Personagem Franklin Worthinson

Franklin entra em sua casa de forma silenciosa, ou o mais silencio que ele conseguia ser, mas é surpreendido por todos acordados, a mesa posta e seus pais agindo normalmente.

- "Oque esta acontecendo aqui?" - Então nota Sra. Knopfler sentada - "Pelo visto a doce senhora Knopfler sabe bem mais do que cozinhar. Mas apesar de inesperado é providencial"

Franklin caminha até a cozinha e pega uma cerveja para seu pai, e se dá conta que estava faminto, já vazia um dia inteiro que não comia.



Após encher o copo e entregar ao seu pai, Franklin se senta e faz um prato farto. Naquele momento sua fome supera seu cansaço.



- "Foi um dia bem cansativo pai" - Franklin dá generosas garfadas e come avidamente - "Talvez o fato de que alguns elementos precisem ser ajustados antes de interagir corretamente dentro de um conjunto.... na aula de química"

- "Humm, muito interessante Franklin" - seu pai respondia quase no automático, como se estivesse em um leve torpor.

Ao final de sua ceia, Franklin segue os mesmo costumes e recolhe a louça para levar para cozinha e então tem a chance de ter um minuto em particular com a Senhora Knopfler



- "Uma perda não. Tivemos duas perdas, e dependendo do ponto de vista, três perdas." - Franklin respira fundo e completa - "June, Josephine e Donatan. Independente dos motivos não estão mais entre nós."

- "E sim, senhora Knopfler, precisamos muito conversar e isso já não se resume a mim, existem outras pessoas que precisam de respostas, talvez até mais do que eu." - os olhos do Franklin pesam e ele completa - "Mas a senhora esta certa, neste momento preciso descansar. Deixemos este diálogo para amanhã cedo" - Franklin força um sorriso e completa - "Com sua licença." - e parte para seu quarto.

Ao chegar no quarto, Franklin toma um banho e joga as roupas que esta usando no lixo, amanhã iria incinerá-las. Ao deitar abre e lê o bilhete.

- "Novamente eles se comunicam por parábolas. Apesar desta ser bastante direta, as opções não são simétricas. Como ser mestre de alguém se nem mesmo entendo aquilo que me ocorre, como posso assumir a responsabilidade sobre os demais só por ser mais sagaz que eles?"

- "June me disse uma vez que não deveria me ater a uma única chave, talvez nesta situação o mesmo seja aplicável"

Franklin se perde em pensamentos e acaba por dormir.

Na manhã seguinte ele acorda, assustado, o som do uivo de Donatam parecia que estava do lado de fora da casa... mas era somente um pesadelo.

Ele se arruma, colocando uma roupa casual mas que fosse possível sair de casa se precisasse e desce tomar seu café da manhã com a esperança de poder finalmente falar com a Senhora Knopfler e ter alguns esclarecimentos.

Frank chega a entrada de sua casa, apenas alguns metros distante. Despede-se de Sebas e arduamente entra em sua casa. Seus pais estão sentados em suas poltronas, lareira acesa e uma mesa farta de comida. Ao lado direito em um sofá está Sra. Knopfler olhando aos olhos de Frank da forma mais penetrante possível. 

"Meu filho, que bom que chegou para a hora do jantar. Eu e seu pai estávamos quase a iniciar a comilança, mas resolvermos esperar por você. Divertiu-se hoje? Como foi a escola, sente-se aqui e nos ensine um pouco sobre o que aprendeu. A Sra. Knopfler nos preparou algo muito espericial, já preparando o sentimento de Natal. Sente-se. Aliás, você está com algum perfume novo? Hummmm....esses adolescentes."

"Frank, sabe como seu pai é...ele adora uma boa cerveja para acompanhar o jantar. Poderia pegar para mim na geladeira?"

Frank nada entende. Ele apenas olha para os olhos de Sra. Knopfler que com um abaixar de cabeça confere a ele a certeza do que deveria ser feito.
Senta-se próximo a seus pais, Sr. Gordon e Sra. Rose e os vê deliciando o que foi servido sem sequer interessassem-se pelo seu sumiço de quase dois dias. Desvia seu olhar para Sra. Knopfler.

Sebastian deixa Franklin próximo a sua casa e parte com o carro, ele iria leva-lo em um local de desova que ele conhecia, seria melhor assim mesmo.

- "Até amanhã Sebastian, vamos descansar."

Seba responde algo em espanhol, Franklin não entende, mas sorri e acena com a cabeça

Franklin começa a caminhar até sua casa, e a cada passo ele sente o peso do cansaço cada vez maior em seus ombros. 

