Personagem Janet Wislow

Janet abre os olhos. Coloca a ponta dos dedos em sua boca e sorri, aparentemente muito satisfeita com o que fizera e proporcionara a Sebastian e a ela. A Sebastian o prazer sexual e a ela o prazer do poder, e ele - o poder - a estava inebriando. Ela estica-se toda e vira levemente sua cabeça para o outro lado da cama e lá estava ela deitada - June.

"Minha querida Janet, está gostando das brincadeiras? É fácil lidar com os quais não possuem tanto poder não é? Alias, bom dia. Desculpe-me a falta de educação. Mas entenda uma coisa, encontrará em breve situações muito mais complexas e "alvos" muito mais desafiadores. Mrs. Green a convidou finalmente a nossa irmandade. Mas cuidado, pois está conectada agora. Só que unilateralmente. Todos sabem o que, quando e como faz, mas você não sabe sobre nós.  Desagradável isto para você, não? Mas todo bônus possui um ônus. Suas ações estão desconexas e ainda não encontrou o cerne do porquê de tudo isto. Estamos a lhe proteger, suas ações não estão agradando em nada a S.O.U.L.S. Atente-se. Não será em livros que encontrará suas respostas neste momento. Você pode conectar-se a qualquer momento conosco, mas ainda não sabe como. Procure aprender."

June sorri e levemente aponta sua mão para o centro da testa de Janet. "Se quer respostas, todas elas já estão aí dentro. Mas sozinha minha cara...lhe garanto - não conseguirá."

Neste instante ela simplesmente some da visão de Janet. Pensativa e assustada percebe que tratou com um SER muito, mas muito mais poderoso que ela. Uma gota de suor corre de sua testa, olha para o relógio. Estava atrasada.

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JOGADA DE DADOS

Janet entra em sua casa, estava tudo em silêncio. Seu pai estava dormindo e Alonso em seu quarto.

Na cozinha havia um pouco de comida que seu pai havia deixado para Janet, ela se senta sozinha na cozinha, a meia luz, queria privacidade para pensar nos acontecimentos daquela noite.

Após se alimentar, ela vai para seu quarto, tira sua roupa e espera sentir que Sebastian esteja já deitado se preparando para dormir. 

TELESCAN 15+3: PASSOU POR 10
TELERECEIVE 14: PASSOU POR 7
TELESENDE 14: PASSOU POR 3

Após sentir isso, ela se despe e se dirige para o banheiro. Janet se tranca, apaga a luz e toma um banho quente e relaxante...

Durante o banho ela fica imaginando tudo que havia passado com Sebastian, e começa a imaginar os dois fazendo amor intensamente e transmite esses pensamentos para ele.



"eu disse que se sonhasse comigo te daria mais prazer..."



Sebastian começa a ver a imagem dele com ela no quarto...abraçados...sentindo seus corpos próximos...



Depois a levando para o chuveiro e ambos se beijando. Sente Janet deixando que ele retire toda sua roupa...



A sensação de ambos nus no chuveiro os invadem, o vapor sob seus corpos, o beijo avassalador de Janet, suas mãos o abraçando e o desejando...a água quente os cobrindo e os consumindo de prazer... 



Tudo isso ela projetava na mente de Sebastian, enquanto ela também imaginava tudo aquilo, seus dedos a acariciando profundamente, fazendo ela sentir outra umidade que não era da água quente...

Janet esta extasiada, excitada com tudo aquilo e transmite tudo para Sebastian...ela queria que ele sentisse tudo.

Ela imagina ambos saindo do banho e indo para o quarto, ficando de pé ao pé da sua cama, uma chuva caindo do lado de fora, o silêncio da casa sendo quebrado apenas com a respiração e o gemido de prazer dos dois..



Aquilo estava intenso, forte, além de qualquer coisa que haviam experimentado, eles se deitam e se beijam mais ainda...



Janet imaginava dentro dela, a desejando profundamente...



Aquela experiencia estava sendo algo que Janet nunca havia experimentado...ela estava completamente entregue ao prazer, e ele entregue a ela...



Janet queria que Sebastian sentisse o mesmo...que estivesse entregue ao prazer que ela pudia lhe proporcionar naquela noite...



