INTERAÇÃO COMUNS ENTRE OS PERSONAGENS

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#1 'Dado D6' : 5, 3, 6

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#2 'Dado D6' : 4, 1, 2

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#3 'Dado D6' : 2, 6, 5

Quando percebe que Oliver havia conseguido a atenção da garçonete e estava conversando alegremente com ela, Buck discretamente da um chute em sua canela. Seu irmão o conhecia bem e sabia que era uma brincadeira e revida da mesma forma. Os dois sorriem e voltam a conversar.

Logo depois dois carros chegam no estacionamento e Buck nota que se trata de Tyler e Karen.

Mas oque realmente chama a atenção de Buck é o fato de Brad olhar para Karen e seguir o seu caminhar até o momento que ela entra no local. Ele comenta algo com seu irmão e termina sua garrafa de cerveja e a joga no chão, mas logo Morgan pega outra e lhe entrega.



Tyler se aproxima da mesa, com seu amigo Benety, e questiona a respeito de Berny e Arny.

- "Eles foram liberados, já devem estar em casa. Podemos ficar mais tranquilos" - Buck olha pela janela e percebe que Brad, Osias e Morgan estavam bebendo encostados no carro - "Pelo menos quanto a eles podemos ficar traquilos."

- "Onde será que esta o Spinosa? Aquele moleque deve estar de tocaia em algum lugar."

Curiosamente Tyler junta uma cadeira e puxa mais uma para seu amigo Benety e começam a conversar com Oliver, Buck, Suzanna e Evelyn.
Após alguns minutos de conversa, Buck percebe que Tyler era uma pessoa com uma personalidade muito agradável e ser o centro das atenções as vezes não era nem uma insistência, era algo que ocorria naturalmente com ele, como se algo o direcionasse para isso, mas ainda assim era um cara bacana.

- "Quem diria, o Tyler tem um bom papo e mesmo sendo difícil fazer ele parar de falar, ele não é um babaca."



Para uma noite que parecia ser perfeita, um grito e palavrões quebram todo o clima.
Quando Buck olha ao redor nota Brad e Osias na mesa da turma de Tyler e Brad segurava o braço da irmã de Tyler

Tudo começa a acontecer como se fosse em velocidade acelerada, mas Buck estava acostumado com isso e havia como tentar resolver isso

- "Esse incazzato do Brad, preciso fazer ele ir para fora antes que de merda. O Tyler esta com o pessoal do futebol, mas ele deve ter uma faca, ou pior, uma arma e não vai se importar em dar um tiro em alguém"

Tyler é mais rápido que Buck e se levanta derrubando quando tudo que estava na mesa e Benety segue atrás dele, e quando Buck se apoia para levantar seu irmão segura seu ombro, falando para não se meter

Neste mesmo momento, Peter aparece no estacionamento com uma garrafa quebrada. Ele estava muito nervoso, e usaria aquela garrafa quebrada sem pensar suas vezes

- "Fratello, olha bem o que esta acontecendo. Eu não posso ficar parada, aquele cara estava tentando levar a Karen a força e o irmão dele já empurrou um rapaz."

Buck tira a mão do seu irmão de seu ombro e diz

- "O certo é o certo, e se tem dúvida é por que é errado. Eu não tenho dúvidas que o certo é defender a Karen e as outras meninas." - Buck olha para Suzanna e Evelyn e sabendo que seu irmão nunca foi versado no uso dos punhos e diz - "Fique aqui e não deixa que nada acontece com as meninas, eu vou tentar resolver isso antes que vire uma briga"

Buck se levanta, mas neste instante ele percebe que Tyler não havia nem mesmo iniciado uma discussão. Ele se aproxima de punhos cerrados e desfere um soco, era visível que Tyler tinha a irmã em alta conta e não iria deixar este tipo de agressão contra ela passar em branco, mas pela maneira como ele levantava a guarda e se posicionava, iria precisar de toda ajuda disponível

- "Nossa, eu brigava assim quando tinha uns onze anos." - então Buck se lembra quem é Tyler - "Ele nunca deve ter precisado partir para uma briga, esse cara se deixou levar pela raiva e entrou no jogo do Brad"

Buck caminha com passos firmes em direção a briga, sua mão direita se mantem no bolso da calça e ajusta a mão em seu soco inglês e seus olhos avaliam o ambiente achando copos, pratos e cadeiras que poderiam ser usadas.

{off: Buck quer avaliar se o Brad e o Osias irão partir para revidar ou se ele vai recuar, tratar como manobra aguardar. E se tiver uma cadeira disponível, me avisa que será devidamente utilizada}

Karen?!!- grita Tyler que sai em direção dela.
Tyler tinha Karen como um espelho de sua mãe, ela era o sorriso a ternura de sua mãe, Tyler daria a vida por sua irmã, nem.mesmo Brad teria a noção do que poderia acontecer com ele se algo acontecesse com ela.
Em segundos Tyler chega com punhos fechados e sem nenhum diálogo defere um soco no rosto de Brad, era o momento certo pra dar um fim nas investidas de Brad em sua irmã. Tyler estava determinado a mostrar pra Brad que não esqueceu da trombada que ele deu na escola...

Com o passar do tempo, e sem perceber, Buck conversava com Suzanna de uma forma natural e muito prazerosa. Ela, ao contrário da visão que se tinha a primeira vista, era muito simpática e aberta a conversar sobre qualquer assunto, de uma forma muito natural. Sem notar, Buck parecia se maravilhar com aquela visão.

 

Quando olha do lado, percebe a garçonete Evelyn sentada com eles, conversando com seu irmão, e pelo que ele entendeu o turno dela havia acabado e seu irmão em algum momento havia convidado ela a se juntar à eles.

Uma tormenta parecia se formar e seria bem forte, mas a atenção de todos no Point "Z" é quebrada pela chegada de dois veículos, dirigidos pelos irmãos O'New.

     

Quando ambos saem, de seus respectivos veículos, acompanhados por outros jovens da "turma", muitos do Point "Z" os observam. Não havia como negar que naquela cidade, eles faziam a diferença.

O grupo se aproxima e junta várias mesas para que todas as 8 pessoas pudessem ficar juntas.  

Pode se perceber que o assunto do grupo são festas, carros, viagens, joias, roupas, relógios...um mundo realmente a parte de Buck, mas quando percebe ele vê que Tyler se aproxima da sua mesa, pede licença e cumprimenta a todos.

- E aí Beleza turma? oi Suzanna, tudo bem? cadê o Arny e o Berny? sabem se estão bem?

Aquela aproximação de Tyler havia pegado Suzanna e Buck de surpresa, Tyler precisava de mais um tempo para ser compreendido, as vezes agia como um jovem normal, as vezes como se quisesse toda a atenção do mundo sobre si mesmo, era as vezes difícil saber quem ele realmente era.

O irmão de Buck, Oliver, levanta e o cumprimenta também:

- Muito prazer! sou Oliver, irmão de Buck, essa é Evelyn.

Tyler pede licença e acaba se juntando à eles, um tempo depois Benety, seu amigo do time de futebol, que viera junto nos veículos, também pede licença e se junta à eles.