- "Estou fora desde ontem, espero que a senhora Knopfler tenha acalmado as coisas aqui em casa. Talvez eu tenha que falar com ela antes de falar com os meus pais."

Ao caminhar pelo quarteirão Franklin sente o clima de Natal cada vez mais próximo, as luzes e enfeites, mas qual seria o sentido naquele Natal?

- "Como eu posso encarar meus pais depois de perder duas pessoas." - novamente Frank sente lágrimas escorrendo pela sua face - "Até onde eu estou vivo aqui por conta do sacrifício da June? Até onde a senhora Green se manteve viva só para conseguir nos guiar para fora?"

Franklin limpa seus olhos com as costas da mãos e quase tropeça ao perder as forças de uma perna, seu cansaço era imenso.

- "Eu gostaria muito de poder seguir esta trilha com Janet, Sebastian e Sarah. Mas realmente não sei o que esperar deles, apesar de Sebastian ter se mostrado centrado ao final da noite, talvez ele tenha as condições para buscar as respostas. Já Janet, ela esta visivelmente desiquilibrada"

Franklin relembra de todos os fatos que havia descoberto

- "Ela precisa de ajuda, de muita ajuda. E sem June e Josephine não tenho ideia quem pode ajuda-la. Com certeza eu e Sebastian não temos como faze-lo, ela poderia fazer conosco o mesmo que fez com Fabian e Richard, não sei até onde é a Janet e até onde é este poder que ela tem, ou aquela entidade de falou através dela."

Frankin tropeça novamente, ele estava andando com os olhos fechados, praticamente dormindo em pé.
Ele percebe que sua casa esta a poucos metros a sua frente, ele para olhando para a porta de entrada

- "É isso, voltei. Por mais longo que seja o caminho ele ainda se fecha em um ciclo e cá estou novamente. "

O membro 'Guzzon' realizou a seguinte ação: Lançar dados

---

'Dados' : 6, 3, 3

Após lavar as mãos e se paramentar adequadamente para o trabalho de sous chef, Franklin se apresenta na cozinha e responde:

- "Sim Senhora Knopfler, a senhora tem razão. A cozinha é um laboratório tão rico em experimentos quanto a minha pequena bancada de estudos químicos. Com a vantagem que normalmente podemos comer o que fazemos aqui" - Franklin sorri de sua piadoca.

Apesar de sua costumeira irreverência, Franklin sabia que estava ali para captar toda a sabedoria e mensagens subliminares que a doce senhora Knopfler iria dar. Se ela era realmente membro da S.O.U.L.S. ou somente uma pessoa muito sagaz que tinha muito a compartilhar com ela.



Conforme a Sra Knopfler fala a primeira reação de Franklin é mover sua mão em direção ao seu caderno, mas ele se detêm por dois motivos, primeiro que por questões de higiene não se toca em outros objetos enquanto se cozinha, segundo que ele sabia que precisa abri mão destas muletas mundanas e usar de fato todo seu potencial.

Ao invés de escrever no caderno, ele apenas presta atenção nas palavras da Sra. Knopfler e mentalmente anota as palavras, por vezes movendo os dedos como se escrevesse no ar as passagens mais importantes.

- "Transmutação. A alteração da natureza dos elementos, uma vez alterados não retornam tão facilmente a sua forma original, por vezes nunca irão retornar, Paracelsius falava em alquimia e foi com base nisto que boa parte da química floresceu. Novamente temos a ciência com toda sua racionalidade sendo mesclada com o esotérico, e com isso atribuindo-se o inesperado e o irreplicável"

- "A sopa é uma união de elementos, que separados não irão produzir o mesmo efeito, nem terão a mesmo relevância. Não existe um protagonista sem um cenário, sem um contexto. A carne nesta sopa é uma coadjuvante, criando um cenário para que os tubérculos sejam os protagonistas, mas em uma sheppard pie a carne será a protagonista. O mesmo elemento deve suportar os demais em determinados cenários e em outros ele será suportado para ser o protagonista."

- "Pimenta e farinha. Um existe para criar a união e manter todos os ingredientes unidos, o outro pode ser o protagonista ou minimamente ser aquilo que irá chamar a atenção. Na medida certa pode tornar todos os envolvidos mais importantes, em excesso irá se sobrepor mas se tornará desagradável. Uma analogia incrível, simplesmente incrível."