Janet sentia que iria gozar profundamente, imaginava Sebastian a possuindo...



Ela fazia de tudo para fazer com que ele se sentisse com ela na cama, a possuindo como um homem que a desejasse por completo.



Janet não se aguenta e tem seu orgasmo avassalador! aquilo tudo tinha sido além de tudo que havia feito, ela tinha transmitido tudo para Sebastian, todo seu desejo daquela noite, toda a loucura que imaginaram fazer, sua mente era forte e Janet começava a gostar mais e mais disso...

Depois disso ela se desconecta de Sebastian, respira fundo e desliga o chuveiro.

Após sair do banho e se enxugar, ela se veste se senta na cama, estava se sentindo muito bem, livre e aliviada de tudo aquilo...



Agora precisava descansar, por que nos próximos dias iria precisar cuidar de algumas coisas que não havia esquecido...

Burton´s era um lugar muito frequentado pelos jovens de Yorktown. Agradável, limpo, ótima qualidade e bons preços. Sr. Burton era uma pessoa extremamente divertida, embora as vezes falasse demais. Um simpático gordinho de seus 45 anos que amava o que fazia, de fato ele tinha muita paixão em atender seus clientes. Ele não possuía garçons, nãoooo...ele sempre fez questão de atender a mesa de cada um que entrava em seu comércio. Era muito comum oferecer descontos, ou até gratuitamente oferecer comida ou bebidas para os menos afortunados e seu restaurante estava sempre cheio.

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Janet ao caminhar para sua casa e depois chegar com Alonso à lanchonete, pensa a respeita de tudo que seu irmão está passando, sobre Sebastian e Charlote...



Assim que senta no local, junto com Alonso, eles pedem um Milshake de Chocolate e outro de baunilha. Alonso para mais a vontade, começa a falar com ela sobre um programa de televisão que o divertia, e sobre uma garota que parecia estar gostando...Mas Janet estava olhando para ele e ao mesmo tempo distante...




"Charlote...esquina de Juben road com a avenida Eric. Agora tenho um nome e um local, mas o principal era o nome, Charlote. Então ela emprestava dinheiro para Alonso jogar, ou seja, é muito provável que essa mulher esteja forçando Sebastian a cobrar a divida. Estaria ela agora dando as cartas na mesa e por isso Sebastian não me quis passar seu nome? Sebastian...Sebastian...nossa linha de confiança esta ficando tênue...está chegando o momento de escolher um lado e qual será sua escolha?" 


CONHECIMENTO DO TERRENO 13: PASSOU POR 1

Janet volta por um instante e a voz de seu irmão começa a ser ouvida novamente

- ...Daí falei para ela se a gente podia dar uma volta no sábado, mas ela me disse que o pai dela é bravo e ia me dizer depois, então...

Janet volta a seus pensamentos, teria que localizar essa  mulher, mas claro, não seria estúpida de ir sozinha até o local, ainda mais se tratando de um local como aquele. Teria que rastreá-la mentalmente, mas precisaria achar alguém que a conhecia, isso facilitaria sua busca e precisaria fazer isso naquele instante...

- Alonso, pegue esse dinheiro e guarde para sair com a sua amiga, mas a leve a um lugar bom, não essas pocilgas que está acostumado entendeu?

Alonso pega o dinheiro da mão de Janet e fica sem entender muito bem.

- Preciso sair agora, mas depois vá para casa entendeu?

Alonso balança a cabeça positivamente.

Janet deixa o dinheiro para pagar o Milkshake e sai do estabelecimento. Ali de pé, no frio, ela começa a tentar localizar onde estaria Sebastian, não poderia estar muito longe. Tentaria pela última vez com ele, o modo normal para obter informações...


TELESCAN 15 + 3 (AMIGO INTIMO) 18 = PASSOU POR 8

Sebastian havia a decepcionada com sua patética maneira de tentar esconder as coisas de Janet, ele sabia mais, mas estava com receio de abrir o jogo "se esse problema se agravar terei que ser mais incisiva...trata-se de meu irmão e não vou deixar que nada ocorra com ele ". Sebastian não havia lhe deixado muitas escolhas, e mesmo que isso significasse o fim da sua amizade, ela possivelmente agiria de forma mais violenta com ele...

