que o bairro do Arny"

A sequência dali em diante é quase cinematográfica.
Um índio que seria um desafio até mesmo para Brad passa a acompanhar o grupo, todos são vendados e levados de caminhonete, depois caminham até chegar em algo que Buck não podia deixar de fazer um paralelo com aqueles filmes italianos de faroeste espaguetti.

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- "Cazzo, agora estamos no culo del mondo. Como vamos embora daqui? Por Deus... espero que eles nos levem embora, e preciso voltar a tempo de ir para delegacia"

Eles são levados a uma grande tenda, o cenário parecia retirado de um filme antigo.
Lá dentro eles são apresentados a um ancião, talvez aquele homem tivesse mais de oitenta anos, talvez até mais de cem anos.

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Xamze10

Eles começam a falar em uma língua desconhecida por Buck, mas que dado aquele cenário ele não esperaria nada diferente.

E então começa a enxurrada de informações... 

- "Garou? Ossos do Orobhoro? Guerreiro Harakiri ? Linhagem? Gene Garou? Crias das profundezas da noite? Infiltrados? Influência?"

Mas mesmo sendo uma quantidade absurda de informação para a Buck absorver e com dúvidas surgindo a para final de frase, ele não interrompe o velho índio.

Após o final da última frase Buck consegue entender que Berny foi um efeito colateral de algo muito maior, talvez até mesmo além da compreensão mundana dele.

Ele faz um movimento para levantar a mão, mas logo percebe o quão infantil seria aquilo e se detem.
Então ele diz:

- "Ela... não ele..." - ele para por um minuto e se esforça para se lembrar da cena, aquilo arrepia os pelos de seu braço - "Da minha altura ou pouco mais baixa, loira, magra."

- "Mas deve ter outro. Aquele que atacou a gente era maior, escuro"

Buck abre dois botões da sua camisa e expõe seu ombro, mostrando o ferimento.

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- "Ele me atingiu aqui. Era para ter sarado... " - Buck levanta a gaze - "Mas pelo jeito o filho da putanna não lava a merda da unha"

No fundo, Buck estava preocupado. Na verdade, bastante preocupado com aquela situação e naquele momento talvez aquele fosse o único local onde ele poderia ter respostas, só não sabia se seriam as respostas que ele gostaria de ouvir.

- "Espero que eles falem que isso é besteira, que não preciso me preocupar"
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty RESERVA HARAKIRI - QUARTA 21/06/1972 - 10:18 (POST MESTRE)

Mensagem por carlosmichebr Ter 23 maio 2023, 20:07

A menção daquela palavra era algo que ninguém da reserva imaginaria sair da boca de um garoto tão jovem.

Buck pôde perceber que o senhor à sua frente, havia baixado um pouco a arma e dito em voz baixa, como que para si mesmo, a palavra OROBHORO.  O que havia de tão importante naquela criatura? Mas Buck percebeu que ele havia tocado numa “ferida” que parecia ainda aberta na história daquela gente.

O senhor na frente dele, ainda um tanto perplexo, fica um tempo olhando para Buck, depois olha para os outros membros da reserva e começa a  dizendo à eles, na língua da tribo que não podia ser compreendida por Brad e os demais:

- Gotál jiis'áͅí 'áee, Mai tsíbaͅaͅee naaná'azhishná'a.

 Buck pode perceber que todos abaixam as armas e ficam apenas observando o grupo.

O velho, com um sinal com a cabeça, pede para que Buck e os demais o sigam pela reserva, não abrindo mão do seu rifle sendo segurado por sua mão esquerda.

Ao adentrarem a reserva, ela demonstra uma infraestrutura muito simples, mas não precária. Não era bem uma reserva que esperavam ver como nos filmes, mas os membros pareciam ter muito bem definido, cada função que deveriam exercer e de alguma forma, naquele momento, não pareciam hostis, apenas curiosos com um grupo de jovens acompanhando aquele velho senhor.

Buck e os demais, são enviados a uma casa que ficava no centro das outras casas que estavam dispostas na reserva, parecia ser de alguém com algum status no lugar.

O Homem deixa a arma com um homem que estava na porta, um índio alto, com cerca de 1,90 m, bem moreno e com uma cara de poucos amigos.

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Indio_10

O Velho se vira para o rapaz e diz:

- Ákoo Mai'áee híłghoná'a! Iłk'idáͅ, koͅoͅ yá'édiͅná'a.

O velho parecia ter alguma hierarquia sob o rapaz, e parece dizer que estavam autorizados a estar com ele. 

O Homem coloca seu longo e forte braço na frente de Buck, num claro sinal de que eles não deveriam entrar, ou não eram bem vindos.

Após alguns instantes, o velho sai da casa vestido de uma forma bem nativa e com uma chave de carro nas mãos e diz ao homem que os observa para acompanhá-los.

Buck, Brad, Peter e Suzanna, são convidados a entrar numa velha caminhonete, junto com o outro índio, e quando se acomodam, é entregue à eles uma venda, para que não pudessem ver mais nada durante o caminho, e seguem para uma velha estrada mais ao norte ainda.

Após cerca de 35 min de viagem e sem nenhum dos índios dizer nada, eles entram num descampado dentro da floresta, e o velho para o veículo e diz que todos agora deverão seguir a pé. 

O velho os leva pela floresta e assim que chegam, Buck e o restante do grupo pôde notar à frente deles, uma reserva bem mais caracterizada de nativos e assim como os outros, armados.

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Grupo_10 

O grupo é recepcionado por uma velha senhora, que cumprimenta o velho e depois olha o grupo de jovens.

Após uma conversa com a senhora, o velho então se vira para Buck.

- Meu nome é “Chapawee”. E vocês são bem vindos.

Buck não pode deixar de sentir um alívio, pois fica imaginando o que ocorreria se não tivessem sido bem vindos a quilômetros de distância de casa. 

Ao adentrarem o local, são ouvidos cantos, havia um pouco de fumaça e todos estavam sob olhar curiosos de algumas mulheres e crianças que ali estavam.



Chapawee olha para os jovens e diz:

- Vocês vão ver nosso xamã.

Eles então o seguem até uma grande tenda, e ao adentrarem o local junto com Chapawee, são recepcionados por alguns índios bem velhos.

Ali no centro, estava um homem muito mais velho que os demais,  mas seus olhos revelavam muita sabedoria.

 INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Xamze10

Chapawee conversa com eles, e depois principalmente com homem mais velho, que não tirava os olhos do grupo de Buck.

Em meio a conversa, o grupo pode compreender a palavra “OROBHORO” sendo dita em meio a conversa com aquele homem que deveria ser o xamã.

Após a conversa com Chapawee, na língua deles, o xamã se vira para Chapawee e diz:

- Ákoo bitseeí, hooghéí dá'áín Iłk'idáͅ, koͅoͅ yá'édiͅná'a.

Chapawee, após ouvir o velho xamã se vira para o grupo:

- Antes da morte do pequeno, estivemos com o xerife, por que os espíritos nos avisaram que os “Garou”, na língua de vocês, estavam a rondar a região em busca dos ossos de OROBHORO!

Chapawee, traga um pouco daquela fumaça e depois continua:

- Tentamos, claro, dizer a ele de um outro modo, sobre o perigo, mas ele não nos ouviu, e simplesmente disse para que cuidássemos da nossas vidas. Insistimos, mas foi em vão.

Nesse instante, o velho xamã, erguendo a mão diz:

- Tł'ízheí gotál! yá'édiͅná'a, jiis'áͅí 'áee, Mai tsíbaͅaͅee naaná'azhishná'a!

Chapawee o escuta com atenção e depois se vira para os jovens:

- Isso que presenciaram não é Objetivo “Garou” é consequência. Sim, sabemos que jovem era amigo de vocês e eu estava ali na reunião no centro educacional, e daí percebemos que mais gente podia estar compreendendo o que estava acontecendo. Percebi isso quando vi o alto (ele aponta para Brad) junto de vocês, depois de reconhecê-lo, após um tempo, quando chegaram na reserva.

Brad, se lembra vagamente de um velho, que parecia um índio, passar por ele, mas foi tão rápido que não havia prestado muita atenção.

Chapawee então continua:

- “Garou” quase extinto! Com a morte de OROBHORO por guerreiro Harakiri, a linhagem parou! Era questão de tempo até não existirem mais. Mas de alguma forma, um deles descobriu que ossada pode estar aqui, e de alguma forma, sabendo das "consequências" da sua estadia na cidade, precisava da ajuda das autoridades, para poder investigar e passar “panos quentes” na situação…URSO louco né? Ossada OROBHORO é a chave para continuar linhagem, isso que eles querem, e eles saberem que nós temos o segredo do lugar, mas não sabem onde estamos…nem vocês.

Chapawee fuma mais um pouco e continua:

- Claro que “autoridades” não sabem da verdadeira natureza, mas sabem que deve haver “interesses” monetários e políticos envolvidos, em pról deles. “Garou” na cidade querer saber de xamã, para chegar a OROBHORO! Para isso, “autoridades” estão investigando a área. 

Chapawee chega bem próximo de Buck e dos demais:

- Ninguém sabe dos Harakiri aqui em Everet Falls…ainda. Eu e os outros da reserva não somos Harakiri, eles são! (diz apontando para o xamã e os demais da tribo), mas cabe a nós protegê-los! “Garou” deve estar cruzando todo o Maine a procura de remanescentes Harakiri, e chegou agora em Everet Falls para investigar e por causa disso…consequências, mortes.

