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Personagem Franklin Worthinson

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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty SALA 41C - SEXTA - 04-01-1975 - 09:40

Mensagem por Xarles Seg 29 maio 2023, 15:29

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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty SALA 41C - SEXTA - 04-01-1975 - 09:40

Mensagem por Guzzon Seg 29 maio 2023, 15:29

Franklin havia deixado Janet na sala e seguia em direção a sua sala, havia muito a ser planejado e já era sexta feira.
Seria importante dar os primeiros passos ainda naquele dia, mas nem tudo ocorre na velocidade que ele gostaria, ele abre a porta e a deixa encostada e em seguida se senta em sua poltrona.

Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Fire-rated-doors-with-glazing-for-schools-and-education-sector-685x457

Ele cruza os dedos e começa montar seu palácio mental, uma técnica muito conhecida de memorização. Em seu palácio estão todos os seus objetivos e em sua sala de estar mental ele encontra o projeto de seu local de recepção. Naquele momento eram somente palavras soltas e anotações.

- "Este local deverá representar corretamente o objetivo. Não pode ser uma salinha emprestada em uma escola, nem um loft velho no centro, nem mesmo uma adaptação de uma garagem ou galpão. O local deve ser destinado exclusivamente para esta finalidade, com uma apresentação sóbria mas não pode ser simplória. Será um desafio em incluir uma opulência disfarçada de sobriedade, mas quem adentrar ao local deve se sentir menor do que todo o conceito."

Mas ainda havia um empecilho naquilo tudo, o dinheiro necessário para este projeto, talvez este devesse ser o primeiro passo.

- "Sem dinheiro não será possível iniciar corretamente este empreendimento. Eu poderia pedir para meus pais ou para meu avô, mas não quero envolve-los nisso" - Franklin reflete mais alguns minutos - "Poderia prestar meus serviços para a empresa do meu pai, tenho certeza que posso ajudar na organização logística da malha viária... Mas mesmo assim demoraria um mês inteiro para eu receber meu primeiro salário e duvido muito que meu pai estivesse disposto a me pagar um valor considerável"

- "Um acordo com a S.O.U.L.S., eles estão tentando a todo custo se aproximar. Mas eles me parecem menos abastados do que eu, seria mais fácil eu ganhar dinheiro com eles como agiota."

Então Franklin tem um estalo

- "Exato, o caminho legal não irá me trazer vantagem financeira a curto prazo. Para isso eu preciso me enveredar pela ilegalidade" - haviam diversas opções de como Franklin poderia ganhar dinheiro ilegalmente mas uma delas lhe chamava a atenção - "Tenho certeza que tenho as condições técnicas e teóricas para atuar com entorpecentes. Preciso achar um fornecedor e trabalhar com o batismo da droga, deverá sintética como a cocaína ou heroína."

Personagem Franklin Worthinson - Página 2 1446355494865

- "Isso pode funcionar no começo, mas é arriscado e em pouco tempo eu poderia ser envolvido e meu nome seria exposto e isso é inadmissível." - Franklin calcula os riscos mentalmente - "Talvez uma ação pontual, sem aparecer pessoalmente, pode ser o primeiro passo"

- "Segundo passo deve ser perene e algo que de fato possa me trazer notoriedade." - Franklin olha para o teto, com os dedos tamborilando nos braços da poltrona - "Uma patente, algo novo, prático e interessante. Preciso pensar em algo neste sentido"

- "Mas por hoje, irei adiantar os temas acadêmicos e entregar os trabalhos referentes a este bimestre."


TESTE DE QI: 9 vs 15 : Sucesso por 6



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Franklin passa a tarde adiantando toda a material do bimestre, ele queria terminar o dia sem dever nada a escola nas próximas semanas e assim estar totalmente livre para seus projetos pessoais.

Ao tocar o sinal do final do dia, já as 17:00h ele separa todos os trabalhos e coloca no porta documentos preso na parte externa da sua porta e liga para a sala da Srta. Grace

- "Alo?"
- "Srta. Grace, aqui é o Franklin, boa tarde"
- "Boa tarde, de onde você esta ligando?"
- "Da minha sala Grace, mas isso não vem ao caso. Peço que solicite ao inspetor que retire os documentos que deixei na porta da 41C e deixe na mesa do Sr. Omar, se trata dos projetos do primeiro bimestre"

Franklin retorna para casa, e descansa naquele dia. O final de semana seria bastante proveitoso, ele tinha muito a planejar.


Última edição por Guzzon em Seg 29 maio 2023, 15:30, editado 1 vez(es)
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty YORKTOWN - SEXTA 04/01/1975 - 08:40

Mensagem por Guzzon Sex 19 maio 2023, 15:02

Franklin acorda pela manhã e ainda sente os reflexos da noite anterior, uma leve dor de cabeça e a sensação de que havia comido areia no dia anterior, sua garganta raspava um pouco e sentia dores na maça do rosto, como se todas suas vias aéreas superiores tivessem sido atacadas.

- "Esse Anamalaque é um maldito, quem ele pensa que é para me ameaçar daquele jeito." - então a memória de Franklin recupera trechos do sonho - "O puto tentou me matar... caralho... "

Aquela situação era inesperada e preocupante, aquela criatura poderia atacar Franklin sem mesmo estar próximo, assim como Janet.

- "Janet. Preciso pelo menos informa-la deste risco"

Falar com Janet não estava nos planos de Franklin, ele tinha muito a fazer naquele dia e um longo diálogo com Janet poderia ser um tempo mal investido, mesmo ela sendo uma aliada potencial.

- "Querendo ou não, é melhor estar alinhado com Janet. Nem que seja unilateralmente."

Franklin se arruma, colocando sua calça de linho e um pulôver de malha grossa e desce tomar seu café da manhã. 
Ao descer nota que seus pais já haviam saído de casa e a Senhora Knopfler estava sentada a mesa, aguardando Franklin.

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- "Bom dia Franklin, venho tomar seu desjejum. Creio que devemos conversar."
- "Bom dia Sra Knopfler" - Franklin se senta e começa a tomar seu café com leite e seu lanche de queijo branco com tomates e orégano - "Podemos conversar, mas tenho uma agenda bastante ocupada para hoje, então podemos ir diretamente para o tema que deseja tratar"

Sra. Knopfler não sorri, nem apresenta a simpatia que lhe era comum.

- "Ontem você sofreu um ataque e graças a S.O.U.L.S. foi salvo, recebi uma informação de Christine para que você entenda que estar conosco é o caminho mais acertado para seguir"
Franklin não interrompe, ele apenas aguarda. Termina seu café da manhã e então ergue os olhos até encontrar com os da Sra. Knopfler

- "Não." - ele faz uma pausa proposital - "Christine estava lá e não conseguiu evitar o meu sufocamento, e mesmo que conseguisse eu dei meus termos e ela não se interessou pelas meus termos"

Franklin se levanta, limpa os cantos da boca com o guardanapo e diferente do que faria usualmente ele não leva qualquer item de seu desjejum para a cozinha, ele deixa para a Sra. Knopfler cuide disso

- "E antes que pergunte, quem me salvou do ataque de ontem foram outros patronos com interesses muito mais alinhados aos meus. Diga a SOULS que uma aliança não esta descartada desde que me sejam apresentadas vantagens de meu interesse."

Franklin não aguarda qualquer questionamento por parte da Sra. Knopfler e completa

- "Avise meus pais que estarei em casa ao final da tarde. Tenha um bom dia"
- "Já esta na hora da Sra. Knopfler entender que enquanto estiver na minha casa, recebendo regularmente pelos seus serviços, ela ainda é a governanta e não uma agente da S.O.U.L.S. Que ela faça isso em seu tempo vago."

Franklin sai da sua casa em direção a escola, ele pensa em ir até a casa de Janet mas ele poderia estar sendo observado e isso a colocaria em risco, a escola era o ambiente adequado para falar com ela mesmo que fosse brevemente.

Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Designing-australian-schools4

Ao chegar na escola, sente o mesmo desanimo que vinha sentindo nos últimos dias. Era como se chegasse em um sorvedouro de tempo, ficar ali era uma provação para Franklin.

- "Mais um dia nesta escola, observando estes estudantes pensando em festas, carros e bebida. Alguns irão para faculdade, outros serão atendentes de conveniências e outros acabarão recrutando pelas gangues. É um perda de tempo."

Franklin caminha em direção a sua sala

- "Janet é uma protagonista neste mundo, quanto a isso não resta dúvida. Ben, Sarah e Sebastian podem ser atores sem dúvida, ferramentas a serem direcionadas. Mas todo este restante são nada além de espectadores completamente levados pela inércia de nossos movimentos"

Deixando seus pertences em sua sala, Franklin retorna ao corredor de sua sala e fica atento caso Janet surja. Ele precisaria falar com ela brevemente antes do inicio das aulas.
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty YORKTOWN - QUINTA 03/01/1975 - 23:30

Mensagem por Guzzon Seg 15 maio 2023, 01:33

Franklin faz seus protocolos prévios ao descanso, ele sabia que corpo e mente andavam juntos e era necessário se manter saudável em todas as instancias. Ele lava o rosto e passa seu adstringente para fechar os poros e impedir qualquer chance de acne, depois escova seus dentes – 7 repetições por dente como indicavam os estudos – e finalmente colocava sua toca de cetim para manter os cabelos sedosos e brilhantes.

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Ele se deita e após um dia tão atribulado rapidamente é tomado pelo sono dos justos. Mas o que poderia, e deveria, ser uma boa noite de sono se prova uma inverdade.

Uma sensação semelhante a um choque faz Franklin abrir os olhos, uma dor de cabeça o atormenta e então percebe que não está mais no seu quarto o local era escuro e enevoado e sem sensação de peso. Franklin demora alguns instantes para se acostumar, mas suas experiências no caos elemental lhe deram conhecimento prévio desta sensação, mas ele não sabia quem ou como fora parar ali.

- “Como eu vim parar aqui? Que lugar é este?

Curiosamente suas perguntas são prontamente respondidas diretamente em sua mente

- “Nem o como nem o onde são importante jovem Worthinson. Deveria perguntar quem.

E então uma imagem se forma a frente de Franklin, algo semi etéreo e intimidador.

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- “Eu sou Anamalaque” – Franklin conhecia aquele nome e um sentimento de desprezo e raiva começam a emergir nele e esta reação é prontamente notada – “Vejo que sabe quem eu sou, isso me poupa algum tempo. Estou aqui para lhe fazer uma proposta

Franklin estava a frente de duas coisas que lhe faziam sentir desprezo, a primeira era um ser que o aprisionou e matou uma amiga sua e a segunda era uma proposta deste tipo de grupinho.

- “Não devia ter perdido seu tempo, você me prendeu e assassinou uma amiga minha. Creio que qualquer proposta que tenha não apresente uma relevância que supere o desprezo que tenho por você sem ao menos te conhecer

- “Ah... desprezo, sim” – a criatura se move como uma névoa se aproximando de Franklin – “Mas minha proposta é irrecusável, pois a contrapartida de uma negativa é a morte

O rosto de Anamalaque se contorce em uma risada torta mas sem qualquer som e aquilo parecia ainda mais surreal para Franklin

- “Isso não faz sentido, uma proposta parte do preceito de uma negociação, se a contrapartida é a morte então estamos tratando de uma ameaça. Mas colocando na balança a morte é uma opção viável se a outra for debater com uma criatura com obtusa quanto aos seus objetivos como você Almanaque

- “Anamaleque... e suas bravatas somente irão prolongar seu sofrimento pequeno, eu existo a muito mais tempo do que você pode imaginar

- “A comprovação que o tempo exacerba nossas características, pena que no seu caso seja a ignorância.

Naquele momento a nevoa treme e uma face humana surge por detrás daquela projeção. Franklin esboça um sorriso, havia conseguido desestabilizar aquele homem

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- “Chega

Infelizmente para Franklin o custo de suas provocações estavam sendo entregues. Sua mente começa a ferver, como se um ferro em brasa tivesse sido enfiado nela, ele não consegue raciocinar devido a dor intensa e por um instante só consegue imaginar o quanto o mundo estaria perdendo com sua morte.

- “Não Anamaleque, você não irá agir impunemente” – era a voz de Christina, mas a projeção era uma amazona

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A dor que afligia Franklin simplesmente desaparece, como se laminas tivessem sido retiradas de seu crânio. Ele ainda esta atordoado e confuso, mas aliviado.

- “Ele esta sob a proteção da S.O.U.L.S. e não irá se aliar a você. Ele já escolheu o lado dele

Franklin move a cabeça, em direção a projeção de Christina e diz ainda tentando se recobrar

- “Lado?

Mas tanto ela quanto Anamaleque o ignoram. As projeções de ambos pareciam se mover em sincronia, como lutadores de boxe.

- “Velha, olhe bem o coração dele! Ele deseja poder! Um poder que eu posso dar a ele, não se iluda... ele será seduzido
- “Nunca, ele tem princípios e não se deixará seduzir por promessas vazias!
- “Ahaha... eu terei todos eles, por ganancia, luxuria ou medo... todos eles!
- “Sua soberba será sua ruina, eles são melhores do que você e isso você nunca irá entender. Eles estarão conosco, em nossas fileiras

Aquele debate enfadonho dá tempo para Franklin se recuperar e ele diz

- “Vocês não conseguem ver um palmo além do nariz de vocês, isso é cansativo e uma perda de tempo.