A mesa acaba ficando cheia, com Buck, Suzanna, Oliver, Evelyn, Tyler e Benety, mas Buck percebe o olhar curioso de Karen os observando da outra mesa.

A conversa acaba ficando animada, e os assuntos se misturando à todos. Tyler estava sendo simpático (ou querendo atenção...vai saber), Benety era forte, mas embora tivesse conversando parecia bem tímido, Suzanna e Buck pareciam que se conheciam a anos. Buck quando olha para Oliver vê que seu irmão ja está dando seu telefone para Evelyn num guardanapo, a noite estava perfeita, a não ser pela tempestade que ameaçava acabar com tudo, mas de repetente um grito.

Todos se viram para direção, onde estava a irmã de Tyler e os outros amigos, e junto à eles...Brad e seu irmão, mas Morgan estava no capô do carro, observando e segurando o cão de Osias, que já estava latindo raivoso.

- Sai fora Brad! não quero sair com você e vê se me solta!!

A amiga de Karen, Eliza, se levanta e diz:

- Escuta aqui Brad, você tá meio alterado, sai fora e vai descansar.



Nesse momento, o irmão de Brad, Osias, responde Eliza



- Escuta vadia! alguém falou com você!?





Um amigo do grupo de Karen levanta, e logo é empurrado por Osias e cai no chão.

Brad e Osias pareciam alterados, o grito era de Karen, e foi o suficiente para Tyler levantar correndo e ir em direção à mesa, derrubando, sem querer, o milkshake de Evelyn e sendo seguido por Benety.

Oliver olha para Buck e diz ao seu irmão, segurando forte seu ombro com uma das mãos, pois ele conhecia bem Buck e principalmente aquele olhar:

- Buck, deixa que isso eles resolvem! não se meta disso pelo amor de deus!

De repente outro grito, Buck e Oliver olham e se trata de Peter, a pé chegando do estacionamento e quebrando uma garrafa no chão e apontando o dedo para Brad.

- Aquela encontro literário estava uma merda e dai!!!???? tá acontecendo o que aqui seu merda!!!????



Eles não sabiam, mas Peter tinha realmente ido ao encontro literário, mas realmente estava uma merda, e resolveu ir para sua casa. Chegando lá, na visão do seu "tio" muito tarde e sem avisar, acabara por tomar um soco na cara. Peter revidou, mas seu Tio era muito forte e anos de experiência em brigas de bar de motoqueiros, coisas que Peter nem sabia o grau disso, o resultado foi outra surra para seu currículo.

Completamente tomado pela ira, pegou a sua moto (FODA-SE), cuspiu o sangue no chão e foi passear, e viu o movimento no Point "Z", pensou que poderia tomar uma cerveja (Foda-se também), e quando chegou, estacionando sua moto, viu Brad e outro cara (Osias que ainda não conhecia) se aproximarem da mesa e começarem a confusão.

Era tudo que Peter precisava...

Ao ouvir o pedido do irmão, Buck acena com a cabeça e diz para Evelyn

- "Isso, e mais uma porção de fritas com molho gravy e alguns palitos de mussarela empanados com o molho picante de vocês."

Oliver sorri e acena positivamente para a garçonete, como se estivesse dando um aval ao pedido de seu irmão. Assim que Evelyn se afasta ele diz

- "Cara, você não jantou? Tenho certeza que vi você na cozinha não faz nem meia hora atrás." - e sorri para o irmão.

- "Ah Oliver, só o Falls é muito doce... tem que ter um salgado para acompanhar"

Mas logo Buck se distrai quando seus olhos encontram com Suzanna e tudo ocorre muito rápido e logo ela estava ao lado da mesa.

Quando Oliver chama Suzanna para sentar ele quase tem um acesso de tosse

- "Droga, se o Arny ficar sabendo vai achar que eu quero furar os olhos dele. Que situação que isso esta virando"

Neste momento ele nota que Brad havia estacionado o carro do lado de fora, junto com seu irmão e Morgan.

- "Era só oque me faltava. Com estes três ai fora nem dá para pensar em ir embora, ainda mais com meu irmão junto. Ele vai querer se meter e vai apanhar mais que grancassa alla festa." - Buck continua observando os três ali fora de canto de olho - "O maior problema é o Brad. O irmão dele só esta nessa por querer seguir seus passos e o Morgan se pudesse nem se envolvia. Mas o Brad daria uma facada em qualquer um aqui sem pensar duas vezes."

Brad vira o rosto em direção a porta de entrada, e depois para a porta dos fundos.

- "Spinosa não esta com eles, nem aquele outro esquentadinho. Ou não estão com eles, ou esperando na saída dos fundos."

Quando Suzanna questiona a respeito de novidades, Buck sorri e pensa - "Nossa, a gente estava junto faz poucas horas"

- "Pouca coisa. O Peter parece que foi mesmo no encontro literário, imagino o quão assustados eles vão ficar por lá quando ele chegar." - Buck acaba dando risada em imaginar um cara com Peter chegando no encontro literário.

- "Meu pappa me contou que Arny e Berny foram liberados com o nosso testemunho. Já devem estar na casa deles, apesar do susto a gente ainda vai rir disso tudo"

Buck sorri, no fundo ele gostava de ter um momento de tranquilidade ao lado de Suzanna, mas sabia que Arny poderia até rir de ter ficado preso por uma tarde, ele tinha fibra para isso, mas certeza não daria risada dele e Suzanne conversando e tomando sorvetes juntos.

O Point "Z", era conhecido por ser bem frequentado pelos jovens de Everet Falls. Tinha seu famoso sorvete "Falls", servido numa taça em forma de pino na qual o sorvete era derramado por cima, com flocos de chocolate, e esparramava pela taça como se fosse uma queda d'agua até a base, onde o cliente poderia se deliciar.

O lugar estava lotado, mesmo havendo uma tempestade se aproximando ao longe pelo norte.

Buck havia se despedido de Peter e se arrumado para o local. 

Ao chegar no Point "Z", Estava acompanhado de Oliver, que não parava de falar das maravilhas tecnológicas que estava tendo acesso e que a escolha no oficio contábil teria sido sua melhor escolha.

Eles se aproximam e sentam numa mesa, uma simpática e bonita jovem se aproxima deles e diz:

- Oi! sou Evelyn! o que posso auxiliar esses dois jovens?



Evelyn devia ter seus 18 anos, era alta e tinha um cabelo rosa, muito bem tratados. Suas pernas era bem torneadas, como de alguém que fazia muita caminhada, e tinha um conjunto de seios que eram em total harmonia com seu corpo e cintura bem fina.

Enquanto ela falava, mascava uma goma de mascar com um odor característico de Tutti-Frutti.

Oliver havia ficado um tanto atônito, mas logo recobra a atenção e pede:

- Hã... Hã... sim, o pedido, desculpa...acho que podemos começar com duas taças de "Falls" e 2 sodas! O que acha Buck?

Buck olhava pelo local, procurando Suzanna e até que seus olhos se encontram

 

Suzanna estava acompanhada de mais duas outras moças, que deviam ter sua idade, mas perto delas Suzanna parecia ter uns 11 ou 12 anos...(Droga Arny...)