O velho então diz:

- Poͅoͅ yá ooghéí dá jiis'áͅí 'áee, Mai.

Chapawee o reverencia e diz:

- Não sabemos quem ser o “Garou” e nem de onde veio, mas se o enfrentarmos, ele saberá que nossa tribo tem alguma ligação com os Harakiri, por tanto estamos nos mantendo longe de tudo isso, até ele ir embora. Consequência disso, infelizmente mais mortes, mas é preço de segredo OROBHORO. Esse “Garou” ser influente, não desgarrado, sabe que precisa da ajuda das autoridades para investigar todo o local e encobrir as mortes que são inevitáveis com ele aqui. 

Chapawee respira fundo e continua:

- Seu Xerife esteve na reserva antes da nossa visita na delegacia, muito antes das mortes, ele perguntar sobre história indigena na região, daí desconfiamos, e depois fomos avisados pelos espíritos do que estava se aproximando. 

Brad não se contém e pergunta:

- O que essa ossada tem de tão importante? Vai ressuscitar essa criatura?

Chapawee ouve e responde:

- Isso é magia “Garou”, coisa negra! Não sabemos como, mas de alguma forma a linhagem “Garou” continuará! Desde a morte de OROBHORO, como vocês dizem…” Espírito! Não…“Gene Garou” se enfraqueceu em sangue, não gerando mais como antigamente de geração em geração, bastava tempo para voltarem a serem só lendas e bichos de filmes estúpidos de “americanos”. “Garou” são poucos, vivem no anonimato completo devido ao perigo da extinção, mas esse perigo já se aproximava desde a morte de OROBHORO. Talvez um deles percebeu que a “lenda” de OROBHORO fosse realmente verdade e decidiu ir atrás, talvez por perceber que não encontrava mais semelhantes. “Garous” não são imortais como crias das profundezas da noite, mas vivem muito tempo, mas sua natureza é a extrema busca pela sobrevivência, de uma forma cega, como qualquer animal. 

Suzanna arregala os olhos e diz:

- Como assim “crias das profundezas da noite”?

Chapawee para e a observa:

- Criança… existir muita coisa entre o céu e o inferno, e isso ocorre aqui! entre nós, entre todo o mundo. Mas você ser criança e não deve se preocupar com isso, mas infelizmente foi pega num fogo cruzado.

O velho se senta calmamente:

- Jovens, prestem bem atenção no que vou dizer, por mais duro que seja. Fiquem longe disso, entendam que as mortes nesse processo são inevitáveis, são forças da natureza que não temos qualquer controle, como pessoas mortas num furação ou num alagamento. Se enfrentarmos “Garou” e não o matarmos, é muito provável que isso fará com que ele saiba que a lenda é verdadeira e não sabemos se há mais deles por trás disso. Se optarmos pelo “anonimato”, ele irá embora, até que sua linhagem se extingue de vez com os anos seguintes. Se querem um conselho, tentem viver suas vidas até que tudo isso se acabe.       

Peter se levanta:

- Mas e nosso amigo Berny????? Ele não pode ser vítima dessa consequência!

Chapawee o olha com muita calma

 - Entendo jovem, mas pense o que há em “jogo”, com ascendência “Garou”, mortes podem se tornar muito maiores, e com isso, mais “Berny’s” sofrerão.
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty RESERVA HARIKIRI - QUARTA 21/06/1972 - 10:05

Mensagem por Guzzon Seg 22 maio 2023, 10:08

A mancha de sangue em seu colchão era um sinal ruim. Buck limpa o ferimento, passa o remédio indicado pelo médico e cobre com uma gaze.
Mas aquilo o preocupava bastante, naquele momento muito mais do que Julian ou do fato de ter sido ameaçado pela criatura na delegacia.

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Amanhe10

Buck caminha pelo centro da cidade, olhando aquelas pessoas

- "Eles realmente acham que é um urso, andam por ai como se não houvesse perigo. Como se aquela criatura que arrancou parte da tampa do porta malas do Brad não fosse capaz de destruir metade desta cidade antes de ser detida."

Aqueles pensamentos faziam a testa de Buck suar, era uma mistura de fatalismo e medo. Felizmente Suzanna o alcança, o seu toque e o entrelaçar de dedos acalmavam Buck, mesmo que fosse por um fio de esperança.

Buck sorri e segura forte a mão de Suzanna, até encontrar com Peter e Brad.

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS JC-Roads

A viagem foi realizada em silêncio, aparentemente cada um naquele carro tinha suas próprias preocupações. Brad tinha seu envolvimento em algumas coisas da cidade, que Buck nem tinha ideia.
Peter tinha a preocupação com seu tio e com as propostas que ele havia lhe feito, e Suzanna tinha suas suspeitas a respeito do envolvimento de seu pai naquele história de urso.

Ao chegarem na tribo a recepção não poderia ser pior, os homens estavam armados e já haviam deixado claro que o grupo deveria deixar o local.

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Buck se adianta alguns passos com as mãos expostas deixando claro que estava desarmado.

- "Também não queremos problemas, longe disso" - Buck fica pensando como passar a informação que tinha - "Na verdade, precisamos de ajuda e estamos falando com todos que podemos"

Buck se direciona para o senhor mais idoso e tenta tornar o dialogo mais amistoso

- "O senhor deve ter ouvido algo a respeito dos ataques em Everett Falls. Nós vimos o que causou os ataques" - Buck dá um passo a frente, ainda com as mãos expostas - "E temos uma pista... Orobhoros, ouvi esta palavra e precisamos de ajuda para entender esta história"

- "Se puderem nos ajudar ou indicar quem pode nos ajudar... só estamos tentando entender e resolver isso" - e pensa - "E vingar a morte do Berny... "
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Mensagem por carlosmichebr Sex 19 maio 2023, 19:42

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Amanhe10


Buck acorda naquela manhã quente do dia 21/06/1972, e quando retorna ao quarto depois do banho, percebe a mancha de sangue em sua cama, na altura do seu ombro.

Buck não sabe por quanto tempo ficara de pé observando aquela mancha no lençol da sua cama. Tantas coisas passavam por sua cabeça, que era difícil organizar tudo aquilo naquele momento. 

Ao descer, sua mãe estava na cozinha e seu pai já havia ido trabalhar. Sua mãe cuidadosamente havia deixado a mesa pronta do café.

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Cafe_d11


Após se alimentar devidamente, e antes de sair de casa, Buck abraça sua mãe, mas nada é dito entre os dois. Ele então se dirige para a porta, mas antes de fechá-la ele olha sua mãe o observando e segurando o crucifixo. Nesse momento ambos se olham, e por um momento, Buck sabe o quanto ela estava preocupada, e não era a toa…

Ao sair de casa e andar pelas ruas, Buck observa o dia muito bonito, enquanto pensava nos telefonemas que havia feito na noite anterior. Não havia conseguido falar com Arny, por que ele não tinha telefone. Tyler estava num jantar com o pai, então acabou por deixar um recado com o mordomo. Na casa de Peter, seu tio quase desligou na cara dele, mas antes disso, Peter conseguiu atender o telefone e confirmou a presença.

Estava um dia muito movimentado, as pessoas pareciam querer aproveitar mais o dia devido ao toque de recolher, parecia que se sentiam mais seguros dentro da cidade e com a viatura da polícia mais ativa. 

Ao andar, ele observa o Senhor Ed que varria a frente da barbearia e cumprimentava todos que passavam. A Sra. Lucinda, passeava com seus dois cães da raça Lulu da Pomerania. O casal, Elias Jefferson e a Sra Ellen Jefferson, esbanjavam saúde e disposição, embora dissessem que eles estavam próximos dos 90 anos, andavam de mãos dadas, sorrindo a sendo simpáticos com todos.

Sem perceber, observando todas aquelas pessoas, Buck sente alguém se aproximando dele e entrelaçando seus dedos em sua mão, Era Suzanna.

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Suzann11

Ela o abraça carinhosamente e o beija. 

- Oi Buck! Nossa, fiquei te chamando e você não ouviu.

Seus olhos pareciam mais claros, seu cabelo estava solto e de um jeito que parecia hipnotizar Buck. Mas quando ia dizer alguma coisa à ela, que era algo a respeito de achar melhor ela não ir com eles, uma buzina é ouvida, e no centro ele pode notar Brad e Peter os aguardando, encostados no carro de Brad. No fundo, Buck sabia que ela se recusaria a não ir com eles, e possivelmente ia dar um murro em Buck.

Depois dos devidos cumprimentos, Buck se senta com Suzanna no banco de trás, enquanto Brad ia dirigindo com Peter sentado no banco de passageiro ao seu lado, ambos já fumando um cigarro.

A estrada seguia para o norte, e nesse meio tempo, ninguém falava nada. Buck só sentia as mãos de Suzanna segurando a sua na viagem inteira e os momentos em que ambos se olhavam em silêncio.


INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Estrad11
 

Após mais ou menos 1 hora de viagem, e seguindo um mapa que Brad havia conseguido, eles saem da estrada e começam a percorrer uma estrada não pavimentada.

Depois de uns 15 min, começam a visualizar algumas casas no horizonte.

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Reserv10

Brad estaciona seu carro assim que já começa a ver alguns índios que já os haviam vistos.



Antes de saírem do carro, Brad olha para eles e mostra o revólver na sua cintura sob a camiseta. Ele então aponta para o porta luvas, sinalizando para que Peter o abra. Quando ele o faz, em seu interior, outro revólver municiado se encontra lá e Peter o pega e o esconde debaixo da sua roupa, sob um olhar tenso de Buck e Suzanna.