Janet sentiu uma tensão na conversa, e quanto percebeu já estava se preparando para um "combate". Tinha entrado na mente dele e observado suas intenções, com intuito de prever seus movimentos e ações e assim poder agir mais rápido...ela precisava compreender mais isso e aprender a agir dessa forma, seria  uma tática muito eficiente. 

Mas ele havia dito que estava tentando proteger seu irmão...mas ele não entende que à "maneira dele" não iria ajudar em nada! mas era muito teimoso, obtuso e machista para compreender isso.    

Janet havia se esquecido do aniversário de Alonso..."droga!!! me esqueci e isso vai me atrasar", mas ainda havia tempo de tratar disso. Ela responde a Alonso.


- Sim "Ally", você fez muita besteira e nos colocou em risco. Mas tudo está se acertando, você esta tomando  caminho correto, e eu não vou deixar ninguém fazer mal a você. Vamos passar a tarde juntos! quando chegarmos em casa, guardamos nossas coisas e vamos tomar um Milkshake!





- Legal Janet!!! faz tempo que não saímos juntos! 


- Então vamos "Ally"...

Assim que Alonso começa a caminhar, ele sente seu braço sendo puxado, e quando olha para trás vê os olhos da sua irmã fixos nele...



- Nomes Alonso...eu quero nomes...

Janet aproxima-se de Geiza...friamente. Seus olhos não possuem qualquer tipo de emoção e simplesmente a observa enquanto vê Sebastian próximo da cantina. 


"Richard, querida, Richard. Não sei se viu nos jornais. Não sei o que pensar minha querida...perdoe-me se estou lhe incomodando." Geiza claramente percebe a falta de empatia de Janet neste momento.

"Richard, o garoto de outro dia, sim...lembro-me dele. Uma pena, e sim, li nos jornais. Mas todos um dia todos tem que morrer não é?" Geiza olha para o rosto de Janet e sente-se desconsolada. Nenhum sinal de compaixão? Nada, nada? Uma frieza gigantesca.

"Sim Janet...um dia todos morreremos. Inclusive eu e você. Até mais um dia amiga."

Geiza distancia-se e Janet apenas a observa e friamente vira-se e observa Sebastian. Lá estava ele em seu local de todos os dias. Janet resolve aproximar-se dele, mas é interrompida pelo Diretor Donatan que lhe fala:

"Bom dia Srta. Wislow, precisamos conversar. Esteja em meu escritório em 20 minutos por gentileza. Aproveite seu intervalo e conversaremos antes de entrar para sua próxima aula. Muito obrigado."

O que era aquele "ser" próximo a Ben com as mãos sobre ele?e ao que parece somente foi visível aos olhos dela. Aquilo parecia reconfortá-la...mas Ben estava de óculos escuros, possivelmente fora agredido. Ela sente um enorme carinho por ele, pela preocupação dele em se explicar o por que não estava no almoço, mas Janet trata de tranquilizá-lo, dizendo que passou mal, mas já estava bem.

No encontro com sua amiga, Janet fica parada, olhando para Geiza, ela sabe muito bem sobre o que ela iria dizer...Richard. Mas Janet por mais que se esforce, não consegue sentir nada a respeito desse assunto, ela queria mesmo ir ao um telefone, ligar para a sede do conselho tutelar, precisava falar com Sebastian e com Franklin e não perder seu tempo por causa de um estúpido como Richard.



Ela tenta sorrir para a amiga, ou mesmo expressar alguma preocupação em seu rosto pelo que ela tem a dizer, mas não consegue.

- Bom dia Geiza, o que houve? me desculpe, mas tenho coisas urgentes para tratar hoje.

Janet amanhece muito disposta, tinha muitas coisas para fazer nessa segunda e pretendia fazer o dia ser produtivo.



