O REENCONTRO - 11/987

E de forma surpreendente os anões começam a conversar como se nada tivesse acontecido. Bayer sempre admirou-se com o comportamento de humor dos anões, mas desta vez pareciam crianças que foram chamadas a atenção e comportaram-se. 

A estrutura da mansão era surpreendentemente magnífica quando considera-se que apenas uma pessoa ali habitava e era responsável por todas aquelas ferramentas, armas e armaduras. Bayer fica muito curioso com aqueles grandes objetos embaixo da lona e quando o é revelado o que é, a fascinação toma conta dele. Que engenhoso!!

Bayer aproxima-se do meio de transporte e mesmo sem entender muito como tudo aquilo funcionaria, olha com cuidado e atenção. 

"Bastabultak, esta é uma grande invenção! Nunca imaginara algo assim antes e lhe confesso que estou muito ansioso por experimentar esta obra de arte. Não pude deixar de notar que além deste primor possui inúmeras obras de arte aqui, e sim, eis como devem ser chamadas. Estão longe de serem apenas armas e armaduras. Merecem um status muito maior. Parabéns."


O cheiro do local trazia recordações a Bayer: seu pai. Um simples reparador de armas e armaduras que lutava longas horas diárias para que sua família pudesse ter seu sustento.


"Baz, a empreitada fez-se justa. Como sempre provou sua honra."


"Bastabultak espero um dia ter a honra de adquirir seus equipamentos. Confesso que ficaria horas aqui admirando e testando cada um deles."


Bayer vira seus olhos para Andressa...e ela sabe que era a espera de direcionamento.

Andressa olha para a arma, era algo inimaginável, fora do alcance inclusive da Sociedade das Sombras. Uma arma como aquela era única, não era uma peça qualquer

Andressa olha para Bastabultak e diz:

- "Seria uma honra poder usar esta obra de arte para vingar a morte de cada um de seus primos, vingar a morte de cada um de nossos aliados caídos e trazer justiça aqueles que nos traíram"

 - "Esta arma não será tratada como uma peça qualquer, não deve ser tratada como uma peça qualquer... "

- "Nobre Bastabultak, já batizou esta arma? Tal obra não pode sair de seu berço sem um nome adequado.... se me permite, a chamaria de Kibil Narag nâla"

{ Significa Veio de Prata Negra, em Khuzdul a lingua anã}

O anão olha a arma de Andressa, pega em sua mão e avalia

- Sim uma ótima arma, forjada sem dúvida por um mestre, mas não um anão... Se me permitir, posso banhar essa lamina em "nitril" e trabalhar para que possa ficar mais perigosa, ou se preferir, pode trocar essa sua arma por um sabre feito por mim, inteiramente por Nitril. 

Bastabultak leva Andressa para uma mesa e tira um pano de fina seda e lá ele expõe sua obra



Ele se vira para Andressa e diz

- Essa é uma arma feita por um anão minha cara... 


Andressa fica paralisada um instante...a lâmina era perfeita, havia uma parte nela que era negra e a ponta esbranquiçada...ela olha para Bastabultak e ele acena para que ela pegasse a lamina com a suas maos.


A arma era de uma leveza impar, completamente balanceada, de repente ela nota que algo foi jogada em direção dela, por instinto ela usa a arma para aparar o objeto e percebe depois que Bastabultak jogou contra ela uma pequena bigorna que foi cortada em 2 partes, mal Andressa percebeu o baque do objeto na lâmina e quando confere o "fio" está perfeito, sem imperfeições com o impacto.


Bastabultak diz a ela


- Sim, nunca perde o fio e o mais importante...corta qualquer coisa minha cara...

 
 
 
 
 

Eduard sai do local que Andressa havia pedido para ele ficar e se aproxima de Bayer

- Ficou tenso lá, não sabia se podia ou não agir, fiquei olhando para Andressa. Bom, melhor irmos.

O grupo acaba se encontrando e entrando no local. A parte inferior era um imenso salão, com forjas dos mais diversos tamanhos e formas, havia inúmeras ferramentas, peças, armas, armaduras, e objetos que nem sabiam do que se tratava. 