Brad então os olha e diz:

- Se acontecer alguma coisa, fiquem atrás de mim e do Peter. 

Ele olha um tempo para Buck e Suzanna e diz:

- Buck…lembre-se, “melhor ter e não precisar, do que precisar e não ter”. 

Brad abre a porta e sai junto de Peter e depois Suzanna. Buck teve muitos problemas com Brad, mas sentia como ele desejava proteger os “seus”, do jeito dele. 

Ao saírem todos do carro, eles começam a ver alguns indígenas locais se aproximando…armados.

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Indio10

Um senhor, na casa de seus 60 anos, armado com um rifle, acompanhado de outros mais jovens, se aproxima do grupo de Buck com um olhar muito desconfiado e de “poucos amigos”, e se pronuncia em inglês com um sotaque bem puxado:

- O que querem aqui? Não queremos problemas com gente branca! Vão embora e não voltem nunca mais! Aqui não é lugar para vocês.

Buck e os demais percebem a situação tensa. Haviam pelos menos uns 10 homens armados ali, encostados e seus carros velhos e observando atentamente tudo que acontecia, as mulheres e crianças e uns mais velhos, estavam atrás, curiosos.

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Indios10

Brad, Peter e Suzanna olham para Buck, cabia a ele o desenrolar da situação.
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty CENTRO EDUCACIONAL - TERÇA 20/06/1972 - 16:28 HS

Mensagem por Guzzon Dom 14 maio 2023, 23:58

Brad combina de encontrar Buck no centro da cidade na manhã do dia seguinte

- "Combinado Brad, estarei no centro as nove da manhã. Vamos ver se isso dá em alguma coisa"

Quando Suzanna se aproxima e questiona sobre o que Buck havia dito, ele responde

- "Então eu tive... " - era complicado para Buck explicar aquela visão que havia tido - "... umas ideias.. "

- "Como vou dizer que tive uma visão do Berny me falando Orobhoros"

- "Lembrei de umas coisas que tinha lido, antes de vir para cá e fiz umas pesquisas lá na biblioteca sobre as antigas tribos indígenas da região e do Canadá que podem saber alguma coisa sobre essa criatura que a gente viu"

Mas Buck é avisado sobre o ferimento em suas costas, ele passa a mão e sente uma agulhada.

- "Mas que cazzo, normalmente isso não acontece" - Buck passa a mão e sente o molhado do sangue ainda fresco - "mas que merda.. "

- "Suzanna, eu vou ver isso aqui. Está incomodando." - Buck começava a ficar preocupado com aquele ferimento, normalmente cortes fechavam de um dia para o outro - "Você pode avisar seu pai que fui para o hospital e talvez não consiga ir na delegacia hoje"

- "Ah, o Brad vai levar a gente para uma tribo que ele conhece ao norte, se você conseguir ir junto vamos sair ali do centro as nove da manhã"

Buck se aproxima de Suzanna e lhe um beijo se despedindo e volta para dentro do centro comunitário em busca dos seus pais.

Ele os encontra junto a um pequeno grupo de comerciantes, falando sobre os horários de abertura e fechamento do comercio, enquanto outros comentavam em voz baixa que deviam eles mesmos caçarem o tal urso.

- "Pai.. "
Mas antes que seu pai pudesse falar, a mãe de Buck repara em seus ferimentos novos
- "Buck, o que é isso? De novo?"
- "Sim, mas não tive nada a ver com isso. O maluco me atacou dentro da biblioteca, ele esta até preso. Eu só me defendi
Neste momento o pai de Buck se envolve no assunto, deixando o grupo de comerciantes de lado
- "Eu não sei Buck, não consigo entender. Parece que você atrai estas coisas, nunca é culpa sua."
Buck sabia muito bem do seu histórico
- "Desta vez não é culpa minha, eu garanto. Podemos ir na delegacia amanhã a tarde para falar com o xerife e fazer a denuncia contra o Julian"
- "Mas eu queria que vocês me levassem no hospital" - Buck se vira e mostra a camiseta molhada no ombro - "isso aqui esta estranho
A mãe de Buck acha muito estranho aquele pedido, Buck não era um jovem que pedisse ajuda médica.
- "Nossa Buck, de onde veio esse corte? Vamos Lorenzo, vamos levar Buck para o hospital"

O Senhor Lorenzo, ao ver o ferimento aberto do filho, não discute e logo os três estão seguem de carro até o hospital.

Ao entrarem a Senhora Martina diz para a atendente.

- "Meu filho precisa passar de um médico, ele esta com um ferimento infeccionado."
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty CENTRO EDUCACIONAL - TERÇA 20/06/1972 - 16:16 HS

Mensagem por carlosmichebr Qua 10 maio 2023, 21:57

Por mais que isso parecesse impossível a uns dias atrás, Buck sente como Brad estava envolvido realmente nesse problema.

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Brad_h10

Ele acende outro cigarro, e vai em direção ao seu carro seguido por Buck:

- Olha Buck… conheço o Julian a muito tempo, sei que ele é meio doido, mas essa de querer atirar em você foi demais…

Brad traga longamente seu cigarro, e depois continua:

- Tá tudo estranho nesse maldito lugar…e aquele papo furado do prefeito e o Orbs? Meu, eles sabem que tem coisa errada aqui…muita coisa errada. 

Depois de uns segundos olhando para o Horizonte ele se volta para Buck:

- Deixa eu ver esse seu papel aí…

Buck acaba mostrando suas anotações novamente e depois que Brad analisa, ele o devolve à Buck:

-  Cara…tem uma reserva de índios ao norte, passando pela estrada que vai dar no bairro do Arny. É meio longe, mas podemos passar lá e ver essa história direito, se é que esse índio é dessa tribo, eu realmente não sei, mas podemos tentar, só ouvi deles por essas bandas.

Brad dá uma última tragada do cigarro, joga-o no chão e pisa nele. Depois abre a porta do seu carro e antes de ir embora ele olha para Buck:

- Olha, já passou das 4 da tarde Buck, daqui a pouco vai ter o toque de recolher, se quiser podemos ir amanhã de manhã para aquela reserva e ver no que dá, veja com os outros se eles vão querer vir, e espero vocês no centro umas 9:00 da manhã OK? Eu vou passar na casa de Julian, falar com os pais dele, sei lá… essa história dele querer te dar um tiro foi longe demais. Talvez depois eu passe na delegacia para tentar falar com ele pessoalmente, mas duvido que Orbs vai deixar, mas… de repente eu tento mesmo assim.

Buck olha Brad fechar a porta do carro e começar a manobrá-lo, quando ele vê Suzanna chegando próximo a ele:

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Suzann10

- Oi Buck, desculpa lá dentro, o que você estava falando sobre suas anotações?

Antes que consiga responder Suzanna, ele ouve uma buzina e olha para o carro de Brad, que abre a janela e diz antes de ir embora:

- Buck, melhor ir no hospital ver essa ferida, está sangrando na suas costas.

Quando Buck, coloca a mão na ferida na suas costas na altura dos ombros, ele sente a umidade do sangue e uma fina camada escorrendo e nisso ouve Suzanna:

- Nossa Buck… Parece infeccionado, melhor ver isso.
Nesse momento, Buck sente um calafrio percorrendo todo seu corpo…


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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty CENTRO EDUCACIONAL - TERÇA 20/06/1972 - 16:08 HS

Mensagem por Guzzon Qua 10 maio 2023, 00:43

Assim que chega no centro comunitário Buck acena para seus pais, mas não vai até eles. Seus novos ferimentos iriam criar uma série de perguntas e comoções que iriam atrapalhar o evento, além de tomarem seu tempo.

Buck se senta ao lado de Suzanna e enquanto o pronunciamento não começa ele diz baixinho para ela

 - "Eu estava lendo, sobre uma tribo indígena" - ele retira suas anotações do bolso da calça - "uma tribo chamada Harakiri. Parece que eles já enfrentaram algo assim, parece que ainda tem um xamã deles vivo"

Suzanna olha um tanto incrédula para aquelas palavras desconexas anotadas no papel. Mas o xerife e o prefeito começam a falar e Buck opta por guardar o papel no bolso e ouvi-los.

Mas ao chamar o dito especialista a coisa se torna um teatro, um teatro ridículo

- "Urso? Mas que porra é essa?" - Buck estava totalmente incrédulo com aquela desculpa esfarrapada - "Duas mortes, toque de recolher, fechamento do comércio por conta de um urso. Isso não faz sentido bem mesmo para mim."

Então Buck olha bem para o prefeito e para Orbs, mas também olha para Tyler parado no palco.

- "Eles estão escondendo do pessoal, e devem saber do que se trata, esse bando de filho da puta" - e fixando o olhar em Tyler - "E você viu aquele bicho, sabe que não tem urso algum e mesmo assim esta parado ai na frente"

Mas em determinado momento a explicação é interrompido por Brad, visivelmente irritado com aquilo e aos olhos de Buck, com toda a razão.
E assim que Brad sai, Buck se levanta e caminha em direção a porta. Ficar ali não fazia mais sentido.

Assim que sai do centro do comunitário ele chama por Brad

- "Ei Brad! Vem cá" - Buck avança até ele e diz - "Seguinte, daqui a pouco meus pais vão sair e vou ter que ir embora. Mas o Julian tentou atirar em mim hoje a tarde na biblioteca e acabou preso, mas é bom você ficar de olho, ele esta querendo vingança contra todos."