Ela é examinada pela Sra. Emilly, que depois a abraça, agradecendo pela conversa, e corre para tomar café com seu pai e Alonso. Ela lê o jornal em sua mesa e mentalmente fica feliz com certas notícias



O senhor Helmer está muito adiantado, pretende chegar cedo no novo serviço, e logo que abraça seus filhos amavelmente se despede deles para seguir  para a empresa do senhor Gordon.

- Cuidado vocês dois, podem ver que essa cidade está ficando violenta. Voltem cedo para casa!

Janet apressa Alonso e segue com ele até sua escola, onde se separam no portão e ela segue pela escola até sua sala.

Tinha muita coisa em mente, precisa ir na biblioteca pesquisar sobre a Sra. Josephine Green, e descobrir sobre quem seria essa pessoa. Precisava também ligar para o Conselho Tutelar e fazer uma denuncia contra o estupro de Robert contra sua família, principalmente contra "Ben". Precisava estudar direito, hoje teria aula de piano e francês, também precisava recolher as garrafas para o padre Thomas. Mas naquele exato momento podia adiantar uma de suas coisas...

Quando caminha pelo corredor ela vê Taylor e seu grupo de idiotas encostados na parede, ela tinha uma dívida com ele também...



Janet se aproxima e todos param de falar, a presença e beleza dela eram deslumbrantes e ao mesmo tempo intimidava a maioria dos garotos.



- Oi Taylor, que bom que lhe encontrei aqui...uma pena não ter notado sua presença no baile, não sabe como seria bom ter te visto.

Janet se aproxima bem próximo dele, a ponto de encostar seus lábios em seus ouvidos, Taylor estava paralisado e ouve Janet sussurrar

- Meu pai já arrumou um novo emprego, e pode ter certeza que eu e você nos encontraremos num lugar mais adequado...só eu e você meu querido...

Janet o beija no rosto e o olha profundamente



- Não se preocupe, farei o possível para ser em breve...

Janet sai, deixando todos boquiabertos, Taylor parecia tremer e não entender o que havia passado, Janet só ouvias as vozes dos garotos perguntando a Taylor "o que ela te disse?" "o que houve cara?" por que você está tremendo hahahaha?"

Quando chega a sua sala, nota que no caminho não viu Sebastian e dentro da sua sala também não estava Franklin. Havia um alunos falando do ocorrido com Fabian "meu deus ele mesmo!", "nossa o cara morreu", "ele era estranho".

Janet se senta na sua cadeira e fica observando a todos, até que a professor chega na aula e chorando dá a noticia sobre a morte de Fabian. Janet observa algumas alunas começando a chorar, que falsidade...vadias que nem sequer olhavam com ele de medo, e agora fazem seu show para todos acreditassem que se importavam...que ridículas! "eu devia fazer com que caíssem aqui tendo uma convulsão, assim dava mais autenticidade no estado de "choque" delas".

Janet nota Ben entrando, ele estava quieto, cabisbaixo. Ela se levanta e vai abracá-lo.

- Ben bom dia, esta triste hoje? não se preocupe querido, tudo vai ficar bem.

Alguns alunos parecem olhar aquela cena com admiração à Ben. Um cara como aquele, gordo e sem graça, sempre zoado, tendo atenção de uma moça como Janet, ele merecia isso ao contrário daqueles idiotas.

Janet se senta na mesa e começa seu dia de aula.

Janet respira fundo...talvez tivesse tentado aquilo num momento de cansaço, precisava descansar.

Quando seu pai entra e faz as perguntas ela logo responde

- Fique tranquilo pai, eu e a Sra. Emilly estamos apenas conversando, coisas de mulheres.

Ela se levanta e abraça seu pai e o beija no rosto.

- Vá dormir pai, precisa descansar, amanhã precisa de toda sua energia para mostrar ao senhor Worthinson o trabalhador que o senhor é. Não se preocupe.

O Pai de Janet assente com a cabeça e a beija no rosto, faz um cumprimento para a Sra. Emilly e resolve as deixar sozinha.

Janet abraça novamente a Sra. Emilly e a beija no rosto. Olhando para ela diz


- Você vai passar por isso e será uma vencedora Emilly, não se preocupe, tenha fé...Agora vamos descansar, o dia amanhã será longo.