Christina logo se adianta, se colocando entre Franklin e Anamaleque

- “Franklin, nos iremos abrir a porta para que você possa trilhar os caminhos do conhecimento, os caminhos que levarão ao seu ápice, ao seu potencial máximo. Aceite nossa oferta e no momento correto será avisado e iremos lhe apresentar tudo que precisa saber

Franklin revira os olhos e acena negativamente com a cabeça

- “lhe dei três condições Christina, quando me apresentar uma proposta que atenda todas, voltamos a falar.” – e olhando para Anamaleque – “nem pergunta quais são, para você só desejo que queime no inferno ou nas minhas mãos

Anamaleque já havia entendido que Franklin não negociaria com ele e dada essa certeza, Franklin havia deixado de ser um provável aliado para ser um inimigo em potencial

- “Ah Franklin, a ingenuidade e a falta de visão serão a corda de sua forca” – e olhando para Christine diz – “Você pode bloquear minhas invasões telepáticas, mas e quanto ao meu controle da matéria? O que fará a respeito?

Franklin sente uma sensação estranha e então percebe que o ataque agora estava ocorrendo em seu corpo físico, de alguma maneira Anamaleque havia bloqueado a respiração de Franklin, que começa a abrir a boca em busca de ar mas de nada adiantava respiração em sua projeção astral, seus olhos começam a nublar e o som fica distante, ele pode ouvir Christina gritando algo mas não era possível entender.

Até que uma nova voz surge no diálogo e Franklin a escuta perfeitamente.

- “Humanos... ele não lhes pertence.

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Franklin volta a respirar e observa a Baronesa Sansuri surgir naquele plano astral, ele se vira para Franklin e diz

- “Agora jovem sahyr, vá descansar pois não há mais nada para você aqui

Franklin sente aquele seu corpo ser puxada para baixo, e tudo começa a nublar e ele dorme.

Mas longe dos olhos de Franklin o teatro de intensões no plano astral não havia acabado.

Anamaleque se irrita ao ver que Franklin havia sido retirado do plano astral, ao mesmo tempo que Christina olha espantada para a Baronesa Sansuri.

- “Não ache que vai conseguir esconder o garoto de mim Christina, ele não acordará ao nascer do dia. Essa sua aliada que se esconde nesta forma é a pirralha que vocês abduziram ou outra forma da Green?

Mas Christina não responde, ela tentava acessar a mente da Baronesa entender quem era aquela pessoa mas não encontrava nada, era como se aquela entidade não estivesse ao alcance dela

- “Não sou aliada de qualquer um aqui humano, minhas intensões estão acima destas rivalidades infantis de vocês.

- “Vamos ver se você vai continuar acima de alguma coisa com seu cérebro em chamas” – Anamalaque busca a mente da Baronesa para ataca-la, mas nada encontra – “quem... o que é você?

- “Eu vou lhes dar um aviso e será o único, Franklin esta fora do alcance de vocês, fora dos esquemas, planos e rixas. Caso duvidem do meu aviso, nada será poupado nem corpo nem mente.” 

As mãos da Baronesa começam a brilhar, crepitando de energia e todo o plano a astral começa a crepitar igualmente, tanto Anamalaque quanto Christina sentem aquela energia sobrecarregando seus neurônios, não era puramente psíquico, mas partia do plano não material e chegava até eles no plano material.

- “Agora sigam o rumo de vocês e esqueçam do jovem

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Neste momento um surto elétrico atinge a mente de Christina e Anamalaque, expulsando-os violentamente do plano astral. No plano material ambos acordam atordoados e com sangramento nasal, sentem os membros tremendo e uma dor muscular. Cada um a sua maneira havia entendido o recado.

Franklin acorda na manhã seguinte, mas estava em sua forma etérea, flutuando sobre a cama. Ele se concentra e retorna a forma humana, ele ainda sentia uma leve dor de cabeça mas sabia que seus tutores estavam olhando por ele e mais que isso, o protegendo de forma efetiva e agora bastava que lhe fornecessem o conhecimento necessário para cumprir seus objetivos. Haveria muito a ser feito naquele dia, um império não se ergue sozinho.

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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty YORKTOWN - QUINTA 03/01/1975 - 19:00

Mensagem por Xarles Ter 27 Set 2022, 22:40

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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty YORKTOWN - QUINTA 03/01/1975 - 21:30

Mensagem por Guzzon Ter 27 Set 2022, 22:40

Aquele dia havia sido particularmente proveitoso. Sua conversa com Janet havia lhe rendido boas reflexões, principalmente a respeito de si mesmo.
Agora era um momento que ele precisava refletir a respeito de Janet, pois em seu espirito impetuoso Franklin já havia tomado alguns ditames pessoais e aplicado em Janet, na verdade, ele estava fazendo isso a muito tempo.

- "Eu tenho projetado em Janet uma expectativa e uma vocação que são particulares a minha pessoa. Eu não tenho buscado realizar tudo que ocorreu pelo ponto de vista dela, na verdade, nem deveria." - Franklin se deita na cama e respira profundamente - "Primeiro preciso saber que é a Janet."

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Franklin começa a repassar seus momentos com Janet, desde a descoberta de seus poderes até seu diálogo atual.
Sua reação aos pensamentos alheios, os primeiros contatos mentais, a clara indignação com as interferências da SOULS, as execuções e ataques que realizou, o flerte que realizou tanto com ele quanto com Sebastian.
São longos minutos encontrando cada um dos momentos, e repassando mentalmente cada um dos detalhes.
As falas realizadas, a maneira que se portou, cada um dos detalhes que ele podia lembrar e construir um linha de ações, atos, fatos e sinais.

** Teste de memória eidética QI 15 vs 11:Sucesso **

Depois de quase meia hora Franklin se senta novamente na cama, passa a mão no rosto e agora ele tinha uma Janet mais clara em sua mente.

- "Se eu tivesse pensado nisso antes, não teria feito a proposta para Janet esta manhã"

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Franklin começa a rir daquela situação, a maneira como pressupôs tanto a respeito de Janet com base em suas convicções que simplesmente ignorou os detalhes

- "Talvez eu procure a Janet amanhã para ver a reação dela. Mas claramente nossos objetivos são distintos." - Franklin percebe que se aproxima do horário do jantar e se veste - "Janet tem afinado seus poderes desde o começo, a sua maneira e com seus propósitos. Na agenda dela não existe espaço para uma SOULS, que pede muito mais do que oferece"

- "Quanto a suas estratégias de manter tanto eu quanto Sebastian próximos, mesmo após aquela situação no baile, poderia ser entendido como amizade, mas também como um cuidado tático. Obviamente somos aliados, mas talvez Sebastian ficasse horrorizado ao saber da trilha de corpos que Janet tem deixado, eu também em um passado próximo" - Franklin se lembra de Albert e o quão pouco ele importava naquele momento - "mas hoje entendo, em partes, estas ações. No fundo não fazem diferença, apesar de terem um potencial de gerar uma repercussão negativa"

Isso leva Franklin a outra conclusão, no fundo os limites morais de ambos estavam separados pela disposição em correr os riscos das consequências. E isso agrega uma nova camada aos objetivos de Franklin e um entendimento ou suposição de entendimento aos objetivos de Janet.

Depois de quase meia hora usando seus pensamentos de forma lenta e calma, parecia que agora os pensamentos de Franklin se aceleravam e uma onda de pensamentos tentava lhe inundar a mente, mas ele controla o fluxo e seleciona somente as elucubrações que fazem de fato sentido.

- "Vendo por esta forma, uma aliança entre eu e Janet se torna muito mais factível, acho muito improvável que os objetivos sejam completamente antagônicos e provavelmente existem intersecções onde podemos otimizar as coisas" - Franklin sorri - "Antes de mais nada existe uma necessidade de sobrevivência, quanto a isso não resta dúvida que teremos em comum"

Franklin desce as escadas e encontra seus pais ainda na sala de estar, assistindo ao noticiário

- "Mais uma ocorrência lamentável ocorre em Yorktown causada pela crescente onda de gangues na região. Os auto intitulados Ghosts abordaram com violência os trabalhadores do porto que realizavam o translado da carga de peças automobilísticas e efetuaram um roubo em plena luz do dia. Felizmente os trabalhadores feridos estão fora de risco e se recuperam no hospital da cidade"

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O senhor Gordon desliga a TV, claramente irritado, mesmo não se tratando de uma de suas cargas aquilo afetava diretamente o dia a dia da transportadora.

- "Estas malditas gangues, estão se espalhando como erva daninha pela cidade. O prefeito Stinson tem se feito de morto e esta esperando o pessoal da delegacia das um jeito."

O clima não estava dos melhores e Franklin opta por somente ouvir as palavras de seu pai e coletar informações que lhe poderiam ser úteis. O própria crescimento destas gangues não lhe parecia natural. Ao final do jantar, Franklin abraça seus pais e se recolhe para um merecido descanso.


Última edição por Guzzon em Ter 27 Set 2022, 23:30, editado 1 vez(es)
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty YORKTOWN - QUINTA 03/01/1975 - 15:45

Mensagem por Guzzon Seg 26 Set 2022, 01:19

Franklin termina suas divagações e já tinha boa parte de sua tese mental estruturada, mas ainda haviam duas pendências.
A primeira era entender os interesses reais de Janet, saber suas motivações e se eles realmente seriam aliados de fato ou somente aliados de ocasião.
A segunda seria ter uma resposta para o questionamento de Janet, o quanto Franklin estaria disposto em abrir mão de seus limites morais.

- "Apesar de parecer um questionamento sem sentido, bem verdade que para o atingimento de meus objetivos terei que tomar decisões difíceis. Nem sempre um modelo conciliador será uma alternativa, e quando não o for o quanto estarei disposto a ir além dos limites que qualquer um teria."

Neste momento Franklin imagina se precisar em algum momento seguir todos os tramites legais sempre que desejar algo, impedir um empreendimento em local indevido. O tempo quem batalhas judiciais seria um absurdo, além da clara desvantagem financeira que teria. Sim, este era um caro claro que teria que tomar medidas mais enérgicas. Talvez não Franklin, mas seus alter egos.

- "Eu devo me manter as aparências, agir em duas frentes. Franklin será como sempre o jovem prodígio, meus alter egos por outro lado poderão agir de forma direta. Se por um lado meus poderes não me permitem ter a discrição de Janet pelo menos eles me permitem criar outras personas, completamente desvinculadas de mim"

Franklin retornar logo após o almoço para sua casa, entre em seu quarto e tira a roupa

- "É hora de entender melhor a proposta de Janet quanto a ir além das linhas morais que tenho"

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Franklin traças as linhas arcanas no ar e sente seu corpo perdendo o contato com o mundo físico, ele se torna um espectro enevoado e sai pela janela do quarto.

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Os ventos seguem suas ordens e o levam para o alto, distante do solo ele sente a verdadeira sensação de liberdade e tudo parece vir com mais clareza, inclusive seus objetivos.

- "Se torna cada vez mais claro que alguém deverá se colocar como mediador entre a ganância da humanidade e o bem estar de gaia, pelo menos enquanto palavras forem cabíveis. Quando não, ações deverão ser tomadas"

Franklin vê ao longe, chegando no porto os barcos de pesca que chegam de um dia de trabalho. Será que haviam respeitado o mar? Será que haviam capturado somente os peixes adultos? Será que predaram de forma vil aquilo que gaia dá de bom grado?

- "Talvez eu precise me aproximar destes pescadores. Tudo deve começar em algum momento e as vezes o melhor é começar em seu próprio quintal"

Mas naquele momento Franklin tinha um objetivo e deveria cumpri-lo.
Os ventos o levam para o subúrbio, e ele flutua por cima das casas, dos comércios em busca de seu alvo. Após cerca de uma hora consegue o encontrar ao longe. Albert, aquele jovem que tentou ataca-lo com uma chave de roda e posteriormente confrontou ele e seus amigos com facas.
Ele estava sentado em frente a um prédio velho, com outros jovens

Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Maxresdefault

Olhando com atenção Franklin percebe que se tratava de uma gangue, algo que até um mês atrás era incomum em Yorktown parecia que agora se multiplicavam como cupins, corroendo tudo a sua volta.

Franklin se aproveita do fato que sua forma era difícil de ser vista e desce alguns metros, rente a parede do prédio.

- "Isso mesmo cara, eu to ligado que aquela loja perto da saida 14 é fácil de tungar. O velhote de lá nem vai resistir, estou falando porra"
- "Caralho Albert, já te falei para parar com essa merda. Ce tá ligado que aqueles putos da Charlote ficam naquela região, a coisa tá tensa e você quer ficar invadindo o território dos outros. Você tá sabendo que o clima tá tenso, que esta todo mundo em pé de guerra, ainda mais com aquele pessoal novo na cidade, e os malditos da região do porto do nada estão ficando aparecendo por aqui."
- "Mano, eu to falando, ninguém vai saber. É entrar dar o enquadro e levar a grana!"

Neste momento um deles se levanta, mais velho e visivelmente mais experiente. Ele se aproxima de Albert e mete o dedo na cara dele.

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- "Escuta aqui seu bosta, você entrou não faz nem duas semana e já quer armar nossas tretas? É o seguinte, cala tua boca e não lança resenha se a não te pedirem. Agora vaza daqui que você já me encheu o saco por hoje."

Albert se levanta sem dizer coisa alguma e começa a andar

- "E se começar com essa merda amanhã, eu mesmo dou um jeito de você ficar quieto por um dias seu merdinha"

Franklin observa aquilo e nota que Albert estava se envolvendo com uma das gangues da cidade, um caminho esperado para um imbecil como ele. Flutuando muito acima de Albert e aguardando ele se distanciar, poderia surgir um momento oportuno para dar cabo de Albert.

- "A esta distancia eles nem vão notar um raio caindo em Albert, ninguém ligará para seu corpo convulsionando no chão após a descarga elétrica."