Bayer começa a ficar admirado no local, havia nas paredes projetos e mais projetos, ele identifica algumas coisas, como uma besta "especial" projetada de forma mais detalhada possível, desenhada a mão cada detalhe, peças, formas. Havia projetos de carroças, catapultas, bestas de sitiar castelo e outras enormes maquinários.

O grupo percebe o calor do local devido as forjas todas acesas, aço incandescente, e pelo visto ele trabalhava sozinho.

Bastabultak os conduzem até o final do salão, onde há um trono na qual ele senta e fica olhando para o grupo. Bayer no caminho, não consegue deixar de notar duas enormes "coisas" que se encontram escondidas sobre uma grande lona de couro...

Baz se aproxima dele e fala sobre todo ocorrido, sobre travar uma luta com o mago Amodrom, Caranthir, a traição do príncipe em Talo Susa, a guerra, as maquinações do príncipe em tomar o poder e assassinar seu próprio pai, as lutas que o grupo participou e a quase morte com a luta contra os lobos, a morte dos outros primos e por final Hagas.

Baz então finaliza

- Primo, precisamos chegar a esse amigo Hagas o mais rápido possível e precisamos de sua ajuda, pois a luta contra essas pessoas será difícil.

Bastabultak ouve a tudo, sentado e apoiado em seu grande machado, por fim ele diz.

- Que ironia...agora você precisando de mim...

Bornéluis diz

- Sim primo, precisamos de você...

Bastabultak então olha para Bayer e diz

- Pequeno, está interessado naquelas coisas? Pois bem, acho que isso poderá auxiliá-los

Bastabultak se levanta, e puxa uma enorme corrente para levantar o pano de couro pesado e eis que se revela uma máquina que ninguém nunca havia visto




 Bastabultak então explica

- Isso poderá auxiliá-los no tempo, se trata de um "Gyros". Não dei um nome adequado ainda. Venha pequeno e me siga.

Bastabultak começa a explicar o funcionamento da máquina, sobre o uso do carvão para gerar ar quente e encher o balão para fazer a "coisa" subir e a outra fornalha para alimentar um escape que fazia girar uma hélice, que fará a máquina ir numa direção diferente da rota dos ventos, caso fosse necessário. O grupo fica olhando estupefato, "aquilo nunca poderia voar! não tinha asas!Que feitiçaria era essa?" 

Baz então diz a ele

- Primo, sempre soubemos dessas coisas loucas que fazia, mas isso é demais, não espera que subamos nisso não é?

Bastabultak olha para Baz e responde


- Eu mesmo já testei, vocês chegariam nesse local em 1 hora apenas, os ventos são favoráveis e podem atingir a velocidade de 100 KM por hora. A autonomia das fornalhas é de 300 KM, se não usar a fornalha que impulsiona, ou seja, só no balão com o vento, daí poderá ficar tranquilo por 500 KM.

Bastabultak respira fundo e continua

-  Pelas mortes dos nossos primos, posso ceder algumas armas feitas por mim mesmo.  

Com a chegada de Bayer, a notável lividez do halfling era visivel, ele estava vivo mas claramente abalado.

- "Podemos ir? Estão todos vivos? Espero que Baz tenha uma boa razão para isso... vamos perder quase meio dia de viagem com esta parada"

- "Eduard, me ajude com os cavalos"

Com a ajuda do pirata, Andressa puxa os cavalos em fila indiana até o local indicado por Bayer. 

Ao chegar no local nota uma construção grande, muito grande para uma única pessoa e maior ainda para um anão. Mas isso não seria uma surpresa, afinal seu tempo de convivência com Baz já havia lhe mostrado que os anões adoravam reconhecimento público, seja por seus atos ou seja por suas obras.

Andressa e Eduard colocam os cavalos em um local protegido da neve e vento e adentram a construção, e sabendo da possível tensão, Andressa não se pronuncia, apenas faz uma educada reverência ao entrar e aguarda que Baz fale com seu primo.