Ela estava segurando um sorvete, parecia ser de creme, e estava trajando um vestido azul e branco que revoava um pouco com o vento quente do verão, em sintonia com um pequeno e discreto laço azul que segurava seu cabelo curto.

Por um momento ela recebe o olhar de Buck com aquele sorriso característico, exibindo toda sua jovialidade e simpatia. 

Suzanna então desvia o olhar, sorrindo para as amigas e Buck percebe alguém o observando, quase rindo



-  O que flechou você meu irmão? hahahahahahahaha tenho que admitir, embora seja muito jovem, a mocinha é bonita mesmo, está interessada nela? chame-a aqui com a gente?

Antes que pudesse responder, Buck percebe que Suzanna já estava a 2 metros da mesa e que o pedido já havia sido confirmado por Oliver..


- Oi Buck! 

E olhando para Oliver ela o cumprimenta:

- Oi! Oliver não é? tudo bem com vocês?

Oliver se levanta, e puxa uma cadeira para Suzanna

- Venha se junte a nós, pedimos uma taça de "Falls" cada um, quer uma para você?

- rsrrsrs Obrigada! mas vou ficar no sorvete pequeno rsrsrs. E quais as novidades?

Antes de responder Suzanna, Buck percebe o carro de Brad chegando. Ele sai do carro acompanhado do seu irmão e seu inseparável cachorro, e também de Morgan. Buck olha ao redor, mas sem avistar Spinosa ou Julian.

Brad e os demais, se encostam no carro e apenas observam o local de forma despretensiosa, tomando uma cerveja e conversando.

Buck havia passado boa parte da tarde conversando com Peter e com seu irmão Oliver na rotisseria. Apesar de Peter dar uma primeira impressão de arruaceiro, ele tinha algumas convicções que eram comuns a Buck e durante todo o decorrer do tempo que passaram na rotisseria ele se mostrou educado e cortes, obviamente a faceta de briguento era somente uma das facetas daquele jovem, assim como Buck.

Oliver falava sobre a faculdade e tudo que estava vendo por lá e Buck ficava imaginando que em alguns anos poderia se candidatar para alguma faculdade próxima a Nova Iorque e rever seus velhos amigos com mais frequência.

- "E eu fiquei sabendo que daqui uns poucos anos teremos computadores pessoais Buck!" - diz Oliver empolgado - "Imagine a facilidade que será poder colocar todo o livro caixa em apenas um disco um pouco maior que este prato!"

- "Será algo incrível, tenho falado com alguns conhecidos que estão quase se formando, e um deles trabalha uma das empresas que fornece componentes e ele disse que já viu alguns protótipos, eles conseguiram deixar o computador muito muito pequeno, ele inteiro caberia em cima de uma mesa!"

Oliver abaixo o tom de voz para que somente Buck ouça e completa

- "Eu tenho juntado um dinheiro no estágio que eu faço no escritório de contabilidade, eu acho que vou ter o suficiente para comprar um destes ano que vem. Quero dar de presente para o papai para facilitar as coisas aqui na loja. E você também vai poder usar para estudar"

Buck não tem ideia de como usaria um computador para estudar, sua referência de computadores era aquilo que via em Star Trek e eles eram do tamanho de uma geladeira, não imaginava aquilo dentro de casa. Mas mesmo assim compartilha da empolgação de seu irmão, ele sabia que Oliver tinha aquele jeito inocente, mas era muito inteligente e nada inocente afinal eles tiveram as mesmas origens.

Perto das 17h o Senhor Lorenzo deixa a loja e retorna quase trinta minutos depois e se senta com Buck e Peter e diz:

- "Acabei de voltar da delegacia, expliquei ao xerife que a acusação aos dois meninos da sua sala era equivocada e que vocês passaram aqui depois da escola e eles passaram a tarde com você, igual você falou. Ele disse que era somente uma averiguação de rotina e que eles seriam liberados assim que o assistente finalizasse a papelada. Podem ficar tranquilos que os amigos de vocês já devem estar indo para a casa deles."

Buck fica aliviado com a informação

- "Ainda bem que o papá foi falar com o xerife e o Arny e o Berny foram liberados"

Quando a loja fecha Buck diz:

- "Vou para casa me arrumar e depois quero ir no Point Z, conversar um pouco mais com Suzanna. Avisar que o Berny e o Arny foram liberados e estão bem agora." - e se virando para Peter completa - "Se quiser podemos nos encontrar por lá depois"

Buck vai para sua casa, toma um banho e come algo para não sair de barriga vazia. Se veste de maneira informal mas com cuidado para não parecer desleixado e opta por não chegar antes das 19:30, não queria dar a impressão de afobado, faz tudo com calma para chegar perto das 20:00h. Mas sabendo que ainda haviam rusgas a serem resolvidas, mantem seu soco inglês no bolso da calça.

- "Adoraria levar meu bastão para passear, mas seria um pouco demais... Mas vou ficar bem atento para ver o que estiver disponível no meio do caminho"

Após a pergunta de Peter, Suzanna acaba por lhe responder:

- Então Peter...na verdade se trata de uma festa "particular", dos filhos dos ricos da cidade, e com certeza eu não incluo entre eles rsrsrsrs, mas se quiser tentar a sorte você pode ir lá a noite. Bom... eu vou pra casa e a noite qualquer coisa estarei no "Point Z". Se cuidem.



Suzanna vai embora em direção a sua casa, com aquele sorriso característico. Peter então resolver seguir Buck para a Rotisseria, onde no caminho, conversam sobre motos, e outros assuntos de adolescentes.

Chegando ao estabelecimento, haviam duas pessoas colocando o tapume de madeira no local onde  havia a vidraça e quando adentram a rotisseria, percebem que mesmo assim estava lotada de clientes, como pessoas sentadas, outras entrando e saindo.

Logo que percebe a chega deles, o senhor Finn recebe Buck e Peter e prepara uma mesa para eles.

Os dois logo percebem que muita gente fica comentando sobre o ato de vandalismo, mas que acreditavam que logo o xerife apresentaria os culpados, fazendo com que Buck e Peter se olhassem.

Logo depois, o senhor Finn coloca na mesa um farto prato de pastelões, acompanhado de suco de laranja natural e bem gelado.



Nesse momento, Peter deixa um pouco a "cerimonia" e parte para saboreá-los e na primeira mordida percebe que são feitos de um modo muito especial, mesmo havendo almoçado na escola junto com Buck, não tinha como deixar de comer aquela "obra prima".

Percebendo que seu filho se encontrava no local, o senhor Lorenzo e sua esposa, aproveitam uma folga da clientela e se juntam os dois. Ambos são muito receptivos para com Peter, o que o deixa um pouco mais a vontade. Em dado momento, a mãe de Buck se dirige a ele:

- Então Peter, nosso outro filho Oliver, chegou da faculdade para passar o final de semana com a gente...

Nisso ela é interrompida pelo seu marido:

- Amor..não seja ingênua! Oliver veio visitar a lavanderia HAHAHAHAHA

- Lorenzo!

Peter percebe que se trata de um casal harmonioso, o que se refletia em Buck. Talvez se em sua vida tivesse tido uma família assim, as coisas seriam diferentes...

Mas seu pensamento e interrompido, pela chegada de Oliver, que se junto a todos na mesa.