{ Culinária NH 15 vs 12 : Sucesso por 3 }



Franklin aproveita cada momento junto a Sra Knopfler, sua sabedoria disfarçada de aula de culinária esta extremamente agradável de absorver. A maneira como ensinava Franklin usando analogias e se mantendo na persona de uma simples senhora inglesa o impressionava. Ele tinha certeza que não se tratava de uma simples senhora, mas sua origem pouco importava naquele momento, o recado era muito mais importante.

- "Senhora Knopfler, cozinhar com a senhora foi extremamente agradável. E é incrível como podemos realizar um paralelo com a nossa vida, abrindo nossos olhos para algo muito maior que nossa mera vivência acadêmica, podemos entender como levar estes ensinamentos para outros níveis de relacionamento e esferas de atuação."

A senhora Knopfler sorri e diz:

- "Sim jovem Frank, mas assim como um belo prato, você só consegue entender tudo depois que provar"

- "Sim. Posso ter ouvido cada palavra e entendido a teoria por detrás de cada abordagem. Mas até onde eu consigo aplicar? Até onde consigo abrir espaço para que outros sejam protagonistas? Até onde eu não serei o excesso de pimenta? Preciso ter estes ensinamentos comigo, o tempo todo, me movendo na hora certa e me refreando na hora certa"

Após tudo pronto, Frank arruma a mesa com a ajuda da Sra. Knopfler e serve o almoço.

Após elogios de seus pais a ambos, todos se alimentam fartamente, e Franklin reflete a respeito de seus objetivos.

- "Antes disto tudo acontecer, eu tinha como objetivo atuar na área química e farmacêutica, mudar o mundo com um remédio ou algo assim, ter os holofotes sobre mim e ser reconhecido, talvez um Nobel. E não existe motivo para que eu abra mão desta meta. Talvez este seja meu palco."

- "Já com a S.O.U.L.S., talvez eu possa atuar de outra forma. Não como a farinha como disse a senhora Knopfler, mas nos bastidores. Tenho certeza que consigo organizar e entender padrões, se eles estão prevendo algo acontecer eu sei que consigo ajuda-los nisto. Não preciso ser, obrigatoriamente, o operário que irá construir esta obra, ou o engenheiro que irá desenha-la, mas posso agir como o arquiteto que irá trazer os nuances e os detalhes que farão toda a diferença ao final."

- "Cada camada é tão complexa quanto o todo, e cada camada tem espaço para atuar e desenvolver cada individuo de uma forma única."



Logo após o almoço, Franklin recolhe a louça, coloca seu pullover de lã e sua jaqueta de couro argentino e diz:

- "Pai, mãe. Com a interrupção abrupta das aulas alguns temas de grupos de estudos ficaram pendentes e irei finaliza-los. Irei até a casa dos Wislow falar com a Janet sobre isso. Devo voltar para o jantar" - Franklin faz uma pausa e completa -"ou ligo avisando se o Senhor Wislow fizer um de seus pães caseiros, neste caso talvez eu coma por lá" - e sorri enquanto sai de casa e vai em direção a casa de Janet.

Frank coloca seu estiloso avental e com um sorriso adentra-se a cozinha com Sra. Knopfler enquanto seus pais conversam na sala, aparentemente falando sobre suas finanças semestrais. Planejamento sempre fora palavra de ordem no lar dos Worthinsons. Sra. Knopfler sorridente como sempre o recebe em seu santuário bate palmas e diz orgulhosa: "Então hoje tenho a honra de receber meu pequeno Franklin, seja bem-vindo. Seus experimentos não foram cancelados, apenas transferidos para este outro laboratório! kkkkkk. Pois bem, vou buscar os ingredientes, creio que este clima pede uma sopa muito suculenta Franklin."

O membro 'Guzzon' realizou a seguinte ação: Lançar dados

---

'Dados' : 6, 2, 3

A menção em deixa-lo distante de seus experimentos não agradava Franklin, mas as palavras da Senhora Knopfler apresentavam nuances que ele havia captado e aliado ao recado que ela havia deixado no bolso de sua roupa no dia anterior, indicavam que aquela amável senhora possuía um histórico muito mais intricado do que eles imaginavam.

 - "Claro pai. Irei cuidar da neve da entrada e logo retorno para auxiliar a Sra Knopfler no almoço, tenho certeza que um tempo como este pede algo que nos aqueça."

Franklin coloca um agasalho e vai até a garagem, pega a pá de neve e o saco de sal e sente o frio, era uma sensação estranha. Nas duas últimas semanas ele simplesmente não sentia o frio e agora voltará a sentir.