Mas aquela altura, surgia algo na mente de Franklin. Aquela pequena figura caminhando abaixo dele, um ser humano tão medíocre, preso a tantas limitações, sem qualquer noção do quão amplo o mundo era e sem a menor noção do quão insignificante ele era. Mas Franklin tinha essa noção e isso tornava o tempo que ele perdia com aquele criaturinha insignificante algo oneroso aos seus objetivos.

- "Por que estou perdendo meu tempo com Albert, pensando em mata-lo somente para ter um argumento com Janet? Ele não vale meu esforço, ele esta muito abaixo do meu patamar. Todos eles estão."

Franklin respira fundo e os ventos se intensificam, levando-o de volta para seu bairro

- "Meus limites morais estão para quem esta no mesmo nível que eu, quem eu devo respeitar pela inteligência, pelo potencial, pela capacidade... alguns por mera educação. Mas para estas pessoas medíocres, nem meu tempo deveria ser considerado para elas."

Franklin adentra a janela do corpo e seu corpo humano surge de dentro de uma névoa densa, e sentado em sua cama colocando novamente sua roupa tem a certeza que muitos daquela cidade eram apenas seres destinados a presenciar sua ascensão, sem qualquer envolvimento e talvez nem mesmo capacidade cognitiva de entender.
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty SALA 41C - QUINTA 03/01/1975 - 12:00

Mensagem por Guzzon Seg 19 Set 2022, 23:37

As palavras de Janet, talvez pela primeira vez, traziam uma veracidade que Franklin não via nela. Pelo menos não naquela personalidade, ela mantinha uma postura sexy e dominante. Mais que isso, questionava até mesmo os valores morais e éticos que existiam.

Após sua saída da sala, Franklin se levanta e vai até a porta. Mas qualquer palavra naquele momento seria um desperdício, havia muito a ser absorvido.

Ele fecha a porta e se senta no sofá, colocando a cabeça para trás e fechando os olhos. Em sua mente ele repassa cada uma das palavras de Janet. Uma, duas, três, quatro vezes.

- "Essa é a beleza de conversar com a Janet, ela pode ser instável mas isso não a deixa menos perspicaz e inteligente. Na verdade só a torna mais perigosa, atraentemente perigosa"

Franklin se lembra de suas primeiras interações com Janet, a maneira como ela era comedida em seus comentários e com uma visão quase romântica da justiça e sua aplicação. Da mesma maneira ele era um visionário de como poderia mudar o mundo. Eles tinham muito em comum, cada um a sua maneira.

- "O questionamento de Janet a respeito de meus objetivos futuros fazem sentido, apesar de ter certeza que ela mesmo esta vivendo somente o presente e de maneira intensa, minha proposta instiga o entendimento do que virá. Uma obra de caridade? Ajuda a necessitados? Não isso nunca foi o meu objetivo."

Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Janet_42

Novamente as palavras de Janet passam pela sua mente, quase como um gravador sendo tocado de maneira incessante.

- "Limites morais e éticos. Quais seriam estes limites?" - Franklin sorri, mas já sabia a resposta - "Para Janet tirar a vida já deixou de ser um tabu. Até onde seu pedido de ajuda foi realmente um pedido de ajuda ou um teste para medir minha reação" - Franklin chega a se sentir ingênuo o perceber que estava sendo testado. Mas o sentimento logo é ocupado por uma certa indignação.

Franklin detestava ter suas habilidades, convicções testadas ou pior ainda, ser vítima de subterfúgios como aquele.

- "Janet pode até esperar que eu quebra minha próprias regras para lhe provar algo. Pois irá ficar esperando, não lhe peço que muda por mim e não mudarei por ela. Temos interesses convergentes e a capacidade para realizar mudanças efetivas em diversas áreas."

Franklin se levanta e começa a caminhar pela sala, movendo as mãos e falando baixo e sozinho

- "Porem interesses convergentes podem competir, uma competição pode anular a ambos. Mas levando em conta o Teorema de Nash, isso acontece quando os jogadores tentam maximizar seus ganhos e portanto se faz necessário um entendimento que os interesses não podem gerar forças nulificadoras e portanto não se trata de maximização, e sim de otimização. Neste caso ambos terão mais do que se agirem de modo independente e concorrente"

Franklin começa a ter um vislumbre das possibilidades que se abriam a sua frente, ter Janet ao seu lado seria vantajoso de inúmeras formas.

- "Mas e para Janet? De que adianta eu lhe apresentar o conceito do Teorema de Nash se não sei quais os seus objetivos. Ela somente deixou no ar que esta explorando aspectos que antes não fazia, mas pelo visto tem uma independência arraigada em seu amago, assim como uma total ojeriza em ser manipulada."

- "Eu fiz minha jogada inicial de forma aberta, porem Janet usou uma defesa clássica e não demonstrou seu jogo" - Franklin tem um estalo mental, e com golpe com as costas de sua mão vira o tabuleiro de xadrez imaginário - "É exatamente este o problema, não podemos estar de lados opostos do tabuleiro. Enquanto perdemos tempo realizando joguetes entre nós existem outros jogadores em tabuleiros maiores que estão fazendo suas jogadas e nos tratando como peões."

Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Z

Franklin havia chegado em ponto muito importante em suas divagações, e que seria fundamental para seu futuro diálogo com Janet. 
Mas havia um segundo ponto que lhe fora questionado

- "O que eu realmente quero...

No fundo aquela pergunta era retórica, Franklin sentia cada vez mais forte em seu interior a necessidade de poder. Poder para realizar as mudanças necessárias, havia algo que lhe impulsionava e mudanças precisavam ser feitas, o ser humano tratava aquele mundo como um chiqueiro e deveriam ser educados, deveriam ser direcionados.
Poder envolve dinheiro, influência, voz. Mas em último caso, poder pode ser fogo e granizo.

- "Eu quero poder, quero controle. Alguns são agentes de mudança, outros são ferramentas de mudança e alguns, a grande maioria, é somente espectador."

A conversa com Janet havia feito Franklin refletir, na verdade ele tinha evoluido ainda mais em seus entendimentos quanto aos seus reais objetivos. Apesar dessa sua inclinação em tutelar a humanidade em tratar adequadamente o planeta quase lhe era alienígena, era como fosse um chamado que ecoava em seu ser.
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty QUINTA 03/01/1975 - 05:30

Mensagem por Xarles Sex 02 Set 2022, 00:31

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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty QUINTA 03/01/1975 - 05:30

Mensagem por Guzzon Sex 02 Set 2022, 00:31

O sol ainda nem tinha surgindo no horizonte ainda e Franklin já abria os olhos. A noite anterior lhe trouxe alguns incômodos, por outro lado o fez dormir cedo e teve tempo de refletir.

- "Paciência uma ova. Me aprisionaram e tentaram me matar! Como posso ter paciência diante a algo assim? Chega de esperar o bom grado destes velhos, é chegada a hora deles entenderem que Franklin Worthinson não espera benesses de outros, eu sou capaz de atingir meus objetivos pelos meus próprios méritos!"

Franklin se prepara para ir para escola, mas diferente do normal, opta por usar roupas mais sociais. Uma camisa, calça de feltro e sapatos de couro, em sua mochila levava um macacão e parte de seu equipamento.

Ele toma café da manhã com seus pais, olham curiosos as roupas do filho.

- "E ai Frank, tem algo de diferente na escola hoje para ir assim?" - lhe questiona seu pai

- "Na verdade não pai, é muito mais uma questão de agenda. Devo ter algumas reuniões na escola hoje e um traje mais formal tende a trazer maior credibilidade"

Seu pai sorri, ele achava graça da maneira como Franklin parecia ser precoce, um "homemzinho". 

Antes de sair de casa Franklin liga para zeladoria da empresa de seu pai

- "Bom dia Senhor Gardner, é o Franklin, tudo bem?"
- "Bom dia Senhor Franklin, tudo sim, no que posso ajuda-lo?"

Franklin falava com o Senhor Gardner vez ou outra, seu pai permitia que ele liberasse alguns itens que estava parados no depósito da zeladoria.

- "Senhor Gardner, vou precisar de alguns itens do depósito, poderia anotar e pedir para entregar na minha sala na escola?"
- "Desculpe, sua sala de aula?"
- "Não senhor, minha sala. Diga para entregar na 41C, agora por favor anote os itens. Dois quadros de cortiça, uma mesa de desenho aquelas com a parte de cima inclinada e aquele sofá de dois lugares do hall de entrada que foi trocado"
- "Certo... certo... vou separar tudo aqui e os rapazes vão levar para lá"
- "Ótimo, muito obrigado"

A caminho da escola Franklin passa em uma loja de ferragens e manutenção e compra conectores, cabeamento, fita isolante e um telefone e se dirige a escola.

Ao chegar na escola ele entra cumprimentando todos funcionários e alguns alunos e vai diretamente para sua sala. 
Aquele lugar precisava ser reformado para atender suas necessidades.

- "Um lugar deste é inapropriado para que eu comece adequadamente minhas iniciativas, o local deverá refletir a mim. Não precisa ser suntuoso ou espalhafatoso, mas precisa demonstrar quem eu sou, demonstrar que estou tomando a frente das coisas."

Próximo as nova da manhã dois rapazes da transportadora chegam com os itens de Franklin e ele explica como tudo deve ser feito ali.

- "Primeiro vamos tirar este armário e esta mesa, podem colocar lá fora encostado na parede do outro lado, longe da minha sala. Agora o sofá fica naquela parede e a mesa nesta outra, os quadros ficam aqui nesta parede e nesta outra."

Ao final, Franklin dá uma boa gorjeta aos dois rapazes e agradece pela ajuda. 
Agora sua sala tina ares de seriedade. Um bom sofá para realizar suas reuniões, a mesa de desenho técnico para seus projetos e os quadros para suas anotações e reflexões.

Franklin vai até o banheiro e troca de roupa, colocando seu macacão e com a ajuda da cadeira ele sobe no forro da escola, acessando a fiação local.


Eletrônica (Comunicações) NH 13 vs 9 : Sucesso


O processo é um tanto trabalhoso, criar um ramo da fiação telefônica, passar o cabo guia pelo condute da tomada, ajustar o sinal eliminando qualquer ruído. Mas após cerca de uma hora de trabalho Franklin tinha um telefone instalado em sua sala.

Franklin retorna ao banheiro retirando seu macacão, e colocando de volta sua roupa social e para olhando para sua sala, agora pronta para ser usada como seu escritório.

- "Muito bom, agora temos um local adequado para trabalhar na escola, posteriormente o ideal é ter uma sala fora da escola. Mas já estou melhor que a SOULS que atende em um casebre velho na floresta ou em um loft praticamente abandonado." - olhando a placa da porta ele pensa - "41C.... não, vou ter colocar uma placa com meu nome. Melhor fazer isso agora mesmo."

Franklin retira a placa e usando suas habilidades em caligrafia escreve seu nome do outro lado e a coloca novamente.

- "Agora esta muito melhor."

Franklin adentra a sua sala, pega o telefone e digita zero, após alguns instantes uma voz diz:

- "Alô? Quem é?"
- "Senhorita Grace, aqui é o Franklin, como você vai?"
- "Franklin? Como assim? Para mim esta parecendo uma ligação interna"
- "Sim, sim, estou lhe ligando da minha sala"
- "Sua sala?"
- "A antiga 41C. Gostaria de lhe pedir um favor"

Havia silêncio do outro lado da linha, quem pudesse ver a sala da diretoria veria uma Senhorita Grace de boca aberta sem entender ao certo o que estava acontecendo

- "Favor?"
- "Sim, poderia pedir para a Senhorita Wislow vir até a minha sala ao final das aulas?"
- "Senhorita Wislow? A Janet? Ir na sua sala?"
- "Exato. Muito obrigado Grace"

Franklin desliga o telefone e observa sua sala com as mãos na cintura.

- "Hora de dar o primeiro passo, e ninguém me impedirá. Ninguém... "


Última edição por Guzzon em Sex 02 Set 2022, 00:52, editado 1 vez(es)
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty QUARTA 02/01/1975 - 21:00

Mensagem por Guzzon Ter 30 Ago 2022, 23:24

Franklin chega a sua casa depois de uma reunião completamente inútil, ele estava irritado. Cansado e irritado.

- "Paciência, é tudo que ouço deles. Para ter paciência."

A forma espectral de Franklin entra pela sua janela e o pequeno redemoinho que larga suas coisas no chão e ele retorna a sua forma humana.

- "Nos fomos sequestrados, colocados em um calabouço e absolutamente ninguem deles veio nos ajudar. Escapamos pelos nossos próprios méritos e fomos nós quem resgatamos Josephine."

Ele dobra suas roupas e coloca seu pijama.

- "Nós que enfrentamos a forma bestial de Donatam, nós que escapamos daquele situação. Que ajuda tivemos? NENHUMA!"

Franklin guarda seu caderno de anotações e se senta na cama. O cenário parecia começar a surgir a sua frente, revisitando todas as interações que haviam tido

- "A única que efetivamente me ajudou foi a June, e talvez a entidade da velha senhora que ela manifestava, e ela morreu e pelo visto eles não se importaram tanto mas eu segurei ela nos braços, eu enterrei a June"

Os olhos de Franklin se enchem de lágrimas, ele tinha que se manter forte por tanto tempo que somente agora percebe qual o tamanho do peso que guarda dentro do peito.
Ele se dá ao direito de enlutar por June e até por Josephine, e após suas lágrimas secarem ele se cobre com uma única certeza

- "Amanhã teremos um novo dia e será completamente diferente dos outros. Chega de esperar pela aprovação dos outros, é hora de assumir meu lugar nisso tudo." - Franklin apaga seu abajur e não percebe um sorriso se formando em seus lábios - "Eu não preciso de um bando de velhos presos aos paradigmas do passado. Eu serei o aquilo que eles deveriam ser e não são, serei muito melhor do que eles jamais pensariam em ser." - e adormece sabendo que tudo estaria em suas mãos agora.
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty QUARTA 02/01/1975 - 19:00

Mensagem por Guzzon Sáb 27 Ago 2022, 13:57

Franklin se alimenta e vai em direção ao seu quarto. Aquela reunião era algo que ele ansiava a muito tempo, finalmente a porta da SOULS seria aberta para ele, finalmente ele teria acesso a todas as ferramentas para poder entender e evoluir seus poderes e quem sabe ferramentas para poder ajudar Janet e Sebastian.

