CHURCHILL HOUSE

Franklin olha para Janet quando ela puxa levemente sua mão e então o aceno de cabeça em direção a June. Seus olhos arregalam, ele havia entendido o recado, mas não sabia o que fazer naquele instante. Não havia dúvida que um convite naquela hora seria prematuro.

Ele sorri e desvia o olhar para cima, demonstrando ter gostado da ideia de Janet, mas não mais que isso naquele instante.

- "Daqui até sábado são poucos dias. Eu preciso me aproximar de quem esta organizando isso o quanto antes, hoje mesmo."

Franklin olha no rodapé do cartaz em busca de mais informações, se não houvesse nada, iria procurar o diretor Donatam, ou quem fosse necessário para isso. 

Mas algo lhe passa pela cabeça e se vira para Janet e June e diz:

 - "Janet por acaso você sabe quem organiza este baile? Eu nunca fui antes... " - ele sabia que sua ausência em eventos sociais como este era estranha, mas isso iria mudar - "Mas fiquei muito interessado em ir neste sábado, talvez até ajudar, pela biblioteca"

- "E por mim... "

Assim que Franklin entra na cozinha, conduzido por seu pai, Janet e June olham e notam o jovem Franklin ao lado do senhor Helmer. 

Franklin não podia deixar de notar a beleza pura e intensa de Janet...ela o olhava fixamente, ali do lado de June...seus olhos azuis o penetravam intensamente...seus cabelos estavam soltos, as linhas de seu rosto, com seus lábios, nariz... tudo era perfeito... tudo era simétrico, e em tudo aquilo não havia sequer dentro dela uma garota esnobe, ela era ao mesmo tempo meiga, alegre, amiga, inteligente, sutil, carismática e livre, não conhecia ninguém que não gostasse dela...parecia impossível disso acontecer...e tudo por mérito dela mesma, pela maneira que lhe dava em algumas situações e como procurava ajudar e respeitar a todos...

Janet olha para o jovem Franklin...por um breve momento o sentia ali próximo a ele, o olhava fixamente como se dissesse através dos próprios olhos "queria logo que você estivesse aqui..."

 

O breve silêncio é quebrado por June, que começa a distrair a situação com sua risadas, e Janet aproveita a "deixa" para apresentá-lo a June...

Na chegada a escola, com o alvoroço devido ao comunicado do baile "The Groovie Boogie Funk Fest" no pátio, Janet se sente empurrada e se vira para trás, sendo subitamente bombardeada pelo pedido de desculpa daquele jovem "Sebastian" que a empurrava. 

Janet o olha nos olhos, "era até bonitinho" (o desgraçado tem aparência atraente kkk). Apesar de não ser um jovem muito bem quisto pela população local e pelos alunos da escola, Janet sente que ele ficou um tanto sem jeito pela situação e seu pedido de desculpas era sincero... parecia sem jeito pelo ocorrido com ela e tentava se desculpar rapidamente.

Janet, se aproxima dele e diz

- Sr. Sebastian...o empurrão contra a minha pessoa, foi devido a esse alvoroço ou aproveitou a situação para chamar minha atenção...?



Janet o olha... e esboça para ele aquele seu sorriso característico e fantástico, seguido de um piscar de um de seus olhos, como se tivesse dizendo "relaxa...está tudo bem..."

Ela se volta para June e Franklin (estando entre os dois) e os abraça.. com o maior carinho e se debruça no rosto de June e fala no ouvido dela só para ela ouvir


- June...quem sabe Franklin a convide para o baile...

June a olha e sorri maliciosamente para Janet, mas não sabia o que responder a amiga sobre aquilo naquele instante.

Nesse mesmo instante, Janet puxa suavemente as mãos de Franklin, ele a olha e ela só faz um sinal para ele, olhando para o comunicado e fazendo um gesto discreto com a cabeça em direção e June...

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'Dados' : 4, 5, 3

Franklin sai de casa com seu casaco, luvas e gorro, afinal havia nevado na madrugada e aparentemente o frio ia começar a chegar. Ele fica um pouco chateado por sabe que é neste período que seu braço mais incomoda, era como se houvessem formigas andando por ele o tempo todo.

Mas depois de um quarteirão andando ele já não aguenta de calor, em sua testa já brotava uma gota de suor.

Ao chegar na casa de Janet as luvas e gorro já estavam dentro de sua mochila e o casaco pendia em seu braço, trajava apenas uma camiseta de mangas longas e gola olímpica preta. Para ela era mais que o suficiente para se sentir aquecido, mesmo com a neve que caia.