A angústia terminara - por enquanto. Bayer desta vez optara por ser sincero ao invés de querer ludibriar, o que faz muito melhor. Talvez tenha sido uma escolha mais acertada. Bayer sente uma certa umidade em suas roupas de baixo. A pressão fora além de seus limites.

"Senhores peço a licença de todos. Vou chamar nossos amigos e retorno em breve."

Bayer sai da enorme casa do primo de Baz a procura dos seus e ao chegar ao lado de fora diz com um semblante mais branco que a própria neve:

"Entremos senhores. Vamos descobrir o que nos aguarda aqui."

BASTABULTAK olha para Bayer, seus olhos vermelhos, sangue escorrendo por seu rosto, então, ele abaixa o machado para alívio de Baz e dos demais.

Baz fica olhando para seu primo, esperando alguma reação, então Bastabultak fala

- O que querem aqui?



Baz respira fundo e diz

- Primo, ainda tem aquela cerveja que somente tu consegue fazer?

Bornéluis fala

- HAHAHAH verdade! esse desgraçado apesar de louco sabe como ninguém fazer uma bela cerveja HAHAHAHAHAHAH

Bomthrost fica quieto, como sempre, observando

Bastabultak olha a todos e responde


- Muito bem, entrem logo, a nevasca vai piorar hoje a noite, e tenho certeza que não vieram somente por minha cerveja...

Bornéluis olha para Bayer, e seus olhos dizem "alívio" da situação e fala ao halfling

- Precisamos chamar Andressa e o pirata

O membro 'Xarles' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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#1 'Dados' : 3, 5, 5

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#2 'Dados' : 3, 1, 3

Ao notar que a situação era incontrolável e que Baz estava a um segundo de sua morte Bayer abre os braços e ajoelha-se em sinal de submissão ao gigante anão que desfrutava de enorme força e fúria. Com a cabeça baixa sem contato visual direto em primeira instância, Bayer pronuncia-se.

[TRATO SOCIAL] Sucesso por 3

"Senhor com toda sinceridade peço-lhe desculpas pela indelicadeza de adentrarmo-nos em seu lar sem ao menos um aviso prévio. Peço-lhe para que possa erguer minha cabeça e tratarmos disto com olhos nos olhos como cavalheiros o fariam. Não sei qual a razão desta discórdia mas creio que sua explicita força física é compatível com sua força intelectual. Sinto-me envergonhado pela cena. Estavas aqui em seu lar e em seus afazeres e nada mais incomoda-me do que sentir-me um empecilho, mas já é tarde para tais explanações. O fato é...Estamos errados e entrego-me a seu machado se assim o desejar, mesmo porquê olhando para mim certamente entende que não passo de uma fatia de queijo para sua faca."

Bayer arrisca lentamente a erguer sua cabeça para o Anão e seus olhos marinados pela eminente morte faz um contato visual intenso com o primo de Baz.

[ORATÓRIA] Sucesso por 10

"Sr. Bastabultak as perdas nos assolam. E em muitos momentos nossas perdas são encaradas como não importantes ou como....irrelevantes. Este ódio apenas possui toda esta força meu nobre guerreiro porque este homem que está a seus pés próximo a ser assassinado por você AINDA lhe é importante. Entenda que se ele fosse desprezível ou um simples rupião este sentimento em seu coração não existiria. O amor e o ódio andam de mãos atadas. Este seu ódio vem do grande amor pela família que APENAS O POVO ANÃO - O GRANDE POVO ANÃO o tem. Nenhum outro....nenhum outro. Eu, este medíocre halfling foi abandonado e traído por um irmão e daria tudo...TUDO neste mundo para poder ter a chance desta conversa com MEU irmão Will. 

Mas senhor não quero mais ocupar seu tempo e paciência. Mate-nos a todos se assim for de sua vontade. Mas estas mortes não matarão sua dor. Sua dor e este peso que até hoje carrega em seus ombros apenas serão mortas pela palavra e a palavra apenas pode ser compartilhada quando ambas as partes tem a capacidade de falar. Senhor Bastabultak, estou aqui a sua disposição. Se for fazê-lo que seja agora, mas irei sabendo do seu amor pelos seus. Seus olhos não mentem."