- "Essa reunião será fundamental para poder entender como deveria me portar na SOULS, qual será meu papel nesta organização e principalmente como irão me dar acesso ao conhecimento para treinar meus poderes" - Franklin começa a trocar roupa - "E preciso entender como eles podem ajudar a Janet, mesmo sabendo da resistência dela em se associar a SOULS talvez eles tenham as condições necessárias para que ela controle os ímpetos dela"

- "Já no caso de Sebastian, só preciso convence-lo a continuar na trilha que ele começou. Se ele se manter longe das gangues e das drogas é muito provável que consiga se desenvolver corretamente. Apesar de achar que o tal de McBell ainda é uma ancora reduzindo a capacidade de Sebastian não posso pedir que ele se desapegue de tudo que representa esta passado dele." - Franklin já terminava de se arrumar - "Apesar que se ele soubesse que a irmã também tem poderes, poderia dar um jeito dele se aproximar dela e se afastar de McBell. Tenho certeza que a irmã vem antes daquele amigo dele."

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Franklin tinha optado por trajes sóbrios, calça jeans, tênis pretos e um pullover de malha. Ele coloca seu caderno de anotações no bolso de trás, mesmo sabendo que todas suas anotações era posteriormente rasgadas e descartadas na lareira ou na privada, as anotações eram um ótimo exercício para garantir que cada uma das informações fossem guardadas em suas memórias.

Ele sai de casa, se despede de seus pais e vai ao local de encontro, Main Street 176. Era uma porta pequena ao lado da velha barbearia do senhor Sodenberg.

Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Nova-york-anos-70-014

Franklin bate a porta e após alguns poucos instantes ouve alguem dizer - "Entre Franklin"

A ansiedade em saber finalmente sobre tudo aqui impulsionam Franklin a adentrar ao local, sem nem mesmo prestar atenção ao redor ou ao interior. Ele simplesmente entra no local, percebe que ali tem somente um hall de entrada, então se dirige as escadas e no andar superior encontra um grande salão, um loft com poucos móveis. Algumas poucas prateleiras nas paredes com livros, uma mesa que parecia servir como mesa de jantar e escrivaninha e um sofá velho na parede.

O local não era exatamente aquilo que Franklin esperava, era sua primeira decepção em relação a esta reunião. Ele esperava um local que de fato pudesse entender como um ponto de lastro a organização. Da lateral do loft Franklin nota um movimento, parecia ser uma pequena cozinha com um fogão de duas bocas e um frigobar.

Daquele local a Christina se aproxima, ela segura duas canecas e ao se aproxima de Franklin lhe estende uma delas.

- "Fico feliz que tenha vindo Franklin. Fico feliz em saber que um de vocês entendeu a importância de estar conosco." - ela vai até o sofá e se senta em uma ponta - "Sente-se Franklin, fique a vontade para conversarmos"

Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Coffee-cup-diner-70s-wallpaper-preview

Franklin se senta, ele tinha muitas perguntas e começa a falar

- "Christina, preciso entender como vocês irão me ajudar, como iremos atuar, quem são as pessoas envolvidas. Haviam June, Sra Green, Donatan... todos eles infelizmente morreram. Você é o único contato que tenho da SOULS e preciso entender qual o real objetivo em querer que eu me associe a vocês."

Christina sorri e começa a falar

- "Franklin, você precisa ter paciência. Donatam infelizmente cedeu as tentações de nossos antagonistas, lhe prometeram coisas que eles não poderiam cumprir mas o desespero leva até mesmo as melhores pessoas a tomarem decisões equivocadas. Josephine e June sabiam da missão delas, e o sacrifício do corpo físico delas não significa que de alguma forma elas deixam de estar conosco."

- "Certo, certo. Eu entendi esta parte" - Franklin inclina o corpo para frente - "Mas e a Sra. Knopfler? Ela é governanta da minha casa desde a quase vinte anos, o Diretor Omar da escola de onde ele veio? Ele faz parte? Quais são os outros envolvidos?" - Franklin tenta controlar sua respiração - "Eu não sei se estamos sendo protegidos, vigiados ou testados"

- "Veja Franklin, tudo isso se inicio da década de 40. Naquela época a Alemanha caminhava para ...

Mas Franklin interrompe e diz - "Eu sei disso tudo, já falamos sobre isso. Eu quero saber quais os objetivos das SOULS e como eu irei atuar, como vocês irão me ajudar a desenvolver estas qualidades que tenho, como irão ajudar os demais, quais as experiências que vocês tem com isso e o quanto já se aprofundaram no desenvolvimento destes poderes. Eu quero entender como vocês irão me ajudar"

Franklin acreditava que havia sido claro, não teria como ser mais claro.

- "Meu querido Franklin, entendo sua frustação, mas você precisa ter paciência" - Franklin começava a sentir que aquele reunião seria muito menos proveitosa do que tinha expectativa - "Não posso expor aqueles que fazem parte da SOULS, mas posso dizer que muitos viram tudo isso acontecer décadas atrás. E vimos nossos antagonistas prenderem, matarem a mutilarem em busca de controlar aqueles que são como nós."

- "Nós somos sobreviventes, nós nos adaptamos para nos manter vivos. Nós não estamos vigiando vocês, estamos apenas protegendo."

Então Christina olha nos olhos de Franklin e lhe pergunta

- "Eu preciso saber Franklin. Você esta disposto a participar da SOULS?"

A expressão de Franklin não esconde sua surpresa

- "De novo? De novo isso? Até onde vão ficar perguntando a mesmo coisa? Mas que merda!"
- "Eu ... já respondi essa pergunta Christina. Eu acho que devemos virar as páginas que já foram lidas e contar novas histórias. Minha disposição já foi colocada a prova, meu interesse já foi explicitado, mas eu não vi nada do lado de vocês, absolutamente nada. E se eu realmente quisesse ter uma conversa onde eu não entendo o que esta sendo dito estaria falando com o Sebastian"

Christina sorri novamente, um sorriso que cada vez que era dado parecia irritar um pouco mais Franklin, o que antes era visto como simpatia começava a ter ares de desdém.

- "Sim, eu sei do seu interesse Franklin. Mas existe o tempo certo para tudo, o conhecimento deve ser sorvido como o vinho... " - Franklin a interrompe

- "Sou menor de idade Christina, não bebo vinho. Mas já entendi sua parábola, o resumo é que de fato não irá me dar qualquer informação adicional sobre a SOULS. Começo a me perguntar quem realmente sai ganhando com isso, pois me parece que vocês tem muito mais a ganhar comigo do que eu com vocês."

- "Oras, o dom de vocês é algo único e se você procura alguém para guia-lo só encontrará conosco. Ou com nosso antagonista, mas creio que eles irão preferir disseca-lo do que ajuda-lo. Você é somente uma criança Franklin e deve entender que estamos cuidando de você e neste momento você deve seguir sua vida como antes, indo a escola e fazendo aquilo que sempre fez. No tempo certo iremos falar com você e começar a lhe apresentar mais informações"

Havia acontecido algo naquele diálogo, e Franklin percebe que ao colocar a prova a utilidade da SOULS Christina havia se posicionado de maneira mais clara

- "Mas vejam só, um simples comentário colocando em cheque o protagonismo da SOULS e ela já defende essa dicotomia. E quem mais pode me ajudar? Pelo visto eles não tem ideia da origem do meu dom, eu tenho quem irá me ajudar. E se depender de mim, Janet e Sebastian também terão e serei eu o guia deles, e de Sarah.... e de quem mais eu encontrar. Se a SOULS acha que pode ser um porto seguro, vão aprender que devem trabalhar muito melhor para continuar assim"

- "Continuar com minha rotina como se não tivesse tido contato com tudo que tive? Sequestro e mortes devem ser ignoradas?" - Franklin balança a cabeça negativamente - "Eu não sou medíocre, nunca fui. Tratar este meu dom com descaso é um ato de irresponsabilidade."

Franklin se levanta e completa

- "Façamos o seguinte, eu irei tratar meu dom, minha rotina e minhas relações como eu achar melhor. Mas não se preocupe, não tenho a menor intensão em me associar a qualquer tipo de nazista ou algo assim, mas também não tenho a intensão de ser tratado como coadjuvante na sua organização."

Desta vez Christina estava surpresa, aparentemente Franklin estava negando a SOULS, fato que ele nunca vez desde seu primeiro contato.

- "A minha proposta é a seguinte. Estarei disposto a ouvir a SOULS novamente quando vocês tiverem três coisas. Um plano claro de como irão me ajudar com meu dom, qual será meu cargo na organização, qual será a ajuda de custo que irei receber por colocar meu tempo a disposição de vocês. Até lá, estou a disposição para falarmos de amenidades ou trocar informações de interesse mútuo, mas o termos para meu ingresso são inegociáveis."

O olhar de Christina é de incredulidade quanto a proposta, ou talvez a arrogância, de Franklin. Ela se levanta e fala em um tom claramente indignado

- "Como assim Franklin? Um cargo? Você é somente uma criança!"

Franklin sorri

- "A obviedade não é um argumento, nem mesmo desqualifica meus termos"

Franklin fecha os olhos e move os dedos no ar

- "omnis materia euanescit"

Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Ar10

O corpo de Franklin se desfaz, suas roupas caem no chão e em seu lugar uma criatura etérea olha para Christina, seu corpo é formado por uma fina neblina tremulante

- "Lhe deiii meusss termossss, agora cabe a vocccê e o resssstante da SSSOULSSS tomarem a deccccisão" - a voz de Franklin sussurrava pelo ambiente.

Um pequeno redemoinho surge abaixo de Franklin recolhendo suas roupas e ele sai pela janela em direção a sua casa

- "Essa reunião foi um desperdício do meu tempo, isso foi um absurdo, um assunte a minha pessoa. Quem ela é para achar que o fato de eu ter quinze anos me torna incapaz de algo." - A vontade de Franklin era derrubar aquele predio com um vendaval, mas ele precisava revisitar todos seus planos, excluindo a SOULS - "Preciso me desenvolver sozinho e ajudar meus amigos, essa organização é tão útil a nós quanto o clube de astrologia da escola"

Franklin iria ter que tomar as rédeas da situação, de maneira definitiva, teria que antecipar alguns passos e conseguir aliados e ele sabia muito bem quem seriam seus aliados naquele momento.
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty QUARTA 02/01/1975 - PERIODO DA TARDE

Mensagem por Guzzon Qua 24 Ago 2022, 23:08

Toda aquele situação com Janet se desenrola inesperadamente rápido.
Janet sorri, se levanta e agradece Franklin e simplesmente sai andando em direção a sua casa

Aquilo irrita Franklin, não pelas imagens enviadas ou pelo teor da pergunta, mas pois ao final tudo aquilo parecia um teste.

- "Me chamar até aqui, pedir minha ajuda em um assassinato e ao final fazer um pergunta absurda como aquela. Janet estava de alguma forma vendo minhas reações as suas ações, até onde eu estaria disposto a ajuda-la? Até onde eu me colocaria em risco? Mas aquela pergunta sobre atração sexual estava fora de contexto" - então Franklin se dá conta de algo - "Fora de contexto para mim, mas Janet talvez seja uma das mulheres mais bonitas desta cidade. Até onde o fato de ser desejada, ou assediada, a deixou paranoica quanto ao motivo dos outros se aproximarem dela?"

Franklin acabará de colocar mais uma camada no que entendia da personalidade de Janet, e uma camada que poderia responder algumas perguntas. Não que isso tornasse as coisas mais simples, bem verdade, tornava sua relação com Janet mais complexa

Personagem Franklin Worthinson - Página 2 1-danny-bonaduce-in-the-partridge-family-silver-screen

- "Espero que ela tenha entendido que meus objetivos levam em conta o bem estar de todos nós, ela, Sebastian e Sarah. E qualquer outro que eu venha a descobrir que estão na mesma condição que nós, eles vão precisar de alguém que os guie."

Franklin termina sua caminhada na porta de sua casa, ele para na calçada e fica olhando sua casa por alguns bons minutos

Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Maxresdefault

- "Minha casa... ele me atende bem até o momento, mas até quando? Laboratórios no porão, um quarto pouco espaçoso e nem terei espaço para criar uma área dedicada aos elementos que tenho manifestado, ou melhor, representado"

Franklin adentra a sua casa e encontra seus pais na sala de estar, sentados no sofá e assistindo TV

- "Oras Frankin, chegou cedo." - seu pai sorri - "Normalmente tenho que ligar para a biblioteca para te acharem no meio dos livros e te mandarem para cá"

Franklin sorri em resposta e diz

- "Na verdade não fui na biblioteca hoje, estava estruturando as coisas na escola. Falei com o Senhor Omar o novo diretor" - Franklin faz uma pausa - "O Senhor Donatan foi... transferido... " - ele diria morto, mas como explicar aquilo aos seus pais - "Mas ele seguiu uma proposta de trabalho que foi deixada para ele, e eu terei mais liberdade na escola para estudar temas adicionais aos ministrados pelos professores. Tudo isso seguindo as regras e garantindo o cumprimento do currículo escolar."