 - "Bom dia senhor Helmer, irei aguardar as garotas aqui mesmo" Franklin entra na casa e aguarda no hall de entrada, afinal não sabia que iriam de carro. Mas o senhor Helmer insiste para que ele entre e vá até a cozinha para encontra-las.

Aquela situação é nova para Franklin e mesmo sendo muito versado em tratar com pessoas, sua experiência com o flerte ainda era muito pequena. E aquela situação era estranha, Janet era uma companhia muito agradável, mas aparentemente queria somente amizade e estava movendo seus pauzinhos para que June se aproximasse de Franklin. June por sua vez também era muito bonita, mas não tinha qualquer intimidade com Franklin.

Ao ver que iriam de carro, Franklin fica mais aliviado

- "Na presença do Senhor Helmer creio que Janet não irá tentar qualquer tipo de empurrão para aproxima eu e June. Terei um pouco mais de tempo para me preparar"

O caminho até a escola é relativamente curto, assuntos triviais são tratados, mas Franklin não pode mostrar o talher, ele o mantem no bolso. Talvez houvesse uma oportunidade na escola.

Ao chegar na escola Franklin vê o cartaz. Seus olhos brilham, era um conjunto muito bem amarrado de fatos, todos favoráveis a ele.

- "Um baile em prol da biblioteca! Fantástico... "

- "Eu preciso convencer o papai a fazer uma doação, a biblioteca é um dos lugares que mais frequentei nos últimos três anos, ele sabe disso, eu me sinto na obrigação a ajudar aquele local incrível. A Senhorita Palmer trabalha lá a quase quatro décadas, com tanta dedicação e tão pouco recurso. Isso é uma obrigação minha"

- "E isso me dará a oportunidade de convencer a organização do baile e me colocar na organização do evento. Orador!!! Serei o orador do evento, farei a abertura! Sim é isso, a abertura do baile e talvez a primeira música... sim! A primeira música!" 

- "Todos poderão ver o quão versátil eu sou, farei um discurso de abertura e irei cantar a primeira canção. Isso é perfeito"

Mas os pensamentos de Franklin são interrompidos quando alguém esbarra em Janet. Ele se vira e nota um jovem de origem hispânica se desculpando pelo ocorrido, pelo visto não era nada

{ Jogada 1 : Manha NH 14 vs 12 : sucesso por 2}

Mas o rosto dele não era estranho a Franklin, obviamente era um dos alunos, Bastian ou Sebastian, mas algo mais... e ele se lembra.

- "Sim, eu já vi este garoto, quanto consegui comprar aquela pólvora branca ele estava no bairro, com uma bandana de gangue ou com com alguém com uma bandana de gangue."

- "Talvez conseguir aquela pólvora seja mais fácil do que ir até lá escondido. Se ele realmente tiver contatos, poderá me ajudar e eu ajudá-lo com algum dinheiro"

O dia é gélido e Frank sabia que ao sair de casa seu corpo doeria de forma intensa. Nunca gostou desta época do ano, apesar das festividades natalinas se aproximando. Mas isto não seria tão importante hoje, pois o encontro com June e Janet o deixou empolgado. Será que finalmente poderia ter pessoas ao seu redor que pouco importavam-se com o status de sua família e o observassem como ele sempre quis? Em muitas vezes Frank vê o sucesso financeiro como um grande fardo. Levanta-se muito cedo, toma seu banho, alimenta-se e despede-se do seus pais com um grande sorriso no rosto.











Janet ouve a seu pai e frustada percebe que os planos de irem andando foram cancelados. E realmente estava muito frio lá fora para irem andando. Aceita o fato e já começa a pensar em outros planos. Ela olha para Frank...aquelas sardas, o cabelo formoso, os olhos de um garoto ambicioso, inteligente e interessante....Algo nela começa a despertar.

Janet antes de ir ao encontro de seu pai, ela pega na mão de Franklin e lhe entrega um papel


- Mocinho, esse é meu telefone de casa, depois me ligue...estou preocupada com você.


Janet, que era um pouco mais alta que Franklin, se debruça sobre ele e o beija no rosto, quando o vê indo em direção a seus pais, ela diz a ele

- Ei.. não esquece, amanha cedo! Beijos!