Bayer abaixa sua cabeça e olhando para Baz aguarda o pior.

Baz e Bayer segue para a casa de Bastabultak, Bayer percebe que Baz está quieto, pensativo, "qual foi a história desses dois? e o que esse primo de Baz poderia nos ajudar?" - Pensa Bayer.

Chegado um momento, Baz se vira para Bayer e diz


- Bayer escute...meu primo é completamente instável e como disse, eu e ele tivemos problemas no passado. Seja lá o que acontecer, não se inclua, se afaste e deixa que eu tento resolver, até um limite MÁXIMO que você achar que deve agir, mas lembre-se...UM LIMITE MÁXIMO!

Assim que acaba de conversar com Bayer, Baz ouve uma voz e a frente da construção ele veem o primo de Baz, o anão, Bastabultak.



Um silencio incômodo toma o local, Bayer percebe que o anão é ainda mais forte que o próprio Baz...e tinha uma aparência animalesca...ele estava ali parado, sem proteção de frio, e armado com um machado muito grande que com toda a certeza cortaria Bayer como se fosse um pedaço de queijo.

de repente, eles ouvem outras vozes e quando verificam Bomthrost e Bornéluis se aproximam de Baz, Bornéluis fala para Bayer, se afaste mestre.

Baz olha para os dois e diz a eles

- O que vocês estão fazendo aqui!?? deixa que eu converso com nosso primo!

Bornéluis responde a Baz

- Agora é assunto de família Baz, então cale essa boca também...



Bastabultak olha para os três diz

- Vieram fazer o que aqui...família? me assassinar!!!!???? seja lá o que querem, esse lugar é meu! construído por mim,  E TODOS VOCÊS NÃO SÃO BEM VINDOS!!!!

Baz se aproxima do guerreiro, com seu machado em punho e diz

- Escuta aqui seu desgraçado!!! não tenho mais paciência para você!!! já te pedi desculpas! já se passaram quase 50 anos!! eu era diferente! assumi meu erro!!!! e estou aqui por que precisamos da sua ajuda!

Bastabultak começa a andar na direção de Baz olhando fixamente para ele...


- EU DISSE, FORA DAQUI!!!!!

O machado de Bastabultak sobe e desce numa velocidade impressionante em direção da cabeça de Baz, o anão consegue aparar o golpe e faíscas reluzem com a potencia do golpe dos dois! Bomthrost e Bornéluis correm em direção ao dois, Bornéluis Grita!

- Bastabultak pare!!!!!!!

Bornéluis ataca na região do peito de Bastabultak, este apara o golpe e desfere um soco violento no rosto de Bornéluis que tem seu corpo arremessado para trás. Bomthrost também ataca com seu machado em direção a costela de Bastabultak, o "gigante" anão se esquiva do golpe e rapidamente com o cabo do seu machado acerta violentamente o rosto de Bomthrost.

Baz grita contra ele e ataca com seu machado, Bastabultak apara o poderoso golpe do machado de uma forma que Bayer sente um leve deslocamento do ar tamanho poder de ataque.

Bastabultak após parar o golpe, ergue seu machado e ataca Baz, baz não consegue aparar, mas no momento que ele iria ser atingido no peito, Bomthrost se lança em direção a eles e com seu machado apara o golpe que acertaria Baz.

Bornéluis chega por trás de Bastabultak e o segura, o anão responde com uma poderosa cabeçada em Bornéluis.

Bomthrost se levanta e dá um soco em Bastabultak, ele toma o soco do poderoso anão, e só vira o rosto, como se não tivesse sentido nada, ele se volta para Bomthrost com sangue no rosto e olhos vermelhos e ergue seu machado a uma velocidade impressionante, eis que Baz se levanta, joga Bomthrost contra o chão e grita


- SE QUER ME MATAR FAÇA ISSO AGORA!!!!! MAS VOCÊ AINDA É DA NOSSA FAMÍLIA!!!!!!