Buck retira o papel do bolso e continua - "Rolou um negócio ontem e fiquei sabendo de uma tribo.... olha aqui... Harakiri. Parece que eles já enfrentaram alguma coisa bem parecida, ou a mesma, que estamos enfrentando. Vamos precisar achar quem sobrou desta tribo, parece que tem um xamã vivo ainda."

Buck guarda o papel e completa

- "Mas eu não conheço nada por aqui, muito menos tribos quase extintas. Você é daqui, será que consegue achar algo a respeito?"
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty CENTRO EDUCACIONAL - TERÇA 20/06/1972 - 15:25 HS

Mensagem por carlosmichebr Seg 08 maio 2023, 21:11

As pessoas já se encontravam impacientes, pois a reunião havia sido marcada para às 14:00, e eram quase 15:30 e o prefeito insistia a todos para aguardarem a chegada do Xerife Orbs. 

Quando Orbs adentra ao local, ele sente o olhar de todos sobre ele. Havia aquele calor do verão, misturado ao clima pesado de impaciência, medo, e aquela sensação de que as pessoas exigiriam respostas… e rápidas.

Orbs se aproxima com a calma de sempre até a figura do prefeito que parecia muito, mas muito impaciente. Orbs o pega pelo braço e conduz o prefeito até um canto, longe da audição de todos e diz ao prefeito sobre o “incidente” na bibiloteca.

O prefeito olha para Orbs e depois para a família de Buck que se sentavam quase a frente do palanque, ele faz um sinal para Orbs deixando claro que iria verificar isso depois.

Buck percebe um outro senhor, com uma certa natureza acadêmica, ao fundo perto do prefeito.

Após “arranhar a garganta” frente ao microfone, o prefeito, juntamente com seus dois filhos Tyler e Karen ao seu lado, se pronuncia frente aos cidadãos presentes.

 – Muito bem…hã hã..Senhores cidadãos de Everet Falls, agradeço a presença e paciência de todos, mas o Xerife Orbs estava atendendo um chamado que o fez se atrasar.

De repente algum ao fundo grita:

- Espero que não seja outro assassinato!!

Os cidadãos se inquietam com aquela exposição e olham para o prefeito e o xerife Orbs, mas Orbs pega o microfone e se adianta à situação antes que comece um rebuliço generalizado.

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS NlWDnlAAAAAElFTkSuQmCC


- Senhores boa tarde, primeiramente me desculpem o atraso, realmente houve uma chamado na qual teve que haver minha atenção. Pois bem…como é de conhecimento de todos, tivemos duas ocorrências que culminaram na morte do Jovem Berny e agora do senhor Bruce e temos uma garoto desaparecido, Spinosa, na qual minha equipe está fazendo um pente fino no local para poder encontrá-lo com vida. 

Orbs se ajeita mais a frente e continua:

- Dessa forma, as autoridades resolveram decretar toque de recolher às 18:00, de todos os dias da semana, bem como, suspensão das atividades escolares até segunda ordem. Infelizmente, devido a situação atual, o comércio deverá cessar as atividades às 17:00, para que todos possam estar seguros em suas residências. Peço a gentileza que evitem os locais ermos da cidade, como floresta e outros locais, por razões óbvias. Aqueles que desobedecerem o toque de recolher, que vai até as 06:00 da manhã, serão conduzidos à delegacia. A polícia passará a fazer as patrulhas mais intensivamente. Devo deixar bem claro a todos que todos os esforços estão sendo tomados para que esse “crise”, se resolva o mais rápido possivel.

Orbs olha bem pra Buck nesse momento e depois continua:

-  Agora o senhor prefeito irá se pronunciar.

O Prefeito Jonatan se aproxima e com o microfone e com o outro braço, aproxima um senhor ao lado dele.

- Senhores, esse é o Dr. Frank Stuart, enviado pela universidade de Nova York que nos auxiliará nesse processo. Dr. Frank, por gentileza…

O prefeito passa o microfone ao Dr. Frank e se coloca ao lado dele.

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Dr_fra10

- Boa tarde a todos, meu nome é Dr. Frank Stuart e leciono na Universidade de Nova York o curso de medicina veterinária, e resolvi atender ao chamado do prefeito Jonatan para que pudesse auxiliar as autoridades nesses horriveis “acidentes” que assolaram essa região.

O Dr. Frank então pega uma lousa e coloca a frente um foto de um grande urso negro

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Urso11


- Pois bem...analisando o corpo das vítimas e seus ferimentos, pude constatar, pela fauna local também, que eles foram atacados por um urso negro, mas não um urso normal, vejam…pela estensão dos ferimentos, acredito que seja um Grande Urso Negro. É muito incomum, do ponto de vista estatístico, nós humanos sermos atacados por essas criaturas, pois geralmente eles nos evitam, mas alguns podem desenvolver algum tipo de doença que pode fazer com que eles se percam em sua dieta usual e acabam por fazer os seres humanos seu alimento preferido, digamos, por serem presas mais fáceis.

Nesse momento, as pessoas ali presentes começam a murmurar, se arrumar na cadeira e muitos tentam se aproximar para ver melhor a foto.

Buck percebe Brad olhar para ele e seus lábios dizendo à Buck “besteira!”.

Logo o Dr. Frank acalma a todos e continua.

- Pois bem senhores, muita calma. Com toda a minha experiência eu posso afirmar que os ferimentos foram causados por esse animal, e com meu auxílio, logo teremos o animal será capturado e a cidade poderá retornar ao seu cotidiano normal.

Nesse momento ouve-se uma voz ao fundo gritando:

- Besteira! Tudo isso é besteira! Quanto estão lhe pagando para falar esse monte de merda doutor!?

Quando todos olham para trás, presenciam Brad ao fundo do Centro completamente indignado e ele continua, ao mesmo tempo que o Prefeito faz um gesto para que Orbs contenha o rapaz.

- Urso??? O senhor diz ser um Urso? Olha doutor… espero que o senhor possa encontrar esse “Urso” frente a frente e ter a chance de fazer uma outra palestra em sua vida. Tá só dizendo besteira! Mas eu sei muito bem o por que disso tudo, certo prefeito? Não precisa se aproximar mais xerife, eu tô de saída, fiquem agindo como se fosse um urso o problema e logo vai haver mais corpos.
Brad apaga o cigarro e sai do local sob olhar de todos.
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty REVELAÇÕES - ANOITECER - SEGUNDA 19/06/1972 - 19:58

Mensagem por Guzzon Seg 17 Out 2022, 23:40

** Verificação de Pânico Will 13 : 3D6 : 14 - Falha por 1 **
**Tabela de Panico : 3D6+1 : 11 **
**Atordoado 2D6 : 2 turnos **

Os pais de Buck entram em seu quarto e Buck esta caído no chão, com os olhos arregalados e suas mãos tremiam enquanto ele apontava para a janela e repetia quase balbuciando

- "orobhoro..... orobhoro..... orobhoro.... "

O senhor Lombardi segura Buck pelos ombros e o chacoalha fortemente

- "Buck!! Buck!! O que esta acontecendo!!"

Buck recobra sua consciência e se dá conta do que aconteceu, quase que instintivamente ele abraça seu pai. O terror impedia Buck de fazer qualquer coisa, não haviam lágrimas, gritos ou qualquer coisa, somente sua respiração quase estourando seus pulmões.

Somente depois de alguns minutos ele consegue soltar seu pai e dizer

- "Tinha algo aqui.... mas não era ruim. Era assustador, mas não me ameaçava"- Buck não conseguia colocar aquilo em palavras - "Parecia que era Berny, tentando dar um recado.. ele diziam Orobhoros" - instintivamente olha pela janela, para o local que aquele vulto apontava

Buck se senta no chão, quase sem forças. Seus olhos pesavam, era como se seu corpo estivesse dando sinal que o dia havia acabado para ele

- "Eu não sei mais... era muito real, real demais"

A imagem ainda assombrava a mente de Buck

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS _cX9GzOhxy8wRa1yjviHvSCL4Mn74qYE31IgOsk_R1NjN7drS10NCowyK77RlBi2xV3VBZgr8Aa-Ejh1E3j79-1mLXrGt2w3Tcizij-eLg5T5cp-yKcjn4jNxTlsB2OmvQqFyD71_F3brzw9_2IQmgDIQEOP51SrIkKG8uk9doQ4xoWk5lD2j78I_9M2

Ele passa a mão na testa, no local onde o vulto havia o tocado, e olha para mão em busca de algo que tivesse sido deixado em sua pele.
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty REVELAÇÕES - ANOITECER - SEGUNDA 19/06/1972 - 19:50

Mensagem por Xarles Ter 11 Out 2022, 14:51

O membro 'carlosmichebr' realizou a seguinte ação: Lançar dados


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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty REVELAÇÕES - ANOITECER - SEGUNDA 19/06/1972 - 19:50

Mensagem por carlosmichebr Ter 11 Out 2022, 14:51

Já havia anoitecido em Evert Falls, e seus cidadãos, de dentro de suas casas, ouvem o carro da polícia passar e o policial informando a todos através do megafone:

- Foi decretado o toque de recolher a partir das 18:00 hs para menores de 18 anos, e adultos a partir das 20:00 hs até segunda ordem das autoridades, bem como as aulas foram suspensas durante essa semana. Permaneçam em suas casas para sua proteção. Amanhã as 14:00, haverá uma reunião no centro educacional para que a comunidade seja informada de todos os procedimentos pelo prefeito e pelo Xerife Orbs.