Janet observa Franklin indo embora e vai de encontro a seu pai. Quando chega próximo a ele, o abraça bem forte e o beija no rosto

- Papai... que dia...só quero ir embora e ficar ao seu lado hoje... te amo tá meu gigante, em casa te explico tudo.

Ao ouvir as palavras de Parker a cabeça de Franklin vai de 0 a 100 em segundos.

- "Uma expulsão? NUNCA! Isso iria arruinar meu currículo escolar.... e para qual escola eu iria? Um subúrbio?"

Franklin respira o ar parece mais frio, ele procura por uma janela aberta, mas não encontra

- "Não, meu pais não deixariam isso acontecer. E eu não tive qualquer coisa com isso, aquele besta do Albert... tudo culpa dele. Eles tem que acreditar em mim."

O jovem se apega a razão e responde o oficial de maneira calma e serena

- "Oficial Parker, eu não sei o que ocorreu, eu estava de costas e qualquer um ali pode confirmar isso. Haviam mais de dez alunos quando Albert me abordou por trás. Eu não sei o que ele queria... alem de me ofender, é claro... mas irei pedir que repensem qualquer decisão onde eu seja punido por ser abordado por um valentão"

Franklin usava as palavras com cuidado, adultos sempre se sentiam ameaçados por um jovem como ele, então completa de forma conciliadora.

- "Mas tenho certeza que tanto o senhor quanto o Diretor Donatam terão uma decisão justa."

Quando chegam no portão do porto Franklin acha estranho ser deixado ali, ele havia achado que ia para casa. Mas mesmo assim ele desce do carro, se despede de Janet

- "Até amanhã Janet"

E vai de encontro ao seu pai, mantendo a cabeça erguida. Não havia feito qualquer coisa errada e não aceitaria qualquer punição pelo ocorrido.

O membro 'Xarles' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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#1 'Dados' : 1, 4, 6

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#2 'Dados' : 4, 4, 5

Oficial Parker aloca Janet e Frank no carro, porém a bicicleta ficaria na escola até o dia seguinte. Parker sempre muito calmo e com uma retidão única aciona a chave da viatura. Janet observa suas mãos novamente e por algum motivo elas a traziam certo fascínio. 


"Crianças não preocupem-se. Seus responsáveis já foram localizados e alertados sobre o ocorrido. Irei explicar em detalhes os aconteciimentos a eles, sendo assim não há motivos para que vocês temam. Procurem descansar hoje e tudo o que tiver que for resolvido será feito por mim mediante a presença de seus pais."

Frank preocupa-se. Uma situação como esta poderia afetar sua reputação mediante a sociedade, mas ele não era mais uma criança e teria que aprender a lidar com isto. 


"Sr. Franklin seus pais questionaram de diversas formas o ocorrido e aparentemente não ficaram nada contentes com sua participação no ocorrido. Aliás, um ocorrido o qual lhe garanto que não podemos certificar as causas. Apenas as consequências. Espero que isto não seja um motivo para uma transferência escolar."

O nível de stress de Franklin é muito alto. Será que está sendo julgado pelos colegas de aula? O que isto significaria para sua reputação na escola, nos negócios de seus pais, em relação aos seus amigos e seu ego? Ele não poderia em momento algum dar brecha e deixar de ser visto como sempre fora.

FRANKLIN QI: NH 14 vs 11 Sucesso por 3

Janet percebe que Frank escreve o nome  de June no vidro da porta do carro e acha fofo. Se sente na obrigação de trazer àquele garoto um pouco de amor e que ele sinta-se bem-querido de alguma forma. Ela o olha e percebe que está um pouco perdido em seus pensamentos e seu coração o diz que ela deveria deixar que ele tivesse este momento. O rosto de Frank estava mais vermelho do que de costume, mas depois de alguns minutos ela percebe que sua coloração volta ao normal.

Ao desviar um pouco seu olhar, sentada no banco traseiro da viatura Janet nota a foto de uma garota de seus 8 anos no painel do Oficial Parker. Ao olhar Janet sente uma enorme dor no abdômem. Havia ali naquele momento algo que como uma pedra. Ela toca sua barriga e o sentimento passa.

Parker estaciona no portão 1 do porto e ambos veem seus pais de pé a espera de ambos.

"Chegamos meus jovens."


Parker abaixa um pouco o som da rádio e estaciona sua viatura.


"Sr. Franklin, as uma vez não preocupe-se. Sua rotina voltará ao normal a partir de agora. Estamos aqui para cuidar e servir. Apenas peço que descanse."