Bornéluis, sangrando e vendo o desfecho trágico sem conseguir evitar grita!


- bastabultak NÃO!!!!!!!!!!!!!!! 

O machado do anão desce sobre a cabeça de Baz, que largou seu machado e estendeu seus braços para não evitar o golpe. 

Baz fecha os olhos, não havia mais nada que pudesse fazer, talvez morrer fosse a única maneira de ser perdoado pelo primo, de repente ele abre um dos olhos e o machado do primo louco está a centímetros de sua cabeça, lá está ele o poderoso Bastabultak olhando fixamente para Baz.. Baz olha novamente para o primo e diz

- Me desculpa irmão...juro por nossos deuses, agi errado em relação a você, eu era diferente e mudei...mudei para melhor, mas erre em relação a você.

Bornéluis diz a Bastabultak

- Primo, todos erramos em relação a você...estamos aqui para nos redimir também... no início fomos contra a vinda aqui, mas percebo agora que é o momento...

Bayer vê Bastabultak ali parado, com seu machado levantado, próximo de cortar Baz em dois, talvez seja a hora de falar.

A viagem é longa e cansativa,  Bayer espera que todo este esforço não seja em vão. Acena em concordância para Andressa e segue os passos de Baz até a casa de seu primo.

"Baz, entenda que toda esta negociação dependerá muito mais de você do que de mim. Mantenha a compostura e a devida elegância de quem veio bater na porta de alguém pedindo ajuda. Sei que os ânimos do povo anão exalta-se em certas circunstâncias, mas não deverá ser hoje meu amigo."

Bayer preocupa-se com o que vem a frente mas segue adiante de forma confiante.

A viagem se alonga mais que o esperado, a cada hora perdida por neve e gelo Andressa remontava em sua mente os possíveis trajetos que teriam que tomar para recuperar o tempo.

Por vezes durante a viagem, abria o mapa e estuda possíveis rotas alternativas para o avanço do grupo.

Ao chegarem próximos a casa de Bastabultak e ouvir o relato de Baz, Andressa respira e diz:

- "Bayer, pode acompanhar Baz até a casa do primo dele? Peço que não se exalte Baz, e se necessário nos chame. E o mais importante, consiga a ajuda que seu primo pode nos dar, imagino que será providencial dado o esforço em encontra-lo"

Após Baz e Bayer partirem em direção a casa de Bastabultak, Andressa se vira para Eduard e diz:

- "Eduard, avance até aquele ponto" - Andressa indica uma pequena formação rochosa, cerca de quarenta metros montanha acima - "Fique como um observador, caso ouça ou veja qualquer problema nos avise que iremos avançar. Mas se mantenha oculto"

O grupo após a discussão resolve viajar até a região onde mora Hagas, com exceção de Buldazar, que ficou para tratar de ir de encontro ao Rei e expor a traição do príncipe Ravier.



A Viagem até aquela região dura 6 dias, pois não irão utilizar uma parte da viagem por mar e sim contornar uma região fria e região litorânea. 



No terceiro dia de viagem, Baz se dirige aos demais e informa o desvio que irá durar umas 3 horas de viagem, para o local remoto onde mora seu primo.

 

Após todos novamente concordarem, embora seus primos Bornéluis e Bomthrost, visivelmente incomodados, tentarem persuadir Baz em não seguir ao local, a viagem se desvia e segue a região.

A viagem é dura, uma região de difícil acesso e devido ao gelo, com uma superfície muito escorregadia, o que atrasava a viagem.



Depois de umas 4 horas de viagem, o grupo começa a vislumbrar uma construção enorme logo acima da montanha, um lugar isolado, a casa de Bastabultak.





Chegando nas proximidades do local, já é possível ouvir o tilintar de aço e o som da forja muito alto, Baz se vira aos demais e diz

- Senhores, eu e esse primo tivemos problemas sérios no passado, dessa forma, prefiro que somente duas pessoas entrem comigo, um deles prefiro que seja Bayer, sua perícia na arte da conversação pode vir a ser útil.