Janet se deita e pensa mais um pouco antes de dormir "Robert...Robert..hoje não foi possível, mas logo o será..."

Depois de um tempo ela pensa em Franklin e em Sebastian"Franklin...preciso conversar com ele, mas o mesmo não deve desconfiar do que anda acontecendo. Pelo que eu o conheço ele não aprovaria, e possivelmente haveria um conflito...e quero evitar isso. Preciso resolver ainda a questão entre ele e Sebastian. Sebastian...seu modo de vida é muito diferente de Franklin, ele pode entende meus métodos de uma maneira que as ruas entendem, quem sabe um dia ele seja um aliado em potencial, mas ainda é muito cedo, preciso agir com calma..."



O corpo de Janet descansa mas sua mente trabalha...



"Franklin...."



"Sebastian..."



Dois contrapesos na mente de Janet, e sem perceberem, ela pensa muito a respeito de ambos... ali, sentada no espaço lúgrebe de sua mente, a parte que mais gostava de se sentir livre...



Janet resisti a tentação de "invadi-los" mentalmente, seria muito mais fácil saber sobre suas verdadeiras intenções para com ela...mas ela os amava e os considerava seus protegidos...eles teriam esse voto de confiança, mereciam isso...

Franklin tem se demonstrado mais suscetível a proposta de "June" e isso a incomodava um pouco. Poderia um dia fazer com que ambos se tornassem poderes de lados opostos? algo que faria com que ambos se tornassem inimigos? Janet acredita, nesse momento que não, Franklin não seria capaz disso, ele possui uma conduta moral que parece ser bem definida para a idade dele, mas e Janet? possui essas mesmas correntes que a impediria de feri-lo? ela não seria capaz de fazer nada contra ele...a não ser que ele se declarasse seu inimigo, ou mesmo, se ele fizesse algo que plantasse nela a semente da dúvida...mas no momento ela o ama como seu amigo, assim como ama Sebastian.

Ambos tem um lugar especial em seu coração, mas ali, sentada em meio a escuridão da sua mente, Janet reflete sobre tudo aquilo, sobre Franklin e Sebastian, sobre duas pessoas escolheu amar e proteger, do seu jeito...

Janet sente nojo. Abraça Emilly e a deixa no quarto. "Vou ao banheiro querida, retorno em breve. Relaxe e deite-se. Sei que hoje a cuidada seria apenas eu, mas pelo visto ambas precisamos disto. Vou colocar uma canção para você e logo voltamos a conversar. Ben e você ficaram recuperados, tenho certeza."


Janet sai e o silêncio na casa era prazeroso. Seus olhos ficam aguçados e entra no banheiro, senta-se e novamente procura por Robert. Algo estranho inicia-se. Ela não encontra e começa a passar mal. Seu estômago dói. Sua cabeça começa a doer. Levanta-se molha o rosto e o mal estar passa logo em seguida. A conexão não foi feita. Janet percebe que seu controle sobre seus desejos e sobre seus poderes ainda não estavam totalmente dominados. Levanta-se e entende que precisa de muito mais ajuda do que imagina. - Preciso falar com Frank...

Retorna para seu quarto e Emilly está ali sentada e a chorar. Talvez fosse o momento de ambas descansarem. No mesmo momento que fecha a porta, Janet ouve batidas. Ela abre e era seu pai...

"Minha amada filha...está tudo bem com você? Quer que eu durma aqui com você? Amanhã começarei meu novo trabalho...nosso novo trabalho. Mas nada mais é importante para mim do que você minha linda. Sra. Emilly parece meio triste, está tudo bem?"

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Janet pede licença a Emilly e vai até oi banheiro e se tranca, mantendo o contato com a mente de Robert.

Estar na mente e corpo daquela criatura nefasta trazia à Janet um misto de prazer e ódio...um violento e molestador de mulheres e crianças, que precisava sofrer ao ponto de se arrepender e ter ciência que não teria volta...

Janet tenta se concentrar a um ponto máximo, acessando a parte mais "negra" da sua mente...precisa tentar ao máximo algo que ainda não havia tentado, manipular matéria de uma forma diferente.