A conversa acaba por levar horas, que acaba fazendo Peter esquecer da orientação do seu tio para ajudá-lo na mecânica. Com o passar do tempo, percebem que já havia anoitecido, fazendo com que os Lombardi dispensassem o senhor Finn e se preparassem para terminar fechar a loja.

Nisso o senhor Lombardi diz a Peter

- Quer que uma carona até sua casa Rapaz? já são quase 7 da noite, podemos acompanhá-lo.

Peter fica nada satisfeito com a reação dos funcionários públicos e mais uma vez tenta acalmar-se para não continuar a situação infeliz e de certa forma perigosa com os policiais e até mesmo para não envolver seus colegas nisto tudo. Sendo assim, mantenhe-se quieto e sai da delegacia quando Buck lhe oferece um almoço. Fica sem jeito, mas não haveria como resistir pois ainda sentia muita fome,

"Buck, eu aceiitaria seu convite cara, mas tô zerado. Minha grana mal dá para colocar combustível na Isabella. Aliás, Isabella é minha moto, quando precisar dá um toque. Se rolar de eu poder lhe pagar depois é coisa certa."

Ao sairem da delegacia Peter vê uma linda garota sentada embaixo de uma árvore. Leve, liberta....e seus olhos....ahhhhhhh....seus olhos. Ele nota que ela devolve os olhares e algo diz a ele que deveria falar com ela, mas naquele momento não teve a chance.

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<hr>'Dado D6' : 4, 5, 1

Após Suzanne beijar seu rosto, Buck não pode deixar de sentir suas bochechas ficarem vermelhas. Ele não esperava por aquilo.

Enquanto Suzanne se despede, ele olha com mais atenção aquela garota que até ontem parecia uma menininha, mas suas atitudes mostravam um caráter extremamente sólido, convicções corretas e ele via muito em comum entre os dois.

Aliado a isso tudo ela tinha um sorriso meigo e um jeito de garota, mas que as roupas molhadas do dia anterior marcando suas curvas mostravam que ela estava desabrochando, um pouco tardiamente talvez mas estava se tornando uma bela mulher fisicamente.

Mas oque atraiu Buck naquele momento era a personalidade e a maneira como Suzanne estava se posicionando naquela situação.

- "Ela tem um gênio forte, se fosse italiana com certeza iria gritar com o pai dela. Ela é uma bela fiore"

{Teste de Reação 3D6+1(aparência)+1carisma+2(senso do dever)+2(honestidade)=  4+5+1  +1(aparência)+1carisma+2(senso do dever)+2(honestidade) =16
Reação Muito Boa} 

Neste momento Buck se lembra de Arny e se sente mal pelo jovem, mas quem controla as coisas do coração...

Buck ouve as palavras do delegado, elas eram calculadas no limite da educação. Mas seu rosto no momento que Suzanne falava era perceptivelmente alterado, parte surpresa e parte raiva, mas não de sua filha e sim da situação e isso seria descontado em Arny e Berny.

 - "Claro xerife, irei pedir para que meu pai venha lhe dar as informações."

- "Afinal, você precisa de mais tempo para intimidar os dois"

Buck dai da delegacia e nota que Peter esta olhando para Eliza e prefere ficar quieto. Mas Suzanne resolve explicar de quem se trata.

Após se despedir de Suzanne, se vira para Peter e diz:

- "Vou até a rotisseria falar com meu pai agora mesmo. Se quiser vir junto podemos almoçar por lá mesmo, deve estar saindo uma fornada de pastelões de frango agora e como é sexta devem ter feito tiramissú."

O Xerife Orbs se sente compelido a escutar o jovem Buck, por sua educação e desenvoltura, mas algo o incomodava mais do que a petulância daquele rapaz Peter, era sua filha protegendo os "negros". 

O Xerife então retira seu chapéu, mostrando ser um tanto calvo para a idade, passa um pequeno lenço em sua testa para retirar o suor por causa do calor, e se dirige a Buck

- Muito bem jovem Lombardi, irei considerar seu...digamos... "depoimento". Mas os garotos deverão permanecer mais um tempo aqui na delegacia para cumprir mais algumas formalidades. Mesmo assim, existe ainda muitas coisas a verificar, pois preciso confirmar a suas alegações.

Nesse momento, Suzanna se pronuncia

- Eu estava do lado deles quando houve a briga, posso confirmar tudo que ele disse!

O Xerife Orbs se pudesse espumar de raiva estaria nesse momento fazendo isso ("mas que merda essa menina está fazendo?????") ele respira fundo e continua:

- Muito bem, mesmo assim, como são "menor de idade", só posso oficializar seus depoimentos com a presença do responsável legal, no caso, seus pais jovem Lombardi.

Então o xerife se vira para Peter:

- E o senhor? vai chamar quem? seu tio?

O xerife sem esperar uma resposta entra para sua sala, mas antes diz à sua filha:

- E você mocinha, pra casa...teremos muito que conversar quando eu chegar em casa.

O trio acaba saindo da delegacia sem ter muito mais o que fazer, para a decepção de Suzanna e o Ódio de Peter.

Suzanna então se vira para eles:

- Bom... se meu pai acha que vou mudar minhas convicções ele está tremendamente enganado!

Numa jogada de olhar para o centro da cidade, Peter nota uma jovem sentada no parapeito do canteiro central da cidade. 



Ela tinha cabelos revoltos castanhos, olhos grandes e "repuxados", lábios finos e um olhar provocador, como se o analisasse completamente, sua cabeça, envolta numa bandana, estava levemente apoiada em sua mão direita, enquanto seu corpo apoiava uma série de adornos como brincos, colares e pulseira, ela era linda. 

Peter sabe que o olhar é para ele, e a olha da mesma forma, até que nesse momento um carro para ao lado dela, um carro conversível.

  

Era a bela Karen. Ela acena para a amiga sentada na praça, que se levanta e vai ao seu encontro. Antes de entrar no carro, a "jovem" olha mais uma vez para Peter e as duas vão embora. Peter estava paralisado, havia algo nela que o deixou paralisado, algo nela exalava LIBERDADE.

Buck e Suzanna ficam olhando o jeito "atônito" de Peter e após um tempo Suzanna o toca no ombro e diz:

- Peter..Peter, rsrs,  essa é a Eliza Portrust, filha do sócio do pai do Tyler, ela é meia doidinha rsrsrs, elas costumam se encontrar na casa dela mesmo, nas sexta, costumam fazer umas festas. 

Suzanna então se vira para Buck e diz:

- Bom, vou precisar ir para casa, se quiserem se encontrar a noite no Point "Z", vou lá comer um lanche, vai estar legal por causa do calor, acho que umas 19:30 vou estar lá. Segunda conseguiremos falar com Arny e Berny, pois acho que nossa visita vai fazer meu pai liberá-los ainda hoje. Bom, se cuidem meninos.

Suzanna dá um beijo no rosto de Buck e Peter, sem eles esperarem aquela reação dela, e antes de irem embora ela lança um último olhar para Buck, sem o grupo perceber que alguém de longe os observava, alguém que tinha coisas pendentes para acertar com todos eles...