O Senhor Gordon ouve aquilo com certa preocupação, ele não sabia se isso seria de fato bom ou não para Franklin e se isso poderia ou não atrapalhar sua entrada em uma boa faculdade. Mas ao final, era melhor tê-lo na escola do que perdendo aulas.

- "Espero que isso seja motivo o suficiente para você parar de perder aulas e se dedicar aos estudos. Pelo menos agora você não pode mais ficar reclamando que eles ficam mostrando coisas que você já sabe"

- "Sim pai, pode deixar" - então Franklin se lembra da reunião no centro, as 19:00 horas - "Vou comer alguma coisa, tenho uma reunião a respeito das eleições de representantes de classe e não posso me atrasar"

Franklin faz um lanche reforçado, ele estava ansioso pela reunião que teria com a SOULS. Talvez suas perguntas fossem finalmente respondidas.
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty CAMINHOS - TERÇA 01/01/1975 E QUARTA 02/01/1975

Mensagem por Guzzon Seg 28 Mar 2022, 11:28

Era o primeiro dia do ano e seu pai já lhe trazia uma decisão importante a ser tomada e no fundo fazia sentido, não havia razão para que Franklin ficasse ausente das aulas de maneira tão displicente. 

- "Isso foi um erro, uma displicência e uma falta de educação para com meus pais e professores. Eles não tem culpa desta situação e acabam sendo afetados pela minha postura."

- "Mas em um ponto meu pai tem razão, não posso viver em dois mundos ao mesmo tempo. Ou pelo menos não posso agir desta maneira sem um plano construído para que isso seja realizado de maneira aceitável."

Franklin faz algumas anotações em seu bloco, separa os livros de eletrônica, fisiologia e psicologia que havia pego na biblioteca, um caderno de anotações e um caderno quadriculado e coloca tudo em sua mochila.

- "Irei fazer meu tempo na escola valer a pena, pelo menos até ter a condição de efetivamente deixar de frequenta-la formalmente."

Franklin desce as escadas e encontra seus pais na biblioteca, sua mãe tomava um chá enquanto ouvia um LP de jazz e seu pai bebia um copo de whisky enquanto lia a Sport Ilustrated.

- "Pai, mãe, boa noite"

- "Pai, pensei no que me disse e gostaria de me desculpar pela minha postura. Eu deveria ter avisado na escola que não iria nestes dias."

- "Eu realmente não vejo como a escola, da maneira como ela se propõe a educar, posso me ajudar. Mas eu também entendo que não posso simplesmente abrir mão de uma obrigação minha sem uma contrapartida. Então a partir de amanhã voltarei a frequentar as aulas, e somente quando eu tiver as condições de abrir mão desta minha obrigação irei falar com o senhor e então optarei por outro meio de aprendizado"

O Sr. Gordon sorri, abaixa a revista e diz:

- "Ótimo filho, nunca se esqueça de suas responsabilidades. Por vezes aquilo que fazemos não é somente para nós, devemos sempre levar em conta todos que estão envolvidos. Eu sei que eu lhe falei que poderia largar a escola se assim o decidisse E assumisse tudo que isso implica, ainda assim se e quando essa for sua decisão quero conversar com você, não gostaria que você largasse sua educação em troca de algo informal"

Franklin sabia da origem humilde de seu pai e do quando ele valoriza cada degrau que ele subiu até ter tudo que eles tem, abrir mão dos estudos poderia ser a longo prazo um erro, mas Franklin tinha tudo isso em seus cálculos.

- "Não se preocupe pai, irei sentar com você e com a mamãe antes de colocar em prática qualquer decisão."

Franklin se retira e dorme uma boa noite de sono.

QUARTA - 02/01/1975 - O DIA DA REUNIÃO


Franklin levanta bem cedo, toma seu café da manhã e pega suas coisas e vai para a escola


Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Skynews-school-pupils-students_5239036

- "Voltar para cá é o mesmo que ser confrontando com a epítome da mediocridade, mais da metade destes alunos nunca irá sair de Yorktown, irá seguir uma vida simplória e sem desafios. Cada um se acomoda tal como seus interesses lhe impulsionam e aqui existe pouco ou nenhum interesse."

Franklin respira fundo e adentra a escola, olhando aqueles rostos conhecidos 

- "Sebastian não esta por aqui, se ele vier deve chegar atrasado e pular o portão. Janet também não chegou ainda, mas com o pai se recuperando é muito provável que ela fique com ele. Ben esta ali no canto como sempre lendo alguma coisa."

Chegando na sala de aula, Franklin abre os livros e cadernos de anotações, e começa a estudar a fisiologia do movimento. Sua atenção na aula seria parcial, a partir daquele dia ele iria usar a escola como seu local de estudo particular. Adiantaria a matéria da aula e o tempo restante seria usado para seus estudos.

Usaria a biblioteca da escola após as aulas para quando fosse próximo ao horário da reunião iria para Main Street.
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty CAMINHOS - QUARTA 26/12/1974 ATÉ TERÇA 01/01/1975

Mensagem por Xarles Dom 27 Mar 2022, 15:04

Frank passa por momentos de gigantescas reflexões e começa a perceber que as ciências são exatas em suas pontuações humanas, porém certamente há lugares onde ela não consegue ainda atingir.

Ele vê e sente isso com seus próprios olhos e com as experiências desta semana que certamente foram mais intensas e intrigantes do que a vida da maior parte dos seres humanos do planeta. 

O estado geral desordenado e indiferenciado de elementos que antecede a intervenção do demiurgo. Eis a frase platônica que vem à mente de Franklin neste momento. A desordem está instaurada e ela não confere sentido à organização e ordem lógica que sempre tivera em mente. Frank está desmontando-se. De suas crenças, de seus tão lógicos hábitos e começa a questionar a tudo e a todos que cruza seu caminho. 


Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Atentacaodesantoantonio

Frank nota com clareza que há pontos energéticos os quais o deixa mais conectado às suas experiências com os elementos vibratórios que o auxiliam na flexibilidade de suas escolhas para o uso ou não de suas capacidades supernaturais. O contato com a natureza, como riachos, pedreiras, cachoeiras, mar, florestas e o simples toque de seus pés descalços ao chão liberam nele uma sensibilidade muito maior de proximidade. Agora, como lidar com isso? Como de fato saber o momento e a opção mais adequada para cada situação. Ele era ainda simplesmente uma criança dando seus primeiros passos próximo ao mistério do que existe entre o céu e a terra.

A ciência então não possui todas as respostas? Certamente siim. Ela dá as respostas. A filosofia daria a ele estas respostas? Não, a filosofia não possui resposta alguma, ela insita os questionamentos. 

"Uma pergunta adequada teria mais validade do que uma resposta apresentada?" Questiona Frank.

Talvez aqui encontra-se uma união perfeita. Ciência, Filosofia e...como nunca antes pensara, o desconhecido mundo dos sentimentos. Origens. Onde tudo iniciou-se? Precisaria talvez dar alguns passos para trás e aprender? Poderia confiar na SOULS para lhe mostrar essa literatura de sabedoria.

Onde tudo teve início?

Sem a presença de Janet e Sebastian, Frank tem uma oportunidade de reflexão muito maior. Mas sente falta deles...e de forma sincera. Mas ele precisa de mais, muito mais. 

O susto causado pelo pai de Janet lhe trouxera um pouco destes sentimentos afetivos. Felizmente ele tivera apenas um mal súbto, mas já estava e tranquilo sob os cuidados da Sra. Knopfler que gentimente e com a permissão de seu pai, cuidar da casa, da alimentação e da proteção de Alli e Janet. 

Depois de um feriado sem muitas festividades devido a todos os ocorridos, Frank atenta-se aos seus estudos e pesquisas, sem ao menos interessar-se pela escola. Enquanto encontra-se em seu quarto depois de organizar seu laboratório e aventurar-se pelo mundo da pesquisa, ouve a porta sendo tocada.

Era seu pai.

"Frank, sente-se, precisamos conversar. Sei que seus interesses escolares são cada vez mais discretos, para não dizer outra coisa. Eu entendo e respeito sua decisão, mas não posso concordar com sua falta de responsabilidade para com a instituição escolar. A cada dia que me ligam sou eu que tenho que criar um cenário aceitável para que eles entendam suas faltas, ou sua mãe, um pouco desconfortável para de vez em quando utilizar-se de uma mentira branca para lhe proteger. 


Se é capaz de tomar a decisão de não ir a escola, será capaz de ir até lá e resolver esse problema por você mesmo. Cansei de ser usado como escudo. Se sua opção for sair da escola neste final de semestre, vai trabalhar comigo. Quer ser capaz de cuidar de sua vida sozinho? Muito bem. Tenha ferramentas para isso."

Seu pai lhe dá um abraço carinhoso. Não estava irritado, nervoso ou violento. Apenas assumindo seu papel como responsável de um garoto de 15 anos.

Frank fecha os olhos...suspira. E agora? Como proceder? O encontro seria finalmente amanhã. 
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty CAMINHOS - QUARTA 26/12/1974 ATÉ TERÇA 01/01/1975

Mensagem por Guzzon Sáb 26 Mar 2022, 19:45

O dia de Natal havia sido satisfatório, um pequeno oásis de normalidade em meio aos dias caóticos que Franklin estava vivendo, ao acordar na quarta feira pós Natal ele deveria retornar a sua rotina regular.

Franklin fica sentado na cama por vários minutos

- "Me vestir e ir para a escola, passar o dia lá dentro sem ter qualquer acréscimo em meus conhecimentos é uma tortura, uma perda de tempo. Vou tirar esta semana para avançar em minhas análises e estudos."

Franklin se arruma e toma seu café da manhã, organiza seu dia para guardar seus presentes em seu laboratório no porão, depois leria os livros de Paracelsius e o tomo de necromacia, ao final do dia poderia exercitar seu vinculo com os elementos.

Ao descer ao porão Franklin abre a caixa com os novos itens de seu laboratório de química e começa a organizar todas as coisas, haviam novos bequeres, pipetas, balança de precisão, dois pilões, uma série de medidos de temperatura, PH, densidade, vários itens descartáveis importantes para os experimentos, todo um conjunto com reagentes e bases.

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Franklin passa um bom tempo organizando todo e lendo o material, ele teria muito a aprender e testar agora.

Com o laboratório de eletrônica Franklin é apresentado a uma nova abordagem científica que ele não havia familiaridade. 
Uma série de oscilómetros, ferros de solda, placas e circuitos, medidores de tensão e voltagem, uma quantidade enorme de resistores, transistores e capacitores.

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Franklin pega o livro que acompanhava o Kit, era muito mais que um manual era praticamente uma enciclopédia sobre eletrônica, um material riquíssimo em informações e Franklin começa folhea-lo, lendo e se interessando pelas possibilidades que se abriam.

Seu mãe lhe leva um lanche em algum momento, depois mais alguns petiscos e quando se dá conta, Franklin é chamado para o jantar. Ele havia ficado o dia inteiro lendo a respeito do assunto, não havia visto o tempo passar e seu planejamento havia ido por água abaixo.

- "Como assim já são nove da noite?" - olhando para o livro percebe que já leu um volume enorme de páginas e havia feito anotações em quase todas - "Me perdi novamente nos estudos, mas não posso reclamar pois este tema é instigante e com uma possibilidade enorme de criação e inovação"

Franklin sobe para jantar e já planeja seu próximo dia.

Seu plano ao acordar é entender melhor os nuances fora da ciência que seus poderes parecem se pautar.

Por dias ele busca locais discretos onde pudesse tentar entrar em contato com seus poderes, como fez as margens do lago uma semana atrás. Mas os dias passam e parecia inútil. 

- "Todos estes dias tentando me aprofundar no tema mas toda literatura é escassa e superficial e minhas tentativas em entrar em contato com aquela entidade tem sido falhas, apesar de sentir minha ligação com os elementos não existe qualquer reação"

Porém, pouco antes do final do ano Franklin se lembra do símbolo que havia visto em uma árvore, na noite que fugiram do Sr, Donatam.

- "Talvez aquele local possa ser uma opção, se não der certo irei abrir mão desta abordagem e tentaria outra coisa."

Franklin caminha até o local, tomando cuidada para ter certeza que não seguido, assim como fez nos dias anteriores e encontra a marca na árvore

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- "Ótimo agora é tentar repetir o que eu fiz naquele diz"

Franklin coloca os quatro elementos próximo a si, mas agora em formato de runas arcanas, um símbolo em cada ponto cardeal ao seu redor. Se concentra em um deles, se lembra dos símbolos que havia traçado e das palavras

- "APERTO OSTIO IGNEM"

E daquela vez parecia que algo havia mudado em relação aos dias anteriores.
O som das folhas parecia reduzir, o próprio movimento das coisas ao seu redor parecia ficar mais lento, e então uma pequena faísca surge no ar rodopiando, criando um círculo de centelhas e crescendo mas desta vez nada saiu dali, na verdade o círculo de aproxima de Franklin passando por ele de fazendo com que ele adentrasse a um local completamente novo.

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o local era simplesmente caótico, os próprios sentidos de Franklin eram colocados a prova, toda e qualquer lógica era simplesmente descartada naquele local, ilhas flutuantes, icebergs de gelo em mares de lava, turbilhões de fuligem e tornados de granizo. Aquela talvez fosse a representação visual do caos.

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Então um voz conhecida surge de trás de Franklin

- "Jovem Sahir, poucas luas se passaram desde nosso último encontro e tanto tem feito. Tocou cada um planos, fez tua vontade reverberar por cada um deles e fez com que cada um de nós fosse escolhido como porta voz de nossos reinos."