Já frente da casa ele começa a recolher e limpar a neve, deviam haver quase dez centímetros de neve, de fato havia nevado bastante. Após algum tempo realizando a tarefa, Franklin se sente desgastado. Apesar de seu intelecto, seu físico ainda era de um garoto de quinze anos.

- "Talvez se eu esquentar um pouco as coisas por aqui, a neve irá derreter e poderia retirar mais fácil"

Ele se concentra, e diferente de última vez, não sente o calor emanar de seu corpo, a sensação era diferente. Era como tudo estivesse ali, mas atrás de uma porta, e no caso, Franklin era a porta.

Sem saber ao certo o que seria abrir esta porta, Franklin opta por agir de forma segura e vai até a garagem, e dentro do local se concentra e sente o calor fluir pelo seu corpo, mas ele interrompe. Retira seu agasalho, camisa e calças, seu corpo tremia de frio.

Seus dedos riscam o ar de forma fluida e natural, riscos vermelhos pairam no ar por onde seus dedos passam.



E ele sente toda aquela energia fluir por ele, de forma extremamente natural e ele se sente diferente, ele estava diferente. Sua pele escarlate brilhava incandescente e ele sentia o calor.

Com o devido cuidado, Franklin abre a porta e observa a parte externa da garagem e toda aquela neve. Sua respiração se torna rítmica e a cada vez que expirava parecia que todo o ar que soprava aquecia, aquecia muito rápido e intensamente. O local para onde ele direciona seu hálito parecia um bem mais quente, seus olhos notam a diferença.

{ Aquecer NH 13 vs 11 : Sucesso }

Rapidamente toda a neve começa a derreter, lentamente reduzindo de volume e dando lugar para poças de água.

Franklin retorna para dentro da garagem, excitado pelo seu feito e com uma longa respiração as chamas de seu corpo apagam e ele volta a ser ele mesmo. Se veste e vai terminar o trabalho, agora de forma muito mais simples. A frente da sua casa continua quente e a retirada da neve é muito mais fácil. Após limpar e colocar sal em toda a entrada, retorno para dentro.

- "Serviço feito pai. Agora vou ajudar a Sra. Knopfler no almoço"

Franklin se dirige a cozinha, já colocando seu avental de Petit Chef e diz:

- "Sra. Knopfler, hoje serei seu sous chef. Creio que este tempo será de grande valia para aprender com a senhora."

Frank termina seu café da manhã com seus pais, e os 3 juntos organizam a copa de deixam tudo limpo, aliás uma tradição entre os Worthinson - sempre trabalhavam em equipe nos afazeres domésticos e respeitavam muito o trabalho de Sra. Knopfler que entra em cena logo depois que todos terminam a organização.

"Sr. Gordon, Sra. Rose, Sr. Franklin deveriam ter deixado tudo aí, isto é trabalho meu. Estava apenas aguardando terminarem para ficarem a vontade. Bom, sendo assim vou iniciar meus trabalhos e como estão todos reunidos aqui hoje, algum pedido especial para o almoço? Tenho certeza que Frank - Sra. Knopfler olha para ele com intensidade - é um garoto com escolhas requintadas e poderia auxiliar-me no cardápio do dia, o que acha Frank? Poderíamos discutir os ingredientes, as ordens de preparo o ponto adequado. Ahhh...receitas são minha paixão e Frank tem todo o potencial para escolhas corretas, admirável isto em você meu filho."

Os pais de Frank sorriem e Rose diz: "ótima ideia Sra. Knopfler, pode abusar de Frank hoje, assim ao menos ele fica um pouco longe de seus experimentos químicos! kkkkk"

Gordon pega seu jornal, seu cachimbo e senta-se na poltrona a ler seu jornal, mas antes olha para Frank. "Meu filho verifique a frente de casa e se for possível retire a neve. Lhe trará muito trabalho, mas sabe que podemos ser processados se não estiver tudo limpo lá fora. Veja o que consegue fazer e se precisar de ajuda me fale. Não esqueça do sal." 

-Frank percebe que no olhar de Sra. Knopfler que fez uma leve e moderada analogia. Não estava falando apenas de comida. O que estaria por vir deste almoço?

- "Por Gaia, não é muio cedo para uma pergunta desta?"

Franklin ainda sonolento percebe que finalmente seu corpo havia lhe cobrado a intensidade dos últimos dias. Ele sorri, pega um prato com waffles e coloca um boa quantidade de maple canadense sobre ele e finalmente um colherada de creme azedo, pega se copo de achocolatado e se senta a mesa com seus pais.