[JANET PERCEPÇÃO] NH 14 vs 13 Sucesso por 1


Antes de sair do carro em direção a seu pai Janet observa as mãos de Parker. Suas finas veias de sua pálida mão estão incrivelmente mais grossas.

Janet se debruçava sobre Franklin, falava em seu ouvido de forma que o oficial Parker não ouvisse, depois bagunçava seu cabelo... Franklin apenas sorria destas ações. O fato de estar em um carro de policia, sendo levado para casa, poderia gerar uma repercussão negativa para Franklin.

- "E se alguem me ver aqui neste carro? O que podem falar? Que sou um delinquente? Devo fazer como Janet e ficar sorrindo e a vontade, assim não deverão a respeito disso ou inventar qualquer história"

Ao ser gentilmente intimado a acompanhar Janet para escola no dia seguinte, Franklin sorri e diz:

- "Claro que sim Janet, passo cedo na sua casa para irmos para a escola"

 - "Assim que o oficial Parker a deixar em casa saberei onde busca-la. E vou pedir a mamãe que deixei eu ir a pé amanhã, não sei se seria legal aparecer com alguém me levando de carro."

Franklin aguarda o oficial Parker responder a respeito do Sr Rudolf e então lhe questiona educadamente

- "Oficial Parker, gostaria de entender o que aconteceu. Estou sendo levado para minha casa, mas como devo justificar minha ausência da escola? E estou liberado para retornar para escola amanhã ou irão pedir a presença de meus pais?"

Franklin era jovem, mas sempre mantinha o devido cuidado com sua imagem seja na cidade, seja dentro de sua casa.

Janet entra na viatura e resolve se sentar ao lado de Franklin no banco de trás. Ela coloca seus livros no colo e se acomoda e pensa "esse Sebastian...qual será o problema dele para o fazer agir sempre dessa maneira?". Assim que o carro começa a andar ela diz

- Acho que amanha terei que ir a pé para a escola Policial Parker...

O Policial Parker, percebe que ela diz sobre a bicicleta dela, mas logo Janet responde

- Sem problemas Policial Parker, já a deixei algumas vezes aqui (Janet abre um largo sorriso ao Policial)

Janet se debruça sobre o rosto de Franklin e sussurra no seu ouvido

- "quem sabe" não mocinho...você vai sim fazer aquele macarrão com suas transformações alquímicas!



Janet ri, se afasta de Franklin e bagunça o cabelo dele com a suas mãos. Franklin percebe que June não tem a menor malícia em suas ações, ela é extrovertida por natureza, com um espírito livre e notadamente querendo que as pessoas fiquem bem ao lado dela, seu cabelo era liso, de um castanho claro que fazia com que seus olhos se destacassem, apesar de ser considerada linda, ela era muito diferente das outras moças que nem sequer olhavam para outros meninos, as vezes nem para ele...

Franklin lembra de uma foto de Janet, no ano passado, no livro da escola, ela simplesmente estava exuberante... No momento da foto, Franklin estava nas proximidades aguardando a sua vez e a pose de Janet na foto causou um alvoroço entre os outros rapazes...



O cabelo dela cheirava um perfume que estava em sintonia com seu corpo todo, apesar de Jovem, Janet demonstrava um corpo muito fora do padrão das moças da escola (HT12). Mas o que a deixava mais linda era sua simpatia e empatia com os demais, Franklin sabia que ela gostava de fazer trabalhos voluntários e recolhia garrafas vazias para vender na igreja para reciclagem. 

Ela então olha para Franklin e diz 

- Franklin, amanha você pode me acompanhar para ir na escola? assim falamos de June... (Janet sorri para ele e pisca para o jovem, com aquele sorriso característico expondo uma dentição branca e perfeita e o olhando fixamente, como se impondo que não aceita um "não")



Logo depois ela se debruça no banco da frente e pergunta ao Policial Parker

- O senhor tem notícias do senhor Rudolf?

Janet e Frank isolam-se da cena assim como todos os outros. O Diretor Charles e o Oficial Parker e Albert adentram-se para a sala da diretoria e ficam por lá durante um bom tempo. Certamente estariam resolvendo o ocorrido na escola assim mesmo como a situação de Janet que perdera sua prova de matemática. 