O carro da polícia seguia pelos bairros com o mesmo recado e já havia bloqueios em alguns pontos das estradas que davam acesso à cidade.

De dentro de suas casas, os cidadãos já podiam sentir uma névoa pesada cair sobre a cidade.

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Havia um silêncio mórbido, um clima pesado, parecia que nem os cães se arriscavam a latir para não entregarem suas posições.

Do alto, em meio a neblina, a lua cheia tinha um tom de sangue e não parecia mais tão receptiva aos olhares dos cidadãos de Everet Falls. Ela parecia querer apenas observar, alheia, mas ciente de todos os acontecimentos recentes.

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De dentro de seus respectivos dormitórios, Buck, Arny, Suzanna, Peter e Tyler, observavam em silêncio aquela lua, que não parecia normal e isso os deixava apreensivos, pois sabiam que estavam diretamente ligados a tudo aquilo e que de alguma forma foram avisados do que iria ocorrer com eles, e isso já era motivo suficiente para não conseguirem sentir uma pontada de sono sequer, embora estivesse mentalmente exaustos.

No bairro de Arny, os cidadãos se revezaram para realizar rondas em cima de camionetes e em grupos a pé, pois sabiam que as “autoridades” não viriam patrulhar as ruas dos subúrbio, então deviam contar com apenas eles mesmos. Arny se mantinha em seu quarto, e não podia deixar de imaginar os horrores que seu amigo Berny havia passado frente aquela criatura e isso o fazia se sentir muito impotente. Ele se lembra do grito de Spinosa, quando seu braço caiu ensanguentado no chão, os tiros, tudo aquilo o fazia suar frio, mas agora ele sabia o que realmente estavam lidando.

Suzanna estava deitada em sua cama, havia recusado ir jantar, pois as cenas de tamanha violência ainda eram muito frescas em sua mente. Deitada ela observa a “Lua de Sangue” se expor diante dela pela janela do seu quarto, ela tenta se levantar para fechar as cortinas e não se deparar mais com aquela visão, mas ela simplesmente não conseguia, tinha medo de alguém ou alguma coisa pudesse vê-la.

Peter estava também em seu quarto, olhando aquela lua que o deixava mais apreensivo. Ele não podia acreditar em tudo que havia visto, era algo muito sobrenatural e ninguém, claro, havia acreditado neles, mas era real!! tudo era real!!. Em dado momento, ele resolve descer para tomar um copo de água na cozinha, e quando passa pela sala ele vê a silhueta de seu “tio” sentado na poltrona. Em meio aquela escuridão da sala, ele consegue ver a ponta do cigarro dele acesa e o brilho do metal da espingarda apoiada entre a suas pernas. Peter não diz nada, apenas o observa por um breve período e resolve logo subir para seu quarto, sem nada a dizer.

Tyler estava na sala da mansão da sua casa, observando o “tic tac” do imponente relógio de madeira nobre. Na frente dele, sentada, estava sua irmã Karen e ambos aguardando a visita sair do escritório para que pudessem falar com seu pai. Após alguns minutos, o Xerife Orbs abre a sala do escritório e eles podem ouvir seu pai dizendo à ele:

- Mantenha-me informado xerife…de tudo.

O Xerife não responde com palavras ao prefeito, apenas acena e coloca seus óculos e chapéu e sai pela saída principal da mansão.

Logo após isso, Karen e Tyler se apressam a entrar no escritório do pai, que sentado, se servindo de uma generosa dose de whisky, os observa preocupado. 

Karen é a primeira a falar:

-   O que está acontecendo pai? Tyler quase morreu! O que diabos é isso que atacou o velho naquela floresta? Não pode ser um urso pai! não pode!!

O prefeito ouve sua filha e fica olhando para seu filho Tyler, ambos querendo uma resposta sobre assuntos que não deveriam saber. Após alguns instantes, ele então fala com eles:

- Amanhã as 14:00, junto com o xerife, iremos reunir os cidadãos no centro educacional para dar maiores detalhes de tudo isso, e quero vocês dois do meu lado, entendeu Tyler?

Tyler observa seu pai e não lhe responde, então o prefeito continua:

-  O enterro no negrinho…

Tyler então o interrompe:

- O nome dele é Berny! Entendeu pai! Berny!

Karen então coloca uma mão no ombro do irmão:

- Calma Tyler…

O prefeito, diante daquela atitude de Tyler, engole uma dose da sua bebida, não queria discutir aquilo naquele momento, aquele não era o momento:

- …Muito bem…Berny. O enterro dele será amanhã as 10:00 a familia já está avisada. Depois disso iremos almoçar e deveremos nos reunir no centro educacional. Como sabem, um toque de recolher já foi decretado e as aulas suspensas essa semana. Vocês estão proibidos de sair por aí após as 18 horas e não quero nem saber do senhor, Tyler, de andar por aquelas bandas novamente, deixe aquela região de negros com os negros…

Tyler se adianta e diz:

- Eu vou onde eu…

Mal Tyler termina de falar, e de súbito seu pai levanta da cadeira violentamente arremessando a garrafa de Whisky na parede, a fazendo quebrar jogando cacos de vidro para todo o lugar:

- VOCÊS VÃO FAZER AQUILO QUE EU ESTOU MANDANDO E PONTO FINAL!!!

Karen havia ficado pálida, Tyler também da mesma forma, pois ambos nunca haviam visto seu pai daquela forma. De repente, as pressas, o mordomo Thomas adentra ao escritório:


- Minha nossa, tudo bem com os senhores?

O prefeito Jonatan volta a se sentar e diz calmamente à Thomas, se servindo novamente de seu caro Whisky:

 - Thomas, conduza meus filhos aos seus quartos e garanta que ninguém saia mais de casa hoje. Pode se retirar, todos vocês…

Thomas acaba por conduzir Tyler e Karen para fora do escritório e fecha a porta, deixando o prefeito com seus problemas.

Em outro bairro, Buck, após um jantar muito silencioso, coisa que não era normal em sua família, mas diante de toda a anormalidade da situação, ele até entendia, se via sentado em sua cama pensando em tudo aquilo que havia passado e o que poderia vir mais além, Buck tenta achar uma explicação coerente, até cientifica, de tudo que havia passado, mas daquela forma, ele não conseguia as respostas e sim mais perguntas. De onde “aquilo” viera? Havia razão para todas aquelas mortes? Suzanna estaria bem? Sua mente era inundada de perguntas e não conseguia nenhuma resposta, mas o que mais o preocupava, era que o recado havia sido dado, e a visão daquela mulher aparece em sua mente de uma forma que o faz cair da cama.

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Meu deus!O que diabos era aquilo afinal??O que queriam naquela cidade? De repente Buck ouve uma voz vindo do canto escuro do seu quarto: 

OROBHORO”.

Buck se vira rapidamente,estava quase em pânico. Podia ver que alguém estava ali em meio às sombras daquele canto escuro.

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Buck estava paralisado, a figura, que parecia Berny,  se aproximava dele e aponta para a janela e diz mais uma vez:

OROBHORO”.

Buck grita e quando “aquilo” encosta em sua cabeça, ele tem uma visão repentina

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Buck cai e bate as costas no criado mudo derrubando o abajur. Mal ele percebe seus pais logo depois entrando armado no quarto o acudindo, enquanto aquela figura desaparecia na sua frente apontando para algum lugar da janela do seu quarto.

TESTE QI (11): 10 - PASSOU POR 1

- Buck! Meus Deus o que houve?

- Filho, meu querido, está tudo bem?

Tudo que Buck pensava naquele momento, é que havia alguma coisa querendo o ajudar, mas aquilo não estava apontando para janela ao esmo, Buck pode perceber que a figura apontava para algum lugar ao leste.


Última edição por carlosmichebr em Ter 11 Out 2022, 14:53, editado 1 vez(es)
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty CONSEQUÊNCIAS - CAMINHO DE CASA - SEGUNDA 19/06/1972 - 18:38

Mensagem por Guzzon Seg 10 Out 2022, 22:19

Buck ouvia seu pai, mas as palavras eram como um som distante. Como um rádio tocando ao longe.
Mas ele capta o sentido das palavras e responde em tom monocórdico 

- "Ele deve saber, racista filho da puta.... não ia fazer nada se fosse só o Berny a vítima, e também não faria nada se qualquer outra pessoa lá do bairro dos negros fosse morto."
- "Só esta fazendo essa cena por que o velho Bruce é branco, e por que a filha dele e o filho do prefeito podem estar em risco"

Buck levanta os olhos em direção ao retrovisor, olhando nos olhos do seu pai.
O Senhor Lombardi vi os olhos vermelhos e injetados de Buck, eles expressavam o cansaço e o stress que ele havia passado.

- "Não vou sair de casa, mas uma porta não vai um obstáculo caso aquela coisa venha atrás de mim"

Buck volta a olhar pela janela e diz em tom baixo

- "Nem sei se tem alguma coisa que possa impedir estes monstros."