Andressa ouve tanto Baz quanto Bayer. Um para o bem e outro bem tanto.

O fato de Baz não ser claro quanto aos seus objetivos não era o tipo de comportamento que Andressa esperava naquele momento

- "Fico na dúvida se Baz não sabe como seu primo pode nos ajudar ou se ele sabe muito bem como ele pode faze-lo e quer nos fazer uma surpresa. Não seria a primeira ação que faz a favor do grupo, mas que também é usada para massagear seu ego."

- "Mas Bayer tem razão, tempo é o item que não temos disponível. Quando discussão nos afasta de nosso objetivo"

Já sem interesse em prolongar a discussão, Andressa diz:

- "Bayer tem total razão em suas palavras, tempo é um item raro para nós e dispende-lo em debates como este é um desperdício. Vamos aos cavalos e rápido em direção ao Sul."

- "E se teu primo se faz tão importante, iremos até ele. Não haverá divisão do grupo, iremos ao local contigo e enquanto esperamos podemos realizar um breve lanche e um descanso. Será o suficiente para mais um período de cavalgada."

O membro 'Xarles' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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'Dados' : 6, 2, 4

A discussão entre Andressa e Baz não esclarece nada para Bayer. Baz não respondeu o porquê da presença deste primo neste momento. Baz possui muito crédito com o grupo mas havia algo ali que precisaria ser melhor discutido, mas o tempo não permite. Estariam novamente entrando em uma onda de longas discussões para uma falha na execução? Bayer sente-se preocupado e eis que interfere:

[ORATÓRIA] Sucesso por 5

"Com sua licença Andressa, com sua licença Baz, mas podemos estar perdendo minutos vitais com esta discussão. Eu ainda não entendi ao certo a importância de seu caro primo nesta empreitada, mas confio em sua resolução Baz. Andressa, creio que sua escolha por cavalos para maior rapidez na movimentação seja correta pois bem sei que se ficarmos aqui a discutir por mais tempo a ele - o tempo - entregaremos Hagas a um destino que não gostaríamos. Unamos então nossas escolhas, mas saiamos daqui agora."

Bayer limpa a garganta e continua.


"Vejo em Hagas a mesma dor que senti ao perder Vic e Ray e não quero isto novamente. Chega...vamos agir. É chegado o momento homens. Uni-vos! Façamos o que tem que ser feito agora. AGORA!!!!!"

Bayer em um rompante de urgência levanta-se e diz: "Andressa. Estou pronto. Sua palavra é minha ordem."

Baz ouve atentamente Andressa e responde

- Minha querida Jovem, estou indo ver aquele louco do meu primo exatamente para tentar ganhar tempo e salvar Hagas, se assim for preciso. Quando chegarmos ao local, só irei precisar de mais alguém para me acompanhar e os outros sigam para a região, o desvio são apenas algumas horas e logo eu os encontrarei no local de descanso. Confie em mim, ele é louco mas possuiu uma inteligencia par, só precisarei de mais alguém, provavelmente Bayer seria indicado.

Andressa ouve Baz falar sobre mais um desvio

- "Eu devia imaginar que seguir um plano não seria algo simples, mas me parece que os desvios são dados por agentes externos e internos. Nosso plano era sair daqui a quase meio dia atrás, e cá estamos... temos mais informações e aliados, mas de que valerá tudo isso se Hagas estiver morto?"

Andressa coloca sua mão sobre o ombro de Baz e diz:

- "Baz, quem é este seu primo? Vejo que Buldazar e Bornélius não ficaram confortáveis com sua decisão."