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'Dado D6' : 6, 1, 1

No caminho da delegacia Buck percebe um ónibus se aproximando, e já imaginava que seu irmão estaria ali dentro
Após ele descer, Buck lhe responde

- "Oliver! Quem bom que você chegou cedo fratello!" - ele abraça seu irmão e logo completa - "Pode deixar que daqui a pouco vou para casa, vou... dar uma volta com o pessoal da escola, mas logo apareço lá para gente conversar"

Assim que chegam na delegacia Buck percebe que Peter fica realmente incomodado com aquela situação. 

- "Ele realmente esta arrabbiato com isso e ele nem conhece os meninos. Mas se ele continuar falando vai acabar arranjando problemas para ele."

Buck abre um sorriso e diz:

- "Senhor, eu acho que houve um mal entendido. Veja, o Berny e o Arny estavam comigo ontem." - ele tenta chamar a atenção para si e tirar a atenção da abordagem iniciada por Peter - "O Berny fez a gentileza de me apresentar a cidade, apesar de estar aqui a algum tempo eu só conhecia o caminho da minha casa até a loja e até a escola"

- "Ele fez isso pois um dos caras da escola tentou arrumar briga comigo, tanto que ele foi suspenso ontem, e Berny achou que ele poderia me esperar em algum lugar para querer brigar."

- "Como ele me ajudou, fiquei preocupado que ele fosse atacado por este pessoal, afinal ele mora longe da cidade e poderiam estar esperando ele fora da cidade. Foi por isso que eu dei a ele um pedaço de pau que eu tinha usado em uma trilha. O pedaço de pau que o senhor viu, fui eu mesmo que insisti que ele levasse com ele"

- "Os meninos não tem qualquer motivo para atacar a loja. Quem me ameaçou foram outras pessoas, e como o senhor falou com a diretora eu imagino que ela tenha lhe informado que um aluno foi suspenso ontem justamente por isso."

{Trato Social NH 11 : 1+1+6 = 8 : Sucesso}

- "É obvio que a diretora não falou coisa alguma a respeito daquele stronzo. Juntando uma diretora babaca que protege o sobrinho com um xerife racista o resultado não poderia ser diferente"

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'Dado D6' : 6, 6, 1

Peter sai da escola na companhia de seus novos colegas e segue em direção à delegacia. Talvez não seja a mais sensata decisão, porém esta injustiça não poderia passar em vão. No final das contas o que um grupo de adolescentes poderia fazer num momento como esse? Mas como faz parte de sua natureza não iria calar-se diante deste episódio.

Na saída da escola, Peter, Suzanna e Buck resolvem ir juntos à delegacia. Tyler se despede dizendo que iria participar do treino de futebol. Após um tempo de caminhada pelo centro, Suzanna não se aguenta e começa a rir.



Buck e Peter ficam sem entender muito bem, até que Suzanna para um pouco para respirar e diz à Peter:


- Desculpem... mas nossa Peter, eu achava que você era meio "Bad Boy" hahahahaha, mas nunca, nunca imaginei que um cara como, VOCÊ, iria se inscrever no grupo de literatura do Rashid NUMA SEXTA FEIRA! hahahahahahahahahahaha

Suzanna começa a rir, Buck não consegue se aguentar também e começa a rir, era algo muito estranho mesmo e engraçado. Peter percebe que não estavam tirando sarro dele, mas a situação era engraçada para eles, e acaba rindo, sem saber muito bem o que dizer naquela hora, e pensa "que merda mesmo hahahaha, se eu sair para um bar eu sou preso, o que eu posso fazer?".



Durante a caminhada, Buck percebe um Ônibus chegando na cidade e pede para todos aguardarem um pouco. Ele observa um pouco e vê seus passageiros descendo



Após um tempo, meio atrapalhado com as malas, Oliver, seu irmão, desce do ônibus e fica olhando para o centro até que avista seu irmão Buck:

- Ei Buck! Aqui!





Oliver vai ao seu encontro, quase caindo na rua por ter tropeçado. Oliver era meio atrapalhado, um pouco mais alto que Buck, mas tinha uma constituição magra e era bem inteligente. Estava cursando contabilidade e ajudava seu pai na organização dos negócios.

Quando se encontra com a turma, ele é apresentado a todos, mas Buck prefere não dizer à ele sobre onde estavam indo, era melhor não levantar preocupações. Oliver, era muito simpático e sente algo bom em ver seu irmão caçula em "boas companhia", embora o sujeito chamado Peter, fosse um tanto estranho aos padrões da cidade, ele parecia não querer criar problemas, pelo menos achava isso, um pouco...

Oliver então se despede de todos:

- Buck, vou indo pra casa, estou cansado da viagem e preciso urgente ir ao banheiro hahahaha. Assim que puder venha para casa, vamos bater um papo legal, quem sabe a noite sair e tomar um sorvete!

Oliver então se despede e toma o caminho para a loja de seus pais.

Após uma caminhada até a entrada na delegacia, os risos cessam e eles percebem que agora a coisa seria séria.



Enquanto isso, desde a parte da manhã, Arny e Berny ficam trancados na sala, sem ao menos terem tido o direito a um copo de água, mesmo que fosse quente.

Arny sabe que estão fazendo isso para pressioná-los, mas ele não iria ceder, não havia feito nada, era apenas uma vítima disso tudo. Mas Berny estava com sede, ele então bate na porta pedindo que alguém levasse água para eles, mas nem sequer era atendido, tudo aquilo era um absurdo! ele se senta na cadeira novamente, começava a divagar, deitou sua cabeça na mesa e imaginava seu irmão entrando e atirando em todos, para libertá-los, mas sabia que seu irmão estava muito longe, mas que se estivesse na cidade não permitiria que seu irmão passasse por aquilo.

Do lado de fora, Buck, acompanhado de Peter e Suzanna, entram e se aproximam do balcão, sob olhar curioso do policial Jhones:



Ele coloca seu "quepe" e se dirige para Peter

- Imaginei que iria retornar logo rapaz...pessoas como você não conseguem sair de problemas.

Suzanna percebe o sarcasmo e provocação do policial Jhones, e prefere se adiantar antes que Peter resolvesse complicar as coisas

- Policial Jhones, queremos falar com meu Pa..com o xerife Orbs.

O policial fica intrigado, por que tanta formalidade por parte de Suzanna? ele então pergunta:

- hummmm...entendo. Mas me diga minha jovem, por que precisa falar com o xerife Orbs acompanhada desses "senhores"?

Suzanna somente responde:

- Assunto direto com ele.

- Hummm... entendo. Vamos fazer o seguinte, fiquem aqui e eu irei chamá-lo.

Após um tempo, o Xerife aparece na recepção.



Ele não deixa de ficar surpreso em ver sua única filha, que estimava acima de tudo na vida, acompanhada daqueles rapazes. O jovem Buck tudo bem, era filho de comerciantes estimados na cidade, mas aquele Peter, o que aquele marginal estava fazendo ao lado da sua filha?

O Xerife Orbs, olhando para Peter de uma maneira nada simpática, pergunta à filha, mas sem tirar os olhos de Peter.

- O que vocês querem aqui? acho que não é o local para estarem, com exceção de "uns"...