Ele olha para as próprias mãos, ainda tremulas, e tem a certeza que esta envolvido em algo muito maior que ele, muito maior que qualquer experiência de vida que ele já teve pudesse ajuda-lo a resolver.
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty CONSEQUÊNCIAS - DELEGACIA - SEGUNDA 19/06/1972 - 18:15

Mensagem por carlosmichebr Qui 29 Set 2022, 12:29

As alegações de Buck não podiam deixar de ser preocupantes para o xerife, principalmente no fato dele alegar ter recebido uma “visita” nas dependências da delegacia e ter sido ameaçado por “ela”. Aquilo fazia o xerife pensar que as coisas estavam iniciando um processo fora daquilo que havia sido acordado, e sobre o que Buck estava querendo dizer sobre “bicho” lá dentro? Pelo relato dele, a moça parecia se tratar da mesma mulher que visitou o xerife naquela madrugada, ela era estranha, mas não tinha garras, pelos ou nem dentes pontiagudos, talvez o garoto estivesse assustado demais, afinal, eram só garotos. De qualquer forma, Orbs sabia que precisava tentar localizar a mulher e falar com ela.

Após ouvir todo o relato de Buck, o xerife ouve os pais dele perguntarem sobre o caso e solicitarem o empenho das autoridades. Orbs ouve tudo de forma calma, e após todos terem falado, ele se vira para os três, o senhor e a senhora Lombardi e também para Buck e diz:

- Muito bem, agradeço a todos pelo empenho nas alegações e irei levar tudo em conta o que me disse Bernard. Peço que a partir de hoje não mais esteja naquelas regiões da floresta.

Então ele se vira para os pais de Buck:

- Quanto a vocês, senhores pais, irei decretar um toque de recolher, então sugiro que orientem seu filho a não estar nas ruas da cidade a partir das 18:00. Iremos intensificar o patrulhamento e irei falar com o prefeito sobre novas medidas a serem implantadas para a segurança de todos.

O Sr. Lombardi é o primeiro e se levantar e de alguma forma e ele prefere não cumprimentar o xerife com as mãos:

- Obrigado Xerife Orbs. Vamos, acredito que o xerife tem muito o que fazer. 

Quando a família de Buck sai da sala, o xerife Orbs fica olhando para o vazio em direção à sua porta. Buck havia sido o único a ter contato com a mulher, pelo menos ele alegava isso, mas qual seria o intuito dela em ameaçar os jovens? O único negrinho entre eles era aquele tal de Arny. De repente alguém bate á porta e o policial Jhones adentra:

- Xerife? Posso mandar entrar os demais?

Orbs demora um tanto para responder, pois ele estava ainda pensando sobre “ela” e sobre a visita junto à Buck no banheiro da delegacia. Após alguns instantes ele responde:

- Sim…mande entrar mais um deles e seu, ou, seus responsáveis.

Jhones fecha a porta e Orbs se aproveita de se servir de mais uma xicará de café.  Assim que terminasse tudo aquilo, saberia que de alguma forma precisaria falar com o prefeito novamente, mas dessa vez, pessoalmente.

Ao saírem da delegacia, o pai de Buck, quando entra no seu carro, se vira para sua família e diz:

- Tem alguma coisa de errado aqui…

Ele então se vira para Buck:

- Escuta filho, se você diz que alguém ou alguma coisa te visitou no banheiro, então eu acredito em você. Notei o olhar do prefeito quando você citou sobre essa mulher, então alguma coisa me diz que ele pode estar ciente de alguma coisa…só não sei muito bem ainda o que pode ser.

Nesse momento, como num estalo, a mãe de Buck diz:

- Meu deus Lombardi! Está insinuando que o xerife tem alguma coisa haver com tudo isso?

- Não… quer dizer não ainda…Não sei! Mas que tem alguma coisa estranha, isso tem.

Ele então liga o carro e toma o caminho para sua casa. Durante o caminho ele se dirige à Buck:

- Buck, não quero você fora de casa após o horário do toque de recolher, e isso é INEGOCIÁVEL! Muito menos ficar andando para aqueles lados da floresta. Minha nossa, mais um garoto morreu… ou está desaparecido, não sei! Minha nossa, talvez, talvez seja melhor deixar Buck com seu irmão, pelo menos até que tudo isso acabe. 

Buck, sentado do lado de trás do carro, pondera sobre tudo aquilo, ser deixado com o irmão? Isso parecia não agradá-lo muito.
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty CONSEQUÊNCIAS - DELEGACIA - SEGUNDA 19/06/1972 - 18:06

Mensagem por Guzzon Dom 25 Set 2022, 15:51

SEGUNDA 19/06/1972 - 17:19

Buck se senta na sala de espera junto com seus amigos, ele esta claramente abalado suas mãos tremiam e ele sente um gosto metálico na boca. Em parte era bílis e em parte sangue, aparentemente ela havia mordido o lábio quando caiu de costas no banheiro. Ele já sentia o lábio inchando.

Quando Peter questiona o que aconteceu, Buck não levanta a cabeça e diz:

- "Tinha um cazzo de uma garota no banheiro, e ela virou um daqueles bichos. Mas era grande, estava em dois pés, com garras enormes.... " - Buck sente um aperto no garganta - "Ela ameaçou todos nos, da pior forma possível"

- "Disse que nos mataria"

Aquelas palavras gera reações diversas na sala. Peter já havia se deparado com uma criatura daquele, ele fica branco ao imaginar que uma criatura estava dentro da delegacia.

Brad e Morgan ficam putos da vida e começa a xingar baixo, aquela situação estava degringolando e ao invés de acharem respostas a coisa só piorava.

Já Arny se mantinha quieto no canto, olhando para frente como se não tivesse mais nada a perder.

SEGUNDA 19/06/1972 - 17:49

Depois de quase meia hora trancado naquela sala, imaginando que a porta seria aberta por uma criatura e seriam todos degolados ali.
O policial Jhones abre a porta e diz

- "Bernard, pode vir até a sala do xerife"

Buck se levanta sem animo algum, essa conversa com o xerife era inevitável mas mesmo assim era desagradável ter que falar com homem como aquele.

Ao entrar na sala Buck percebe que seus pais estão ali, a visão de seu filho todo sujo de lama só torna as coisas piores. Sua mão fica com os olhos cheios de lágrimas, mas agarra o braço do Senhor Lombardi para não chorar naquele momento. 
Já o Senhor Lombardi fica irritado, olhando para o xerife e imaginando onde isso poderia ter acontecido, na delegacia ou antes de encontra-los.

O xerife Orbs indica uma cadeira para Buck

- "Sente-se Bernard. Gostaria de ouvir sua versão dos fatos"

Enquanto isso o Senhor Lombardi abraço seu filho e diz que ele deve ser forte e contar o que aconteceu.

Buck se senta, suas mãos ainda tremiam. Ele respira fundo e começa a falar

- "A gente foi conversar com o Velho Bruce, ele já tinha falado para um monte de gente que tinha visto alguma coisa andando perto da casa dele, a gente queria saber o que aconteceu de verdade com o Berny" - Buck olha para o xerife e completa - "por que não foi urso que fez aquilo, eu vi. Eu vi e não foi um urso"

- "Mas chegando lá a porta do trailler estava aberta e quando a gente viu" - A respiração de Buck começa a acelerar - "Tinha sangue por todo o lado, o velho Bruce estava estripado, com os braços e pernas espalhados por dentro do lugar"

- "Então aquele bicho apareceu, ele pegou Spinossa e puxou para o mato. A gente... eu quebrei a janela da caminhonete do Bruce e peguei a arma que estava lá e atiramos nele e não adiantou nada"

A boca de Buck fica seca e ele sente o cheiro de sangue e podridão do local voltar as suas narinas

- "A gente correu para os carros e fugiu para cidade, mas o bicho foi atrás da gente"

- "Este suposta criatura foi atrás do carro de vocês? Vocês estavam fugindo de carro e ela alcançou vocês?"

Buck se irrita com o questionamento de Orbs, parecia que ele se esforçava em desmerecer qualquer coisa que o fizesse ter que investigar o caso. Buck se levanta e aponta para a janela

- "Olha o carro do Brad!! Olha o porta malas!! Você acha que aquelas marcas que rasgaram a tampa do porta malas foram feitas por oque?"

O tom de voz de Buck estava inconstante, parte do nervosismo e puberdade.

- "E tinha um cazzo de um bicho deste aqui dentro!! No banheiro! Parecia uma mulher, mas apareceram as garras, os dentes, os pelos!!! Ela falou que vai matar a gente! Todos nos! Vai olhar a pia, ela trincou a pia só de apertar ela"

Aquela frase parecia ter tocado Orbs, talvez ele considerasse a delegacia um local que não poderia ser maculado, Buck se aproveita daquela pequena abertura de fé de Orbs e completa

- "Ela disse que todos que estavam lá teriam o mesmo fim do Bruce! Todos! Eu, Peter, Brad... Suzanna! Todos!"

Buck praticamente gritava, não era raiva ou indignação. Aquilo era o mais legítimo pânico, qualquer racionalidade de Buck havia sido deixada de lado.
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty CONSEQUÊNCIAS - DELEGACIA - SEGUNDA 19/06/1972 - 17:49

Mensagem por carlosmichebr Sáb 24 Set 2022, 10:20

Os primeiros a entrar, na sala do Xerife, são os pais de Buck, e assim que entram, o Sr. Lombardi, de mãos dadas com a sua esposa, se dirige ao Xerife.

- Xerife, o que está acontecendo? Nos informaram de um assassinato! Disseram que nosso filha está bem e onde está ele?

- Calma Sr. Lombardi, já pedi para trazê-lo até aqui. Por favor sentem-se, irei lhes informar da situação e junto com todos nós iremos ouvir as declarações dele.

O xerife Orbs relata aos pais de Buck informações preliminares do ocorrido, deixando que os detalhes sejam ditos pelo próprio Buck. Após ouvir as declarações iniciais do Xerife, a mãe de Buck começa a chorar:

- Meu Deus! Nossa, o que meu filho estava fazendo lá?