A jovem assustada e preocupada com seus deveres e com seu pai que precisa de sua ajuda naquele dia no trabalho repousa-se na presença de Frank que amigavelmente conversa com ela. Havia algo nos olhos de Janet que o fascinava. Doces e profundos como as águas do pacífico. Ele sentia-se desnudo em frente a ela, como se cada olhar fosse uma identificação, um descobrimento e uma compreenção sobre sua história. 

Frank sente-se livre com ela...e quer lhe contar...quer falar sobre o que passara. Talvez ela fosse a única a entender, a única a simplesmente ouvir sem julgamentos.  

"Quer me contar o que Frank?" - pergunta Janet.

Começa a abrir a boca e neste momento um som muito alto vem de um automóvel  lá de fora e ele perde a chance...











"Sigam-me meus filhos. Retornarão imediatamente aos seus lares."

Eles entram na viatura. Frank olha para o lado...A neve estava por chegar...o vidro do carro estava gelado. Ele não gostava disto - lhe trazia dor. Com seus brancos e finos dedos escreve no vidro aproveitando a umidade. "June??"

Janet era espontânea e extrovertida, falava muito bem e havia conseguido fazer Franklin relaxar um pouco e fazia isso de maneira tão natural que suas brincadeiras e aproximações deixaram de incomodar Franklin.

Quando é questionado a respeito de sua afirmação sobre o macarrão com queijo, Franklin se levanta e limpa a garganta

- "Cozinhar é o primeiro passo para um interessado em química entender as transformações. Pontos de fusão e ebulição, processo de Maillard, cozimento e branqueamento, tudo isso são processos químicos aplicados no preparo de uma boa refeição.... então sim, eu faço um ótimo macarrão com queijo. Quem sabe posso fazer para você um dia destes"

Quando Janet pergunta sobre sua família e sobre apresentar seu produto na TV como aqueles vendedores de ceras milagrosas ele responde com um sorriso

- "Eu acho que temos bastante para conversar, ainda mais se quer me conhecer. Acho que terei mesmo que fazer aquele macarrão... " - E Franklin solta uma risada enquanto pensa

- "Acho tão bom falar com alguém que não se importa com a minha família. Alguém que fala comigo só por mim." - e quando se imagina em um palco vendendo alguma cera para carros ele não se enxerga naquilo - "Creio que um Nobel em quimica me cairia melhor, ou quem sabe nomear um novo elemento químico... Franklineo.... "

Janet continua a falar, aparentemente a jovem havia se empolgado com o assunto e falava, gesticulava e ria de algumas coisas que dizia, enquanto que Franklin ouve atentamente.

- "Fala francês e estuda piano, que clássico. Janet é uma garota de muito bom gosto. Eu deveria estudar outros idiomas.... como posso receber um Nobel sem nem ao menos falar em outro idioma"

Mas os pensamentos de Franklin são bruscamente interrompidos quando é questionado a respeito de uma namorada. Ele passa a mão nos cabelos vermelhos e sorri de canto de boca.
 
- "Namorada? De verdade não.... Sei lá Janet, eu acho que passo muito tempo na biblioteca e no laboratório da escola, acho que estes não são os ambientes mais propícios para paquerar alguém. Mas talvez eu deva sair mais, talvez você esteja certa e eu esteja sem notar as pessoas... a June."

Janet ouvindo aquilo, para e coloca as mãos na sua cintura e na frente de Franklin fala

- Como é que é???? então além de um futuro cientista você sabe fazer macarrão com queijo????? EU AMO MACARRÃO COM QUEIJO!!! (Janet acaba rindo daquilo, um sorriso que pareceu apagar da sua memória todos aqueles problemas)

Janet parada na frente do amigo diz


- Não sei se foi uma piada sua, você costuma ser terrível (Janet ri mais uma vez)...mas agora o mocinho esta me devendo um macarrão com queijo! e eu vou cobrar!

Janet ri ainda mais, estava começando a se sentir melhor, ela senta ao lado de Franklin e diz após respirar fundo

- A gente se conhece a tanto tempo e nem sei muito sobre a sua família...na verdade sei até muito pouco sobre você... eu vejo pelo seu rosto como você fica entendiado com algumas aulas...(de repente ela arregala seus olhos e diz) nossa Franklin!! imagina eu vendo você na TV, de terno escuro, fazendo uma palestra sobre seu novo produto! Com essa voz, vai ter a atenção de todos!! me manda um convite hein mocinho... por que eu vou querer ir te ver na primeira fila!!! 