O xerife havia lançado a pergunta, mas começava a imaginar a real razão para estarem na delegacia..."malditos negros"

O ritmo daquela cidade ainda era estranho para Buck, era tudo um pouco mais lento, um pouco mais devagar.
Com exceção de casos como aquele velho saindo da loja de armas, falando sem parar de alguma coisa rondando seu trailler.

- "Essa cidade tem muitas figuras que parecem que sairam de um filme, olha o tipo desse vecchio"

Mas aquele informação não passa desapercebida por Buck, mesmo com Berny minimizando o caso ele guarda muito bem a informação.

Já no caminho, quando o carro de Tyler para a primeira coisa que Buck faz é olhar ao redor e procurar uma pedra ou pedaço de madeira. Ele estava bastante preocupado com aquele pessoal do Brad irem atrás deles e não iria apanhar sem levar pelo menos um deles junto com ele. Mas felizmente era Tyler.

Por um instante ele até achar que o almofadinha iria com eles, mas pelo visto ele tinha outros planos, como sempre. Um pena pois mesmo sendo de um grupo muito distinto, Buck acreditava que se aproximar de Tyler poderia ser bom para ele.

Quando o grupo pega as trilhas, logo Buck encontra um pedaço de madeira que usa como bastão para andar, mas na verdade o havia escolhido para lidar com qualquer tipo de problema que houvesse.

Ao chegarem no local, as preocupações de Buck evanescem.



De fato era um local mágico.
Em pouco tempo os quatro estavam rindo e brincando, e finalmente Arny estava mais solto e começava a conversar com Suzanne. Buck deixa espaço para os dois, pelo visto sua impressão que Arny tinha uma atração pela garota era correto.

- "Se fosse em Nova Iorque alguns ainda iria olhar torto para um garoto negro namorando essa bianca piccola. Mas aqui deve ser bem pior, se bobear podem até bater nele."

Depois de uma tarde de diversão e a criação de laços que Buck não acreditava que poderiam surgir tão facilmente eles retornam para cidade.

Quando Berny e Arny se despedem Buck fica preocupado.

- "Olha, levem este bastão... nunca se sabe." - ele sorri e diz - "Nos vemos amanhã na escola, espero que o clima fique mais tranquilo amanhã"

Buck entra para jantar e descansar, agora que estava sozinho começava a perceber o quanto haviam andado e nadado e o quanto estava cansado e faminto.

Quando todos estão abastecidos com doces, salgados e outras guloseimas, Buck se despede dos pais, que nitidamente estão contentes com a interação de Buck com os novos amigos.

Na saída rotisseria, com o sol raiando esplendoroso, o grupo caminha pela rua seguindo seu guia Berny que os entretém com suas histórias, ao lado dele Segue Buck com Suzanna e logo atrás Arny.

Quando passam pela loja de armas do Harry, ouvem gritos do lado de dentro, mas não seria uma discussão, e sim um homem falando muito alto.



E não tardam para perceber o senhor Bruce, conhecido por ser um pouco surdo e por isso falava muito alto, saindo com sacolas, passando pelo grupo as pressas, seguido pelo ajudante da loja até a sua velha caminhonete

  

Ele era um homem já acima dos 60 anos, muita vezes conhecido pela sua rudeza, e seu charuto inseparável, sem falar em seu chapéu e "terno" que parecia que não via água e sabão a uma centena de anos.

Morava em um velho trailer, dentro de um bosque um pouco afastado da cidade, onde fazia questão e não escondia de ninguém que detestava gente.

Ele faz o ajudante colocar suas compras na carroceria na caminhonete e após lhe dar umas moedas, olhando para a frente da loja onde estava o Sr. Harry, proprietário, lhe diz:

- Escuta Harry! posso estar velho, surdo, mas ainda não louco! eu sei o que vi ontem a noite! era algo estranho, estava rondando ali perto do meu trailer a noite, mas logo lhe meti uns tiros que a "coisa" sumiu!

O Velho Bruce vai para porta do sua caminhonete, a abre violentamente, cospe no chão e antes de sair diz

- Tô te dizendo, tem coisa estranha por lá, eu fui falar com o Xerife agora, mas deu pra ver que ele não me levou a sério, como toda essa cidade de idiotas que faço questão de não gostar desse povo, só da cidade mesmo! Por mim podia ser uma cidade fantasma que eu viveria muito bem!

O Sr. Bruce liga sua caminhonete que solta uma fumaça bem preta, e arranca uma marcha ré que quase causa um acidente com outro veículo que passava no local. Ele tira a cabeça para fora do vidro, xinga o motorista e sai, breca novamente a caminhonete, e grita

- Agora estou "abastecido"!! quando "aquilo" aparecer de novo, vai levar tanto chumbo que vão precisar fazer autópsia lá no chão mesmo! por que não vai dar pra levantar!!

Dito isso, ele arranca novamente em disparado com a sua caminhonete em direção a estrada que levava para seu trailer.

O grupo é pego de surpresa, mas Berny e Suzanna já conheciam o jeito do Sr,. Bruce em lhe dar com pessoas, e apenas riem. Logo depois Berny diz ao grupo

- Nossa, hoje ele estava nervoso mesmo, estranho haver ursos naquela região dele e olha que eu já andei sozinho por lá, até o grande carvalho da flor branca.

Berny gostava de dar nomes a certos objetos e coisas que eram possíveis achar nas regiões que ele andava, era uma forma dele "oficializar" suas descobertas. Suzanna olha para ele e pergunta

- Berny...é perigoso onde a gente vai?

- Imagina Suzanna! fica tranquila, o lugar é lindo e seguro, vocês vão ver! o velho Bruce devia estar bêbado e viu uns guaxinins rondando seu trailer, e qualquer coisa o Arny tá aí para te proteger, certo Arny?

Pronto.. se havia um motivo para Arny ficar pálido esse havia sido. A vontade de Arny era ao mesmo tempo correr dali e socar a cara de Berny! ("obrigado amigo"). Arny não soube dizer nada, apenas olhou para Suzanna, que apenas riu. Buck pegara a situação de pronto, e percebeu que Arny gostava de Suzanna, ou algo muito próximo disso.

O grupo então segue Berny, com todos conversando sobre o dia de hoje e como Buck era valente em encarar os idiotas da Gang de Brad, mas Buck não descuida da atenção e observa se eventualmente poderiam estar sendo seguidos, mas até então estava tudo bem seguro.



Ao andarem pela estrada pavimentada, que ficava em meio a árvores e um bosque, depois de cerca de 20 minutos a pé do centro, uma estrada que era a saída sul da cidade, e Arny e Berny pegavam a estrada da saída norte até suas casas, percebem um carro passando em alta velocidade ao lado deles e brecando logo a frente. O Grupo para e fica observando o carro dando marcha ré e quando o motorista emparelha ao lado deles, percebem que se trata de Tyler, dirigindo seu potente carro, ele abaixa o vidro, deixando o som de "BORN TO BE WILD" tirar a quietude da estrada e os indaga falando um pouco alto por causa do som.



- O que estão fazendo aqui? Onde estão indo? 

Berny se adianta na lateral do carro, para poder ouvir melhor e responde

- Passeando... vamos parar em um lugar e comer algumas coisas, quer vir?