O Xerife Orbs se adianta e oferece à ela lenços de papel.

- Calma Senhora Lombardi, para isso precisamos ouvir dele tudo isso, para isso, preciso que se mantenham calmos.

O senhor Lombardi nesse instante se levanta:

- Calmos? Calmos!? Como assim calmos? houve um assassinato e meu filho presenciou a cena! Ele…ele estava armado ou com armas no carro? É isso!? Meu Deus! Preciso vê-lo imediatamente!

Nesse instante a porta se abre e Buck é levado em direção à eles. Sua mãe é a primeira a se levantar e abraçá-lo:

- Bernard! Meus deus, você está bem? Meu Deus! Meus Deus!

O Pai de Buck o abraça e depois do momento ele fala à Buck:

- Sente-se meu filho, precisamos ouvir o que ocorreu, precisamos que seja forte e conte tudo.

Buck se depara na frente de todos, e ele não sabia se depois daquela conversa seria mandado para casa ou para um manicômio. 

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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty INTERLÚDIO - CONSEQUÊNCIAS - DELEGACIA - SEGUNDA 19/06/1972 - 17:37

Mensagem por carlosmichebr Sex 23 Set 2022, 14:04



De pé na sua sala, observando a chuva caindo do lado de fora, o xerife Orbs reflete sobre todo o ocorrido. Na recepção da delegacia havia muitos pais e responsáveis querendo informações sobre seus filhos que estavam detidos na delegacia, e como se não bastasse, havia mais um assassinato e “pontas soltas” a serem resolvidas no processo do acordo que ele havia feito.

Em dado momento, ele ouve o tocar na madeira da sua porta, e sem olhar para trás percebe que o policial Jhones abre a porta calmamente e se dirige à ele:

- Xerife, com sua licença, a recepção está um caos por conta dos garotos, sua esposa ligou umas 6 vezes querendo falar com o senhor sobre o estado da sua filha…O senhor tem alguma orientação?

Orbs respira fundo, era certo que a noite ia ser muito longa e sem olhar para trás, ele responde ao policial:

-  Diga à minha esposa que assim que puder eu entro em contato. Diga aos pais dos garotos que logo cada um será chamado para acompanhar o filho no interrogatório. Pode sair.

Sem questionar mais nada, o policial Jhones sai e fecha a porta da sala. Nesse momento, Orbs pega o telefone em sua mesa e disca para alguém que precisava falar. Após alguns instantes:

-  Boa tarde, é o xerife Orbs, preciso falar com o prefeito.

Alguns instantes depois:

- Pode falar xerife…

- Acredito que saiba o que já ocorreu…temos que conversar, me parece que as “coisas” estão saindo do controle.

Orbs consegue ouvir uma respiração bem funda do outro lado da linha:

- Escuta Xerife, “Eles” vieram procurar você e não eu. Você precisava de apoio e eu dei, mas pensei que estivesse ciente de todos os “detalhes”.

Orbs não gostava do prefeito, mas sabia que precisava dele:

- Fiquei ciente dos detalhes que eles me dispuseram naquele momento…não fiquei ciente de maiores detalhes dos “modus operandi”.

- Não me importa xerife, isso é problema seu. Eu cuido dos bastidores e você do operacional, tá claro isso?

Orbs era conhecido por um ser um homem muito controlado, mas ele estava por um fio:

- Lhe manterei informado…senhor.

Antes de desligar ele ouve a última “orientação” do prefeito:

- E Orbs… mais uma coisa, solte meu filho.

A linha é desligada, e agora Orbs sabia que toda a sujeira caberia à ele resolver, mas ele não fica surpreso por isso, ele apenas precisava confirmar até onde o prefeito queria se expor.

Quando desliga o telefone, ele o retira do gancho novamente e liga para o ramal do policial Jhones, da recepção:

- Policial Jhones.

- Jhones, sem muito alarde, libera o Tyler, filho do prefeito. Depois traga aquele gordo…éhhh…como é mesmo o nome dele? 

- Bernard senhor.

- Isso! O que chamam por aí de “Buck”. Chame ele e os pais deles para a minha sala.

- Pode deixar xerife.

- Outra coisa Jhones, traga uma garrafa de café bem cheia.

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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty CONSEQUÊNCIAS - DELEGACIA - SEGUNDA 19/06/1972 - 17:19

Mensagem por carlosmichebr Qui 22 Set 2022, 15:21

Em meio ao silêncio dentro da sala, onde todos estavam aguardando o Xerife Orbs, a porta se abre abruptamente, e eles veêm Buck, quase arrastado, sendo deixado na sala.

Peter é o primeiro e se aproximar:

- Eiiiiiiiiiii , calma o que é isso???

Haviam 3 policiais, e logo depois que deixam Buck na sala, a porta se abre e o xerife Orbs adentra:

- O que está acontecendo?

- Xerife, encontramos ele gritando dentro do banheiro, quando entramos ele parecia ter caído, e se fechou dentro do cubículo, estava gritando “SAI, SAI, SAI”, e tivemos que tirá-lo à força.

O Xerife olha bem para Buck, estava sujo e parecia ter se molhado ao cair no chão. Depois se vira para o policial:


- E por que não estavam com ele?

- Éhh.. bem, hã, hã, ele pediu para ir no banheiro, eu deixei ele lá xerife e fui rapidinho na recepção buscar um café.

Outro policial aproveita e diz:

- Gordo desgraçado, quase dei uns chutes nele para tirar ele de lá!

O Xerife olha para o policial com total desaprovação, então se vira para Buck e diz:

- Muito bem… escuta aqui garotos, vou começar por você (diz apontando para Buck), irei mandar buscar cada um de vocês e irão prestar depoimento sobre o ocorrido junto com o seu responsável ou advogado, não me importa! Eu vou querer saber tudo sobre como vocês acharam o corpo do Velho Bruce.

O Xerife então sai da sala e deixa os garotos novamente sozinhos. Peter se aproxima de Buck e diz:

- Caramba Buck! O que aconteceu? eles te bateram? Você tá pálido.

Buck estava sentado e olhando para a porta, imaginando se a mulher poderia entrar e matar a todos, mas ele respira fundo e percebe que o intuito dela foi dar o recado, e se fosse para ele ter morrido, teria sido no banheiro. Buck estava trêmulo, e olhando para suas mãos, percebe como elas tremiam. Agora restava tentar explicar a todos o que havia ocorrido e principalmente como todos teriam que lidar com o que fora prometido por ela.
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty CONSEQUÊNCIAS - DELEGACIA - SEGUNDA 19/06/1972 - 17:08

Mensagem por Xarles Qui 22 Set 2022, 14:41

O membro 'Guzzon' realizou a seguinte ação: Lançar dados


#1 'Dado D6' : 5, 4, 3

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#2 'Dado D6' : 2, 4, 2
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty CONSEQUÊNCIAS - DELEGACIA - SEGUNDA 19/06/1972 - 17:08

Mensagem por Guzzon Qui 22 Set 2022, 14:41

As palavras de Morgan eram um complemento péssimo ao demais.
Buck havia visto a criatura e não havia dúvidas que era um lobisomem, mas verbalizar isso era quase um atestado de insanidade. Mas ele tinha que admitir, e falar tornaria mais fácil isso

- "O pior é que isso é verdade, se é que esse lobisomem é igual as lendas. Se for isso mesmo, ele viu todos nós lá... todos nós"

Aquilo só causava um mal estar ainda maior em Buck

- "Preciso sair... tenho que mijar"

Buck tinha vontade de chamar alguém para ir com ele, mas ficaria muito estranho.

Buck percebe que toda aquela situação o afetou mais do que ele imaginava, seu intestino resmungava e não era fome. Ele fecha a porta e despeja uma caçamba de dejetos na privada, ele sentia pontadas no estomago e percebe que seu corpo não estava lidando bem com toda aquela situação.

Após terminar, Buck tenta se arrumar da melhor forma possível, mas estava pálido e suado e então ele abre a porta.
Ao ver a garota lavando as mãos, sua primeira reação e olhar ao redor achando que tinha entrado no banheiro errado, mas haviam três mictórios na parede, portanto se tratava no banheiro masculino.

Buck sente seu estomago roncar novamente, e era nervosismo, toda aquela situação era surreal. Assim que a garota começa a falar o sangue de Buck congela e tudo ocorre como em um sonho, as palavras, a pia trincando e os olhos da criatura ao se virar

** duas jogadas de dados, a segunda só será usada se Buck passar na primeira **

]jogada 1 : Verificação de Panico QI+Força de vontade : 13 vs 12 : Sucesso]

Buck controla o desespero que abate sobre ele, e começa a recuar. Aquele situação de stress é absurda, inesperada e assustadora.

]jogada 2 : Evitar Fúria: QI+Força de Vontade : 13 vs 8: Sucesso  ]

Mas ele engole a seco e consegue buscar se proteger, jogando o corpo para trás como única alternativa para evitar a criatura. Seu corpo se choca com a porta do cubiculo abrindo a porta e estourando uma das dobradiças, o impacto faz com que Buck cai do chão, atingindo as costas diretamente na privada. Apesar da dor ele começa a chutar a porta tentando fechar a porta para se proteger

- "SAI !!! SAI !!!! SAI!!!!"

Em meio aos seus gritos ele ouve a jura de morte a todos eles e o som da porta se fechando, ele fica caido no chão do banheiro travando a porta com os pés.