- "Sim mãe, a Janet é uma garota muito legal, sempre preocupada com os outros. Na verdade, só a conheci melhor na última semana. Não eramos tão próximos assim..." - Franklin ia falar a respeito do problema com Albert, mas se lembra que isso ocorreu em uma linha alternativa e não faria sentido algum e muda o motivo - "... até os preparativos do baile."

- "Espero que não insistam neste questionamento a respeito de Janet. Fico da dúvida em tentar explicar o motivo de não me aproximar de Janet ou o motivo de me aproximar de uma garota meia década mais velha do que eu."

Franklin abre um sorriso e continua a falar, mas agora muito mais a vontade

- "Quanto aos estudos estão indo bem, tenho falado bastante com o Diretor Donatan, estou inclusive tem que tutoriado em alguns temas mais complexos." - e pensa - "Como licantropia, mas não é necessário chegar neste nível de detalhamento".

- "Quanto a faculdade tenho pensando no MIT, o curso de química deles é bastante conceituado e talvez seja a faculdade melhor preparada para suportar minhas necessidades acadêmicas, mas não irei abrir mão de Berkeley, Havard e Cambridge. Apesar de não apresentarem todos os requisitos que busco, ainda assim são faculdades renomadas e com um bom aparato técnico para suportar minhas pesquisas."

Enquanto dá uma garfada em seu waffler Franklin nota que nada é unidimensional

- "Não existe uma decisão que descarte todas as outras, qualquer que seja a proposta da Senhora Green não quer dizer que eu não siga minha carreira academica. Devo entender que existem diversas camadas, em algumas serei o protagonista, em outras serei um agente anonimo."

Franklin se estica sua cadeira, alongando os braços, ele de fato estava cansado. Havia tido um dia muito agitado, mesmo para os padrões dos últimos dias. Mas pelo menos estava abrindo um caminho para seguir.
Mas Janet e Sebastian ainda o preocupavam, até onde eles estariam compartilhando as mesmas intenções que Franklin?

- "Sebastian obviamente ainda não compreendeu o caminho que tem pela frente, ainda esta buscando respostas quando deveria estar buscando as perguntas certas." 

- "Já Janet esta em outro momento. Ela tem usado o dom dela de maneira muito mais desenvolta, quando bem entende. E por mais que eu queira negar, tem usado de contra algumas pessoas, Taylor é a peça que faltava para eu acreditar nisso. Mas suas intenções são um completo mistério para mim, não consigo entender qual a motivação dela."
 
- "Mas já entendi que a persona da doce Janet, amável e resignada, era apenas um verniz social para um amago muito mais intenso e dominador, sua reação ao diálogo entre eu e Sebastian hoje, sua lascívia para comigo no domingo, a maneira como estava impassível a situação de Taylor hoje, mas isso é explicável dado ser a própria causa, mas nem ao menos se importou com as aparências."

Então encontra o símbolo e o analisa brevemente, 

- "Interessante. Planos espirituais, seria esta o caminho que Janet usa até a mente das pessoas? Seria essa a razão daquela personalidade estranha ter falado comigo e com Sebastian no parque? Se de fato for um portal de vida e morte, Janet tem acesso a forças primais muito poderosas. Mas tenho minhas dúvidas de até onde ela esta disposta a ouvir a opinião dos outros."

Franklin boceja e olha pela janela e pode perceber que se forma uma grande nevasca e ele sente isso de forma intima, quase que consegue sentir a movimentação das nuvens e as correntes de ar. Ele sorri.

- "Não hoje, vou descansar e amanhã conversarei com esta nevasca."

Ciente de que precisa controlar sua ansiedade e como irá ajudar aqueles que podem ser seus amigos naquela situação, Franklin se deita e dorme.

Frank senta-se em sua escrivaninha feita de carvalho medieval que seu pai encontrara em uma feira no Marrocos em uma de suas viagens em 1970. Era claramente um escrivaninha de boticário, o cheiro das essências e especiarias ainda podia ser sentido. Cansado, mas ainda muito agitado para dormir aproveita de suas últimas gotas de energia para pesquisar o símbolo que vira na casa de Janet. 

O membro 'Guzzon' realizou a seguinte ação: Lançar dados

---

#1 'Dados' : 5, 4, 6

--------------------------------

#2 'Dados' : 2, 2, 2

Finalmente Franklin esta em sua casa e não havia mais interrupções e finalmente poderia descansar.

Ele pega seu caderno de anotações, mas realiza as anotações, apesar fica com ele nas mãos.