Tyler os olha por um instante, que grupo estranho que se formara, e pensa que quem sabe ele poderia ser líder deles também, mas não naquele dia, ele precisava continuar sua direção solitária como adorava fazer e levar toda aquela "penca" de gente dentro do seu carro estava fora de questão, por mais que seria um bom momento de apreciarem seu "brinquedo", de apreciarem ele como "dono", como "afortunado" que era. Mas aquele não era o momento...

- Agradeço, mas preciso ir, mas de qualquer forma, tomem cuidado... principalmente você novato.

Tyler se despede e segue seu rumo, cantando pneu pela estrada a fora, Buck fica até de certa forma aliviado, por que pelo menos havia uma testemunha onde poderia informar tê-los visto pela "ultima" vez, caso alguma coisa desse errado, pois não tinha a menor ideia de onde Berny os estava levando.

Suzanna quebra o silêncio e diz

- Alguém já viu onde ele mora? eu fui umas duas vezes com meu pai lá, é uma casa gigante!

Logo Arny pensa que se fosse visto andando a 1 Km dessa casa, provavelmente seria preso só por estar sentado no chão tomando um sorvete.

O grupo continua por mais 1,5 Km e Berny sai da estrada, pela direita até uma pequena trilha, bem escondida em meio as árvores, e após uns 15 minutos de caminhada ele se deparam com um longa ponte.



Berny para na frente da ponte e diz

- Tamo chegando turma! vamos atravessar e sair pela esquerda dela naquele barranco. Arny..ajuda Suzanna a não cair.

Arny coloca sua mão em frente a  seu rosto e pensa ("porra Berny cala a boca!!"), Buck olha para ambos, e não sabe ao certo se Berny está está zuando mesmo com Arny ou estava na pura inocência tentando ajudar o amigo, era mais provável que fosse a segunda opção.

Ele seguem Berny pela ponte, onde a uns 4 metros abaixo passa um pequeno rio, e logo depois começam a atravessar uma mata fechada. Buck se pergunta como um garoto como Berny sabia andar nesses lugares e não se perder.

Mas logo depois o grupo se depara com a recompensa



A Clareira Rendmor era fantástica! havia uma grama que parecia ser podada pela própria natureza, onde o pisar nela parecia em cima de um colchão. Berny larga as coisas no chão, sai correndo e pula nas águas límpidas do lugar.

Suzanna ri daquela atitude e vai arrumando as guloseimas e sucos para o grupo em uma pequena toalha que estende no chão. Arny por puro instinto começa a ajudá-la na tarefa, recebendo um sorriso pela gratidão.

Buck não pode deixar de ficar maravilhado com o lugar, era simplesmente lindo. Ele para as margens do lago observando tudo aquilo, podia ser ver os peixes nadando ao lado de Berny, que parecia conhecer totalmente a extensão daquele lago, pela familiaridade que nadava e ria ao mesmo tempo.



Buck podia querer naquele momento ouvir uma música, mas parecia não precisar, todos ouviam ao mesmo tempo uma musica vindo deles mesmo. Olhava e via Berny nadando feliz em meio ao peixes do local, chamando-o para se juntar a ele. Do outro lado, sentada no chão, Suzanna arrumava tudo de uma forma feliz, querendo que tudo estivesse perfeito para eles, e ao seus olhos, Arny a admirava, ajudando e sorrindo para ela, e sem perceber que aos poucos ambos já conversavam.

Com o passar do tempo, nem percebem que dançam todos juntos sob o som de uma musica que cada um tocava para si mesmo em seus corações, e que ao mesmo tempo compartilhavam entre eles toda aquela alegria. Parecia que toda uma amizade havia esperado todos esses anos para iniciar naquele local, com aquelas pessoas, do modo mais natural possível.



Buck por um momento se vê dentro da água com Berny sobre seus ombros, ambos tentando derrubar Suzanna, sobre os ombros de Arny, nas aguas do lago. Outro momento Arny se vê conversando com Suzanna, sentados um do lado outro na beira do lago, até que Buck e Berny chegam correndo chutando água na direção deles, fazendo com que sejam perseguidos por Arny e Suzanna aos risos.

Uma hora estão em volta ao piquenique todo arrumado por Suzanna e Arny, se alimentando das delicias que o Sr. Lorenzo havia proporcionado. 

Em outro momento que parecia eterno, todos estão deitados, molhados, um do lado do outro, olhando para o céu, com a cabeça repousando sob seus braços, com a musica em seus pensamentos, sem dizer uma única palavra. Parecia que precisavam daquilo, parecia que eram amigos de longa data e que tudo caminhou para aquele fim, um inicio de uma amizade que poderia durar toda a vida deles.

Após ouvirem um respiração bem profunda, vindo de Berny, ele se levanta, pega um pedaço de bolo e diz com um longo sorriso em sua face

- Gente, precisamos ir, para não chegarmos tarde, eu e o Arny temos um longo caminho pela frente ainda.

Todos se levantam e gentilmente arrumam toda a sujeira deixada por eles, sob supervisão de Berny que queria tudo da maneira como haviam encontrado.

O retorno é silencioso, cada um pensava que daria tudo para voltar ao tempo novamente, para aquele momento que fora único deles. 



Ao chegarem no centro, Suzanna se despede deles, após o grupo a deixar bem próxima da sua casa, logo depois Arny e Berny deixam Buck em frente à sua casa. Buck fica preocupado com os dois, mas eles o convencem que podem ir embora sem maiores problemas, estavam acostumados.

Após uma longa caminhada, Arny se despede de Berny, em frente a rua da sua casa no subúrbio. Já estava quase anoitecendo. Ambos se sentam um pouco no chão, conversam sobre o dia maravilhoso que tiveram, e ainda repartem as sobras dos doces que trouxeram com eles, Arny sabia que nada daquilo podia ter ocorrido sem o jeito especial de Berny, era seu único amigo até agora e nunca o abandonaria.

Eles se levantam, tocam as mãos do jeito especial deles. Arny tenta dizer a Berny para acompanhá-lo até um certo momento na estrada, mas Berny dispensa a companhia do amigo, ele sabia muito bem aquele caminho, e Arny provavelmente voltaria correndo de medo. 

Arny segue a rua até sua humilde casa, enquanto vê seu amigo, sumindo pela estrada a fora chutando uma pedra, cantando e assoviando sozinho, Berny tinha seu jeito, mas não podia deixar de negar como ele era corajoso, não em questão de força, mas sim em questão de atitude, por que graças a ele tudo aquilo havia acontecido...

Amanhã seria um outro dia a ser recordar, só que agora todos juntos e com um outro lugar que podíamos chamar de nosso "lar".

Ao ver a gang do Brad, sem o Brad, correndo para o portão de saída já estava claro para Buck a estratégia deles. Eles iriam chorar as pitangas para o Brad e convence-lo a bater em Buck, não que fosse necessário um grande incentivo para fazer isso, ainda mais com uma plateia.

Mas naquele o convite de Berny os levava pelo portão C e isso os colocava fora do alcance da ganguezinha.

De fato Berny conhecia caminhos, ele era um morador local e pelo visto seu passatempo era explorar os caminhos pela cidade e devia fazer isso bem, afinal depois de andar por jardins vazios e pular alguns muros eles estavam em frente da rotisseria dos Lombardi.