Janet se esforça mentalmente e logo depois ativa seu poder telecinético (poder de manipular matérias de até 4 KG) para apertar um pequeno ponto da traqueia de Robert, para faze-lo sufocar, ao mesmo tempo pretende, com seu poder mental, usar seu poder para causar um golpe mental em Robert com intuito de dificultá-lo em resistir ao ataque físico em sua traqueia.

FORÇA DE VONTADE 17: FALHA
TELECINESE  14: PASSEI POR 8 (6 de dano)
QI 14: PASSEI POR 9
METALBLOW 15: PASSEI POR 8 (3 de dano)



O esforço é grande, e Janet começa a suar, seu corpo tremer, mas ela pretende acabar com a vida daquele sujeito de um jeito ou de outro...

Robert...Robert...Robert...Robert...



Esse nome parece ecoar na mente de Janet, e o som de seu nome atingi o espaço "escuro" de sua mente.



As implicações na mente de Janet são quase instantâneas, lhe causando um desconforto que sabe que é reflexo daquilo que precisa segurar frente a outras pessoas. Ela não podia se expor.

Janet olha para a senhora Emilly e toca suas mãos.

- Sim...minha mãe também tinha olhos azuis, mas Emilly, se me permite adentrar mais ao assunto, seu silêncio não somente prejudica à você, mas também seu bem mais precioso..."Benjamim". Seria certo, sendo mãe, deixá-lo passar por isso? acha correto ambos serem vitimas e serem usados como "objetos" para que seu marido descarregue em vocês as adversidades da vida? Seu Benjamim tem somente 15 anos, não acha que isso que ele passa possa vir a prejudicá-lo no futuro? ele é um garoto educado, amável, mas isolado na escola, e já o vi machucado também, até quando ele poderá suportar essas agressões e também presenciar sua mãe passando por isso?

Janet faz uma pausa.

- Vá a polícia Emilly! o denuncie! procure outro lugar para ficar se for o caso, você tem muito ainda o que viver e cuidar de "Ben", quem sabe as autoridades competentes possam lhe auxiliar. Pense bem Emilly, a situação que vive não vale a pena, sinto que pode se tornar uma médica no futuro, mas isso depende de você! se não for por você, faça isso por Benjamim, seu bem mais precioso!

As palavras atingirem a alma de Emilly...seu olhos ficam vermelhos e sua angustia se expõe por meio de lágrimas, que correm por seu rosto.

Janet então a abraça, deixa que seu rosto descanse nela,e sente o choro de Emilly, mas sua mente estava um pouco mais além, pensando em mais um que deveria sofrer uma intervenção, mais um que deveria ser visitado por Janet. Ela lembra que tentou as vias procedimentais quanto a esse assunto, falou com a policia, com autoridades que deveriam proteger pessoas como Ben e Emilly, mas esse tipo de pessoa está atada a protocolos que não auxiliam em nada, pessoas como Ben e Emilly não poderiam correr o risco de se transformar em estatísticas no futuro, e se Janet conseguisse, ela não iria permitir que isso ocorresse...

Sra. Emilly volta-se a Janet e concentra-se em seus olhos. A abraça e a coloca na cama e senta-se em uma das cadeiras em seu quarto. Ela parece muito cansada e muito triste e ao mesmo tempo o sorriso que precisava ter para exercer seu trabalho estava ali. "Minha querida você realmente não precisa preocupar-se com isso. Todos temos nossos fantasmas não é?"

Janet olha para Emilly e sente seu medo. Toca seu ombro esquerdo e diz "Sim, todos nós temos nossos fantasmas." Janet sente o corpo de Emilly e sua mente. A visão não era o que gostaria de ter visto.

O tempo parece passar de uma maneira diferente quando Janet acessa seus mais profundos e escuros espaços mentais...havia mais poder do que poderia imaginar dentro dela, como almas solicitando o ingresso ao paraíso, Janet sentia isso e aos poucos as libertaria uma a uma...



Sua mente a inundava de visões apocalíticas, na qual se via caminhando sob os ossos dos "julgados", Primeiro Francis, depois Richard, e havia muito mais, uns bem conhecidos por sinal, bem próximos, pessoas que ela achava confiar e que cometeram o erro de desafiá-la...