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Franklin se lembra dela, Al'umu Arizania era o nome que ela havia se apresentado. Porem neste encontro Franklin não esta aturdido pelo encontro, na verdade ele que buscará aquela experiência e então diz

- "Al'umu Arizania, correto? Quando disse que minha vontade reverberou e outros foram escolhidos do que você esta falando? Existem outros?"

A criatura serpenteia para mais perto de Franklin, seu movimento era sedutor com o dançar das chamas e ela diz sorrindo

- "Se existem outros? Sim sahyr, muitos outros, mas você é único e nos também e portanto você tem afinidade com certos aspectos. Entenda que no passado os escolhidos já foram bravos guerreiros e bárbaros de nossos povos, em outros momentos assassinos e escaramuçadores"

- "Ao tocar cada um dos elementos de cada um dos planos,  sua presença foi notada e alguns de nós ouviram seu chamado e sentiram a sua energia e simplesmente soubemos que deveríamos nos apresentar, assim como eu senti muitas luas atrás quando fez tua iniciação com as chamas. Hoje cada um dos planos envia estudiosos, escolásticos e bardos."

Ao ouvir aquilo Franklin não tem como discordar, suas motivações sempre foram pautadas pelo conhecimento não havia outra forma, pelo menos no seu entendimento, de se construir algo a não ser com uma base sólida, e a iniciação com as chamas lhe trás memórias não tão agradáveis e instintivamente ele coloca sua mão esquerda sobre o braço direito.

- "Entendo, isso é no mínimo interessante. Mas não entendo como isso funciona, são vocês que enviaram estes poderes para mim?"

- "Não sahyr, os poderes são seus. Porem existe uma relação entre nós, seus poderes se originam de nossos planos, e eles carregam a energia dos planos em todos os sentidos, não somente o poder dos elementos mas tudo que permeia o plano e seus habitantes"

Neste momento Franklin se lembra dos sentimentos que haviam tomado conta dele no momento que invocava o avatar de cada elemento, por vezes até mesmo conflitantes entre elementos. 

Franklin sente uma sensação de queda e um enjoo e então Al'umu diz

- "Infelizmente seu tempo neste plano esta se esgotando. Este plano caótico pode receber todos nós, mas você ainda não a tem experiência para entrar em sintonia com o caos, é quase como se houve uma resistência involuntária"

- "Me acompanhe e os outros irão se apresentar"

Franklin caminha naquele local caótico, o solo antes repleto de fuliguem passa a se tornar lamacento até chegar em um lago de águas azuis escuras que termina em uma enorme cachoeira que cai no vazio. Destas águas uma mulher emerge o tronco e diz:

- "Bem vindo Sahyr, sou Ejsing Vetrova e serei um de seus syds. Fico feliz em saber que finalmente tocaste todos planos e finalmente temos um canal para vosso mundo, me entristece saber que passamos tantas eras distante, haverá muito a ser feito."

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 - "Muito a ser feito?"

A mulher sorri e seu corpo se ergue revelando longos tentáculos no lugar de pernas, isso surpreende Franklin que fica sem palavras

- "Sim, vosso mundo irá precisar de você. Os humanos agem de forma irracional por vezes, ferindo a eles e aos demais e em parte caberá a você curar algumas feridas"

A criatura emanava uma aura de calma e tranquilidade e suas palavras eram quase musicais.

Franklin se despede e novamente começa a caminhar, agora escalando um pequeno morro até que os pedaços de terra se tornam pequenos blocos que flutuam. Mesmo receoso de cair Franklin segue adiante até encontrar uma terceira criatura que e emanava uma aura de poder e fúria flutuando acima do solo.

- "Ah, finalmente chegaste sahyr." - a criatura desce e encara Franklin por alguns instantes até que se eleva novamente - "Sim Al'umu, a aparência frágil não condiz com as faíscas de seu amago. Será um utsending honrado, já era hora de termos nossa voz ecoando pelo mundo dos humanos novamente"

E se voltando para Franklin diz:

- "Baronesa Sansuri ao seu dispor Sahyr. Todo nosso conhecimento estará ao seu dispor para ajuda-lo em seu preparo, tens potencial e iremos lhe dar as ferramentas para que possa cuidar vosso plano"


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Franklin se despede da baronesa e começa a perceber que a comunicação entre eles era mais que verbal, era como se os próprios sentimentos e ideias reverberassem entre eles, e em parte ele começa a entender o sentido deste rito de apresentação.

Os passos de Franklin são cada vez mais difíceis, como se estivesse com metade do corpo dentro d'agua ele sentia que em breve deixaria aquele plano. Finalmente ele chega a uma ravina com longas encostas e acima pequenas ilhas flutuam, somente depois de algum tempo Franklin percebe que parte da encosta era um ser vivo.

A criatura gigantesca se move em direção a Franklin, um gigantesco ciclope se aproxima e olha para Franklin de cima dos seus mais de cinco metros.

- "Jovem Sahyr, comigo sua peregrinação pelos syds termina. Sou Bronte Magnus, senhor da forja do outono."

- "A pouco a falar, pois muito já foi dito."

Apesar da aparência monstruosa a criatura se demonstrava sabia e ponderada

- "Seremos tal qual forja e martelo, seremos a força que suporta e tu serás o martelo, serás aquele que dará forma e objetivo. Seremos uno, compartilhando anseios e vontades de objetivos comuns"

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Franklin sente sua ligação com aquele plano esvaindo e percebe o círculo de faíscas se formando ao seu redor, o gigante percebe o mesmo e leva sua mão direita ao peito em sinal de adeus.

Franklin desperta de seu transe no mesmo local, e não sabe se fato se deslocou para aquele plano caótico ou se foi uma experiência extra corpórea. Tudo aquilo desafiava de maneira frontal todo e qualquer embasamento cientifico.

- "Essa é a prova concreta que não existe uma dicotomia de escolhas. Carrego a lógica da ciência e o caos elemental, é ridículo que me ofereçam escolhas que me privem de caminhos que podem ser facilmente trilhados em paralelo."

A cada passo que Franklin dava no conhecimento de suas habilidades tornava o discurso da S.O.U.L.S. mais frágil e menos atraente. Ainda assim, ele não abriria mão de conhecer de fato do que se tratava tal organização, por mais desorganizada que ela fosse ao seus olhos.

Os dias se passam com Franklin praticamente enclausurado em sua casa, estudando e construindo teorias e principalmente aguardando o fatídico dia de sua reunião com a S.O.U.L.S.
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty CAMINHOS - SEGUNDA 24/12/1974 e TERÇA 25/12/1974

Mensagem por Guzzon Sáb 26 Mar 2022, 12:28

Franklin acorda em um salto ouvindo as palavras de seu pai, mas quem seria? Seu avô? Seu tio?

Ele se arruma rapidamente e desce as escadas de casa e questiona seu pai a respeito e descobre que se trata do Sr. Wislow.

- "Meu Deus, a Janet deve estar arrasada o pai dela talvez seja o pilar mais importante da vida dela"

Então Franklin tem um vislumbre do espelhamento da situação em sua vida e sente um nó na garganta, como seria sua vida perdendo seu pai ou sua mãe, aquilo o deixa abalado, com a efemeridade que uma vida pode ter ao mesmo tempo do tamanho do impacto que sua falta pode causar.

- "Pai, precisamos falar com o Dr. Banner. Para ele acompanhar o estado do Sr. Wislow talvez transferi-lo para um hospital com mais condições de atender sua situação."

Prontamente seu pai lhe responde

- "Franklin, já falamos com o Dr. Banner e ele irá acompanhar o Sr. Wislow. Ele disse que não devemos nos preocupar que ele estará a frente de todos os cuidados e que neste momento o mais importante é mantê-lo estável e sob observação"

Franklin fica mais aliviado em saber que seu pais já haviam acionado o Dr. Banner, mas qual sentido em ir para escola ao saber desta noticia. Qual sentido em se sentar por horas a fio para ouvir sobre assuntos desinteressantes e lhe importavam cada vez menos. Havia muito a ser feito e tão pouco tempo que destinar seu tempo para aquela atividade seria um desperdício.

- "Pai, irei enviar algo para Janet e avisar que estou a disposição para dar qualquer suporte que ela precise, tenho certeza que ela deve estar muito preocupada. Farei isso agora cedo"

Gordon olha para filho entendendo as entrelinhas de sua frase e responde

- "Tudo bem, esta semana as aulas devem ter pouco conteúdo. Faça sua parte em dar apoio para a Srta Wislow."

Franklin toma um café da manhã reforçado e não tem pressa em sair de casa, era bastante cedo e o comercio ainda não havia aberto.

Ao sair de casa ele se dirige a única livraria da cidade. Era simples mas eles tinham sempre algumas boas opções e lançamentos

Personagem Franklin Worthinson - Página 2 A-real-bookstore

Logo ao entrar ele é recepcionado pelo Senhor Thouston.

- "Bom dia Franklin, faz tempo que você não aparece. Tem um livro novo de química que chegou, talvez te interesse."

- "Agradeço Sr Thouston, mas vou dar uma olhada em outras opções hoje, são presentes."

O Sr Thouston ri e diz

- "Deixou para última hora Franklin? Fique a vontade"

Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Portrait-of-male-in-bookstore-picture-id623108928?s=612x612

Franklin começa a andar pelos corredores da loja, felizmente os livros eram separados por assuntos e ordenados pelo nome do autor e isso facilitaria em muito a busca.

Franklin fica horas olhando livros, lendo resenhas e se perdendo diante a tanta informação. Aquele era um ambiente que lhe agradava, lhe instigava e finalmente ele encontra tudo que procurava. Escolhe três cartões para colocar junto aos livros.

- "Não existe um caminho único, uma escolha monocromática. Ensinar ou ser ensinado, guiar ou ser guiado, empurrar ou ser empurrado, é possível realizar ambas as coisas, eu posso ser tutoriado e posso ajudar os outros. Essa visão de mão única que me apresentam é restrita e obtusa, preciso entrar logo nesta organização para trazer uma visão mais ampla das coisas para eles."

No balcão Franklin pede para embalar os livros para presente e deixa um cartão para cada um deles.

Para Sebastian ele separa a edição daquele ano do anuário de boxe e deixa no cartão uma mensagem:

"Sebastian, uma vez Muhammad Ali disse : "Impossível é apenas uma palavra usada pelos fracos que acham mais fácil viver no mundo que lhes foi determinado do que explorar o poder que possuem para muda-lo. O impossível não é um fato consumado. É uma opinião. Impossível não é uma afirmação. É um desafio. O impossível é algo potencial. O impossível é algo temporário. Nada é impossível" . 
Você tem poder para mudar as coisas, você não se resume a um membro de gangue ou um imigrante, você pode ser muito mais que isso. Não precisa esqueça tuas raízes, mas olhe para frente e para tudo que você pode alcançar e tudo que você pode ser
Um Feliz Natal
Franklin
"

Personagem Franklin Worthinson - Página 2 00172

Para Janet ele separa a edição de 1974 do Larrouse Decouvrir la france, ele sabia que ela estudava francês e isso poderia resgatar a sensação de normalidade que ela almeja. 

"Janet, espero que tudo já esteja melhor com seu pai. Sei que gosta de estudar francês e este livro tem quase tudo sobre a França, desde paisagens até costumes. Sei que busca o acalanto da nossa rotina, mas por vezes ela não precisa estar detida em fronteiras pequenas, ela pode ser expandida e o sonho de conhecer novos lugares e traze-los para dentro de nossa rotina pode tornar enriquecer nossas experiências. Mantenha vivo seus sonhos de conhecer Paris e se tornar uma advogada vivos, são estes objetivos que temos a tanto tempo que devem nos nortear.
Pode contar comigo sempre que precisar
Um ótimo Natal

Franklin"

Personagem Franklin Worthinson - Página 2 S-l400

Para Sarah ele opta por algo menos pessoal neste momento, ainda mais sabendo que Sebastian estaria ao lado dela no momento que recebessem os presentes.

Um livro de poesias, muito aclamado seria algo de bom gosto, intimo e ainda assim respeitoso.

"Sarah, espero que tenha um ótimo final de ano e que a leveza e alegria destas poesias possa aquecer as festas em sua casa. Espero poder lhe encontrar em breve para falarmos sobre as inspirações deste livro.
Um ótimo Natal
Franklin
"

Personagem Franklin Worthinson - Página 2 30119

Após enviar os livros, Franklin vai até a loja roupas e compra um par de luvas de couro com interior de pelos de ovelha para o Sr Macklinley e um cachecol de cashemere para a Sra Palmer.
Franklin vai pessoalmente até a biblioteca para entregar para eles, que ficam muito felizes pelos presentes e pela visita, Franklin aproveita para pegar todos os livros que tinha anotado em seu bloco de anotações.

Finalmente Franklin teve um período de normalidade, a festa com sua família, a ceia, a troca de presentes, ele havia ganho dois presentes, um novo kit de quimica e um kit de eletronica, ambos bastante completos.

O dia seguinte Franklin opta por ficar em casa, lendo tudo que havia pego na biblioteca e atento ao telefone caso Janet ligasse precisando de algo.

- "Os temas são muito interessantes, muita informação" - então ele se lembra de outras fontes de informação - "Os livros da Paracelsius e o volume de necromancia, tenho que abordar a questão do ponto de vista místico também, além do ponto de vista cientifico. Farei isso amanhã"
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty CAMINHOS - SEGUNDA 24/12/1974 - 6h32

Mensagem por Xarles Sex 25 Mar 2022, 20:07

Nada era mais bela que aquela vista. Grandes lagos e centenários pinhos estavam a sua volta. Ali naquele momento nada o ameaçava. Era o rei de seu domínio e a sensação de vitória enquanto de forma altiva se encontrava no alto da colina era justamente tudo o que sempre desejou. 