Janet sorri mais ainda, estava se sentindo mais leve

- Como estaremos daqui a 10 anos? já pensou nisso? tant de choses à réfléchir... (tantas coisas para refletir...). Nossa desculpa Franklin, as vezes solto umas palavras em Francês e nem percebo, é como se tivesse pensando alto, eu estudo a língua, amo a maneira de falar deles, mas também estudo piano. Sabe Franklin, meu sonho é ser juíza! colocar bandido na cadeia! fazer valer a justiça para aqueles que mais necessitam! pra isso que estudo, é isso que vou me tornar! Quero ter uma vida digna, de forma a fazer com que meu pai não precise trabalhar mais! quero ele morando longe daqui, numa casa que eu puder comprar, e quem sabe com outra mulher o fazendo feliz...

Janet se cala um pouco, a menção de seu pai trouxe algumas tristezas a ela "acho que me empolguei, ele vai me achar uma infantil sonhadora".

- Bom... só nos resta esperar... ainda. Sabe...acho que June olha pra você de um jeito que... você sabe...ela deve ter achar lindo também, quer que eu fale com ela? você já teve namorada Franklin?


De modo jovial e amigável, Janet mais uma vez esbarra seu ombro no ombro de Farnklin, sorrindo para ele da maneira mais pura, querendo que ele se sinta bem na presença dela. 




      June Andersem

O beijo de Janet pega Franklin de surpresa, ele fica sem reação e completamente quieto, o que permite que ela continue falando e o inquirindo a respeito de seus planos futuros.

O tira Franklin daquele transe é a risada de Janet, espontânea e agradável. Ela era uma garota muito bonita, talvez a mais bonita da escola e agora estava ali no pátio com Franklin e ele se questiona a respeito da normalidade daquele dia.

Franklin olha para o horizonte e diz:

- "Você esta certa sobre uma coisa Janet. Yorktown é muito pequena para mim, esta escola é tão tediosa." - Franklin sabia a diferença entre ser realista e ser arrogante e toma o cuidado em usar palavras que não o coloquem como um babaca - "Eu sei que os professores fazem um bom trabalho, mas eu já estudei quase tudo na biblioteca. Gostaria que eles me deixassem acompanhar uma turma mais avançada, mas como eles dizem.... temos procedimentos .... "

Franklin se ajeita e olha para Janet. Seu olhar tinha um brilho, mesmo com os olhos levemente serrados, como se imaginasse o futuro



 - "Apesar da empresa do meu pai estar sediada aqui meus interesses não estão. Quero mostrar que posso ter responsabilidades maiores, alem de representante de classe ou coordenador das feiras de ciências. As faculdades de Massachusetts e Califórnia tem os melhores programas para químicos do pais."

- "Se eu tiver acesso a este conhecimento, a estes recursos, tenho certeza que posso realizar descobertas que irão mudar o rumo do mercado de combustíveis.... ou solventes.... ou polipropilenos... ou qualquer outro composto de cadeia longa de carbono... "

Era visível a empolgação de Franklin sobre o tema e seus experimentos nas feiras de ciências deixavam claro que ele levava muito a serio aquele hobby, mas ele se detêm e dá um sorriso... 

- "Desculpe... eu me empolgo as vezes com isso." - e então completa - "Mas até lá... bem..... eu sei cantar e faço um ótimo macarrão com queijo" 

Franklin solta uma curta gargalhada com sua última frase, que para Janet parecia uma reação aquela piada. Já para Franklin era a reação ao absurdo de se resumir aquilo.

Janet fica com seu rosto apoiado ainda em Franklin e o ouvindo falar. Sua voz era suave, articulada, ele sabia utilizar as palavras de maneira inteligente e isso a cativava. Quando ele era solicitado na frente da sala para recitar alguma passagem de algum livro, Janet viajava em sua voz. Ainda apoiado em seu amigo, Janet responde a ele olhando para o horizonte a frente deles:

- "Ainda bem que não aconteceu nada com você. O senhor Rudolf esta bem?"


- Ainda não sei... ele foi levado para hospital, mas pelo menos quando o tiraram do carro ele estava consciente. 