- "E, espero que entenda meu ponto, mais um desvio irá colocar mais tempo contra nós e a favor da Ordem Escarlate na caça a Hagas. Qual o intuito deste desvio? E se for de suma importância, o tempo deverá ser descontado da viagem. Deixemos a carroça e vamos com cavalos, em trote acelerado, reduzimos as horas de descanso e o tempo das refeições"

Desde o inicio Andressa demonstrava um cuidado em não impor sua vontade e compartilhar a decisão, e pela primeira vez, ela fala sem abrir espaço para outras opções

- "A vida de Hagas não é negociável. Ele salvou minha vida, tua vida e a de Bayer, não podemos divergir de nosso objetivo"

Andressa aguarda que Baz se explique e que aceite os termos para encontrar o misterioso primo

Ao saírem do local da guilda,  Baz e os demais se despedem de Buldazar na saída do túnel, Baz fica um tempo parado e olha bem para os primos


- Senhores, está na hora de visitarmos nosso primo "Bastabultak"

- Bornéluis arregeala seus olhos e diz

- Não!! ele é louco!

Buldazar se aproxima de Baz

- Baz...Baz.... a tempos nosso primo perdeu o contato com a realidade, deixe aquele amaldiçoado pra lá...

Baz coça a barba e responde aos primos

- Meus irmãos, precisamos de tempo e recursos, e talvez ele tenha alguma coisa que possa ajudar, é caminho para a região de Hagas, só algumas horas de desvio.

Buldazar responde

- Baz, a quantos anos nós não o vemos? 40, 50 anos? pode ser que ele nem esteja vivo!

Baz fica quieto um tempo e responde


- Mesmo assim, será preciso tentarmos...pode ser que ele seja mais uma ajuda de grande valia...e tem que haver alguma utilidade naquelas loucuras daqueles amaldiçoado.

Bayer olha a todos, levanta-se e diz:

"Sendo assim creio que estamos conversados e cada um cumprirá com seu papel. O nosso como bem disse Nobre Faramir será o de mantermo-nos vivos."

Bayer cumprimenta a todos, especialmente a Faramir e Buldazar. Mais uma viagem se inicia.

Faramir se vira a todos e diz


- É de interesse de guilda o restabelecimento do barão a suas posses; Nós iremos ajudar, e cabe a vocês permanecerem vivos.

Os cabelos na nuca de Andressa se arrepiam quando Bayer diz que agora eles tem uma grande dívida com a Guilda dos Espiões, ela sabia que era uma figura de linguagem e um agradecimento de Bayer, mas ainda assim, dever a guildas não era algo que lhe agradava, mesmo sabendo que neste caso valeria a pena.

Ao ouvir as palavras de Buldazar, Andressa responde:

- "Creio que Bayer foi certo em suas palavras. Mas minha preocupação não é termos um guerreiro a menos e sim deixar Buldazar por aqui sem nosso suporte."

- "Mas entendo que teríamos um ganho considerável com esta ação. Buldazar, peço que tome todas as precauções necessárias, pode usar a ferraria se precisar" - e se virando para Faramir completa - "Se alguma ajuda puder ser dada, seremos gratos"

Andressa apenas espera Baz deixar uma procuração com seu primo e com isso todos estariam prontos para partir.

Bayer dá um último trago em seu cachimbo e diz...

"Baz, creio que seja viável. Ganhamos tempo. Perdemos por um lado - um guerreiro a menos - mas ganhamos por outro. Tem minha concordância."

"Creio que seja isto senhores. Tomemos nosso rumo e que os bons ventos nos acompanhem. Faramir temos uma grande dívida para com você e a Guilda. Agradecemos imensamente."

O pequeno aguarda que Andressa levante-se antes dos demais para poder iniciar mais um rumo ao desconhecido.

Buldazar reflete e diz.

- Baz, se assim permitir, me faça uma procuração e eu lhe ajudo com a retomada do seu "baronato" em Talo Susa, vocês podem seguir e eu, com a ajuda de Faramir e sua guilda, poderei tentar adiantar muito coisa e quando vocês retornarem, que sabe você meu primo esteja já no comando.





Baz ouve atentamente Buldazar e o abraçando o responde

- Faria isso meu primo!!?? SERIA MARAVILHOSO!! podíamos adiantar isso! o que acha Andressa!??? Bayer??? se desse certo e voltássemos, teríamos novamente um lar seguro em Talo Susa!