Última edição por Guzzon em Qui 22 Set 2022, 14:48, editado 1 vez(es)
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty CONSEQUÊNCIAS - DELEGACIA - SEGUNDA 19/06/1972 - 16:48

Mensagem por carlosmichebr Qui 22 Set 2022, 12:42

Buck e os demais, já podiam imaginar seus responsáveis legais recebendo a notícia da polícia, de que eles foram os protagonistas como testemunhas de uma cena de um crime.  

Já fazia mais de 1 hora que estavam “detidos” dentro de uma sala, e naquele momento, Arny agradece de que pelos menos estava junto com os “brancos”, e por causa disso, pôde comer as bolachas e suco que deixaram para eles, pois se estivesse sozinho, estaria, possivelmente, enfrentando uma tortura e tendo que assinar uma confissão, se responsabilizando pela morte do velho Bruce.

Alguns deles estavam sentados, outros de pé, mas inevitavelmente todos estavam silenciosos. Tyler então quebra o silêncio:

- Confesso a vocês que estava um tanto cético quanto a tudo isso, mas depois do que presenciei…meu deus… no que foi que nos metemos.

Todos ouvem aquilo com um certo grau de aceitação, eles eram jovens, e estavam diante de uma situação que nem mesmo as forças armadas deve ter tido que lhe dar. Eram garotos de 14 a 17 anos, e recentemente presenciaram coisas que não conseguiriam esquecer pelo resto de suas vidas, isso se vivessem o suficiente…

Buck não conseguia deixar de lembrar a maneira que aquela “coisa” o olhou quando eles conseguiram sair dali.

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Foi então que Arny resolve se expor:

- Gente, aquilo não é um lobo e nem uma “coisa”, aquilo é um Lobisomen! É isso!! Por mais louco que isso parece ser, não tem como negarmos isso! É isso que temos que lhe dar agora!

Todos ouvem Arny em silêncio, e por mais absurdo que fosse aquelas afirmações, para eles não era.

Brad se levanta e diz:

- Sim Arny, não dá para negar isso por mais maluco que pareça, foi isso que encontramos lá, esse lobisomem que está caçando na cidade, agora quem vai acreditar na gente?


Nisso, uma voz, quase sussurrando se ouve próximo à porta, era Morgan dizendo:

- O pior não é saber sobre esse lobisomen, é saber que ele pode estar entre nós…

Aquilo faz com que todos se apavorem por dentro. Se agora eles foram testemunhas da existência de tal criatura, então é muito provável que exista uma “versão” humana andando por aí. As palavras de Morgan haviam sido um soco no estômago de todos, principalmente para Buck, que se lembra bem daquele olhar e isso lhe revira as entranhas.

Ele então, meio que sem pensar, se dirige à porta da sala e bate nela. Um policial a abre e ele diz que precisa ir urgente ao banheiro. O Policial olha para todos lá dentro, e então resolve escoltar Buck até o banheiro e o deixa lá. 





Estava chovendo e a tarde já estava ficando escura. Após se aliviar, Buck abre a porta do seu espaço privativo dentro do banheiro e se depara com as luzes piscando e uma mulher de costas, lavando suas mãos na pia. A cena no momento era estranha, havia trovão, chuva, luzes piscando e uma mulher dentro do banheiro masculino? 

Ela parecia ter uns centímetros mais baixa que Buck, era magra e cabelos loiros, não dava para ver seu rosto, pois ela estava com a cabeça abaixada enquanto lavava as mãos, aquilo começava a deixar Buck apreensivo, até que a voz dela é ouvida e o seu tom faz com que Buck paralise:

- Menino Buck, esse é seu nome não é? Conheço você, sua família...Sabe, você e a sua turma andam se metendo em coisas que não lhe dizem respeito. Você sabe o que acontece quando se intromete em coisas que não lhe dizem respeito? Acontece aquilo que vocês presenciaram…

Buck ouve um estalo, parecia que a louça da pia, onde a mulher estava apoiada, estava trincando,  e quando Buck percebe, parecia que as mãos da mulher haviam se transformado em alguma coisa, parecia mais grossa e havia…havia garras nelas…

Antes que Buck pudesse fazer ou falar alguma coisa ela se vira e vem de encontro à ele, de uma maneira aterrorizante.

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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS OShY

Buck só tem tempo de cair para trás, dentro do espaço onde fica a privada, quase quebrando a porta, e batendo suas costas no vaso sanitário. Ele então só tem tempo de ouvir a voz dela dizendo, antes da porta principal do banheiro fechar, deixando claro que ela havia ido embora:

- Vai morrer garoto… todos vocês…

Buck engole um seco…estava tremulo e completamente em pânico.
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INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS Empty CONSEQUÊNCIAS - SEGUNDA 19/06/1972 - 16:35

Mensagem por carlosmichebr Qui 22 Set 2022, 11:37

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O Xerife Orbs, era uma autoridade respeitada e reconhecida pela sociedade de Everet Falls como correta.

Há anos ele exercia aquele ofício com tamanha energia e disposição, que não aceitava uma única coisa que o incomodava há anos, o bairro dos negros. 

De fato, ninguém sabia como aquele ódio pelas pessoas de cor havia surgido no xerife, e isso se decorreu quando seu pai fora assassinado, após um assalto, por dois negros quando ele tinha apenas 8 anos. Depois disso, sua vida, sem o auxílio do pai, havia sido num inferno. Sua mãe acabou por se transformar numa alcoólatra e seu irmão mais velho fora preso por cometer um assalto e morreu na cadeia. Sua mãe, quando ele já tinha 18 anos, acabou sendo encontrada morta na sala da sua casa por ele mesmo, com uma garrafa nas mãos. Então o jovem Orbs acabou por entregar sua vida ao exército e depois se trasformou em xerife, mas sempre culpava os negros pela destruição da sua familia. 

Aquela tarde de segunda-feira, 19/06/1972, havia sido turbulenta. Sua filha havia mudado, do ponto de vista sobre sua aparência. Ele lembra da briga que teve com ela numa noite da semana passada sobre “liberdade”, na qual ela resolveu no dia se vestir de modo diferente para confrontá-lo, e agora, ela andava na companhia de outros “garotos” e para piorar, sendo um deles um maldito negro.

O xerife Orbs sai do trailer do velho Bruce e tira o chapéu para passar suas mãos calejadas em sua testa molhada pela fina chuva que caía no local. Ele olha alguns jovens policiais vomitando suas tripas em alguns cantos da floresta, por terem presenciado o que havia ocorrido lá dentro.O Xerife Orbs sempre se considerava um homem de estômago forte, mas aquilo o deixou impressionado, mas ele não podia se deixar abater perante seus demais, tendo que ter se esforçado quando encarou o corpo do jovem Berny, mas diferente da situação atual, Berny só era um maldito jovem negro, diferente do Sr. Bruce.

Alguns dias atrás, ele lembra que havia recebido aquela visita, muito estranha numa madrugada quente dentro da sua casa, que o pegou desprevenido. A pessoa havia lhe feito uma proposta, uma proposta tentadora em relação aos negros, que todos “sumiriam” da sua cidade, em troca de outras liberdades que essa pessoa precisaria na região. Para isso, Orbs teve que comunicar a proposta ao “prefeito”, que vendo também vantagens, se aliou a Orbs.

Mas o que Orbs não sabia, e o que também não lhe foi relatado, foi a maneira como esse “expurgo” seria  realizado, mas quando se deparou com a primeira vítima, Berny, Orbs considerou “justo”, mas agora com a segunda vítima sendo o velho Bruce, então isso mostrava que as coisas poderiam não estar muito bem controladas, pois o povo “alvo” havia sido deixado bem claro na reunião e restava claro que Berny e Bruce haviam sido vítimas da mesma “coisa”, o que intrigava Orbs era saber, como diabos “eles” estavam fazendo aquilo com tamanha violência, não era normal..

Orbs pensava em tudo isso, e precisava se encontrar com aquela pessoa da reunião em sua casa, a fim de esclarecer as coisas, o problema era que ele não tinha qualquer acesso à ela, então lhe restava tentar falar com o prefeito.

Suas divagações são quebradas quando um policial se aproxima dele:

- Xerife, toda a área foi isolada. Alguma recomendação?

O xerife olha tudo aquilo, era uma cena horrenda, e isso lhe traria muitos problemas agora, com um “branco” tendo sido vítima agora. 

Ele então coloca seu chapéu e diz:

- Muito bem. Mantenha a área isolada, chame o doutor Ernest, ele vai fazer a perícia do…restos mortais. Não quero ninguém da imprensa aqui. Eu vou para a cidade, preciso falar com o prefeito, e também preciso falar com os garotos na delegacia.

Orbs entre em sua viatura e de dentro dela observa tudo aquilo. Teria que ter uma conversa muito séria com o prefeito, mas o que o incomodava também, era saber que os garotos estavam se intrometendo onde não deviam, e isso fazia com que a sua filha também corresse riscos, e isso ele não podia permitir…

INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS -22LZemneON52DxRTN4cwina3PBBS4oLgt7_mDTAscMVK-XgmoSiCxEH3ia1oeA3-PxIe22S6CvXwS2kaFYkGfHpvX6M7whyFnzymJn3pTRoFNOJPbcD3IQlBGF6euYgEAjjOGyc_ekpSjSoQ5qd9R2v-d2rW6eku7_2bGIKMZDtUTSBVScQtIvp9hqa
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