- "Sabe, eu não atacaria o Albert mesmo ele merecendo. Ele pode ser um imbecil, mas só sabe xingar e ofender. Eu não sei o que pode ter acontecido, se ele tentou me assustar e algo deu errado. E ele estava tão surpreso quanto eu" - e após uma breve pausa acaba por aceitar o desconhecimento de tudo aquilo - "E no fundo, duvido que ele fosse perder tempo montando algo só para me assustar. Ele me irrita para passar o tempo dele, não sou importante na vida do Albert a ponto dele ter que estudar para fazer uma pegadinha"


Janet em resposta a Franklin beija seu rosto e volta a se apoiar no seu ombro

- Você é muito fofo Franklin, continue assim, a escola e a cidade já tem sua cota de idiotas


 - "Vou lhe dizer algo Janet. Estou bastante confuso com tudo que aconteceu aqui no pátio"


Janet permanece ouvindo Franklin quando resolve fazer uma pergunta a ele


- O que pretende o senhor Franklin fazer com uma voz tão linda...?

Janet vira levemente seu rosto em direção a ele e sorri  depois sai do apoio do ombro de Franklin e diz

- Franklin, você é inteligente, articulado, se expressa bem... o que pretende da sua vida? duvido que Yorktown seja seu plano de aposentadoria. (Janet solta um riso gostoso e gratificante de ouvir, com seu lindo sorriso somado a seus olhos de um azul intenso)

Nesse momento Janet leva suas mãos às mãos de Franklin e as segura gentilmente.

- Então me diz mocinho! já estamos com 15 anos, o tempo esta passando, eu também tenho sonhos! objetivos! meu deus como o tempo passa! Alias, pena que está frio, senão poderíamos ir no lago nadar... que droga de tempo, prefiro o calor.

Janet se levanta e fica olhando para todos os lados, impaciente se vira para Franklin

- Será que eles vão demorar?

Quando Janet aproxima os dedos do rosto de Franklin, ele reage inconscientemente afastando levemente o rosto enquanto olha os dedos de Janet, até que eles tocassem a maça de seu rosto. Era uma situação inesperada para ele, mesmo tendo estudado com Janet por tanto tempo, aquele gesto adentrava o espaço pessoal de Franklin.

Logo depois Janet parece se sentir mais a vontade para falar e relata o ocorrido pela manhã. E Franklin percebe que ele estava correto em suas conclusões, houve um problema e a escola se manteve omissa quanto a isso

- "Eu sabia... Janet não se atrasaria sem um motivo de força maior. Eles tinham que ter me ouvido, deviam ter me ouvido"

Então ela apoia a cabeça no ombro de Franklin, que fica tenso. A reação era completamente involuntária, ele não havia se mexido, mas ficou exatamente na mesma posição sem mover um músculo. Felizmente, para Franklin, haviam poucas coisas que o faziam ficar sem palavras. Neste caso, ele apenas foi acometido por uma pausa de tempo maior antes de começar a conversar

- "Eu sabia que algo havia ocorrido para você se atrasar Janet, e falei para o professor que deviam verificar. Mas eles não acreditaram, falaram que a escola tem seus procedimentos... grande coisa os procedimentos deles."

- "Ainda bem que não aconteceu nada com você. O senhor Rudolf esta bem?"

- "Se eu estivesse lá, não conseguiria ajuda-los.... não entendo de socorrismo, talvez eu deva ler algo a respeito. Com certeza ajudar alguém em uma situação desta faria muito bem para minha imagem, talvez até uma foto no semanário."

Após um breve pausa, Franklin retoma o tema de Albert. Aquilo era algo que o incomodava, ele tenta remontar a cena, não tinha visto o que havia acontecido. Somente a sensação de calor e o aroma de fumaça

- "Aquele imbecil não tentaria por fogo em mim, por mais que ele me xingue isso é demais. Albert me deu uns socos e mesmo assim eram muito mais para me intimidar do que para me machucar. Atear fogo em mim pelas costas? Ou ele tentou me assustar? Talvez uma mistura de acetona com água... poderia produzir uma explosão de chama fria, e o mais óbvio é que ele tenha errado as proporções."

- "Sabe, eu não atacaria o Albert mesmo ele merecendo. Ele pode ser um imbecil, mas só sabe xingar e ofender. Eu não sei o que pode ter acontecido, se ele tentou me assustar e algo deu errado. E ele estava tão surpreso quanto eu" - e após uma breve pausa acaba por aceitar o desconhecimento de tudo aquilo - "E no fundo, duvido que ele fosse perder tempo montando algo só para me assustar. Ele me irrita para passar o tempo dele, não sou importante na vida do Albert a ponto dele ter que estudar para fazer uma pegadinha"

Franklin sorri de sua própria frase. Janet nota que agora o garoto estava mais relaxado, como se houvesse acostumado com ela com a cabeça em seu ombro, era estranho para ela pois Franklin não era um garoto bonito, mas tinha uma personalidade cativante e com a cabeça em seu ombro consegue notar o quão agradável é ouvir ele falar.