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Ali naquele momento não havia dívidas. Janet, Sebastian? Não nenhum deles para impedir seu progresso e sua grande projeção em vida. Para que preocupar-se com desprovidos de ousadia e brio? Qual a razão de colocar seu sucesso em perigo por duas pessoas que mal conhecia, e mesmo tendo se esforçado para ajudá-los, aparentemente não possuiam qualquer condição de lidar com suas próprias vidas?

Sim...eles apenas tem 15 anos, pensa Frank. Mas eu também. Se eu posso e faço acontecer eles também deveriam tentar. Janet começa a lhe trazer a sensação de piedade, e Sebas um perdido que não consegue ao menos estabelecer rumos na sua vida. Mas a vista era deslumbrante.

Lá de cima da colina Frank observa as nuvens leves como plumas de pavão, o ar fresco inundando seus pulmões e o sol a esquentar seus ombros como um forte abraço de alguém que o muito ama.

No reflexo do lago está seu corpo...

"Narciso acha feio tudo o que não é espelho."

Frank abre os olhos e acorda com seus pais falando alto.

"Sim, parece que foi um enfarto!!!!!! Meu Deus, ele estava tão bem até então...devemos sair agora e darmos toda a assistência que pudermos."
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty CAMINHOS - DOMINGO 23/12/1974

Mensagem por Guzzon Sex 25 Mar 2022, 12:05

Ben fica espantado pela aproximação de Frank, ele gagueja algo e então diz:

- "Eu... eu .. estou bem... "

Franklin observa os olhos vermelhos e o rosto molhado de Ben. Ele estava chorando e obviamente não estava bem, na verdade, era uma visão de dar pena, Franklin se senta a frente de Ben e diz:

- "Não Ben, você não esta bem. E não tem problema em admitir isso."

Ben fica aturdido com o fato de Franklin sentar a sua frente, aquilo era inesperado. Franklin por outro lado não via aquilo como algo tão importante assim, ele chama o atendente

- "Dois chocolates quentes e duas fatias de torta de maça, por favor"

Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Rembrandt-corner

Arny, prepara rapidamente o pedido e serva a mesa, após o atendente se afastar Franklin diz:

- "Ben, nós estamos na mesma turma na escola faz quanto tempo? Uns 3 anos mais ou menos? Neste tempo, pelo que eu me lembro, você interagiu muito pouco com as pessoas da sala."

- "Por outro lado, eu sei que você participa do grupo de xadrez da escola e do grupo de astronomia. Tudo bem que você precisa treinar mais seu xadrez, mas sei que você é bem participativo no time de astronomia."

Ben dá uma risada tímida e diz

- "É é  ver... verdade. Gosto mesmo de astronomia, acho que é uma das ciências mais legais que tem"

Franklin não sabia, mas Ben só estava no grupo de xadrez por conta da Sue MacKnight que participava para ganhar créditos extras.

- "Onde eu quero chegar com isso Ben. Você pode se aproximar das pessoas, as vezes pode ser bom e as vezes não, mas na maioria das vezes as pessoas serão receptivas. Nós não imaginamos como as pessoas podem ter interesses em comum e como existem assuntos que são de interesse de pessoas tão distintas." - Franklin come um pedaço da fatia da sua torta e continua - "Eu não tenho a intensão de que você compartilhe comigo suas preocupações assim do nada mas se quiser conversar mais sobre astronomia, xadrez ou qualquer outra coisa, nós estamos na mesma sala, é só me chamar."

Ben já havia comido praticamente toda a torta enquanto ouvia as palavra de Franklin e lhe responde

- "Obrigado Franklin, quem sabe a gente se fala mais"

Franklin sorri e diz - "Claro, amanhã nos vemos na aula" - se levanta, paga seu pedido, se despede de Ben e vai para a rua

Ele estava satisfeito com sua abordagem, ele havia exercitado sua empatia e sociabilidade, para Franklin muito provavelmente aquele momento poderia ter mudado a vida de Ben.

Na realidade Ben não havia entendido o motivo de Franklin ter falado com ele. Ele somente havia aceitado o fato que Franklin se sentou e não parou de falar por um instante, mas pelo menos pediu uma fatia de torta. A única certeza de Ben era que Franklin era um cara meio estranho mesmo.

Já era  o meio da tarde de domingo e Franklin começa a sentir novamente o reflexo dos dias anteriores, um cansaço inesperado e um pouco de sono

- "Melhor ir para casa, preciso me recuperar afinal amanhã terei que estar na escola. Mesmo depois de todos os acontecimentos devo manter minha rotina para evitar suspeitas, pelo menos neste momento."

Ao chegar em casa Franklin conversa um pouco com seus pais sobre amenidades e quando estava tomando um copo de suco na cozinha a Sra Knopfler se aproxima e diz:

- "Em breve Franklin, tudo tem seu tempo e momento e nem tudo esta sob o nosso controle. O nosso crescimento esta em saber identificar o que controlamos, o que influenciamos e o que não temos alcance"

Franklin apenas sorri e acena com a cabeça, ele definitivamente não gostaria de iniciar uma conversa sobre este tema com a Sra. Knopfler

- "Eu não sei por que todo este mistério, parece que não existe uma organização de fato ou uma linha de comando clara. Eu preciso conhecer a SOULS, muito mais para entender o motivo de todo esse lance Shakesperiano"

Franklin sobe para seu quarto, pega seu bloco de notas e começa a fazer uma pequena lista de atividades para a semana

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- "Amanhã tem aula mas na terça é Natal... humm... vou reservar o dia de amanhã para fazer as compras, preciso comprar presentes para o Sr Macklinley e a Sra Palmer da biblioteca, Janet, Sebastian e é claro, a Sarah. Preciso comprar tudo amanhã mesmo e entregar para eles." - 
Então Franklin se lembra das palavras de Janet - "Humm, melhor pedir para um courier realizar as entregas e dar a Janet o tempo que ela pediu"

Com seus próximos dias organizados, Franklin toma um banho e se deita. Aquela seria uma semana se ansiedade para ele e por isso era importante estar com a mente ocupada.
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty CAMINHOS - DOMINGO 23/12/1974 14h25

Mensagem por Guzzon Qua 23 Mar 2022, 15:56

Finalmente Franklin estava sozinho, não fisicamente afinal haviam ainda várias pessoas ali, mas dentro daquele turbilhão de descobertas que ele havia feito nos últimos dias ele estava sem Sebastian, Janet e June. Aquelas eram as pessoas que o acompanharam de maneira muito próxima, quase intima em todas suas descobertas a respeito de sua condição.

Ele recebe o papel de Christina, e tem um misto de sensações. Obviamente sua curiosidade é aguçada no mesmo instante que recebe o papel, mas logo em seguida é acometido por uma frustação e raiva.

- "O tempo todo é o mesmo discurso. Diga que quer participar e poderá, que devo fazer minha escolha... mas de nada adianta realizar as escolhas ou me decidir, pois eles postergam sempre"

Franklin decora o local, data e horário e amassa o papel em sua mão, respira fundo e controla sua frustração.

- "Eles dizem que a decisão será nossa, que teremos o livre arbítrio  e tudo mais." - Franklin coloca o papel amassado no bolso - "Mas muito provavelmente eles irão tentar trazer Sebastian e Janet para a organização. Ninguém em sã consciência deixaria pessoas com tais habilidades a própria sorte e muito menos a disposição de um inimigo que pode usa-los como arma."

Franklin se conforma com o fato que terá que esperar, mas seu tempo é valioso e enquanto esperava iria se aprofundar em suas próprias habilidades, toda aquela ação havia deixado boa parte de seus planos de lado, pelo menos temporariamente.

Ficar ali não fazia mais sentido, só era uma justificativa para deixar Sebastian ir embora e poder pensar um pouco a respeito de seus objetivos e o quanto eles estariam entrelaçados com Sebastian e Janet.

Franklin se levanta, vai até o banheiro lavar as mãos e arrumar seu cabelo, passa no balcão e deixa o dinheiro referente ao seu chocolate e ao chocolate de Sebastian, mesmo com o atendente avisando que não precisava.

Mas ao passar na mesa onde se encontrava Ben percebe que ele estava de cabeça baixa e chorando, normalmente ele deixaria o garoto lidar sozinho com sua frustação, mas se o destino de Franklin fosse liderar ele precisava lidar com este tipo de situação.

Ele se aproxima, coloca uma mão no ombro de Ben e diz

- "Ben, esta tudo bem? Quer conversar ou precisa de algo?"

Seu domingo esta praticamente perdido, não havia motivo para não ajudar um conhecido de escola.
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty O RETORNO - 20/12/1974 12h11

Mensagem por Xarles Dom 27 Fev 2022, 19:48

A conversa havia sido longa e menos esclarecedora do que Frank imaginara, porém, algumas informações foram importantes e ele percebe que se fosse de sua vontade mais informações teria que tomar uma decisão fundamental: daria este voto de confiança em nome do conhecimento ou seguiria seu caminho desbravando este terreno desconhecido por si próprio. Talvez ele conseguisse, confiança não lhe falta, mas a questão é: Janet, Sebastian? Estariam eles dispostos a trilhar esse percurso também? Até onde os valores adquiridos por Frank ao longo da vida interferiria nesta decisão? 

Logo após as compras, Sra. Knopfler, a pedido de Frank o leva até a casa de Sebastian.

"Reflita muito bem meu nobre rapaz. O conhecimento o espera. O tempo é impaciente, ele simplesmente passa e não aguarda por momentos ideais para nossas decisões. Quem não decide por si próprio é governado pela vontade alheia. Não sinta-se obrigado a nada, mas lhe digo: eu conheço este caminho e posso lhe apontar direções mais favoráveis. Tenha uma boa conversa, direi aos seus pais que retornarei para pegá-lo quando terminar."

Frank desce do carro reflexivo. A casa de Sebastian, embora simples, possuía um ar de organização muito evidente. Ele percorre o caminho até a porta e ouve o barulho do carro de Sra. Knopfler partindo. Toca a campainha, e a porta lá estava Sebas. O recebeu com educação, mas nada além disso, ainda mais depois de todos os acontecimentos. Vê Sarah subindo as escadas. Ela apenas acena de longe enquanto Sra. Smith gentilmente começa a passar o café que lhe fora oferecido.

Senta-se no sofá sob os olhares de Sebas que aparentemente havia acabado de almoçar. Havia algumas migalhas do que aparentemente eram tortilhas em sua roupa.

Frank observa na mesa de centro um livro, certamente não seria de Sebas. Talvez de Sarah ou então da Sra. Smith.

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Sai de sua distração e olha para Sebas, que certamente estava curioso sobre o que estava inesperada visita se tratava.
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty O RETORNO - 20/12/1974 Manhã

Mensagem por Guzzon Qui 24 Fev 2022, 19:28

Franklin acompanha a Sra. Knopfler até o carro e se mantem atento as palavras, mesmo ciente de sua capacidade cognitiva elevada para entender algo era necessária a devida atenção. Com o tempo de estudo Franklin havia desenvolvido uma técnica de identificar e memorizar automaticamente as partes mais importantes de um texto, aula ou diálogo e isso era funcional, pelo menos é nisto que ele acredita piamente.
 
Conforme a Sra Knopfler começa a lhe explicar sobre suas dúvidas, não existe muita surpresa para Franklin


Sra Knopfler escreveu:Querido Frank, temos aqui muitas coisas a serem discutidas e embora ainda seja apenas uma criança diante desta toda esta situação, lhe direi o que posso, o que sei e aquilo que deve saber
 

- “Novamente toda a informação é previamente filtrada e entregue de acordo com o que a Senhora Knopfler, ou seus superiores, acreditam que deva ser exposto. Certamente existem informações sendo restritas, inclusive informações referentes as nossas próprias vidas
 
Mas então Sra Knopfler explica a respeito da origem das capacidades deles, na década de 40, por experimentos nazistas. Aquele informação era muito rica e poderia esclarecer muita coisa para Franklin, talvez aquela fosse a informação mais relevante a respeito daquela situação que ele havia recebido e isso poderia desdobrar em muitas camadas e a mente aguçada de Franklin começa a fervilhar com as possibilidades
 
- “Década de 40, experimentos nazistas. Então somos a segunda ou terceira geração, mas isso deveria se restringir aos judeus. Não... houve perseguição a romanos, ciganos e outras minorias e isso pode explicar a variabilidade étnica e de idades, pelo menos parcialmente. E os antagonistas podem ser justamente uma dissidência do governo alemão pré-queda do nazismo e isso pode lastrear muito mais minha aproximação da S.O.U.L.S. do que qualquer outra coisa e coloca o risco que corremos em outro patamar.
 
Mas Frank é obrigado de deixar seus devaneios de lado para prestam atenção nas palavras da Sra Knopfler.
 

Sra Knopfler escreveu:A escolha de confiar em quem somos, o que somos e o porquê estamos aqui dependerá de sua confiança.