- "Tudo aquilo que ocorreu na festa, a maneira como Janet gerou aquela situação toda. Não foi desequilíbrio ou falta de bom senso, ela estava sondando tanto as minhas quantos as atitudes de Sebastian, entendendo como cada um se portaria, entendendo a motivação de cada um. Pelo visto ela tem sua própria agenda."

- "Agora que a conheço melhor, vejo que o esteriótipo de garota simples e amável é uma persona. Ela tem se mostrado muito mais fria e pragmática do que se deixa mostrar"

Aqueles pensamentos ficam guardados na mente de Franklin, somente notas mentais que o ajudariam a lidar tanto com Janet quanto com Sebastian no futuro.

Finalmente Franklin abre seu caderno e se concentra em redesenhar o símbolo que havia visto no chão da casa de Janet.

{ QI 15 vs 15 : Sucesso  }

Depois de feito, ele pega os livros que estava usando para entender sua própria essência e realiza uma busca inicial, mas controlando sua ansiedade. O dia havia sido longo e ele não pretendia se alongar nesta busca.

{ Pesquisa NH 14 vs 6 : Sucesso por 8 }

Após estruturar sua busca ele encontra o símbolo em uma coluna lateral de um dos livros.

Ao ouvir as palavras de Josephine, o jovem Franklin ter certeza de suas duas coisas, aquela mulher era extremamente sábia e ele teria uma luta diária para controlar seu impulso em ter notoriedade.

Ele entra no carro de Charles e fala pouco mas pensa.

- "Ainda posso me destacar pelos meus conhecimentos em quimica. O baile e o rádio nesta sexta são somente pequenos triunfos, o grande triunfo virá de algo que irá mudar o rumo da humanidade. E não posso esquecer das palavras de Josephine, ser coadjuvante, o quanto eu poderei fazer pelo mundo agindo nos bastidores, sendo a mão invisível, isso eu irei descobrir com o tempo. Por hora preciso aprender e viver minha vida, eles já sabem onde estou e irão me chamar no momento certo."

Ao ser deixado em sua casa e ao ouvir a confirmação da origem etimológica da licantropia de Charles, lhe responde

- "Eu notei" - e com um sorriso completa, enquanto aperta a mão de Charles - "E caso precise ... partir ... não deixa de se despedir antes"

Ao entrar em casa nota a grande movimentação, havia mais um evento, mas um que não havia sido informado e logo responde ao seu pai para que não ficasse uma impressão de irresponsabilidade sobre ele:

- "Me desculpe pai, não estava sabendo deste convite. Eu estava com o Diretor Donatan, tratando de temas da escola dado a chegada do final do ano letivo. Mas não se preocupe, estarei pronto a tempo."

Franklin se arruma rapidamente e nota a mensagem da Senhora Knopfler

- "Mundos diferentes... muito conveniente e perspicaz. Pelo visto a rede de Josephine é vasta e bem alocada."

Logo Franklin desce, todo arrumado

- "Podemos ir, demorei treze minutos, temos dois de sobra ainda." - diz com um sorriso

Franklin recebe uma enxurrada de informações e se possuía alguma dúvida do envolvimento de Charles em seu universo agora não possuía mais. Mas uma dúvida ficou no ar. O que será que ele queria dizer exatamente com "não tenho muito mais tempo neste plano". Aparentemente ele e Josephine trabalham ou trabalharam juntos para a formação desta rede de mutantes...

O membro 'Guzzon' realizou a seguinte ação: Lançar dados

---

'Dados' : 2, 1, 2

As palavras de Josephine são ouvidas com atenção, e elas vaziam sentido. Mesmo tendo total ciência de sua superioridade perante a maioria das pessoas, Franklin tinha consciência de que haviam pessoas especiais que poderiam lhe ajudar a atingir o máximo de seu potencial, e pelo visto Charles e Josephine eram parte deste seleto grupo.

{ Teste de QI 15 vs 5 : Fulmimante }

Então Franklin é novamente surpreendido. Onde estava Charles agora havia uma criatura animalesca, dotada de força e graça. As garras facilmente cortariam a lataria de um carro.

- "Meu Deus... é incrível, imagino que seja uma licantropia controlada. Tigre siberiano, correto? É fantástico..."

Franklin demora alguns instantes para se recompor, e responde para ambos, mas sem tirar os olhos de Charles e avaliando cada detalhe daquela forma

- "eu... eu entendo sua parábola. Quanto mais entendemos menos entendemos. Conforme aprendemos abrimos portas e a cada porta aberta temos algo muito maior para descobrir e aprender, saímos de um mundo pequeno e vamos para um mundo maior. Saímos de pouco conhecimento para muito conhecimento e tendo a noção que sabemos cada vez menos."