 - "Vou lhe dizer algo Janet. Estou bastante confuso com tudo que aconteceu aqui no pátio"

Janet olha para Franklin e observas suas sardas em seu rosto, eram bonitas... e ela responde a ele com um grande sorriso:

- Sabe Franklin...acho tao bonitinho essas suas sardas.. (Janet toca as sardas de Franklin com os dedos de uma de suas mãos, de modo gentil e carinhoso), então... eu também estou tendo um dia péssimo. Acordei atrasada, faltei ao exame de hoje por causa de um acidente de carro, envolvendo o senhor Rudolf e outro carro, lá perto de casa, foi uma bagunça... tive que ajudar os feridos e pedir para alguém chamar a policia e a ambulância. Foi tudo muito estranho, hoje eu pareço estar perdida sabe...as vezes inconsciente das coisas em volta...dai o Policial Parker me pediu para relatar o ocorrido, e me trouxe para cá..."humm...não vou falar para ele sobre o que aconteceu com a filha do Policial Parker...Franklin pode me achar uma drogada ou louca".

Janet faz uma pequena pausa e continua


- E aqui estamos nós né... (Janet dá um longo suspiro e depois empurra novamente Franklin com seus ombros...um pouquinho mais forte dessa vez e solta um sorriso). Mas sabe de uma coisa Franklin...fico feliz que você não tenha feito nada daquilo com o Albert, embora eu sei que ele é um chato! (Janet ri um pouco da situação).

Se sentindo mais aliviada com a conversa com Franklin, Janet debruça sua cabeça no ombro do amigo, ela não liga se ele parecer um pouco surpreso com o gesto dela, mas não há nada demais nisso para Janet, era um gesto carinhoso para alguém que também estava tendo um dia difícil, e assim ela fica aguardando o retorno do policial Parker, apoiada gentilmente com seu rosto no ombro de seu amigo Franklin.

Franklin estava perdido em pensamentos, tudo ocorreu muito rápido e ele tentava entender o que havia acontecido, entender o espanto de Albert e o choque de quase todos que estavam ao redor.

Até que sente Janet o empurrar com o ombro gentilmente. Ao notar que ela ficou quase dois segundos com o ombro encostado nele, suas orelhas se aquecem e ele fica feliz pelas sardas ocultarem o rubor que surgia em seu rosto.

Ele vira o rosto para ela e olha aqueles belos olhos azuis e ao ouvir a pergunta deixa o transe e começa a falar

- "Oque? Eu jogar algo?" - os olhos de Franklin se arregalam com a acusação e em sua mente o incidente de anos atrás volta em um lampejo e o que ocorreria se alguém soubesse daquilo.

- "Não, de jeito nenhum.... eu estava de costas, nem tinha visto o Albert se aproximar de mim."

Franklin pensa por um instante, em como estava a camisa de Albert, na reação dele e dos demais

- "Olha... da maneira que estava a camisa dele, eu acho que ele pode ter tentado me ajudar usando fluido de isqueiro. Mas são líquidos muito voláteis e o vapor é muito inflamável, pode ter causado uma combustão ou algo assim, que queimou dele leve a camisa dele e o assustou, fazendo ele cair sentado."

- "Mas estou supondo... não vi o que aconteceu. Estava de costas quando ouvi a provocação sem sentido dele." - ele olha nos olhos de Janet e completa - "Estou tão confuso quando qualquer um aqui."

Janet se senta ao lado de Franklin, apoiando seus livros na suas pernas, "que dia... acho que perdi o exame...espero que o Policial Parker consiga fazer o senhor Charles compreender o ocorrido".

Janet, com o seu ombro, toca o ombro de Franklin, o empurrando levemente para a esquerda.

- O que você fez Franklin? (Janet usa um tom amigável, tentando tirar a tensão da situação - CARISMA +2 / REPUTAÇÃO +2 / APARÊNCIA + 6 ), eu vi a blusa do Albert chamuscada... você jogou algo nele? não me parece o seu perfil... Embora confesso que meu dia também não está dos melhores...

Janet olha para o jovem Franklin com um sorriso sincero e amável, e seus lindos olhos azuis aguardando uma resposta, mas ela se atenta que se sentir que ele não quer conversar, irá respeitar o momento dele.