Seria um futuro distante, ou algo mais próximo? ela andava sob tudo aquilo com a certeza que havia cumprido seu objetivo...se iria sobrar alguém? 



Isso seria uma outra história...  

Janet está abraçada junta a enfermeira Emilly, e como se encontra em suas costas, a doce enfermeira não consegue notar os olhos de Janet quando fitam a foto de "Ben"....



Como expressar com palavras o que essa jovem está sentindo naquele momento...um misto de tristeza, ódio...sensações que navagem pela mente de Janet a uma velocidade incrível. Como se todos esses sentimentos tivessem sido colocados em um copo de liquidificador e misturados na maior velocidade disponível do aparelho...



Janet absorvia a sensação, e o menosprezo por esse "alguém" que estivesse fazendo tão mal a Emilly e principalmente... a "Ben", alcançava níveis perigosos...níveis que Janet sentia muito bem do que se tratava e do que queria fazer...

Janet se senta junto com Emilly, a abraça fortemente, mas ao mesmo tempo, amavelmente, mantendo-se atrás da enfermeira, seus olhos estavam numa tonalidade azul muito escura, o que poderia assustar Emilly.



- Conheço seu filho...o jovem Ben, estive com ele e dançamos juntos no baile Emilly...ele estuda na minha classe e é um garoto adorável...



Janet faz uma pausa, sente a respiração de Emilly, sente sua ansiedade, sua tristeza, sua angustia, sua vergonha, seu medo...

- Somos amigas Emilly...quem lhe proporciona tamanho sofrimento?Pode confiar em mim...

Aquilo dentro de Janet, talvez seu verdadeiro "eu" parece querer se expor...parece querer mostrar do que seria capaz para protege-los...



Janet aguarda, ali, bem profundamente em sua mente, a resposta de Emilly. Talvez quisesse apenas sentir uma autorização tácita de Emilly para que pudesse auxiliá-la em sua dor...para que pudesse de alguma forma ajudá-la a se libertar, talvez fosse a única maneira, o ultimo fio de esperança...



Mas Janet tinha que se conter, respirar, segurar seus impulsos para momentos mais apropriados...mas meu deus como era difícil aquilo....era uma luta interna em sua mente, algo que queria que se liberta-se, mas não podia...tinha que aguardar...o tempo e a paciência seriam seus aliados...



Janet podia sentir suas duas "faces" dançando harmoniosamente em sua mente, elas se completavam, a face daquela as vistas da sociedade de mãos dadas com face da mocinha livre, independente e poderosa...a sensação daquilo era maravilhosa...havia uma completa sinergia em sua mente...



Se Emilly não estivesse de olhos fechados, e de certa forma chorando, talvez se deparasse com algo muito pior do que passa em sua vida miserável...a face mental que Janet luta para não expor, aquela que a libertaria...




- Pode se abrir Emilly...as vezes o que precisamos é de alguém longe do nosso meio que nos dê esperança...apenas isso, esperança...

Emilly senta-se na beirada da cama de Janet e trata de observá-la. "Entenda minha querida que esta é apenas uma ação preventiva. Você está perfeitamente bem e acordará mais nova que um recém-nascido. Aliás, já tive vários deles em minhas mãos. Nos enchem de energia e foça vital. Quem dera-me sempre ter sido uma pequena criança."


Janet sente uma tristeza profunda na voz da enfermeira Emilly. "Não precisa agradecer-me minha filha, este é meu trabalho. Aliás você é encantadora...encantadoramente amiga." Emilly enxuga algumas lágrimas que correm de seus olhos e envergonhada vira-se de costas. 







"Minha querida, não quero envolvê-la nisto. Você ainda é muito nova para entender tudo isto. Eu vim até aqui para realizar um trabalho e farei isto da melhor forma possível. Deixemos isto pra lá. Veja, deixe-me lhe mostrar uma coisa."

Emilly tira uma foto de dentro de sua bolsa e mostra a Janet. "Este é Benjamim, a pessoa mais preciosa que eu poderia ter em minha vida, meu filho. Ele é tímido, mas as vezes consegue ser bem divertido!"