- "E não espero receber qualquer coisa de bom grado, irei conquistar por meus méritos todos meus reconhecimentos." - e refletindo sobre as palavras que havia ouvido, responde - "Meu interesse é simples, relativamente simples. Eu sei que sou melhor que muitos que conheço, que tenho condição de realizar coisas que podem mudar o mundo, e não estou falando dos dons que adquiri, estou falando de conhecimento e vontade de fazer a diferença."

- "Agora com estes dons eu tenho o vislumbre que posso fazer muito mais, de outras formas. E vejo que posso atuar em ambas as frentes, pois não são excludentes. Minhas ações junto a vocês não mudam o fato de que posso mudar o mundo da farmacologia ou da química."

Md. Green senta-se em uma poltrona ao lado de Charles e como um casal unem suas mãos. Olham com ternura um para o outro enquanto os quatro gatos sentam-se no colo do diretor e logo depois um quinto aparece. Frank fica abismado com a cena. Seriam um casal no final das contas? 

O membro 'Guzzon' realizou a seguinte ação: Lançar dados

---

#1 'Dados' : 4, 1, 2

--------------------------------

#2 'Dados' : 1, 5, 5

Os olhos atentos e curiosos de Franklin observam atentamente todo o interior da casa. Apesar de simples e desorganizada era um ambiente agradável...então Franklin detêm seus pensamentos e conclusões precipitadas

- "O aroma deste cachimbo, são ervas. A fumaça esbranquiçada indica que são frescas e não secas como a maioria usaria." - olhando com mais atenção para o ambiente - "A lógica pode não ser visível, mas vejo os livros mais usados nos escaninhos, e a distribuição dos livros nas estandes não é aleatória. A poltrona, tem um posição de forma a não ficar de frente ao sol da tarde, que obviamente atrapalharia a leitura."

- "Como esperado. O senhor Donatan não é desleixado, apenas uma pessoa que foge do senso comum. Dentro deste universo tudo esta otimizado de acordo com os seus interesses, não existe a necessidade de uma lógica clara quando objetivo é atingido usando o instinto. É sempre bom encontrar aqueles que podem me ensinar algo, um evento raro que deve ser desfrutado."

Após sentar-se, Franklin ouve Charles falar sobre o horário, e ele tinha razão, e sobre a escola. O fato de concordar que aquilo era uma perda de tempo para Franklin o deixa feliz, seria mais simples de convence-lo a usar melhor seu tempo.

Mas então adentra ao comodo uma figura, que nem no cenário mais inesperado da imaginação de Franklin, poderia estar ali. Josephine Green.

{ Teste de QI 15 vs 7 : Sucesso por 8  }



O momento de total surpresa é processado por Franklin rapidamente, apesar do seu semblante deixar clara a surpresa, ele se levanta e estende sua mão.

{ NH Trato Social 17 vs 11 : Sucesso por 6 }

- "Muito prazer Senhora Green, estou encantado em conhece-la. E posso afirmar que mesmo com todas as novidades que tive em minha vida na última semana, esta é surpresa mais bem vinda que tive em tempos recentes."

- "Eu vim a casa do Senhor Donatan para conversar a respeito de minha grade, e buscar algum aconselhamento. Afinal o considero uma das poucas, talvez a única, pessoa naquela escola que demonstrou real interesse em compartilhar conhecimento. Mas dada a presença da senhora aqui, quem sabe não tenho a honra de ser aconselhado por ambos." - Franklin faz uma pausa, ele poderia deixar que Charles e Josephine se pronunciassem, mas ele simplesmente não consegue. Sua ansiedade é maior - "E quem sabe, senhora Green, entender um pouco mais de como se dará minha participação na organização."

Franklin dá um sorriso amarelado quando percebe que talvez tenha se atropelado

- "Ah droga. Agi por impulso novamente, agora vou ficar quieto e deixar que eles falem" - E Franklin direciona toda sua atenção a Charles e Josephine.

O sol já dava indícios que iria deitar-se no horizonte, aquela luz avermelhada que não trazia mais calor. Após deixar Sarah em sua casa, ele sente uma sensação de dever cumprido.

- "Eu mesmo não fiz algo por Sarah, não foram minhas palavras. Eu apenas facilitei o caminho que ela iria percorrer, pude ajuda-la." - Franklin sorri, aquela sensação era agradável e as palavras de Sarah para com ele exprimiam essa gratidão.