- “Novamente uma resposta vaga e deixando somente na minha responsabilidade o ato de confiar neles ou não e tudo isso sem um motivo claro
 
- “Sra. Knopfler, entendo que confiar depende de mim, mas o quem, oque e por que vocês são nunca me foi apresentado, então estou confiando em uma proposta oculta. Eu confio por que a senhora esta aqui falando comigo e a senhora é um lastro que eu aceito. Mas isso será o suficiente para que Sebastian ou Janet aceitem e confiem? Eu só posso falar por mim e espero que sua organização tenha o interesse em apresentar aos outros um lastro para eles também aceitem
 
Sra Knopfler apenas olha para Franklin, mas opta por seguir com suas explicações



Sra Knopfler escreveu:O fato de precisarem um do outro é claro: Àqueles que é dada a diferença e a dúvida é dado também o porquê do aprendizado. Nada aprende-se com alguém que como você age. O questionamento trás as respostas. As perguntas para o que se quer simplesmente ouvir nada lhe trarão de novo. 


 - “Isso é uma obviedade, e não explica o motivo real de quererem nos manter unidos. É muito mais fácil inferir que o risco de sermos capturados pelo inimigo deles é alto e sermos usados como armas é uma possibilidade, mas se querem seguir com este discurso de evolução compartilhada que seja, isso afetará muito mais os outros do que eu

 
- “Entendo, ainda assim nem tudo poderá se resolver dentro do nosso grupo, por vezes será necessário um tutor pois apesar de tudo, ainda temos 15 anos.
 

Sra Knopfler escreveu:
A você dou minha palavra de que minha função é a proteção. Mas como lhe disse, possui o livre arbítrio. Seja bem-vindo a S.O.U.L, nossa comunidade, ou siga seu caminho como bem entender com todas suas questões a serem resolvidas
Vamos as compras? Faça suas escolhas...
 
A maneira como a Sra Knopfler posiciona a abordagem da SOULS incomoda Franklin, aquilo parecia um relacionamento de mão única, onde ele deveria confiar, seguir os conselhos e respeitar as decisões de uma organização que não o trataria da mesma forma. Essa percepção somada ao stress do dia anterior deixam Franklin consternado.
 
- “Então a postura será comigo ou nada, no melhor dos cenários, mas eu acredito que as entrelinhas indicam um comigo ou contra mim. É possível justificar esta postura se de fato o inimigo for uma dissidência nazista, mas estas conclusões não são simples e ainda pairam no campo das inferências.
 
- “Com todo o respeito Sra. Knopfler” – ao ouvir estas palavras a governanta olha diretamente nos olhos de Franklin, que sente a seriedade do momento, mas prossegue – “O que a S.O.U.L.S. me pede é um salto de fé, aceitar um convite sem qualquer esclarecimento a respeito de quem são vocês e quais as contrapartidas e condições” – Franklin continua olhando para Sra. Knopfler – “Mas a situação me coloca em uma situação onde eu já aceitei esta proposta, e se necessário retifico este meu aceite com a senhora agora

Na verdade a situação ajudava na decisão, mas Franklin precisava descobrir do que se tratava a S.O.U.L.S. O fato de ser apresentado a uma sociedade secreta instiga a curiosidade de Franklin a ponto de aceitar este contrato sem saber as contrapartidas.
 
- “Mas esperar que Sebastian e Janet aceitem dar um salto de fé como este talvez seja demais, como disse eles precisam de algo concreto.” – de forma mais tranquila, prossegue – “Eu não posso ser o interlocutor da sua comunidade junto a eles, pois eu mesmo me sinto apenas um candidato. O máximo que posso fazer é compartilhar com eles o que a senhora me disse e expor minhas opiniões e os motivos de eu aceitar, mas não cabe a mim traze-los para a sua comunidade. No meu entendimento era a responsabilidade de Josephine e espero que alguém assuma este papel.
 
- “Quanto as escolhas, creio que minha posição é clara. Minha expectativa é que minha confiança nesta comunidade seja retribuída confiando em mim da mesma forma
 
- “E tenho quase certeza que esta comunidade é bem pequena, afinal com um processo de aproximação como este deve ser difícil convencer as pessoas a participar. A sorte deles é que estou disposto a participar, se eu puder ajuda-los nesta parte posso construir uma narrativa de convencimento que seria muito melhor que eles estão fazendo agora. Todas as vezes que falam é confuso, com pouca informação, promessas sem base alguma, fica parecendo uma reunião da Amway
 
Após as compras Franklin diz
 
- “Poderia me deixar na casa do Sebastian? Preciso conversar com ele e contar o que compartilhou comigo. Com sorte ele estará disposto a confiar na SOULS também, assim espero. Só não sei como e onde a Janet está..
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty Re: Personagem Franklin Worthinson

Mensagem por Xarles Qua 23 Fev 2022, 19:44

Sra. Knopfler sai de casa acompanhada de Frank, abre gentilmente a porta de seu carro para ele. Era um carro muito simples, porém após tanto tempo de convivência com ela, Frank sabe que ela não importa-se com o ter. 

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Frank senta-se ao lado de Sra. Knopfler e prefere nada falar naquele momento. Ela olha para ele, coloca sua mão esquerda sobre a mão direita dele e delicadamente abre um sorriso. Nada espalhafatoso, mas simplesmente algo que demonstrava o carinho que ela tinha por ele e certamente pelos seus pais.

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"Meu querido, em primeiro lugar obrigado por estar aqui comigo. Em segundo lugar sei que suas dúvidas estão lhe consumindo. Poderei esclarecer algumas delas, poderei mostrar-lhe o caminho a ser seguido, porém você possui seu livre arbítrio. Nada do que lhe falar tornar-se-á uma obrigação, porém e não obstante uma chance de raciocinar sobre tudo o que está acontecendo neste momento."

Sra. Knopfler liga o carro, o toca fitas logo aciona-se. Mais uma vez ela olha para ele e com olhos muito carinhosos e de préstimo começa a dirigir. 


O frio estava intenso lá fora. Mas a quietude e calmaria da canção dava a Frank um certo conforto apesar de sua mente estar tão inflamada de tantas perguntas.

"Meu filho em muitos momentos que questionamos e ouvimos determinadas respostas, duvidamos de nossas próprias perguntas."

Sra. Knopfler atenta ao trânsito e olhos fixos por onde andava para seu carro perto de um parque. Frank conhece muito bem aquele local, era onde costumava a brincar com seu irmão, quando ele ainda era um pouco mais descontraído e aproveitava um pouco melhor de sua liberdade, antes de tornar-se ranzinza e extremamente sério.

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Sra. Desiga o carro, abre um tanto quanto os vidros para não ficarem embaçados. "Querido Frank, temos aqui muitas coisas a serem discutidas e embora ainda seja apenas uma criança diante desta toda esta situação, lhe direi o que posso, o que sei e aquilo que deve saber.


June não foi-se...ela ainda está entre nós, porém Md. Green e o pobre Donatan foram-se por motivos diferentes, mas necessários. Você estve comigo por todos estes anos, pois eu precisava estar e cuidar de seus pais, de sua família e antes de mais nada de você.


Tudo pelo que passa começou há anos. no início da Segunda Grande Guerra, em 1942 quando os nazistas em suas tentativas de destruição e aniquilamento também usaram de seres humanos em testes científicos, na esperança de criarem soldados de batalha extremamente potentes e assim conquistarem seus objetivos.


Cheguei já adulta neste país e vítima destes testes e desde então minha vida nunca mais foi a mesma. A minha vida e de muitos outros que assim, como Janet, consegue observar passaram e passam pela mesma situação. 


Durante estes anos acabamos por uma via ou outra nos conhecemos e criamos uma rede de proteção, conhecimento e entendimento sobre o que conosco acontece."

Frank, procura entender, mas tudo ainda estava muito inócuo para ele. Fui por muito tempo responsável por você e sua família, assim como outros como Md. Green, Donatan foram responsáveis por outras obrigações.

Sra. Knopfler liga o carro novamente e aparentemente segue em direção ao supermercado. 

"A escolha de confiar em quem somos, o que somos e o porquê estamos aqui dependerá de sua confiança."

Mais uma vez ela toca sua mãos. "O fato de precisarem um do outro é claro: Àqueles que é dada a diferença e a dúvida é dado também o porquê do aprendizado. Nada aprende-se com alguém que como você age. O questionamento trás as respostas. As perguntas para o que se quer simplesmente ouvir nada lhe trarão de novo."


"A você dou minha palavra de que minha função é a proteção. Mas como lhe disse, possui o livre arbítrio. Seja bem-vindo a S.O.U.L, nossa comunidade, ou suiga seu caminho como bem entender com todas suas questões a serem resolvidas."

"Vamos as compras? Faça suas escolhas..."
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty O RETORNO - 20/12/1974 Manhã

Mensagem por Guzzon Ter 22 Fev 2022, 23:44

Frank toma seu café da manhã e apesar do clima pouco usual e do aparente desconforto de seus pais ele se deixa levar e aproveita aquele momento. Depois do dia anterior ele tinha dúvidas do quando aquele ambiente ainda lhe estaria disponível e principalmente até onde conseguiria manter seus pais protegidos.

Ao final, ele se levanta e abraça sua mãe lhe dando um beijo na testa e depois abraça seu pai e diz

- "Claro, será um prazer acompanhar a Sra. Knopfler nas compras"

Frank pega um de seus suéteres, um par de luvas e uma touca de lã e encontra Sra Knopfler na cozinha, já pronta para sair. Já não havia mais o habitual sorriso em seu rosto.

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- "Me parece que a S.O.U.L.S. ensina a todos uma retórica cheia de esquivas. Posso perguntar, mas as respostas serão aquelas que ela acha que eu devo ouvir."

Aquela situação incomodava Franklin, ele preferia muito mais a abordagem direta, com fatos e certezas, mas aparentemente aqueles conversar eram como ler um livro de filosofia. 

- "Senhora Knopfler, eu tenho um caminhão de perguntas. Algumas obviamente mais importantes e urgentes que outras."

- "E uma pergunta simples não refletiria todo o peso da situação. Veja, uma amiga minha morreu ontem a June. Fomos sequestrados, perseguidos e quase mortos. Dado este cenário, o mais importante neste momento é que preciso saber o quanto podemos contar com a sua organização para nos manter seguros. E estou me referindo não somente a mim, mas principalmente a Sebastian, Sarah e Janet."

- "Cada um deles, a sua maneira, são mais vulneráveis do que eu.... do que nós"

Franklin caminha ao lado da senhora que achava que conhecia, e lhe faz uma nova pergunta

- "Em quem podemos confiar? Donatan era um velho amigo de Josephine e se mostrou um antagonista." - lembrar de todas as conversas que havia tido com o diretor nas ultimas semanas tornava aquela traição especialmente dolorosa para Franklin.

- "Mesmo minha confiança na senhora é muito mais pautada nos anos de convívio e no carinho que sinto pela senhora do que por qualquer argumento racional" - neste momento Franklin percebe como deve ter sido difícil Sebastian entender sua ligação para casa na noite passada.

Aquela seria uma caminhada longa, mas muito proveitosa para Franklin

- "Tanto a senhora quando Josephine falaram mais de uma vez em equilíbrio entre nos, em como existe uma complementação. Imagino que eu, Sebastian, Janet e Sarah não sejamos apenas uma coincidência, de alguma forma entendo que já sabiam que nós seriamos de alguma forma.... favorecidos por estes.... estas capacidades"

- "Tenho muita vontade de saber a origem disto, já vejo que minhas habilidades são distintas em diversas formas de Sebastian, assim como Janet também apresenta algo fora de ambas... mas devo deter minha curiosidade acadêmica neste momento e questionar o fato que urge em se ter resposta."

- "Qual a real importância de atuarmos juntos? Apenas um interesse da organização em formar um grupo ou algo assim? Ou, conforme eu imagino, existe algo maior acontecendo e existe uma necessidade real?

Franklin sorri, talvez o primeiro sorriso sincero desde que fora sequestrado e diz:

- "Vou precisar encontrar Sebastian hoje e procurar por Janet, estas respostas serão importantes para eles também. Como disse, eles são mais vulneráveis do que eu e talvez precisem de um chão muito mais sólido para se manterem firmes."
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Personagem Franklin Worthinson - Página 2 Empty O RETORNO - 20/12/1974 00:40

Mensagem por Xarles Ter 22 Fev 2022, 21:53

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A manhã estava muito fria. Tão fria quanto os sentimentos de Frank e suas quantidades de dúvidas sobre tudo o que estava acontecendo. Acorda, vai ao banheiro ao tomar seu banho e recolhe suas roupas da noite anterior para dar fim a elas. Seraia necessário.

Ao descer as escadas encontra com seus pais e como se nada tivesse acontecido com ele, senta-se a mesa, esperando o café da manhã de Md. Knopfler. 

Seus pais servem-se do café da manhã com um certo olhar de apreenção e começam a comer. Frank serve-se sem tirar os olhos de Sra. Knopfler que assim como ele a observa de forma intensa.

"Sr Gordon, Sra. Rose, precisarei fazer as compras para a esta semana, haveri alguma objeção da parte de vocês de Frank pudesse ajudar-me?"

Frank claramente entende o que se passa, porém fica quieto, ao passo que seus pais concordam com o pedido de Sra. Knopfler.

"Sim, minha cara. Frank pode ajudá-la não somente no transporte das compras, mas como também em suas escolhas. Ele sabe muito bem como fazer isso."

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Após o café da manhã seus pais retiram-se para um descanso e Srz, Knopfler aproxima-se de Frank. Seu sorriso já não era tão aberto e isso o preocupava.

"Creio que temos que fazer compras...Escolha seus ingredientes com cuidado."

Frank não era nada tolo...seus ingredientes deveriam ser suas perguntas e dúvidas sobre tudo o que estaria acontecendo. Finalmente descobre que Sra. Knopfler era mais do que uma simples cozinheira.

"Venha...ande ao meu lado. Meus ouvidos serão os canais de suas perguntas. Minhas respostas serão aquelas as quais você precisa e não as que você quer. Pense nisso."
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