 - "Se eu perco o Berny de vista iria ficar perdido, esse cara sabe mesmo os caminhos da cidade" - E olhando para Arny, percebe que o jovem se mantem quieto - "Esse cara é estranho. Ele é franzino, mas dá para ver na cara dele que esta pronto para responder a qualquer confusão, tem o mesmo olhar do Crazy Bob"

Ao chegar na loja ele nota que seu pai iria fazer um desconto, mesmo sabendo que os produtos haviam sido todos feitos naquela manhã

- "Papá nunca iria deixar o Berny em uma situação constrangedora, vai dizer que esta vendendo pelo preço da loja para não menosprezar o dinheiro dele"

Enquanto seu pai e sua mãe fazem um pacote de doces para Berny ele vai até o fundo da loja e faz pega alguns pães recheados e dois pastelões de frango e deixa o dinheiro com o senhor Finn

- "Senhor Finn, depois avisa o meu papá que peguei uns pães aqui. Aqui esta o dinheiro"

No fundo Buck sabia que seu pai colocaria aquele dinheiro novamente no seu quarto ao final do dia, mas Buck não achava correto pegar as coisas na loja sem pagar.

Ao retorna para a entrada da loja, Suzanne comenta a respeito de seu pai, o xerife. Buck não conhecia bem o xerife, mas sabia bem como eram alguns policiais.

- "As vezes ele só é preocupado Suzanne, afinal ele é o xerife e as vezes ele mexe com gente ruim. Talvez ele esteja preocupado com a sua segurança"

QUINTA FEIRA, 15/06/1972

O intervalo decorre normalmente durante os 30 minutos de direito aos alunos. Buck, Berny, Arny e Suzanna conversam mais em razão de Berny tentar falar sobre tudo e de certa forma uni-los, e parece que estava dando certo, Somente Arny estava ainda um pouco quieto, observando os participantes daquele pequeno grupo, mas seus olhos eram de fato para Suzanna.

Buck, reparte seu lanche com os demais, e sem perceber Suzanna estende um lenço e coloca seu lanche, suco e biscoitos para repartir com todos do grupo, sem perceberem parecia um "mini" piquenique. Buck observa Berny e Arny, e percebe que numa situação de ameaça, Berny provavelmente iria se recolher e chorar, já Arny embora bem magro e mais baixo que Buck, tinha um jeito mais "invocado", um jeito que não estava disposto a baixar a cabeça para ninguém, nem que isso lhe custasse os dentes. Ao longe ele nota também que Tyler, mesmo estando em volta do seu grupo, observa o recém grupo que se formara em volta do "novato".

Já Suzanna, Buck, achava que ela teria mais amigos, mas aos poucos fica claro que Suzanna era sozinha, talvez por ser um pouco tímida, ou por que os outros alunos se afastem dela por causa do seu pai. Seja como for, o grupo acaba naturalmente conversando sobre programas de TV, revistas em quadrinhos, histórias de caminhada de Berny, jogos e coisas naturais entre crianças, que sem perceberem os fazem rir também de forma natural.

Quando bate o sinal, Berny diz a todos de uma for eufórica, que Arny já estava acostumado com o jeito do amigo

- Muito bem turma! na saída, vamos nos encontrar no portão "C", lá todos acham que a porta é fechada, mas eu sei abrir. Dai pegamos a rua Frey, e seguimos pela viela ao lado da farmácia, mais uns passos e estaremos na rua da loja dos pais do Buck, compramos os doces e vamos a clareira Rendmor! Vai ser muito legal! Com esse calor, podemos até nadar! 

Berny estava eufórico, e Arny sabia que o amigo não iria parar de falar, e se não tomasse cuidado seriam repreendidos na sala de aula, o que de fato aconteceu, mas nada grave, só aquele momento de vergonha em meio a riso dos demais.

Assim que o último sinal é tocado, Berny puxa Arny pelo braço e levanta abruptamente 

- Vamos! vamos!

Buck percebe que os remanescentes da Gang do Brad, observam o grupo e se dirigem rapidamente para saída, mas a saída "A". O grupo segue Berny pelo outro lado, para o portão "C", e dão de frente com a portão fechado, mas Berny logo consegue sacudi-lo de um jeito que o portão se abre e todos podem sair e ter acesso a rua Frey.



O dia estava quente, já devia estar próximo dos 27 graus, e ainda era 12:45. A escola servia um almoço a todos, 45 minutos antes da saída, o que aliviava e muito a vida de Arny e Berny.

Buck, Suzanna e Arny, seguem Berny pela viela e saem do lado da farmácia, atravessam a rua, segue pela esquina da Rua Jorgetown, pulam uma cerca de um terreno de uma casa abandonada, depois pulam novamente mais um muro e dão de frente para a rua onde é a loja do pai de Buck, que por sinal estava ali varrendo a calçada, enquanto sua mãe estava numa pequena escada limpando a grande vidraça da fachada, que expunha as maravilhas culinárias que o estabelecimento tinha.

Assim que o pai de Buck se vira e o olha com tantas crianças ao seu redor, e num primeiro momento, crianças que pareciam totalmente longe de qualquer problema, ele fica feliz por ter visto o filho com tais companhias.

- Ora! Ora! o que temos aqui! quem são esses jovens Buck?

Mal o senhor Lorenzo termina de falar e, claro, Berny, se aproxima lhe estendo as mãos e dizendo

- Olá senhor Lorenzo, meu nome é Berny, e somos amigos de seu filho. Esse é Arny,  e aquela é Suzanna. Estamos querendo comprar uns doces e depois passear.

Berny estende a mãos e a abre expondo as poucas moedas que dispunha, e logo continua

- Não sei o que dá para comprar senhor Lorenzo, mas pode ser alguma coisa que dê bastante para dividir entre a turma.

O senhor Lorenzo pega gentilmente as moedas da mão de Berny, e ele tanto quanto Buck, sabiam que a quantia não daria para comprar praticamente nada, então ele se vira para Berny e diz

-  Muito bem meu rapaz, infelizmente a quantia que você dispõe não é suficiente para o que me parece que está querendo fazer com seus amigos, massssss....temos algumas "gostosuras" que tiramos da prateleira, que eram de ontem, então poderei te fazer um belo desconto!

Berny fica eufórico, e segue o senhor Lorenzo até a entrada da loja, junto com os demais. Buck percebe que seu pai na verdade quis ser gentil, pois não havia nada fora da "validade" em sua loja. Sua mãe também entra na "brincadeira" e ajuda seu marido na recepção das crianças, feliz por seu filho estar começando a se enturmar com crianças mais "normais".

Enquanto seu pai faz uma sacola com os doces, Suzanna se vira para Buck e faz uma pergunta à ele meio sem jeito, parecendo querer puxar conversa

- Seu pai e sua mãe são bem legais...meu pai que é meio bravo e não fico acostumada com isso. Ainda bem que ele não me viu na rua, senão teria que ficar em casa.

Suzanna tinha 14 anos, mas parecia fisicamente ter 12 ou 13. Arny a olhava com ternura e tentava desesperadamente puxar algum assunto com ela, mas seu medo era que não houvesse qualquer reação dela, ou mesmo que ela o ignorasse por completo.