Mas enquanto caminha, sem rumo mas em direção a sua casa, Franklin reflete sobre sua condição

- "Nada mais será como era. O agora não é comparável nem mesmo com a manhã de hoje, eu dei um passo e estou além dos limites da razoabilidade." - ele pega seu caderno de anotações, e o observa, todas as anotações feitas e nenhuma dela revista, ele nunca precisou. - "Seria este caderno mais um exemplo do que tentamos materializar? Tornar palpável algo só para nos dar segurança quando na verdade são pequenas paredes que não nos permitem expandir todo o alcance de nossa vida?"

Franklin guarda o caderno, mas não mais em seu bolso, mas sim dentro de sua mochila.

- "Preciso me livrar destas pequenas amarras, pequenos detalhes e rotinas que fecham meu campo de visão"

E enquanto ele guarda seu caderninho de anotações, encontra o livro que havia recebido do Diretor Donatan.

- "Graças a este livro eu tive noção de como me portar."

E várias peças se encaixam na cabeça de Franklin. A maneira como o diretor o tratava, o livro, os brilho nos olhos quando lhe convidou a ser seu tutor, suas frases. Tudo se encaixava, e Franklin corre em direção a casa do diretor.

Os quarteirões passam desapercebidos por Franklin enquanto ele corre, ele não era exatamente um atleta mas não lhe faltava folego para correr aquela distância. Ele chega até a porta da casa do Diretor Donatan. Era uma casa simples, poderia ser melhor cuidada. O gramado da frente estava amarelado e mal cuidado, as folhas que haviam caído não foram recolhidas. Algumas tábuas soltas e tinta descascando.



- "Descaso. Nada além disso, tenho certeza que o Diretor tem condição financeira para arrumar estes detalhes, mas lhe falta vontade. Mas isso não vem ao caso agora."

Franklin bate na porta e é atendido pelo Diretor Donatan



Ele segura uma xícara grande de café e demonstra uma leve surpresa ao ver Franklin

- "Franklin? Posso lhe ajudar em algo?"

- "Eu gostaria de falar com o senhor, se puder falar agora é claro.. a respeito da escola, minha grade nestes últimos dias e de uma amiga sua. Senhora Green"

Donatan franze o cenho ao ouvir o nome, abre a porta e diz:

- "Entre e se sente Franklin, podemos conversar"

Após entrar, Franklin se sente em uma banqueta na sala enquanto Donatan se senta em uma poltrona puída e que aparentemente tinha o formato de seu corpo.

- "Diga Franklin, quer falar sobre o que?"

- "Senhor Donatan, estamos nos últimos dias de aula e estou com diversas atividades externas ao colégio neste período, boa parte delas envolve estudo. Mas eu preciso me distanciar das aulas por vezes" - Antes mesmo que o Senhor Donatan o responda ele completa - "Mas eu farei todas as provas e garanto que irei muito bem. Mas quero lhe falar antes, pois como o senhor disse é preciso arcar com as responsabilidades e só me afastarei com sua anuência." - e um pouco mais receoso diz - "E o senhor é amigo de Josephine Green, certo? Eu a conheci por meios pouco convencionais, me entende?"

Frank sente algo diferente por Sarah neste momento. Carinho. Ela está frágil e insegura e nunca seria do feitio de Frank utilizar destas fraquezas para seu próprio benefício. Eles caminham por entre o bosque seguindo a trilha que dará até o centro de Yorktown. O frio aumenta intensamente e sendo assim resolvem acelerar o passo. As palavras são poucas, tanto um como o outro precisam de um tempo para refletirem. Frank não comenta nada sobre Sebastian com Sarah. Ao menos por agora.

- Eles querem usar-me? querem-me como um instrumento para seus próprios propósitos? Este não seria meu papel em local algum. Minha posição é a frente, a liderança...mas teria ferramentas para isto agora?

Mais alguns minutos se passam e Frank deixa Sarah em frente a casa dela, eram 18h30 e provavelmente o jantar já estaria sendo servido.

"Muito obrigado Frank. Você é muito gentil, amoroso e respeitador. Tenho certeza que podemos aprender a entender tudo isto juntos." Sarah abraça Frank e dá um beijo em seu rosto. "Cuide-se meu herói."

Frank apenas retribui o abraço e sorri de forma acalentadora e segue . Ele acelera os passos. Toca seu bolso direito e seu caderno de anotações estava ali. Ele para no meio da rua. Para onde ir agora? A rua estava vazia, o dia estava acabando e Frank com um turbilhão de pensamentos em sua mente.